TCC - Faculdade
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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
sensoriais percebidas, às quais um significado foi atribuído. Por exemplo, um círculo com
um ponto no centro, cruzado por duas linhas paralelas, pode ser pistas suficientes para
representar um gato. Esses traços sugerem a imagem de um gato, mas isso não seria
possível se ainda não houvesse experimentado o que é um gato, seus bigodes, sua
forma. Ou seja, pistas são suficientes para que as mentes humanas configurem
significados das experiências vividas anteriormente (CARVALHO, 2016).
Da mesma forma, a experimentação sensorial que todo ser humano percebe tem
a ver com uma dimensão estética da vida. A reação humana a qualquer percepção supõe
uma reação estética, que por sua vez constitui um selo de qualquer ideia intelectual. Os
aspectos sensoriais propriamente ditos são formados e transformados ao longo da vida,
sendo delineados pela cultura e suas linguagens artísticas como formas de
relacionamento humano e comunicação com conteúdo estético.
No nível social, esse desenvolvimento estético se traduz na produção de bens para
consumo humano que transcendem a cobertura das necessidades primárias, o uso de
cores, fibras, texturas, a origem do material, a triagem em si, critérios mediados pela
cultura que descrevem uma certa estética. Além disso, essas avaliações e decisões
moldam a própria vontade. Por fim, a experiência estética ajuda a entender a realidade
como um fato interpretativo, produzindo múltiplas visões da mesma realidade
(FONSECA, 2011).
Outro aspecto enfatizado por vários autores, é a importância da arte na promoção
da imaginação. Despertar a imaginação é uma maneira de encontrar novos significados
e significados, está criando imagens de realidades alternativas, abrindo-se a outras
possibilidades além dos conhecidos, inventar visões do mundo, mas acima de tudo
imaginar é refinar e usar a sensibilidade.
A educação tradicionalmente se concentra em destacar o fato, a linearidade, a
concretização, subestimar os processos imaginativos, precisamente aqueles que
contribuem para o permanente questionamento e, com ele, para o desenvolvimento da
atitude científica. Cientistas, assim como artistas, basicamente requerem imaginação. É
por isso que a conhecida frase de Albert Einstein: “A imaginação é mais importante que
o conhecimento. O conhecimento é limitado, a imaginação envolve o mundo.” Em outras
palavras, a imaginação constitui uma capacidade humana plena e ilimitada, que incentiva
a inventividade e promove o desenvolvimento da ciência e da cultura (COLL, 1996).
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O papel da imaginação é "despertar, revelar o que geralmente não se vê, não se
ouve, nem espera (FONSECA, 2011, p. 79)” e, como tal, exerce a liberdade de
particularizar a percepção. Da mesma forma, deve-se reconhecer no imaginário a
possibilidade de expandir a própria experiência humana, sendo que existe uma maneira
alternativa de compensar deficiências, superar a impotência, um aspecto especialmente
gravitativo ao trabalhar com crianças em condições vulneráveis.
Através da imaginação, as crianças podem semear a esperança, tendo uma
válvula de escape que lhes permite superar a sensação de estar ancorada a uma
realidade imutável. Os professores têm o dever de ajudar as crianças a ler, assistir e
extrair suas próprias interpretações, visualizando outras alternativas; está tendo a
oportunidade de "acender o pavio, explorar o que a transformação dessa possibilidade
pode significar (COLL, 1996, p. 89)."
Em outras palavras, imaginar significa poder romper com a realidade como uma
questão imutável, é desafiar o "senso comum" construindo novas ordens de experiência.
Imaginar é libertar-se de algo, superar seu real significado, formular diferentes hipóteses,
realizar buscas, formular perguntas. Imaginar, portanto, é uma condição para a mudança.
Ao mesmo tempo, a imaginação também possui uma dimensão social que permite
se descentrar, transcender o plano pessoal para que ocorra o processo de
relacionamento uns com os outros. Nesse sentido, o impacto imaginativo também pode
chegar à arena política, cuja recuperação da imaginação pode diminuir a paralisia social
que se está testemunhando no ambiente educacional, bem como restaurar a sensação
de que algo pode ser feito em nome da dignidade humana (COLL, 1996).
Ao imaginar, a criança aprende que é possível pensar em uma ordem melhor das
coisas, evitando "a resignação que paralisa as pessoas e as impede de agir para provocar
mudanças". Isso pode ser interpretado como a função moral da imaginação, que permite
um estado de consciência do que significa estar no mundo, ler a realidade
da sua própria perspectiva, interpelando-a em relação aos outros e extrair suas próprias
interpretações do que é vivido e sentido. A imaginação então constitui um insumo básico
para intervir na realidade (COLL, 1996).
Embora a imaginação seja um aspecto importante na educação das crianças,
também é importante no treinamento de seus professores. Um professor que não
desenvolveu sua própria imaginação, não conhece seu significado e relevância. Em vez
disso, um professor imaginativo pode criar e recriar situações incorporando algo novo
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARBIERI, Stela. Interações: Onde está a Arte na Infância. São Paulo: Blucher, 2012.
FERREIRA, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo, SP: Cortez, 2001.
MÖDINGER, Carlos Roberto (et al.). Artes visuais, dança, música e teatro: práticas
pedagógicas e colaborações docentes. Erechim: Edelbra, 2016.