Trab. HIV
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Aspectos
Estrutura organizacion Introdução 0.5
ais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico (expressão
Conteúdo 2.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA Rigor e coerência das
s 6ª edição em citações/referências
4.0
Bibliográfi citações e bibliográficas
cas bibliografia
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 6
1.1.Justificativa ................................................................................................................................ 6
1.2.Problematização......................................................................................................................... 7
1.3.Objectivos .................................................................................................................................. 8
2.Metodologia .................................................................................................................................. 8
3.Revisão Literária........................................................................................................................... 9
Conclusão ...................................................................................................................................... 15
Introdução
“Em Moçambique há actualmente mais de um milhão e quinhentas mil pessoas infectadas pelo
HIV, estimando-se em 110.000 o número de crianças de 0-14 anos vivendo com o HIV”
(UNAIDS,2016). “Em termos epidemiológicos, a infecção do HIV em Moçambique é
generalizada, mas considerada estável desde 2015, com uma prevalência de 13.2% em adultos
de 15-49 anos de idade. (ONUSIDA, 2015)”.
O mundo do trabalho está cada vez mais afectado, pois sofre não apenas com o custo humano da
força de trabalho, mas também com a redução dos lucros e da produtividade. Isso resulta em novos
desafios tanto para os empregadores quanto para os trabalhadores. Respostas construtivas e pró-
activas ao HIV/SIDA no local de trabalho podem contribuir para uma melhoria das relações de
trabalho e para garantir a continuidade da produção (OIT, 2002).
Neste sentido o HIV/AIDS é uma questão relacionada com o local de trabalho e deveria ser
tratado como qualquer outra doença ou problema grave no local de trabalho. Isso é necessário
não só porque afecta a força de trabalho, mas também porque o local de trabalho […] tem papel
a desempenhar na grande luta para conter a disseminação os efeitos da epidemia.
1.1.Justificativa
O HIV-SIDA é uma das maiores catástrofes que aconteceu na história da humanidade, esta
pandemia está a ceifar vidas humanas a um ritmo acelerado, principalmente na África Sub-
sahariana, onde se localiza o nosso pais (Moçambique). Esta doença tem impactos negativos
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em todas áreas sócias, inclusive no local de trabalho As empresas estão a perder os seus
recursos humanos. E com eles, perdem também a sua história, conhecimentos, habilidades e
experiencia. O HIV ataca maioritariamente a pessoas adultas, dos 15 aos 49 anos, pessoas estas
que formam a forca laboral disponível no mercado e que possam a maior parte do seu tempo no
local de trabalho. Deste modo o local de trabalho torna-se o palco ideal para a disseminação de
actividades de prevenção, educação, apoio e tratamento do HIV-SIDA.
Neste sentido , o interesse em pesquisar tal temática surgiu a partir das observações feitas pelo
autor em alguns pontos do pais concretamente na província de Sofala. Constitui motivação do
autor em identificar os impactos suas consequências no local do trabalho de modo a apontar
algumas medidas para a protecção das pessoas portadoras do HIV-SIDA. No entanto acredita-
se que a realização deste estudo, será de suma importância para esclarecer dúvidas e confirmar
a expectativa em relação ao tema abordado.
1.2.Problematização
Simultaneamente, o local de trabalho é um dos locais mais importantes e mais efectivos para
responder à epidemia, mesmo em países onde a prevalência do HIV/SIDA é baixa. Duas em
cada três pessoas vivendo com o HIV/SIDA deslocam-se diariamente ao seu local de trabalho,
fazendo com que o seu local de trabalho, seja ideal para a promoção da prevenção do HIV,
tratamento, assistência e apoio. A capacidade única do local de trabalho juntar indivíduos que
se encontram nos grupos etários de maior risco, constitui uma situação inigualável para a
consciencialização, educação, acesso ao tratamento e promoção da não discriminação contra
pessoas vivendo ou em risco de adquirir o vírus. (ONUSIDA e Empresas, 2007)
As pessoas vítimas de doenças associadas ao HIV devem poder seguir trabalhando enquanto
estiverem declaradas aptas, segundo parecer médico, a ocupar um emprego em condições
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adequadas. Diante dessa situação o presente trabalho apresenta a seguinte questão: Quais são
os impactos do HIV-SIDA no local do trabalho face as pessoas vítimas de doenças?
1.3.Objectivos
1.3.1.Objectivo geral:
1.3.2.Objectivos específicos:
2.Metodologia
Na realização deste estudo, usou-se como método de pesquisa para a revisão literária, a analise
de documentos sobre o impacto do HIV-SIDA no local de trabalho. O estudo de caso foi o
método escolhido para pesquisar as acções de empresas operando em Moçambique .Segundo
Marcelo et al (2005) “o estudo de caso basea-se na investigação de um fenomenizo
contemporâneo no contexto de uma situação real numa organização. Para os estudos do caso, o
método de recolha de dados foi a analise documental.
3.Revisão Literária
Há 25 anos desde que a Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) surgiu como a maior
emergência de saúde, a epidemia tem tido um sério efeito devastador no desenvolvimento
humano. Em muitos países a epidemia tem minado o progresso nos objectivos do
desenvolvimento do milénio, particularmente, em áreas como redução da pobreza, promoção da
igualdade de género, redução da mortalidade infantil e aumento da qualidade de vida das
mães.(UNAIDS, 2006).
“A SIDA é uma doença provocada pela destruição do sistema imunitário por um vírus
denominado VIH. Este vírus é principalmente transmitido através das secreções sexuais e pelo
sangue”(Lagarde, 2001).
Por este motivo, os dois modos predominantes de transmissão actual são: as relações sexuais
com penetração (homo e heterossexuais) e a partilha de seringas contaminadas por utilizadores
de drogas injectáveis.
O HIV-SIDA afecta a forca de trabalho, quer qualificada, quer não qualificada e implica custos
cada vez maiores para as empresas em virtude de:
Redução da produtividade;
Aumento dos custos com pessoal
Perda de colaboradores competentes;
Redução dos mercados.
De acordo com o estudo escrito por Rau, Bill(2002), tel como as pessoas singulares as
empresas também podem estar em risco devido a natureza do trabalho nela feito.
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A grande maioria dos seropositivos são pessoas de 15 a 49 anos, ou seja, trabalhadores na faixa
etária mais produtiva. A epidemia diminui a expectativa de vida, que deve cair de 60 para cerca
de 30 anos até 2010, nas regiões mais atingidas da África Austral. Cerca de 36 dos 40
milhõesde pessoas vivendo com o HIV exercem uma actividade produtiva sob uma forma ou o
utra, e pelomenos 26 milhões de trabalhadores são seropositivos, (ILO, 2006)As projecções
mostram que em 2005, a força de trabalho em Moçambique, reduziu em cerca de418.000
mulheres e 354.000 homens. Moçambique pode vir a perder até 2020, 17% da sua força de
trabalho, devido ao HIV/SIDA.
Em termos absolutos, isto representa uma perca de cerca de2.2 milhões de trabalhadores, (ILO,
2005)A população adulta economicamente activa está a caminhar para a desestabilização.
Muitos provedores de serviços estão a cair doentes devido ao HIV-SIDA, e outros estão a ser
forçados atirar férias para serem provedores de saúde ou para realizar funerais, (Ecosida, 2006)
A ILO (2006), refere-se a algumas consequências, nomeadamente:
Na maioria dos casos, os dirigentes empresariais querem dar o “melhor” aos seus
trabalhadores, mas quando se trata do SIDA sentem muitas vezes que não sabem como
proceder, ou têm receio que seja demasiado dispendioso.
O HIV afecta o desenvolvimento social e económico que passam pela força de trabalho e pelo
nível e distribuição de poupanças. No primeiro caso, os efeitos decorrem pelo facto de a
epidemia causar um impacto negativo na população activa, onde se concentra a incidência da
epidemia e mortalidade relacionadas com o vírus associado à SIDA. Assim, pessoas com
importantes papéis económicos e sociais (tanto homens como mulheres) deixam de dar sua
plena contribuição para o desenvolvimento do país.
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Esses programas podem alterar todo o ambiente de trabalho de maneira produtiva, pois ajudam
a melhorar o moral dos empregados, ajudam a reter e atrair melhores trabalhadores, promovem
um alto nível de comprometimento dos funcionários e respeito pelos seus direitos,
especialmente quando baseados em políticas para conter a discriminação e a estigmatização.
Para Valentim (2003), Todo trabalhador é, antes de tudo, um ser humano e, como tal, portador
de direitos e garantias inerentes à sua condição de ser, de pessoa e quando
portador do vírus HIV, é comummente identificado como “seropositivo”, expressão associada
às ideias de doença, doença fatal, morte, morto-vivo, de transmissor ou portador de uma praga,
de uma malignidade que coloca em risco a vida humana. Há uma associação da enfermidade
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com ideias negativas, que muitas vezes, justifica a exclusão, o isolamento, a rejeição, o
preconceito.
Estes dois casos dão uma ideia das formas de discriminação no local de trabalho, e ilustram
aspectos já mencionados. A entidade patronal não assume a responsabilidade social que tem em
relação aos seus trabalhadores, e viola frequentemente o direito da pessoa ao emprego, à
assistência médica e à confidencialidade. O referido estudo denuncia também a falta de
conhecimento das entidades patronais acerca da natureza da doença, e acerca dos direitos dos
trabalhadores. Quando lidam com casos de HIV/SIDA, negam ao trabalhador o direito à
assistência médica, recusando-se a reembolsá-lo do dinheiro que estes dois casos dão uma ideia
das formas de discriminação no local de trabalho, e ilustram aspectos já mencionados. A
entidade patronal não assume a responsabilidade social que tem em relação aos seus
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O referido estudo denuncia também a falta de conhecimento das entidades patronais acerca da
natureza da doença, e acerca dos direitos dos trabalhadores. Quando lidam com casos de
HIV/SIDA, negam ao trabalhador o direito à assistência médica, recusando-se a reembolsá-lo
do dinheiro que gastou em consultas médicas e em medicamentos, enquanto tal não acontece
no caso de outras doenças. O HIV/SIDA é visto como uma “doença especial”. As atitudes das
entidades patronais revelam igualmente o medo associado à doença. Elas procuram fazer com
que a PVHS não trabalhe no mesmo sítio onde elas ou os outros trabalhadores o fazem.
A discriminação no local de trabalho também está reflectida na falta de políticas que definam
as responsabilidades da entidade patronal para com as PVHS, nas limitadas ou nulas verbas
orçamentais para os programas de luta contra o HIV/SIDA e na dificuldade em se reservar
parte do horário laboral para que os trabalhadores possam participar em campanhas de
consciencialização sobre o SIDA. A tendência para se considerar que a PVHS é um doente e,
por isso, é um inútil e um improdutivo, leva a atitudes que afectam o emprego e as actividades
das PVHS, no sentido em que, ao considerá-las doentes, está-se, de algum modo, a tratá-las
como incapazes. Logo, a entidade patronal, por exemplo, deixa de as ver como trabalhadores;
esta atitude constitui um obstáculo à formulação, no lugar de trabalho, de estratégias destinadas
a melhorar a qualidade de vida dos empregados vivendo com o SIDA e a atenuar as
repercussões da doença no seu trabalho diário. “Se tens SIDA vais morrer, portanto não vale a
pena gastar recursos contigo.”
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Conclusão
Na realização deste trabalho podemos concluir que, o HIV-SIDA é um problema que afecta
directamente os Recursos Humanos de qualquer organização e, neste sentido, as organizações
são as que mais sofrem porque perdem a mão-de-obra, o que afecta significativamente na sua
produtividade e consequentemente redução dos lucros. É portanto sensato investir nos
programas de prevenção, de assistência e cuidados para conter o declínio da produtividade e a
consequente rentabilidade das organizações.
Referências bibliográficas