Trabalho Wanda
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I. Introdução............................................................................................................................ 2
1. Noçao de Conhecimento .................................................................................................. 3
2. Finalidade do Conhecimento ........................................................................................... 3
3. Principais Tipos de Conhecimento e Suas Principais Características ............................. 3
4. Tipos de Conhecimento ................................................................................................... 5
4.1. Conhecimento empírico ou popular ......................................................................... 5
4.2. Conhecimento científico .......................................................................................... 6
4.3. Conhecimento teológico ou religioso ....................................................................... 7
4.4. CONHECIMENTO FILOSÓFICO .......................................................................... 8
5. Principais Diferenças Entre o Conhecimento Científico e Empírico .............................. 9
II. Conclusão .......................................................................................................................... 10
III. Referências .................................................................................................................... 11
I. Introdução
O presente trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Método de Estudo.
O trabalho tem por base a análise de um tema muito relevante: Tipos de Conhecimento.
No dia-a-dia necessitamos dum conjunto vasto de conhecimentos para a satisfação das nossas
necessidades individuais e de vida em sociedade. Temos que saber como agir e nos comportar
nas diferentes circunstâncias que enfrentamos no nosso quotidiano: a forma como alguém
deve se comportar como chefe de família é diferente da forma como deve se comportar como
chefe de um departamento de uma empresa, e como estudante duma faculdade, por exemplo.
Adicionalmente temos que saber manusear os inúmeros e diferentes instrumentos à nossa
disposição, para satisfação destas necessidades e como adquirir mais conhecimentos para
melhorar cumulativamente o nosso desempenho, enquanto buscamos satisfazer tais
necessidades por mecanismos mais eficientes e socialmente mais aceitáveis e produtivos.
2
1. Noção de Conhecimento
Segundo Bello1: “ Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou
fenómeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que
acumulamos em nossa vida quotidiana, através de experiências, dos relacionamentos
interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos”. Dentre os animais, o homem é o único
ser capaz de criar e transformar o conhecimento.
2. Finalidade do Conhecimento
O fim do conhecimento é alcançar uma verdade objectiva. Ao produzi-lo, o homem assimila o
mundo ao deu redor, através de um processo dialéctico baseado na contemplação, sensação,
percepção e representação.
Estes tipos de conhecimento diferem entre si mais ao nível metodológico (isto é, da forma
como são obtidos) do que em relação ao seu conteúdo de per se (embora sua profundidade
seja, em geral, diferente). Refira-se o caso de um agricultor, duma zona rural que não sabe ler
e escrever, e desconhece as razões dadas pela ciência para a necessidade de preparar o terreno
antes de plantar, mas sabe que deve fazê-lo e tem consciência de que actividade agrícola é um
processo com leis próprias. Isto resulta dum lado das experiências que adquiriu de seus pais,
ao que se acrescentou o conhecimento tácito, isto é, o conhecimento que adquiriu pela própria
prática da agricultura. Neste exemplo estamos perante dois tipos distintos de conhecimento
que convergem de certa forma em relação a sua essência, mas que divergem no campo
metodológico: trata-se do conhecimento popular em contraste ao obtido com base na
indagação científica, portanto, ao conhecimento científico. São geralmente reconhecidos
quatro tipos de conhecimento: o conhecimento empírico (também chamado popular,
espontâneo, ou vulgar); o conhecimento científico; o conhecimento filosófico e o
conhecimento teológico.
4
Demo, P. Metodologia Científica em Ciencias Sociais, 5ª edição, São Paulo: Editora Atlas S.A. 2002.
5
Ronguane, S.. Manual de Filosofia para Principiantes: Noções Básicas de Pessoa, Ética e Conhecimento,
Maputo: s/editora. 2005
4
4. Tipos de Conhecimento
O ser humano, ao se utilizar de um conjunto de símbolos para ordenar o pensamento e, assim,
permitir a produção e transmissão de ideias, pode criar diversos tipos de conhecimentos, deste
modo definidos:
É o conhecimento da pessoa comum, que não precisa operacionalizar métodos científicos para
a construção de seu conhecimento e que assimila o que há de referência a usos e organizações
do que a cerca, tal qual as mulheres que já tiveram filhos e que aconselham as “principiantes”
sobre receitas que aliviam as cólicas do recém-nascido. Segundo João Álvaro Ruiz7: “O
especialista em lógica conhece a lógica cientificamente; o psicólogo conhece psicologia
cientificamente e o químico farmacólogo conhece os componentes e a forma de actuação dos
medicamentos cientificamente. O homem comum pode conhecer tudo isso de outro modo,
não cientificamente, mas de maneira vulgar e empírica.”
Desta maneira, é importante salientar que, para qualquer homem, a maior parte de seus
conhecimentos pertence ao nível do conhecimento empírico.
6
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. Metodologia científica. 6.ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2007; pág. 6;
7
RUIZ, J. A. Metodologia Científica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2008. Pág. 96
5
Para Trujillo8:“constituem-se características do conhecimento popular: valor activo, reflexivo,
assistemático, verificável, falível e inexacto”.
4.2.Conhecimento científico
O conhecimento científico ultrapassa o saber puramente empírico. Utilizando-se de uma
metodologia rigorosa, ele procura compreender, além do objecto em si, sua estrutura e
determinações, englobando-o em leis generalizantes e procedendo com uma sistematização
desse objecto aos demais.
Ainda segundo BARROS10, “os modos de proceder do conhecimento científico têm em mira
descobrir sempre alguma coisa nova ou fornecer o melhor nível de certeza, explicação e
compreensão sobre um assunto.” Para obter esse objectivo, precisa exigir níveis adequados de
competência intelectual, pensamento lógico e raciocínio, angariando, concomitantemente,
métodos e técnicas especiais para análise, compreensão e intervenção da realidade.
Quanto à sua estrutura interna, alude Urbano Zilles11 que a ciência poderia ser subdividida em
três grandes áreas: a das ciências formais, das empírico-formais e das hermenêuticas. As
formais se ocupariam do estudo de matérias ideais, que poderiam ser integradas a outras
ciências: a matemática e a lógica; as empírico-formais se ocupariam em explicar os
fenómenos da natureza, tais como a Física e a Biologia; enquanto as hermenêuticas teriam
como objecto as humanidades (como a Sociologia e a Política), passíveis de compreensão e
não de explicação, como seria competente às ciências naturais.
8
TRUJILLO, Ferrari A. Metodologia da ciência . 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974; pág. 7
9
BARROS, A. J. S. Fundamentos da metodologia científica. 3.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007;
pág. 44;
10
Idem
11
ZILLES, U. Teoria do conhecimento. 5.ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006; págs. 235-243;
6
4.2.1. Características do Conhecimento Científico
Exemplo: Albert Einstein descobriu a relação entre a energia e a matéria, expressa através de
sua famosa equação: E = mc 2 .
O conhecimento relativo às revelações feitas por Deus ao homem, que repassa as informações
a outros homens, que acreditam nas palavras por meio da fé - daí que haja uma grande
importância do argumento de autoridade -, é o chamado conhecimento teológico. Tais
informações revestem-se de autenticidade e verdade após uma crítica histórica dos fatos
narrados, em geral são transcritos para os livros sagrados, e acompanhada de sinais que as
ratificam.
A aceitação dos fatos revelados se faz mediante a ação da fé religiosa. Tal manifestação,
como explica RUIZ, está bem mais próxima das tendências volitivas que dos processos
racionais, senão ele não crê que “existisse fé sobre a face da Terra”. A fé religiosa não seria
passível de explicação cabal pela teologia ou pela ciência do fato religioso, caracterizando-se
como de ordem místico-intuitiva.
Em uma análise comparativa ministrada por RUIZ14, a Teologia, em seu carácter dogmático,
desagradaria o homem contemporâneo, enquanto a ciência ganha cada vez mais prestígio.
12
GALLIANO, A. O método científico: teoria e prática . São Paulo: Harper & Row do Brasil,
1979; pág. 2430
13
Ibid, pág 43
14
Op. Cit. Pág. 109
7
Desta maneira, nos conflitos entre os dois saberes, não seria mais a religião que submeteria a
ciência, como ocorrera quando da insipiência científica, mas a Teologia que procuraria rever
seus conceitos para não se opor à mentalidade científica e a dogmática do homem moderno.
Falível: qualquer ideia que possa ser submetida aos testes da observação, por exemplo: o
conhecimento popular e científico é falível, enquanto o conhecimento filosófico e teológico é
infalível.
4.4.CONHECIMENTO FILOSÓFICO
O conhecimento filosófico possui objeto de estudo e método diferentes do conhecimento
científico. Enquanto este se ocupa do que é imediato e perceptível em nível dos sentidos e de
instrumentos e técnicas, ou seja, sujeito à experimentação, aquele se detém no que é
suprassensível, na razão última dos seres em geral, ultrapassando o que é verificado
experimentalmente.
Segundo a avaliação de CERVO16, a filosofia, como se poderia supor pela análise etimológica
da palavra – philos: ‘amigo’, sophia: ‘sabedoria’ – não se caracteriza como uma tentativa de
deter o conhecimento, mas de aproximar-se dele, de procurá-lo. A filosofia teria o papel de
interrogar, de buscar o sentido das coisas da que envolvem o homem concreto no seu contexto
histórico. Desta maneira, esse filosofar é incessante, visto que o que circunda o ser humano
muda constantemente ao longo do tempo, daí a ideia do filósofo ser “filho do seu tempo”.
A busca pelo saber tem como objectivo final a elaboração de pressupostos que norteariam a
ação humana, direccionariam a conduta do homem para o seu melhor sentido. Segundo
BARROS17, citando Cipriano Luckesi: “(a filosofia) é uma forma de conhecimento prático,
orientadora do exercício de nossa sobrevivência em sociedade. Ela pode não garantir o
‘ganha-pão’, como se diz vulgarmente, mas certamente que é com sua ajuda que conseguimos
o pão nosso de cada dia, pois dela depende o encaminhamento de nossa acção.”
15
Op. Cit. Pág 109
16
Op. Cit. Pág. 109
17
Op. Cit. Pág. 42
8
4.4.1. Características do Conhecimento Filosófico
18
Op. Cit. Pág. 11;
19
Op. Cit.
9
II. Conclusão
Este trabalho estudou os tipos de conhecimento existentes e chegou a conclusão de que é
quase de consenso que existem diferentes tipos de conhecimento, que possuem diferenças
substâncias entre si, no entanto estas diferenças são mais expressivas ao nível da forma, isto é,
conjunto de métodos e técnicas usadas para obter e reproduzir o conhecimento, do que ao
nível da essência do conhecimento em si. No entanto, em muitas circunstâncias o próprio
conteúdo do conhecimento produzido por cada um destes diferentes tipos de conhecimento é
diferente, uma vez que os mesmos são também formas diferentes de explicar e interpretar a
realidade. Podem se distinguir quatro tipos principais de conhecimento: conhecimento
empírico, que resulta da experiência do quotidiano e dos conhecimentos obtidos da sociedade
à nossa volta, através da educação informal; conhecimento científico que resulta da aplicação
dos princípios, métodos e técnicas científicas para a interpretação da realidade; conhecimento
filosófico, que estuda as causas últimas do saber e conhecimento teológico baseado na fé em
doutrinas inspiradas pela Divindade, que criou e controla todo o Universo.
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III. Referências
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