9a Por D4 Atividades
9a Por D4 Atividades
9a Por D4 Atividades
Descritor
Os itens relativos a esse descritor devem envolver elementos que não constam
na superfície do texto, mas que podem ser reconhecidos por meio da identificação
de dados pressupostos ou de processos inferenciais.
Esse formato permite que a sistematização das habilidades seja feita de modo
progressivo e, ao mesmo tempo, pode apoiá-lo na condução do processo de ensino-
aprendizagem considerando a heterogeneidade da sala de aula.
BAJOUR, C. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. São
Paulo: Pulo do Gato, 2012.
COLOMER, T. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.
GABARITO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1) Leia o texto a seguir.
Vi então o Imperador escutando-me, refletindo e acabando por dizer que sim, que
iria falar a minha mãe; eu beijava-lhe a mão, com lágrimas. E logo me achei em
casa, à espera, até que ouvi os batedores e o piquete de cavalaria; é o Imperador!
é o Imperador! Toda a gente chegava às janelas para vê-lo passar, mas não
passava, o coche parava à nossa porta, o Imperador apeava-se e entrava. Grande
alvoroço na vizinhança: “O Imperador entrou em casa de D. Glória! Que será? Que
não será?” A nossa família saía a recebê-lo; minha mãe era a primeira que lhe
beijava a mão. Então o Imperador, todo risonho, sem entrar na sala ou entrando, –
não me lembra bem, os sonhos são muita vez confusos, – pedia a minha mãe que
me não fizesse padre, – e ela, lisonjeada e obediente, prometia que não. […]
Capitu preferia tudo ao seminário. Em vez de ficar abatida com a ameaça da larga
separação, se vingasse a ideia da Europa, mostrou-se satisfeita. E quando eu lhe
contei o meu sonho imperial:
– Não, Bentinho, deixemos o Imperador sossegado, replicou; fiquemos por ora com
a promessa de José Dias. Quando é que ele disse que falaria a sua mãe?
ASSIS, M. de. Dom Casmurro. Domínio Público. Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000194.pdf>. Acesso em 21 mar. 2019.
b) Pela reação de Capitu ao sonho imperial de Bentinho, é possível inferir que ela é
uma pessoa:
a) sonhadora.
b) prática.
c) confusa.
d) vaidosa.
GABARITO
DESAFIO
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Eu vi o meu semblante numa fonte,
Que viva de guardar alheio gado; Dos anos inda não está cortado:
De tosco trato, d’expressões grosseiro, Os pastores, que habitam este monte,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Com tal destreza toco a sanfoninha,
Tenho próprio casal¹, e nele assisto²; Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Ao som dela concerto a voz celeste;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite, Nem canto letra, que não seja minha,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela, Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela! Graças à minha Estrela!
GONZAGA, T. A. Marília de Dirceu. 1. ed. São Paulo: Ediouro, [s.d.]. Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000301.pdf>. Acesso em 11 abr. 2019.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1) Leia o texto a seguir.
[…] O ônibus em que íamos parou, como todos os veículos; os passageiros desceram
à rua e tiraram o chapéu, até que o coche imperial passasse. Quando tornei ao meu
lugar, trazia uma ideia fantástica, a ideia de ir ter com o Imperador, contar-lhe tudo
e pedir-lhe a intervenção. Não confiaria esta ideia a Capitu. “Sua Majestade pedindo,
mamãe cede”, pensei comigo.
Vi então o Imperador escutando-me, refletindo e acabando por dizer que sim, que
iria falar a minha mãe; eu beijava-lhe a mão, com lágrimas. E logo me achei em
casa, à espera, até que ouvi os batedores e o piquete de cavalaria; é o Imperador! é
o Imperador! Toda a gente chegava às janelas para vê-lo passar, mas não passava,
o coche parava à nossa porta, o Imperador apeava-se e entrava. Grande alvoroço na
vizinhança: “O Imperador entrou em casa de D. Glória! Que será? Que não será?” A
nossa família saía a recebê-lo; minha mãe era a primeira que lhe beijava a mão.
Então o Imperador, todo risonho, sem entrar na sala ou entrando, – não me lembra
bem, os sonhos são muita vez confusos, – pedia a minha mãe que me não fizesse
padre, – e ela, lisonjeada e obediente, prometia que não. […]
Capitu preferia tudo ao seminário. Em vez de ficar abatida com a ameaça da larga
separação, se vingasse a ideia da Europa, mostrou-se satisfeita. E quando eu lhe
contei o meu sonho imperial:
– Não, Bentinho, deixemos o Imperador sossegado, replicou; fiquemos por ora com
a promessa de José Dias. Quando é que ele disse que falaria a sua mãe?
b) Pela reação de Capitu ao sonho imperial de Bentinho, é possível inferir que ela é
uma pessoa:
a) sonhadora.
b) prática.
c) confusa.
d) vaidosa.
ESCOLA_________________________________________________________
DATA: ______________________________________TURMA:_____________
NOME: _________________________________________________________
DESAFIO
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Eu vi o meu semblante numa fonte,
Que viva de guardar alheio gado; Dos anos inda não está cortado:
De tosco trato, d’expressões grosseiro, Os pastores, que habitam este monte,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Com tal destreza toco a sanfoninha,
Tenho próprio casal¹, e nele assisto²; Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Ao som dela concerto a voz celeste;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite, Nem canto letra, que não seja minha,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela, Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela! Graças à minha Estrela!
GONZAGA, T. A. Marília de Dirceu. 1. ed. São Paulo: Ediouro, [s.d.]. Disponível em:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000301.pdf>. Acesso em 11 abr. 2019.