FP Mensagem3
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GRUPO I
PARTE A
Leia o poema.
D. SEBASTIÃO
PARTE B
Leia o excerto.
Cena III
MADALENA, TELMO, MARIA
MARIA (entrando com umas flores na mão, encontra-se com Telmo, e o faz tornar para a
cena) – Bonito! Eu há mais de meia hora no eirado passeando – e sentada a olhar para o rio e
a ver as faluas e os bergantins1 que andam para baixo e para cima – e já aborrecida de
esperar... e o senhor Telmo, aqui posto a conversar com a minha mãe, sem se importar de
5 mim. – Que é do romance que me prometeste? Não é o da batalha, não é o que diz:
Postos estão, frente a frente,
Os dois valorosos campos;
é o outro, é o da ilha encoberta onde está el-rei D. Sebastião, que não morreu e que há de vir
um dia de névoa muito cerrada2... Que ele não morreu; não é assim, minha mãe?
10 MADALENA Minha querida filha, tu dizes coisas! Pois não tens ouvido, a teu tio Frei Jorge e a
teu tio Lopo de Sousa, contar tantas vezes como aquilo foi? O povo, coitado, imagina essas
quimeras para se consolar na desgraça.
MARIA Voz do povo, voz de Deus, minha senhora mãe: eles que andam tão crentes nisto,
alguma coisa há de ser. Mas ora o que me dá que pensar é ver que, tirado aqui o meu bom
15 Telmo (chega-se toda para ele, acarinhando-o), ninguém nesta casa gosta de ouvir falar em
que escapasse o nosso bravo rei, o nosso santo rei D. Sebastião. Meu pai, que é tão bom
português, que não pode sofrer estes castelhanos, e que até, às vezes, dizem que é de mais o
que ele faz e o que ele fala… em ouvindo duvidar da morte do meu querido rei D. Sebastião...
ninguém tal há de dizer, mas põe-se logo outro, muda de semblante, fica pensativo e
20 carrancudo; parece que o vinha afrontar, se voltasse, o pobre do rei. – Ó minha mãe, pois ele
não é por D. Filipe; não é, não?
MADALENA Minha querida Maria, que tu hás de estar sempre a imaginar nessas coisas que
são tão pouco para a tua idade! Isso é o que nos aflige, a teu pai e a mim; queria-te ver mais
alegre, folgar3 mais, e com coisas menos...
25 MARIA Então, minha mãe, então! – Veem, veem?... também minha mãe não gosta. Oh! essa
ainda é pior, que se aflige, chora... ela aí está a chorar... (vai-se abraçar com a mãe, que
chora). Minha querida mãe, ora pois então! – Vai-te embora, Telmo, vai-te; não quero mais
falar, nem ouvir falar de tal batalha, nem de tais histórias, nem de coisa nenhuma dessas. –
Minha querida mãe!
30 TELMO E é assim; não se fala mais nisso, e eu vou-me embora. (À parte, indo-se depois de
lhe tomar as mãos) Que febre que ela tem hoje, meu Deus! queimam-lhe as mãos... e aquelas
rosetas4 nas faces... Se o perceberá a pobre da mãe!
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (dir. Annabela Rita), Porto, Edições Caixotim, 2004.
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Embarcações pequenas e ligeiras, de dois mastros. A crença popular era a de que D. Sebastião não teria morrido
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e regressaria numa manhã de muito nevoeiro. Divertir, distrair. Manchas avermelhadas, características da
tuberculose.
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PARTE C
GRUPO II
Leia o texto.
Talvez a falta de Amor seja mesmo a “peste” do século XXI! Será que estamos também
“programados” para suprir a falta de Amor que sentimos?
Porque é que muitas pessoas continuam a pensar que sentir falta de Amor é normal e
aceitam ser pouco amadas ou mesmo muito mal-amadas, com receio e medo de perder o que
5 muitas vezes só existe mesmo na sua imaginação?
Porque existem crenças e mitos completamente obsoletos, entre os quais o de que sentir
amor próprio é vaidade e de que não existe uma bela história de Amor sem muito sofrimento!
Tudo mentiras!
O que está a acontecer com o Amor que geneticamente viemos programados para sentir
10 por nós mesmos e pelos outros, e que muitos dizem sentir por nós, mas que na “prática” é
zero?
Será que esta sociedade de consumo está a “consumir” e a “perverter” o conceito de
Amor, ou nos está a querer tentar impingir um “Amor falsificado” por nós mesmos e pelos
outros?
15 Pela minha experiência acompanhando casais, o modelo “Vale quase tudo!” tende a
predominar. Agressões verbais, físicas e constante desrespeito apresentam tendência
acentuada para serem relativizados e não interpretados como situações graves, inaceitáveis e
reveladoras de uma total falta de Amor.
A idealização do que é uma relação de Amor, as dificuldades em ter uma relação de
20 compromisso pensando que irá encontrar um “pacote melhor”, de se amar a si próprio frente
a todas as exigências que lhe são diferidas (ou que se auto impõe), o sentimento crónico de
não se sentir amado pelo companheiro e familiares e, ainda assim, não o dizer com todas as
TESTE DE AVALIAÇÃO – 12º ANO
consequências daí advenientes… a sensação que muitas pessoas transmitem de que vivem
numa espécie de “selva dos afetos” na qual tentam sobreviver… ainda não é generalizável,
25 mas creio que para lá caminha!
A falta de Amor paira…
Será que um destes dias vamos ao supermercado e encontramos a prateleira do Amor
enlatado, chegamos a casa e comemos as referidas latas olhando para a televisão, Facebook,
Instagram, SMS e WhatsApp, tudo ao mesmo tempo?
4. Na frase “Será que esta sociedade de consumo está a ‘consumir’ e a ‘perverter’ o conceito
de Amor, ou nos está a querer tentar impingir um ‘Amor falsificado’ por nós mesmos e
pelos outros?” (ll. 12-14) , a conjunção “ou” tem valor
(A) disjuntivo ou de alternância.
(B) explicativo.
(C) aditivo.
(D) conclusivo.
5. A oração “que lhe são diferidas” (l. 21) classifica-se como subordinada
(A) substantiva relativa.
(B) adjetiva relativa restritiva.
(C) adverbial consecutiva.
(D) substantiva completiva.
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GRUPO III
Hoje em dia, a preocupação das pessoas centra-se nas novas tecnologias e esquecem-se
que o Amor é fundamental para se viver em harmonia, connosco e com os outros.
No seu texto: