Trabalho EM GRUPO de PP-2023 - 2 Ano
Trabalho EM GRUPO de PP-2023 - 2 Ano
Trabalho EM GRUPO de PP-2023 - 2 Ano
Edmilson Saranque
Juma Sebastião
Pereira Novena
Stela Macamo
Universidade Púnguè
Chimoio
2023
Constância José Sitole
Edmilson Saranque
Juma Sebastião
Pereira Novena
Stela Macamo
Docente: Edson
Evaristo Magande
Universidade Púnguè
Chimoio
2023
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Índice
Introdução.................................................................................................................................3
2.Tipos de Avaliação................................................................................................................5
3.Funções da avaliação.............................................................................................................6
4.1 Prova...................................................................................................................................9
4.2 Observação.......................................................................................................................11
4.3 Relatório...........................................................................................................................11
4.4 Portfólio............................................................................................................................12
Conclusão...............................................................................................................................15
Referências bibliográficas......................................................................................................16
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Introdução
Durante muito tempo foi dado aos processos avaliativos a finalidade de julgar, classificar
ou atribuir valores. No contexto educativo, a este mesmo enfoque, foi atribuído ainda a
possibilidade de o professor controlar comportamentos e medir a aprendizagem do aluno,
desconsiderando as contribuições da avaliação para o processo de ensino aprendizagem
Todavia compreendemos assim avaliação como sendo que não é nenhuma novidade em
educação. Desde que as escolas foram criadas como instituições destinadas à transmissão do
conhecimento elaborado pela sociedade que se faz avaliação, assim entendida a forma de
averiguar até que ponto os educandos aprenderam determinado conhecimento
Actualmente, outro carácter é dado a esta ferramenta. Em torno desses novos paradigmas,
destacam-se pensamentos que compreendem a avaliação como um diagnóstico, um processo de
investigação e de reflexão sobre o ensino e a aprendizagem, possibilitando ao docente realizar as
intervenções necessárias para melhorar a qualidade de sua prática.
Posto isso, esse estudo tem como objectivo geral compreender o processo de avaliação do
ensino-aprendizagem. A pesquisa traz ainda como objectivos específicos: Mencionar os tipos de
avaliação descrever as funções da avaliação no processo de ensino-aprendizagem; apontar os
instrumentos avaliativos.
Metodologia
O nosso trabalho, é de carácter qualitativo, pois o método usado foi do tipo exploratório, que
consiste em fazer levantamento bibliográfico usando artigos disponíveis na internet e alguns
livros electrónicos.
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Por sua vez, um professor que seja um profissional sério e responsável, seguro de sua prática
docente - que orienta as actividades de aprendizagem dos educandos, colaborando com eles na
construção do conhecimento tendera a encarar avaliação como uma forma de diagnóstico dos '
avanços e dificuldades dos alunos e como indicador p r o replaneamento de seu trabalho docente.
Nessa perspectiva, a avaliação ajuda o aluno a progredir na aprendizagem, e o professor à
aperfeiçoar sua prática pedagógica.
Para Libânio (2004, p.105) É uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho
docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem.
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2.Tipos de Avaliação
Segundo Bloom (apud Sant’Anna, 1995) o professor pode realizar avaliação de forma
diagnóstica, formativa e somativa, conforme o fim a que se destina.
Para Ribeiro (p.79, 1997) a avaliação diagnóstica pretende averiguar da posição do aluno
face a novas aprendizagens que lhe vão ser propostas e a aprendizagens anteriores que servem de
base aquelas, no sentido de obviar a dificuldades futuras e, em certos casos, de resolver situações
presentes.
Domingos, (1987), tal como Valadares (1998) atribuem à avaliação de diagnóstico apenas o
papel de detectar as causas de dificuldades manifestadas pelos alunos, durante o processo ensino-
aprendizagem.
Monteiro (2015, p.09) explica mais sobre o melhor momento de usar a avaliação
somativa: Por fim, a avaliação somativa é utilizada de tempos em tempos, periodicamente, com o
intuito de conhecer os resultados obtidos, pelos discentes, através dos instrumentos avaliativos
utilizados e, desse modo, permitir que os atores sejam classificados, rotulados. A avaliação
somativa prioriza os resultados, e não o processo de aprendizagem em si, sendo utilizada para
certificar e comprovar se o método de ensino é ou não funcional.
Para Domingos, (1987) a avaliação sumativa é feita no final de um período ou ano escolar
e avalia a consecução de objectivos traçados para o período em questão; é portanto o tipo de
avaliação que permite atribuir uma classificação ou posicionar o aluno relativamente aos
objectivos.
3.Funções da avaliação
Avaliar o processo ensino-aprendizagem é, basicamente, verificar o que os alunos
conseguiram aprender e o que o professor conseguiu ensinar. Mas por que e para que o professor
precisa determinar o nível de aprendizagem de seus alunos? Vários são os propósitos da
avaliação na sala de aula. Vejamos os principais:
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Mas se um grupo não conseguiu atingir as metas propostas, cabe ao professor organizar
novas situações de aprendizagem para dar a todas condições de êxito nesse processo. Essa forma
de avaliar é denominada avaliação formativa e sua função é verificar se os objectivos
estabelecidos para a aprendizagem foram atingidos. Portanto, o propósito fundamental da
avaliação com carácter formativo é verificar se o aluno está conseguindo dominar
gradativamente os objectivos previstos, expressos sob a forma de conhecimentos, habilidades e
atitudes.
4.1 Prova
É o instrumento de avaliação mais comummente utilizado na escola. Em algumas escolas
todo seu processo avaliativo é centrado em provas, visto que possibilita fidedignidade na
aprovação do aluno e na devolução dos resultados a comunidade escolar.
O professor já traz na sua bagagem a cultura da prova, considerando que, em sua vida
escolar, repetiu inúmeras vezes o ritual da prova e do exame A prova é utilizada tanto na
educação básica como no ensino superior. Assim, em toda sua formação, o professor vivencia
situação de prova Luckesi (1996, p.17).
Hoffmann (1993, p. 18), explica que, na sua prática de aula, o professor segue a tendência
em reproduzir modelos vivenciados, visto que essa lhe oferta segurança ao devolver os
resultados aos alunos, pais, direcção, equipe pedagógica e sociedade, transformando-se em uma
rede de segurança do professor.
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A prova promove uma sensação de justiça e igualdade ao professor, visto que utilizou o
mesmo instrumento, com as mesmas questões para avaliar todos seus alunos igualmente. Porém,
essa sensação pode ser falsa, visto que a prova pode ser utilizada como instrumento para
correcção de atitudes comportamentais, ser elaborada com alto ou baixo grau de dificuldade,
desrespeitar o contrato didáctico, não apresentar questões de forma clara, entre alternativas.
Segundo Vasconcellos (2003, p.125), na prática, alguns motivos que levam o professor a
usar a prova. É mais cómodo (permite um tempo para “respirar”, corrige tudo de uma vez, etc.);
o docente tema visão de que “sempre foi assim”; não percebe a necessidade de mudar; não sabe
como fazer diferente; sente-se segura assim, já que há uma legitimação social para este tipo de
prática (especialmente em termos de preparação para os exames); existe a possibilidade de usá-lo
como ameaça para o aluno (forma de controle do comportamento); e localiza o problema no
aluno, não se questiona o processo.
Okuda (2001) propõe que o professor observe alguns cuidados no uso da prova: as
questões devem ser relevantes e com significado; situações problema inéditas deve ser proposta,
evitando simples reprodução a memorização; a redacção deve ser clara e objectiva, inclusive das
instruções; elementos não funcionais devem ser evitados no enunciado; texto, figuras, mapa,
tabela e outros devem ser explorados se forem adequados e de maneira conveniente e válida;
uma questão da prova não deve conter elementos que respondem outra a inteligência dos alunos
não deve ser subestimada; enunciados que solicitem respostas pessoais devem ser evitadas,
assim, como itens de tipos variados numa questão, questões optativas e inclusão de diferentes
tipos de questões (objectivas e discursivas) numa mesma prova; o nível de dificuldade deve ser
equilibrado e coerente com a forma de trabalho realizado (metodologia); as questões da prova
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devem ser pautadas nas habilidades e conteúdos trabalhados em sala ou actividades extra-classe,
e conformidade com o contrato didáctico o conjunto de questões da prova deve constituir um
texto orgânico; as questões devem ser ordenadas, numeradas e dispostas adequadamente na
página; a apresentação deve ser legível e o valor de cada parte e de cada questão deve ser
informado no texto da prova.
4.2 Observação
Considerar o valor da observação como instrumento de avaliação é caminhar no sentido de
construção de uma avaliação mais formativa. No entanto, para isso, necessário utilizá-la com de
forma directa e organizada. forma directa e no dia a dia, a observação proporciona continuidade,
possibilitando o acompanhamento e a regulação da aprendizagem do aluno. Porém, alguns
cuidados devem ser tomados pelo professor ao adoptar esse instrumento. Um deles é a atenção
para se evitar a subjectividade. Para isso, o professor necessita organizar formas de registos que
expressem os dados colectados durante a observação.
4.3 Relatório
Relatório escolar pode ser utilizado como instrumento de avaliação. Constitui um
documento escrito pelo aluno, em forma de narrativa, a fim de expressar um estudo ou uma
actividade desenvolvida. “Tem por finalidade informar, relatar, fornecer resultados, dados
experiências” (Sant’Anna ,1995, p.120)
A estrutura do relatório, tanto com relação a forma quanto ao conteúdo, pode ser pré-
definida pelo professor ou definida em conjunto com os alunos, em conformidade da actividade
desenvolvidos, com os objectivos e conteúdo trabalhado.
Sant’Anna (1995, p.122), defende ainda que os elementos que irão compor o relatório
devem ser apresentados ao aluno antes da realização da actividade. A apresentação anterior ao
trabalho possibilita que ao aluno volte seu olhar para aspectos importantes desenvolvidos na
actividade.
4.4 Portfólio
O portfólio é um instrumento de avaliação constituído pela “organização de uma colectânea de
registos sobre aprendizagens do aluno que favoreçam ao professor, aos próprios alunos e às
famílias uma visão evolutiva do processo” (Hoffmann, 2002, p.201).
Deve ser organizado pelo aluno, sob orientação do professor. Porém, uma simples
colectânea na constitui um portfólio. È preciso que contribua para entender o processo de
aprendizagem do aluno e indicar ao professo que caminho seguir. São as intenções de quem o
organiza o torna significativo.
Para se organizar um portfólio é preciso ter clareza dos propósitos que se pretende com
esse instrumento. É necessário uma organização de actividades que proporcionem a percepção
do desenvolvimento, da aprendizagem do aluno e o progresso na construção do conhecimento.
“Precisa constituir-se em um conjunto de dados que expresse avanços, mudanças conceituais,
novos jeitos de pensar e fazer, alusivos à progressão do estudante” (Hoffmann, 2002, p.202).
O portfólio pode ser composto por actividades, tarefas, trabalhos, relatórios elaborados
pelos alunos. Pode incluir ainda, as anotações e registo do professor, advindas inclusive da
observação directa em sala. Porém, não basta só reunir o material, é preciso analisá-lo, discutir
com o aluno sua caminhada e seus avanços, superando a subjectividade de ambos os envolvidos.
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Para ver o aluno no grupo e de acordo com sua própria medida, considerando sua
capacidade pessoal e seu esforço, é preciso pensar a avaliação como um procedimento referente
não apenas ao aluno como indivíduo; é preciso levar em conta toso o processo escolar e em
particular todos os aspectos do currículo. (Sant’Anna, 1995, p.89)
Sant’Anna (1995) aponta alguns cuidados devem ser tomados durante a realização dos
conselhos de classe:
Indicar acções que visem a orientação do aluno sobre como, o que estudar e como se
auto-avaliar.
Reflectir sobre o currículo da escola e apontar as alterações necessárias.
Analisar a eficácia dos instrumentos de avaliação utilizados pelo professor, no decorrer
do processo de ensino.
Apontar indício que conduzam a família e o aluno a uma visão clara de seu desempenho,
Assim, seu uso tanto como recurso para melhoria do ensino, quanto como instrumento de
avaliação, contribui como processo de ensino e aprendizagem. Especificamente como
instrumento de avaliação, possibilita perceber o tipo de estrutura que o aluno apresenta sobre um
determinado conjunto de conceitos. Evidencia ainda, como o aluno “organiza, relaciona,
diferencia e integra conceitos de uma determinada unidade de estudo” (Moreira, 1987, p. 45)
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Conclusão
No decorrer deste trabalho constatamos que a avaliação apresenta inúmeras contribuições
para o processo de ensino aprendizagem, tornando-se um aparato que norteia e orienta o trabalho
do professor, promovendo reflexões e possíveis intervenções a serem realizadas durante a prática
docente, a fim de garantir os avanços educativos. Além disso, essa mesma ferramenta possibilita
ao educando reflectir sobre o seu próprio desempenho escolar.
Nada garante que um bom professor seja um bom avaliador. Desde os primeiros
momentos, em que me encontrei na situação de avaliadora, experimentei sentimentos diferentes
que começaram por ser de excitação e satisfação por me encontrar do outro lado (ou seja, no
papel da professora), para rapidamente se transformarem em dúvida e até alguma angústia
quando de alguma forma comecei a reflectir sobre o papel que a avaliação desempenhava.
Isto porque não tinha recebido qualquer tipo de preparação pedagógica e o único modelo
de referência era aquele que tinha experimentado enquanto aluna: após a exposição de uma
determinada quantidade de matéria, surgia uma aula dedicada a revisões seguida de um teste
escrito de avaliação, que quando era entregue, corrigido e classificado pelo professor, era
corrigido oralmente na aula, após o que se passava a nova exposição de matéria, e assim
sucessivamente até ao final do período escolar.
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Referências bibliográficas
Álvarez Méndez, J. M. (2002). Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto alegre:
Artmed Editora.
Domingos, A., Neves. (1987). Uma forma de estruturar o ensino e a aprendizagem (3ª ed.).
Lisboa: Livros Horizonte.
Hoffmann, Jussara M.. (1993). Avaliação mediadora: uma prática de construção da pré-escola à
universidade. Porto Alegre: Mediação,
Libâneo, José Carlos (2004). Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora
Alternativa.
Luckes, Cipriano Carlos (1996). Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez.
Sant’anna, Ilza Martins (1995.) Por que avaliar: como avaliar?: critérios e instrumentos.
Petrópolis, RJ: Vozes.