Princípios de Tolerância e Limites

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Princípos de tolerância

Factores limitantes; Lei do minimo; Lei da Tolerância; Factores reguladores; Indicadores


ecológicos

Lei do mínimo : ‘’ requisito mínimo em relação a qualquer factor é o determinante final que
controla a distribuição ou sobrevivência de uma espécie’’

Lei do mínimo de Liebig:

Liebig ( 1890), enunciou ‘’a lei do mínimo ‘’ estudando o crescimento das plantas. ‘’ o
crescimento dos vegetais e limitado pelo elemento cuja concentração é inferior a um valor
mínimo, abaixo do qual as sínteses não podem mais fazer – se’’

Ex: O boro é geralmente raro no solo, uma vez esgotado as plantas já não mais crescem mesmo
que seja acrescentado outro elemento.

Tolerância: a distribuição dum organismo é limitada por sua tolerância á flutuação dum único
factor.

Compensação e moderação de Schwerdffeger : diz que ‘‘ O factor de limitação raramente actua


de forma isolada, porém é influenciada pela acção simultânea de outros factores’’. Esta lei foi
ampliada e hoje fala-se do ‘’ Factor Limitante’’Um factor ecológico desempenha um papel de
factor limitante quando esta ausente ou reduzido, abaixo de um mínimo critico ou se excede o
nível máximo tolerável.

Lei da Tolerância de Shelford


“Cada ser vivo apresenta em função dos diversos factores ecológicos, Limites de Tolerância,
entre os quais situa-se seu óptimo ecológico”. Shelford (1911)

Lei da Tolerância (= Lei de Shelford):


Para cada espécie, existem amplitudes de tolerância (com limites mínimos e máximos) aos
factores ecológicos, dentro das quais sua existência é possível.
Amplitudes de tolerância: Terminologia

· Esteno- = estreito·
. Euri- = amploestenotérmico/euritérmico;estenohídrico/eurihídrico
estenohalino/eurihalino;estenoécio/euriécio ;(estenoeco/eurieco)
sobrevivem entre limites estreitos de temperatura - seres estenotérmicos.

Lagarto estenotérmico Lobo eurotérmico


Fatores Reguladores
Condições de existência como factores reguladores:
o
- Luz Factores ecológicos importantes C no ambiente terrestre ; - H2O chuva ; Luz Factores
o
ecológicos importantes ; T C no ambiente marinho; Salinidade. Em todos a natureza química e a
ciclagem dos nutrientes minerais básicos têm importância primordial

Factores limitantes e/ou reguladores: tanto no sentido prejudicial quanto benéfico. Os


organismos adaptados respondem de forma tal que a comunidade alcança o máximo grau de
homeostase possível.

Os organismos adaptam ao ambiente físico de acordo com a tolerância e utilizam-se da


periodicidade natural para regular seu relógio biológico, de modo a beneficiar-se das condições
favoráveis. ex.: regulação das actividades nas zonas temperadas = duração do dia foto período é
sempre o mesmo para um disparador crono métrico que determina a estação e localidade acciona
sequências fisiológicas que produzem: crescimento e floração das plantas; mudas de penas;
depósito de gordura; migração; período de reprodução em peixes, aves, mamíferos; dia pausa
(insectos); hibernação; estivacção.

Valência ecológica
Valência ecológica : é a capacidade genética de se estabelecer com sucessos em ambientes
distintos, traduzindo – se pela menor ou maior amplitude das condições de vida sobre as quais
um organismo pode viver, assim os organismos podem ser :

Eurência – a espécie de grande valência ecológica; Estenoência – a espécie de pequena valência


ecológica

As valências ecológicas regulam as possibilidades de expansão das espécies que podem ser
divididas em :
Euritópicas – espécie com ampla distribuição
Estenotópicas – espécie estritamente localizada, com pequena distribuição
Factores da distribuição das Espécies
É a tendência de propagação para novos ambientes, uma tentativa de conquista de novas áreas e
de alargamento dos próprios domínios, mais notável nos animais, ocorrem também nos vegetais.

Dispersão activa
Factores da distribuição das espécies : Dispersão passiva
Dispersão Biológica
A dispersão das espécies é a tentativa de propagação que cada espécie animal ou vegetal realiza
com o objectivo de alargar seus domínios e conquistar novas áreas.

Tipos

Dispersão passiva: (corias) Realizada principalmente pelos vegetais Faz-se às custas da


participação de factores alheios à espécie como : o vento (anemocoria), a água (hidrocoria) ou
mesmo outras espécies (biocoria).

Dispersão activa: depende principalmente dos recursos próprios de locomoção da espécie.


Realizada intensamente pelos animais. Pode ocorrer por migração ou por nomadismo.

Dispersão biológica

Em biologia chama-se dispersão ao conjunto dos processos que possibilitam a fixação de


indivíduos de uma espécie num local diferente daquele onde viviam os seus progenitores. Estes
processos permitem que a espécie continue a aumentar a sua abundância sem estar dependente
dos recursos existentes na sua área e determinam a biogeografia do mundo.

Entre os processos que asseguram a dispersão das espécies contam-se:


as migrações; a dispersão de esporos e sementes; o parasitismo;
A dispersão de sementes pode ser feita através de 4 (quatro) mecanismos, são eles:
zoocoria (dispersão pelos animais) ;anemocoria (dispersão pelo vento)
hidrocoria (dispersão pela água) ;barocoria (dispersão pela gravidade)
Dispersão Vegetal O modo de dispersão das plantas e a relação entre seus frutos e os animais
tem grande importância uma vez que é necessário que ocorra uma identificação entre estes para
que o fenómeno aconteça. No entanto, é importante compreender que os animais inicialmente
alimentam-se da produção das árvores para depois realizar a dispersão.

• Durante o processo de desenvolvimento dos frutos e sementes, as plantas produzem compostos


secundários que funcionam como repelentes ou protectores até a completa maturação. • afastam
os predadores e os dispersores até o momento em que as sementes estejam em condições de
dispersão, o índice bioquímico com seus componentes é que vão definir a interacção entre a
planta e seu dispersor, através do paladar que confere aos frutos de cada espécie, assim, os
agentes dispersores são atraídos pelas características que os frutos e sementes apresentam,
utilizando-os como fonte de alimentação.

Dispersão Vegetal As principais características que as plantas apresentam para atrair os animais
baseiam-se no acesso desses até os frutos.

• A cor, o peso, o tamanho, a palatabilidade e o conteúdo de nutrientes nos frutos

• São adaptações que as plantas possuem para determinar a escolha do tipo de frutos pelos
animais.

• Frutos grandes, pesados e ricos em polpas caem ao solo,


sendo apreciados pelos roedores e outros animais que os transportam para grandes distâncias da
planta mãe, propiciando a regeneração da espécie, já os frutos pequenos, como os de pinheiro
bravo Podocarpus lambertii, quando maduros são muito atractivos pelo arilo das sementes,
sendo, por isso, transportados pelos seus dispersores, no estudo da dispersão de sementes e
frutos, um aspecto importante a ser considerado é a fenologia, também conhecida como ritmo de
frutificação das espécies.

Em florestas tropicais e subtropicais, pode-se encontrar espécies frutificando durante o ano todo,
esses fenómenos são causados pelos factores ambientais, como: precipitação, temperatura e luz,
enquanto os factores bióticos, como animais dispersores, predadores de frutos e sementes,
também podem influenciar no ritmo de frutificação das espécies

Frutos zoocóricos - fazem parte do grande grupo de espécies, cuja dispersão é realizada pelos
animais, como aves e mamíferos. Como exemplo desse grupo temos a pitanga-preta, Eugenia
brasiliensis, e guabiju, Myrciantes pungens. Este tipo de dispersão, em muitos casos, é
conhecido por endozoocórica, ou seja, o animal ingere o fruto e depois defeca as sementes que
estão em condições de germinarem.

Dispersão Vegetal
• Os frutos e as sementes estão em condições de serem dispersados quando ocorre a frutificação;
Acontece através dos processos fisiológicos das plantas e compreende: 1. fecundação através da
polinização; 2. o crescimento, o amadurecimento dos frutos e 3. apresentação desses para os
dispersores. Inicialmente ocorre, por parte dos animais, a predação ou pré-dispersão pode ser
causada tanto por alguns peixes, que também se alimentam de frutos, por anfíbios, répteis,
insectos, aves e mamíferos que, após sua refeição, movimentam-se e carregam as sementes,
distribuindo-as ao acaso.

Dispersão dos Vegetais

• Frutos autocóricos – são aqueles não adaptados para dispersão pelo vento ou pelos animais. Sua
distribuição ocorre por: gravidade, caso da Araucaria angustifolia, que embora seja dispersa pela
gralha azul, apresenta regeneração natural à sombra da árvore mãe.

Sumário

Liebig ( 1890), enunciou ‘’a lei do mínimo –a concentração é inferior a um valor mínimo,
abaixo do qual as sínteses não podem mais fazer – se. Compensação e moderação de
Schwerdffeger : diz que ‘‘ O factor de limitação raramente actua de forma isolada, porém é
influenciada pela acção simultânea de outros factores.’’Valência ecológica : é a capacidade
genética de se estabelecer com sucessos em ambientes distintos. A dispersão das espécies é a
tentativa de propagação que cada espécie animal ou vegetal realiza com o objectivo de alargar
seus domínios e conquistar novas áreas, ela pode ser activa e ou passiva

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