3 Aula - Fatores Ecológicos e 4 Aulas Cadeia - Teia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 56

Fatores Ecológicos

Profa. Flavia Cristina Cavalini


Fatec Itapetininga
NÍVEIS HIERÁRQUICOS
DE ORGANIZAÇÃO
Gene
Célula
Tecido Aumento da
Órgão complexidade

Indivíduo
* Níveis dos
População* estudos
ecológicos
Comunidade*
Ecossistema*
Bioma*
• Mas, o que é população mesmo?

• E comunidade?

• Ecossistema?

• Bioma?

• Tem diferença?
As populações são definidas como o
conjunto de organismos de uma mesma
espécie que vive em uma área.
A comunidade é o conjunto de todas as
populações de uma área
Um ecossistema é um conjunto formado
pelas interações entre componentes bióticos
e os componentes abióticos
Bioma é o "conjunto de vida definida pelo agrupamento de
tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala
regional, com condições geoclimáticas similares e história
compartilhada de mudanças, resultando em uma
diversidade biológica própria“ (IBGE).
Fatores Ecológicos
Conjunto de fatores biológicos (bióticos) e físicos
(abióticos), de um determinado ambiente que atuam
diretamente sobre os seres vivos pelo menos em uma
fase do seu ciclo vital.

• Bióticos: relações entre os seres vivos;


• Abióticos: condições físicas do ambiente.
Fator Limitante

Qualquer agente que torne difícil a


sobrevivência, o crescimento ou a
reprodução de uma espécie.
Lei do Mínimo
(Lei de Liebig)

- 1840
- Estudos de nutrição vegetal
- O crescimento dos vegetais é limitado pelo
nutriente presente em menor quantidade
(concentração próxima à mínima necessária).
Ex.: Boro

Sempre raro no
solo.

Quando é esgotado
pelas plantas, o
crescimento delas
para, mesmo
havendo outros
nutrientes em
abundância
LEI DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA

- Shelford, 1911
- Para cada espécie, existem amplitudes de
tolerância (com limites mínimos e
máximos) aos fatores ecológicos, dentro
das quais sua existência é possível.
- Shelford estudava a reprodução de um grupo
de coleópteros. Para que a postura dos ovos
e sobrevivência das larvas ocorresse, os
ovos deveriam ser postos em:

- Solo: poroso + arenoso + pouco húmus + bem


drenado
- Temperatura e umidade entre limites estreitos
- Luz atenuada
LEI DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA

- Mais abrangente que a Lei do Mínimo

- Não trata só de vegetais, mas também de


animais

- Não se aplica só a nutrientes, mas


também a outros fatores (luz, temperatura,
umidade, ph, salinidade,...)
(Modificado de Cox et al., 1976)
AMPLITUDES DE TOLERÂNCIA

Esteno = estreito
Euri = amplo

Temperatura: estenotérmico/euritérmico

Água: estenohídrico/eurihídrico

Estenoécia (espécies que não suportam


condições variáveis)
Euriécia (espécie capaz de se adaptar a
condições variadas)
(Odum, 1985)
- Em ambientes naturais, as espécies muitas
vezes não vivem dentro da faixa ótima em
relação a um determinado fator (influência de
outros fatores, frequentemente biológicos, como
presença de competidores e predadores)

- Indivíduos reprodutivos e em estágios imaturos


apresentam, em geral, amplitudes de tolerância
mais estreitas.
Fatores Ecológicos Abióticos
Limitantes

- Temperatura
- Luz
- Água/ Umidade
- Gases atmosféricos requeridos
- Solo
- Fogo
- Macronutrientes: requeridos em grande quantidade (Ca,
Mg,...)
- Micronutrientes: vitais, porém requeridos em pequenas
quantidades (Mn, Fe, Cl, Zn, Co, B,...)
TEMPERATURA

– Influi no metabolismo, na fotossíntese, no


desenvolvimento, na atividade sexual e na
fecundidade;

– Faixa de temperatura mais favorável para a


vida → 10 a 30 ºC;
Quanto a faixa de tolerância os animais podem ser:

- Euritérmicos : são capazes de tolerar ampla faixa de


variação da temperatura.
- Estenotérmicos: capazes de tolerar pequena variação

• No tempo: marcha diária de temperatura (diurno e


noturno), padrão anual (sazonal) com temperatura
característica de cada estação do ano;

• No espaço: regiões equatoriais com pouca variação


sazonal; regiões temperadas com grande variação
sazonal;
• SERES EURITÉRMICOS

❑Espécies que resistem a grandes variações de


temperatura (grande amplitude térmica).

❑Ex: Lobo, homem.


• SERES ESTENOTÉRMICOS

Espécies que sobrevivem entre estreitos limites


de temperatura (pequena amplitude térmica).
Ex.: Mytella guyanensis (marisco-do-mangue)
COMPORTAMENTO DOS SERES VIVOS:

• Migram:
Calidris alba (maçarico)

Charadrius semipalmatus
(batuíra-de-bando)
Arenaria interpres
(rola-do-mar)
• Reduzem as suas atividades vitais para valores
mínimos, ficando num estado de vida latente:

– Hibernam – Se ocorrer na estação fria.


ex.: ouriço-cacheiro; marmota

– Estivam - Se ocorrer na estação quente.


» Ex.: crocodilo, caracóis.

• Abrigam-se durante parte do dia.


• Alteração de aspecto nas plantas:
❑Algumas árvores perdem a folhagem na estação
desfavorável.

Ex.: ipê-amarelo; jacarandá-mimoso


❑ Algumas plantas perdem o caule e até a raíz –
sobrevivem sob a forma de sementes.

❑Ex: Papoula, lírios.


Adaptações

REGIÕES FRIAS

• Pêlos mais densos e compridos – raposas e urso polar;

• Grande teor de gordura – pinguins

• Extremidades mais curtas (focinho, orelhas).

Estas características fazem com que a perda de calor seja mínima, permitindo
assim a sobrevivência.
• REGIÕES QUENTES

• Pêlos menos densos e mais curtos;


• Menos gordura;
• Maior superfície corporal em contacto com o exterior.

Estas características facilitam a perda de calor para o meio e evitam o


sobre-aquecimento.
LUZ

– Fonte de energia essencial na produção de alimentos


(fotossíntese);

– Fator vital e fator limitante, tanto em mínima


intensidade como em máxima;

– Influência nas variações da atividade diária e sazonal


de alguns animais;

– Regula os processos na pigmentação da pele;


LUZ

– Regula os ritmos biológicos diários e anuais, a


atividade motora dos animais;

– Orienta o movimento dos vegetais (heliotropismo);

– Alguns animais e vegetais produzem luz


(bioluminescência).
LUZ
– Devido a sazonalidade de sua incidência, existem
animais noturnos e diurnos;
– Existem organismos que suportam grandes
variações luminosas (eurifotos) e seres que só
conseguem viver numa estreita faixa luminosa
(estenofotos);
- Há aqueles que são fortemente atraídos pela luz
(mariposas), enquanto outros fogem da luz (toupeira).
ÁGUA

– Entra na composição das células de todo ser


vivo;
– Presente em todos os processos metabólicos;
– Papel fundamental na temperatura corporal
dos homeotermos, na regulação do clima no
planeta e na distribuição dos seres vivos na
biosfera;
– Sementes → em torno de 3 a 5% de água;
– Homem → em torno de 65% de água;
– Recém-nascido → 90%.
ÁGUA

Hidrófilos ou hidrófitos → vegetais que só vivem em locais com


muita água (ninféia);
Xerófilos ou xerófitos → vegetais adaptados a locais com pouca água
(cactos).
Fatores Ecológicos Bióticos

• Seres vivos associam-se com outros de mesma


espécie ou de espécie diferente para obter
alimento, proteção, transporte e reproduzir;

• Tipos de relações:
❑Intra e/ou Interespecífica;
❑Harmônica ou Desarmônica.
AUTÓTROFOS:
Seres vivos que são capazes de
produzir seu próprio alimento

HETERÓTROFOS:
Seres vivos, que buscam energia
se alimentando de outros seres
vivos
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
Relações de alimentação entre os organismos de
uma comunidade, iniciando-se nos produtores e
passando pelos herbívoros, predadores e
decompositores, por esta ordem.
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
PRODUTORES: capazes de fixar a energia luminosa
sob a forma de energia química. São chamados
autótrofos.

➢ Dividem-se em:
* Produtores fotossintetizantes;
* Produtores químiossintetizantes.
➢PRODUTORES FOTOSSINTETIZANTES:
* Equação geral da fotossíntese:
12 H2O + 6 CO2 + energia → C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
➢PRODUTORES FOTOSSINTETIZANTES:
* São as plantas verdes, algas e fitoplâncton.
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
➢PRODUTORES QUIMIOSSINTÉTICOS:
* Semelhante à fotossíntese
* 1º há a oxidação de compostos inorgânicos
* 2º formação do composto orgânico (glicose)

Primeira etapa:

Composto Inorgânico + O2 → Compostos Inorgânicos Oxidados


+
Energia Química

Segunda etapa:

CO2 + H2O + Energia Química → Compostos Orgânicos + O2


CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
➢PRODUTORES QUIMIOSSINTÉTICOS:
* Ocorrem em certas bactérias
Sulfobactérias - Beggiatoa e Thiobacillus

Nitrobactérias - Nitrosomonas e Nitrobacter


CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
CONSUMIDORES: são organismos que não
produzem seu alimento (heterótrofos) e nutrem-se
dos produtores (direta ou indiretamente).

* Consumidores primários (C1): são os


herbívoros e parasitas de plantas verdes.
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
* Consumidores secundários (C2): são os
carnívoros que se alimentam de herbívoros.
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
* Consumidores terciários (C3): são os carnívoros
que se alimentam de carnívoros.
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
*Decompositores: decompõe matéria orgânica
morta em inorgânica, num processo natural de
reciclagem de matéria.
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)
Numa CADEIA ALIMENTAR o NÍVEL TRÓFICO é a
posição do organismo na cadeia.

PLANTA > HERBÍVORO > CARNÍVORO


1º Nível Trófico 2º Nível Trófico 3º Nível Trófico
Classificação dos seres vivos nas cadeias alimentares

São classificados
como decompositores

Fungos e bactérias

Capim Grilo Sapo Cobra Seriema

Hábito alimentar Produtor Herbívoro Carnívoros

Consumidor Consumidor Consumidor Consumidor


Grau de consumo Produtor primário secundário terciário quaternário

Nível trófico (NT) 1° NT 2° NT 3° NT 4° NT 5° NT

A classificação de onívoro não aparece, no hábito alimentar, para os animais


representados em cadeias, mas somente em teias alimentares.
CADEIA ALIMENTAR (Cadeia Trófica)

Quando se constrói uma cadeia alimentar, as setas


indicam sempre o trajeto do alimento.
TEIA ALIMENTAR
É um conjunto de cadeias alimentares interconectadas,
geralmente representado como um diagrama das relações
entre os diversos organismos de um ecossistema. Nas teias
aparecem os organismos onívoros.
EXEMPLO DE UMA TEIA ALIMENTAR DO PANTANAL
Por que é difícil encontrarmos cadeias
alimentares com muito elos?
A transformação da energia luminosa em química,
denominada fotossíntese, é responsável pela entrada de energia nos
ecossistemas.
Um aspecto importante para se entender a transferência de
energia dentro de uma cadeia alimentar é a compreensão da primeira
Lei da Termodinâmica, que diz:
“A energia não pode ser criada nem destruída, e sim transformada.”

Outro aspecto importante é o fato de que a quantidade de energia


disponível diminui à medida que é transferida de um nível trófico ao outro.
A explicação para este decréscimo energético de um nível trófico ao outro
é o fato de cada organismo gasta grande parte da energia absorvida na
manutenção das funções vitais.

Você também pode gostar