Mod 3 Historia Da Psicologia
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Leitura Obrigatória:
- MASSIMI, M. História dos Saberes Psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016. (Capítulo 6 – Eixo
estruturante A construção do arcabouço conceitual dos saberes psicológicos no âmbito dos conhecimentos:
a mente e o corpo segundo Descartes e as raízes conceituais da Psicologia Moderna, pg. 333 – 342).
Apresentação do tema:
Já, desde o século XVII, vinha sendo problematizada a possibilidade de constituição de uma convivência
harmônica entre homens livres, aptos a exercer esta liberdade em todos os âmbitos de sua vida. Como
vimos, em oposição ao ideal do bem comum, insurge-se a ‘natureza’ humana, egoísta, vaidosa e auto-
referente.
Para superar o impasse, Thomas Hobbes (1588 – 1679) propõe, em suas obras, o completo domínio desta
natureza do homem e a constituição de um pacto social, em que cada uma cederia parte de sua liberdade
em prol da construção de um Estado civil.
Neste contrato, os direitos naturais do homem seriam em parte transferidos a um soberano ou a uma
assembléia que se responsabilizaria por legislar e julgar os cidadãos.
Na organização da vida social, o homem moderno, como indivíduo, deve apropriar-se dos meios de
produção e assegurar as bases econômicas de sua existência; deve encontrar meios viáveis de
convivência com iguais; deve cuidar da defesa de seus interesses, em um mundo de interesses
particulares, muitas vezes em oposição.
Tanto quanto da produção do conhecimento, aqui também está presente a exigência à disciplina e à
legislação das condutas. Aqui também se operará uma cisão, já agora entre os espaços reservados à vida
em sociedade – submetida a regras de convivência – e os espaços destinados à privacidade, nos quais o
homem pode exercer a liberdade que lhe cabe “por natureza”.
Estabelece-se assim um território de representação, de cultivo de regras estritas da etiqueta, cuja
observância supostamente garantiria a contenção das paixões nos espaços privados.
Atividades:
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1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, procurando caracterizar a cisão entre os espaços
público e privados como solução para o dilema posto pelos ideais iluministas. Reflita sobre as
repercussões desta cisão para as subjetividades.
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
No Renascimento, nasce o humanismo moderno. Há uma grande valorização do homem e, ao mesmo
tempo, a idéia de que ele deve buscar se constituir enquanto homem. Mas o homem não está naturalmente
aparelhado para isto. Assim, é incorreto afirmar:
a) Na produção de conhecimento fidedigno, cabe ao homem expurgar de si, pelo uso do método, tudo o
que tem de variável, idiossincrático, suspeito.
b) Na produção do conhecimento, será necessário constituir um sujeito autônomo, autotransparente,
reflexivo, uno.
c) Na vida em comunidade, será preciso estabelecer um sistema social gerenciado por homens iguais em
direitos e deveres.
d) Na vida em sociedade será necessário constituir uma identidade fictícia, cuja conduta seja previsível e
regulável.
e) Na convivência de homens livres, mesmo os aspectos dos indivíduos que não se prestavam a
normatização exigida pela vida em sociedade poderiam ser publicamente expostos.
R.: Com base na leitura dos textos, você deve ter assinalado a alternativa ‘e’: ao longo da Modernidade, os
processos de constituição das subjetividades vão demandando uma série de cisões, entre elas a que
determina que só devem ser apresentadas publicamente nossas características que se adequavam as
normas sociais. Aspectos não plenamente normatizáveis só deveriam ser expressos no âmbito da vida
privada.
3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser
motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,
nas aulas presenciais.
Leitura Obrigatória:
- VIDAL, F. “A mais útil de todas as ciências”. Configurações da psicologia desde o Renascimento tardio até
o fim do Iluminismo. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da
Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 2).
Como vimos, dos ideais iluministas surge a necessidade de separação de espaços publico e privado e
institui-se o estrito cultivo da etiqueta – um mundo de representação. É contra isto que se insurge o
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elemento anti-humanista. O homem vê-se diante de um despojamento total de sua importância: ele não
seria mais do que um invólucro que porta a vontade e que pode ser substituído.
IV. O Romantismo é essencial no desenvolvimento do sentido de interioridade e profundidade da alma
humana, constituindo-se de uma das bases do que poderíamos chamar de individualismo.
V. Schopenhauer, Edgar Allan Poe e Goethe são alguns dos autores que representam o movimento
tempestuoso e impetuoso do romantismo. Além deles, podemos mencionar no campo da música
Beethoven, Wagner e Chopin.
Assinale a alternativa que contemple as afirmações corretas:
A) I, II, III
B) I, III, IV, V
C) II, IV, V
D) I, III, V
E) I, II, III, IV
A alternativa a ser assinalada é a ‘b’: as afirmações I, III, IV, V são verdadeiras, a afirmação II é falsa, pois
o saudosismo empreende crítica ao passado; é, pelo contrário, um desejo de retorno a um período anterior,
idealizado.
3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser
motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,
nas aulas presenciais.
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