2022 CDS 230
2022 CDS 230
2022 CDS 230
Agropecuária
Cajucultura
Resumo: A área mundial colhida de castanha de caju é de 7,1 milhões de hectares (2020), com maior
concentração em Costa do Marfim (28,6%), Índia (15,7%) e Tanzânia (11,5%). O Brasil está na sexta
posição, com 426,1 mil ha (2020), sendo 99,7%, na Região Nordeste. Entre 2012 e 2019, os anos de
estiagem, agravados pela ocorrência de pragas e doenças, ocasionaram elevado índice de mortalidade
de plantas, com redução de grandes áreas, nos principais estados produtores: Ceará (-32,6%), Piauí
(-58,1%) e Rio Grande do Norte (-60,3%), provocando a perda de 43,5% da área de caju do Nordeste
e de 43,7%, do Brasil. Diante disso, os Governos desses estados criaram programas de distribuição de
mudas de cajueiro-anão-precoce para reposição das áreas, o que gerou bons resultados. Mas, pas-
sados os momentos mais críticos, as preocupações com a cajucultura parecem ter se arrefecido. Em
2021, houve um pequeno avanço de 0,2% na área colhida e uma perspectiva de queda de 0,4%, no ano
de 2022. A pequena velocidade com que essas áreas estão sendo replantadas, mesmo com varieda-
des mais produtivas, não está sendo suficiente para recuperar a perda de produção naquele período.
Enquanto muitos produtores mundiais aumentaram suas participações, a partir do envolvimento de
todos os atores da cadeia da cajucultura e do apoio do Ministério da Agricultura desses Países, o Brasil
vem diminuindo sua participação, que tem oscilado em torno de 3,2%, e perdendo posição, podendo
chegar ao 12º lugar, em 2022. No final dessa análise, são apresentadas algumas diretrizes que pode-
riam ser executadas, com o envolvimento efetivo de todos os componentes da cadeia e, em especial,
com o maior interesse e participação do Governo Federal, para que haja um avanço consistente dessa
atividade em níveis nacional e mundial.
Palavras-chave: Cajucultura; castanha; Nordeste; Brasil.
Aviso Legal: O BNB/ETENE não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e pro-
jeções. Desse modo, todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente
pelo usuário, eximindo o BNB de todas as ações decorrentes do uso deste material. O acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de
responsabilidade. É permitida a reprodução das matérias, desde que seja citada a fonte. SAC 0800 728 3030; Ouvidoria 0800 033 3030; bancodonordeste.gov.br
Fonte: Adaptado pela autora de Faostat (2022). Nota: Dados de 2021 e 2022 estimados a partir das informações do INC (2022) e COMMODAFRICA (2022b).
Dados do Brasil – IBGE/PAM (2022); IBGE/LSPA (Dezembro de 2021; abril de 2022).
Produção
O principal produtor mundial de castanha de caju é Costa do Marfim, com 848,7 mil toneladas, em
2020 (Gráficos 2 e 3). Essa posição foi conquistada, principalmente, devido à grande extensão de sua
área (2,0 milhões de ha), visto que a produtividade de seus pomares (417 kg/ha) é inferior à média
mundial (589 kg/ha).
A Índia é a segunda maior produtora, com 772,8 mil t, em 2020. Até 2019, vinha-se mantendo em
primeiro lugar, tanto em função da grande extensão de área com cajueiros (1,1 milhão de ha), como de
sua produtividade (693 kg/ha) maior que média mundial (Gráficos 2 e 3). Por ter sido um dos primeiros
produtores de castanha de caju, ainda possui muitos cajueirais tradicionais, mas a expansão de suas
áreas está sendo realizada com espécies mais produtivas.
O Vietnã não está entre os Países que possuem as maiores áreas (280,9 mil ha), mas devido à sua
elevada produtividade (1.241 kg/ha), torna-se o terceiro maior produtor mundial, com 348,5 mil t
(Gráficos 2 e 3). Vale salientar que, desde a década de 1990, iniciou-se o plantio exclusivo do cajuei-
ro-anão-precoce, sendo um importante componente para o desenvolvimento da cajucultura no País,
além do trabalho da Associação do Caju no Vietnã (VINACAS) e do apoio governamental, com inves-
timento em coleta e reprodução de germoplasma, gerenciamento integrado da colheita, projetos de
extensão, maior proximidade entre os produtores rurais, cientistas, elaboradores de políticas e com-
panhias; maior proximidade também da Associação com o processamento, a comercialização e com o
apoio governamental.
Informação Importante
No Caderno Setorial Etene, ano 5, nº 114, maio, 2020, colocou-se uma nota indicando uma divergência entre outras fontes de
informações com os dados da Faostat (acesso em 10 fev. 2020) que apontavam o Vietnã como principal produtor mundial de castanha
de caju. Acredita-se que houve uma revisão e acerto daqueles dados, levando o País à sua real posição como produtor mundial de
castanha de caju.
Burundi apareceu nas estatísticas da Faostat no ano de 2017, com dados de área e produção idên-
ticos aos do Vietnã. No ano de 2019, o País apareceu posicionado em quarto lugar, com a produção de
283,3 mil toneladas e área de 276,4 mil hectares; e, em 2020, com 300,9 mil toneladas, área de 277,6
mil hectares e elevada produtividade (1.084 kg/ha) (Gráfico 3). Embora esta cultura seja praticada
na África há anos, recentemente, as autoridades governamentais de Burundi começaram a mobilizar
recursos para promover e diversificar as culturas de exportação, visando diminuir o déficit na balança
comercial. Assim, além da promoção de plantio de novas árvores de cajueiro e outras, os diplomatas do
País estão saindo à procura de mercados para os produtos locais (NKURUNZIZA, 2020).
As Filipinas possuem uma pequena participação mundial na área com cajueiros (0,4%, equivalente
a 29,7 mil ha), mas se destaca por sua elevadíssima produtividade (8.626 kg/ha), a partir do aumento
do uso de técnicas e métodos agrícolas modernos, tornando-se o quinto maior produtor mundial, com
256,0 mil t de castanha de caju, em 2020 (Gráfico 3).
O Camboja, nação do Sudeste Asiático surge como sexto maior produtor mundial de castanha de
caju. O INC (2022), em sua previsão de safra do caju 2021/2022, incluiu o Camboja, em 2021, com a
produção de 190 mil toneladas; e em 2022, com 250 mil toneladas. Ainda que não existam dados ofi-
ciais da Faostat sobre produção de castanha de caju, em anos anteriores, essas informações foram con-
sideradas na presente análise, pois, segundo Virak (2021): (1) o Camboja tem mais de 500 mil hectares
de plantações de caju, com rendimento médio de 1,5 t/ano; (2) o relatório do Ministério da Agricultura,
Florestas e Pescas, do Camboja, informa que o País exportou 219,0 mil toneladas de castanha de caju,
em 2020, um aumento de 8,2% em relação a 2019 (202,3 mil toneladas); (3) nos primeiros sete meses
de 2021, o País exportou 866,2 mil toneladas de castanha de caju, um aumento de 345,3% em relação
ao mesmo período de 2020; (4) e o governo cambojano está preparando um projeto de política nacio-
nal, para fortalecer a capacidade de cultivo, processamento e exportação de produtos de caju para os
mercados local e externo (VIRAK, 2021).
Reforçando esta informação, a Associação do Caju do Vietnã (Vinacas) informou que as importações
vietnamitas de castanha de caju do Camboja passam de cerca de 216,0 mil toneladas, em 2020, para
mais de 1,1 milhão de toneladas, em 2021, representando, assim, quase 39% do total das importações
de castanha de caju do Vietnã, que teria importado 2,8 milhões de toneladas, em 2021, quase o dobro
do ano anterior (COMMODAFRICA, 2022 b). O Camboja está desenvolvendo consideravelmente seu
setor produtivo, mas ainda não possui uma indústria de processamento, sendo o mercado vietnamita
seu principal destino (COMMODAFRICA, 2022b). As informações de mercado também não constam
nos dados oficiais da Faostat, mas confirmam o que foi dito por Virak (2021).
Entretanto, uma outra fonte informa que “o Vietnã importou cerca de 3,5 milhões de toneladas de
castanha de caju in natura, em 2021. Isso não apenas excede os volumes importados, em 2020, em
mais de 81%, mas também estabelece um novo recorde. Os volumes excepcionalmente altos importa-
dos do Camboja permanecem suspeitos” (MUNDUS AGRI, 2022).
O Brasil ficou em 11ª colocação, em 2020, com a produção de 139,9 mil toneladas, em uma área de
426,1 mil hectares. Entre 2012 e 2020, enquanto muitos produtores aumentaram suas participações,
elevando em 38,8% a produção mundial, a participação do Brasil tem oscilado em torno de 3,2% e sua
distância comparada aos principais produtores mundiais tem aumentado, não apenas em consequên-
cia das perdas de áreas, nas principais regiões de cultivo, mas também pela baixa produtividade dos
pomares. Dentre os principais produtores mundiais, o Brasil é um dos que possui a menor produtivida-
de, devido, principalmente, aos seguintes fatores: grande parte dos pomares é composto por cajueiros-
-comuns (também chamados de gigantes, em função do seu grande porte), em fase de declínio natural
de produção; e a remuneração ao produtor é insuficiente para cobrir os custos com adoção de práticas
culturais que aumentem a produtividade.
No ano de 2021, com a queda de 20,9% da produção, a participação nacional caiu para 2,5% da
produção mundial (4,4 milhões de toneladas) e o Brasil passou a 13ª posição. Mas, com a perspectiva
de um aumento na produção (+5,9%), no ano de 2022, poderá aumentar sua participação para 2,7%, e
recuperar um pouco sua posição, para 12º produtor mundial (Gráfico 3; Gráfico 4).
Gráfico 2 – Evolução da produção de castanha de caju nos principais países produtores, comparada
com a do Brasil
Fonte: Adaptado pela autora de Faostat (2022). Nota: Dados de 2021 e 2022 estimados a partir das informações do INC (2022). Dados do Brasil – IBGE/PAM
(2022); IBGE/LSPA (Dezembro de 2021; abril de 2022).
Fonte: Adaptado pela autora de Faostat (2022). Nota: Dados de 2021 e 2022 estimados a partir das informações do INC (2022). Dados do Brasil – IBGE/LSPA
(abril de 2022).
Fonte: Adaptado pela autora de Faostat (2022). Nota: Dados de 2021 e 2022 estimados a partir das informações do INC (2022). Dados do Brasil – IBGE/PAM
(2022); IBGE/LSPA (Dezembro de 2021; abril de 2022).
1 Chamado de cashew apple pela Faostat e traduzido também como maçã do caju.
2 Esse estudo se restringirá somente à Região Nordeste do Brasil porque, no norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que fazem parte da Área de
Atuação do BNB, não há produção de caju.
Brasil 426.302 426.131 426.813 425.244 138.597 139.921 110.669 117.228 325 328 259 276 385.889 451.625 469.237 497.047
Nordeste 424.990 424.861 425.589 424.005 137.708 139.078 109.862 116.372 324 327 258 274 383.890 449.893 465.815 493.417
Ceará 269.819 269.900 271.071 271.636 87.659 85.177 63.076 63.444 325 316 233 234 256.395 80.602 285.734 346.087
Piauí 69.380 71.132 72.327 73.027 21.631 23.155 19.020 25.070 312 326 263 343 52.666 64.765 79.694 124.723
Rio Grande
51.397 50.846 50.378 49.611 16.862 17.524 16.667 17.659 328 345 331 356 48.827 60.102 87.252 98.272
do Norte
Maranhão 12.550 11.214 10.860 9.006 3.946 3.726 3.574 3.285 314 332 329 365 6.835 7.249 12.259 7.804
Bahia 15.428 15.466 15.000 15.000 2.438 4.017 3.500 2.865 158 260 233 191 7.878 12.281 16.870 9.991
Pernambuco 2.377 2.307 2.235 2.228 3.942 4.125 2.833 2.890 1.658 1.788 1.268 1.297 8.292 21.066 10.454 16.002
Paraíba 3.406 3.194 2.941 2.771 868 823 668 678 255 258 227 245 2.113 2.308 2.685 2.193
Alagoas 633 802 777 726 362 531 524 481 572 662 674 663 885 1.520 2.112 1.584
Norte 1.162 1.120 1.074 1.089 809 756 718 767 696 675 669 704 1.839 1.575 3.044 3.252
Pará 1.153 1.110 1.064 1.079 800 746 708 756 694 672 665 701 1.800 1.560 3.002 3.205
Centro-Oeste 150 150 150 150 80 87 89 89 533 580 593 593 160 157 577 668
Mato Grosso 150 150 150 150 80 87 89 89 533 580 593 593 160 157 577 668
Fonte: IBGE/PAM (2022); (1) Fonte: IBGE/PAM (2022); (1) Dados do IBGE/LSPA (Dezembro de 2021 e abril de 2022); (2) Dados de preços da Conab (2022a; 2022b).
Gráfico 6 – Participação percentual dos estados na área colhida com cajueiro, no Nordeste, em 2022
O Brasil vem perdendo sua participação no mercado mundial de amêndoa, porque, além dos pro-
blemas internos relacionados à produção de castanha de caju, encontra-se também diante de dois
grandes concorrentes, que conseguem oferecer o produto a preços mais vantajosos. O primeiro é o
Vietnã, que passou a dominar esse mercado, por ter a vantagem de processar a castanha com baixo
custo; a participação da quantidade exportada pelo Brasil em relação ao Vietnã caiu de 11,6%, em
2012, para 3,3%, em 2020. O segundo concorrente é Costa do Marfim, principal produtor mundial, que
passou a processar sua própria castanha de caju e colocar a amêndoa no mercado mundial, a partir de
2011, crescendo sempre e ultrapassando o Brasil, em 2020, passando a quinto exportador mundial.
Sua participação sobre as exportações brasileiras iniciou com 5,7% e, em 2020, já representava 128,7%.
Enquanto os principais exportadores de amêndoa de castanha apresentaram tendência crescente,
entre 2012 e 2020 (Vietnã - 112,6%; Países Baixos - 29,2%; Alemanha - 403,4%; Costa do Marfim -
691,4%), com exceção apenas da Índia (-49,3%), o Brasil segue com tendência decrescente (-39,0%),
mesmo com o aumento nesses dois últimos anos (Gráfico 9). Enquanto o Brasil permanecer direcio-
nando a cajucultura somente para o mercado de amêndoa, essa tendência poderá continuar, visto que,
para poder concorrer nesse mercado, cobrando um preço menor pelo quilo de amêndoa exportada,
a agroindústria terá de pagar menos ao produtor, e este, somente com a renda da castanha, não está
conseguindo fazer a manutenção adequada dos seus plantios.
Gráfico 9 – Comparativo da evolução das exportações de amêndoa de castanha de caju entre o Brasil
e Mundo
3.2 Importações
O Vietnã e a Índia são os maiores importadores de castanha de caju com casca, para atender às
necessidades de beneficiamento da indústria local, tanto para o consumo interno, quanto para expor-
tação, tornando-se, assim, os maiores exportadores mundiais de amêndoa de castanha de caju (Tabela
2 e Tabela 3). Apesar de grandes produtores mundiais, o Vietnã e a Índia importaram 97,7%, do volume
de castanha in natura, em 2020. Neste ano, devido ao isolamento da pandemia, a colheita e o proces-
samento foram adiados, afetando a indústria local e reduzindo o consumo mundial (VINACAS, 2020).
Considerando o período dessa análise, desde 2012, quando o Brasil importou 59,5 mil toneladas de
castanha de caju com casca, até 2019 (5,0 mil toneladas), as importações nacionais caíram 91,5% e, em
2020, não houve importação. Isso ocorre quando a oferta de castanha de caju no mercado interno não
atende à necessidade de processamento das indústrias (FAOSTAT, 2022).
Tabela 3 – Maiores importadores mundiais de castanha de caju, em 2020
Amêndoa de castanha de caju Castanha de caju com casca
Países Toneladas 1.000 US$ (%) * Países Toneladas 1.000 US$ (%) *
Estados Unidos 167.008 1.103.242 26,5 Vietnã 1.233.643 1.418.765 57,2
Alemanha 64.790 490.921 10,3 Índia 874.082 1.086.928 40,5
Países Baixos 58.473 413.303 9,3 Gana 21.700 17.450 1,0
China 31.742 188.108 5,0 China 15.947 15.882 0,7
Vietnã 25.302 141.786 4,0 Arábia Saudita 3.571 23.936 0,2
Reino Unido 22.317 150.007 3,5 Camboja 3.120 2.713 0,1
Emirados Árabes Unidos 18.792 110.019 3,0 Nigéria 1.045 953 0,0
Austrália 18.300 110.882 2,9 Sri Lanka 549 755 0,0
França 14.540 119.936 2,3 Bélgica 326 3.159 0,0
Canadá 13.332 95.169 2,1 Omã 273 990 0,0
Demais Países 195.490 1.297.727 31,0 Demais Países 2.947 12.878 0,1
Mundo 630.086 4.221.100 100,0 Mundo 2.157.203 2.584.409 100,0
Fonte: Faostat (2022). Nota: *Participação percentual no volume total de exportação.
Fonte: Agrostat (2022); IBGE/PAM (2022); IBGE/LSPA (Dezembro de 2021; abril de 2022).
4.2 Exportações
O Nordeste é praticamente o único exportador nacional, por isso, apresenta a mesma tendência,
observada no Gráfico 9, de queda de 39,0% das exportações, entre 2012 e 2020. Entre 2020 e 2021, as
exportações nordestinas continuaram caindo (-3,5%). Em 2020, a exportação do Nordeste representou
55,3% da produção de amêndoa (28,0 mil toneladas)4; e, em 2021, a exportação foi de 67,5% de 22,1
mil toneladas de amêndoa. A produção de amêndoa sofreu uma grande queda (-21,0%), mas as expor-
tações caíram somente 3,5%, porque o maior impacto foi sobre o consumo interno, queda de 40,9%,
passando de 12,7 mil toneladas, em 2020, para 7,5 mil toneladas, em 2021. Pois o consumidor nacional
é muito sensível ao aumento do preço da amêndoa. A queda da produção de castanha de caju elevou
o seu preço em todos os principais estados produtores e, no País, o que refletirá no preço interno da
amêndoa (Tabela 1).
Apesar dessa queda e dos preços estarem muito além do poder aquisitivo da maioria da população,
o consumo de ACC apresenta tendência de crescimento, no Brasil. Nos últimos cinco anos, o consumo
médio representou 46,6% da produção e as exportações, 54,4%; antes, estas representavam em torno
de 80% a 90% da produção nacional. Importante considerar que o País possui um grande potencial de
consumo em função do tamanho da população (OLIVEIRA, 2022a).
O Ceará é o maior exportador do Nordeste (91,8%), exercendo também grande influência sobre o
mercado nacional. Entre 2020 e 2021, houve uma queda de 2,8% no volume exportado, mas a receita
foi 7,1% maior, por causa do maior preço pago pela amêndoa (US$ 5,97/kg, em 2020, contra US$ 6,58/
kg, em 2021), aumento de 10,1% (Gráfico 11).
Os Estados Unidos continuam o principal destino das exportações nordestinas de amêndoa, mas
sua participação vem caindo: 2018 (46,0%); 2019 (35,2%); 2020 (28,6%). Entre 2012 e 2021, diminuiu
54,6% do volume de suas compras, o que provocou a queda de 41,1% das exportações nordestinas. Por
ser o principal comprador, o impacto sobre as exportações nordestinas é perceptível. Outros importan-
tes Países de destino das exportações nordestinas, nesse último ano de 2021, foram: Canadá (10,4%),
Argentina (9,3%), Países Baixos (7,7%), Itália (7,4%), Chile (5,7%) e Alemanha (4,7%) (FAOSTAT, 2022).
Gráfico 11 – Evolução do volume e do valor das exportações de amêndoa, pelo Brasil, Nordeste e
seus estados (Ceará e Rio Grande do Norte)
5 Tendências
5.1 Mundiais
O Quadro abaixo apresenta uma visão geral do mercado dos principais Países envolvidos com a
produção e compra da castanha de caju e amêndoa, e algumas tendências.
MUNDO – Estima-se que o mercado mundial de castanha de caju cresça a uma taxa anual de 4,6%, durante o período de 2022 a 2027.
A Covid-19 causou vários impactos no mercado mundial de caju: o bloqueio global para conter a pandemia afetou negativamente os
canais de distribuição; as atividades de agregação de valor foram afetadas devido à interrupção do canal de distribuição, que reduziu
a disponibilidade de produtos finais de castanha de caju no mercado; devido ao bloqueio, os produtores da África Ocidental sofreram
porque não conseguiram enviar a castanha de caju in natura para processamento no Vietnã e na Índia; os atrasos na coleta e no envio
resultaram em rendimentos mais baixos do que o normal, reduzindo ainda mais o fornecimento geral de castanha; a demanda por
castanha de caju caiu devido ao menor poder de compra, resultando na redução da renda, na maioria dos Países; por fim, toda a cadeia
de valor do mercado de caju foi afetada negativamente.
Nos últimos anos, tem havido uma tendência crescente para o uso de castanha de caju em dietas veganas e vegetarianas e lanches
saudáveis prontos para o consumo. As pessoas que adotam uma dieta vegana baseada em vegetais, priorizam fontes alternativas
de proteína, em vez de derivadas de animais, resultando na crescente demanda por nozes e alimentos contendo nozes. Um número
crescente de fabricantes de produtos com amêndoa de caju atraiu consumidores jovens e idosos com o lançamento de produtos novos
e inovadores, como iogurte e manteiga de caju, nos Estados Unidos e castanha de caju torrada e revestida com especiarias, na Índia.
A aplicação de amêndoas de caju na dieta dos consumidores tem sido constante na América do Sul, com fabricantes multinacionais
penetrando no mercado com produtos variados de caju, adequando-se ao regime alimentar mais saudável em todo o país. O Brasil,
por outro lado, sempre foi um consumidor de amêndoas de caju, sensível ao preço. O ressurgimento da economia brasileira tem sido
prejudicado pelo crescente déficit fiscal e, portanto, está levando o consumo de caju a depender fortemente das taxas de inflação.
A crescente demanda por castanha de caju aromatizada e iniciativas governamentais favoráveis estão alimentando ainda mais o consu-
mo de castanha de caju na região africana. O consumo de amêndoas de caju, inteiras ou em pedaços, tem tido uma exposição limitada
aos consumidores da África Ocidental e Oriental. Isso pode ser atribuído ao mercado de varejo inexplorado de cajus prontos para o
consumo para os consumidores da região. No entanto, a Iniciativa do Caju Competitivo, anteriormente conhecida como Iniciativa do
Caju Africano, tem desempenhado um papel vital na comercialização de amêndoas de caju in natura de alta qualidade no Benim, Cos-
ta do Marfim, Moçambique e Gana, o que aumentou ainda mais a produção e eficiências de processamento nesses países de várias
maneiras, como a promoção do software SAP5 na cadeia de valor do caju, no oeste de Gana.
ÁFRICA - O mercado de caju da África deverá testemunhar um crescimento anual de 4,8% em termos de produção para o período de
2022 a 2027.
A pandemia de Covid-19 afetou massivamente o mercado de caju: os preços da castanha de caju, que já estavam caindo e sob pressão
devido ao excesso de oferta nos anos anteriores, caíram ainda mais, depois que as unidades de processamento foram desaceleradas e
fechadas devido a repetidos bloqueios em todo o País; como a maior parte da produção é exportada, o setor de exportação foi afetado
devido a restrições aos movimentos comerciais que, por sua vez, levaram a uma crise de oferta nos Países importadores; o atraso na
cadeia de suprimentos global e a redução da demanda do consumidor enfraqueceram o mercado.
Costa do Marfim registrou a maior produção de mais de 34,7%, seguido por Burindi, Tanzânia e Benin com 12,3%, 9,53% e 7,78%,
respectivamente. O Gana é o maior importador de cajus da África, representando quase 64,2% das importações, enquanto Costa do
Marfim lidera 42,4% da quota de mercado de exportação de África.
O Governo da Tanzânia pretende triplicar a produção de castanha de caju nos próximos quatro a cinco anos e o mercado de caju deve
crescer, anualmente, 5,5% durante o período de 2022 a 2027.
O processamento do caju está progredindo bastante na África Ocidental, criando maior valor agregado. A produção de amêndoa
aumentou 43,34% (de 187 mil toneladas, em 2020, para 268 mil toneladas, em 2021). Costa do Marfim produziu 144,5 mil tonela-
das de amêndoas, um aumento de 70% em relação a 2020. Outros países africanos como a Nigéria, produziram 68 mil toneladas de
amêndoas, aumento de quase 27,0%; Burkina Faso, o aumento é de 31% para 17 mil toneladas e Gana, aumento de 25% para 15 mil
toneladas de amêndoas.
ÍNDIA - Prevê-se que o mercado de caju indiano cresça anualmente a uma taxa de 4,0%, durante o período de 2022 a 2027. A Índia é a
maior produtora de caju na Ásia-Pacífico, numa área de 1,02 milhão de hectares. O caju é cultivado nas áreas peninsulares de Kerala,
Karnataka, Goa e Maharashtra, Tamil Nadu, Andhra Pradesh, Orissa e Bengala Ocidental. Entre estes, Kerala é o maior estado produtor.
A Índia é a maior consumidora mundial de caju.
Impactos da pandemia de Covid-19: o preço do caju caiu para o menor valor dos últimos 10 a 12 anos; as atividades de agregação de
valor foram afetadas negativamente, com um canal de distribuição interrompido; o bloqueio prolongado atingiu o consumo na Índia,
bem como a demanda.
Para impulsionar o mercado de caju, o Conselho de Promoção de Exportação de Caju da Índia (CEPCI) instou o Governo da União a
alocar fundos suficientes e apresentar alguns esquemas para aumentar a produção de caju no País.
5 Programa criado para facilitar o gerenciamento de processos de negócios, criando soluções que facilitam o processamento efetivo de dados e o fluxo de
informações entre as organizações.
VIETNÃ - Prevê-se que o mercado de caju vietnamita cresça a uma taxa anual de 5,0%, durante o período de 2022 a 2027.
O negócio de caju do Vietnã enfrentou vários obstáculos, em 2021, devido ao surto de Covid-19: aumento dos custos de frete maríti-
mo, mas, apesar disso, as exportações de caju aumentaram, nesse ano; devido à falta de contêineres e altas taxas de frete marítimo
para importar mercadorias do Vietnã, os importadores europeus e americanos mudaram seu foco para as importações de amêndoas
de fábricas africanas de processamento de caju, principalmente para entrega imediata e preços mais baixos.
Em 2021, o País exportou 579.800 toneladas, no valor de US$ 3,64 bilhões, com um crescimento anual de 12,6% e 13,3%, respectiva-
mente, em relação a 2020. O mercado deverá atingir US$ 7 bilhões, em 2026.
A Associação do Caju do Vietnã (Vinacas) enviou uma proposta ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural pedindo para
reduzir a meta de faturamento de exportação de caju, em 2022, dos US$ 3,8 bilhões iniciais para US$ 3,2 bilhões devido a incertezas
relativas à guerra da Ucrânia com a Rússia. Todos os seus parceiros na Rússia e na Ucrânia pararam de assinar novos pedidos.
BRASIL - Estima-se que o mercado de castanha de caju, no Brasil, cresça a uma taxa anual de 3,8% durante o período de 2020 a 2025.
O Brasil não possui importantes relações comerciais com o mercado ucraniano, mas as sanções comerciais dos países ocidentais contra
o governo russo podem impactar as compras brasileiras, especialmente de fertilizantes. A guerra na Ucrânia não causou problemas à
exportação de castanha de caju, até o momento (maio de 2022), entretanto, alguns importadores europeus pedem o envio antecipado
de suas compras, temendo que a guerra venha a interferir em seus embarques.
EUROPA - Estima-se que o mercado de caju europeu cresça a uma taxa anual de 3,4%, durante o período de 2020 a 2025. A Europa
depende completamente das importações de caju. A demanda por castanha de caju está crescendo a uma taxa contínua de 3-4% ao
ano, tornando-se a amêndoa mais barata da região. A maior parte da demanda regional é gerada por países como Holanda, Reino
Unido, França, Alemanha, Espanha e Itália. Os principais impulsionadores do mercado de caju nessa região são o teor de nutrientes da
castanha e a demanda por lanches prontos para consumo.
ALEMANHA - Estima-se que o mercado de caju cresça a uma taxa anual de 4,1% em termos de consumo durante o período de 2020
a 2025. A Alemanha é um dos principais mercados de consumo de caju na União Europeia. O mercado do país responde em torno da
demanda do mercado europeu, que cresce continuamente devido à alta demanda das indústrias alimentícias e de processamento de
alimentos. As taxas de câmbio favoráveis e os preços estáveis do mercado regional também despertam o interesse de empacotadores
e consumidores. A demanda de importação de caju está aumentando devido aos crescentes benefícios à saúde (fonte de proteína e
ricos em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, tornando-os um substituto vegano saudável para o creme de leite).
HOLANDA - Estima-se o crescimento anual de 3,2%, durante o período de 2020 a 2025, para o mercado de caju, na Holanda, que é o
segundo maior importador europeu de amêndoas de caju. A demanda pela castanha está crescendo a uma taxa contínua de 3-4% ao
ano, tornando a castanha de caju mais barata. As taxas de câmbio favoráveis e os preços estáveis no mercado regional estão desper-
tando o interesse de empacotadores e consumidores.
Fonte: MORDOR INTELLIGENCE (2022a, 2022b, 2022c, 2022d, 2022e, 2022f, 2022g, 2022h, 2022j, 2022k); COMMODAFRICA (2022a); VIETS-
TOCK (2022).
5.2 Nacionais
Principais sinalizações/oportunidades para o futuro da cajucultura no Brasil (OLIVEIRA, 2022b):
Entrada de novos players no processamento: Os principais países africanos, que hoje fornecem
castanha para a Índia e Vietnã, estão planejando processar 50% de sua produção de castanha e entrar
no mercado mundial em grande escala, alguns, inclusive, sobretaxando a exportação de castanha in
natura, para que os produtores forneçam suas castanhas para a indústria local. Essa iniciativa de pro-
cessamento da castanha, pelos países africanos, cujo crescimento já é de 45%, vai causar impactos nas
exportações de amêndoas dos Países importadores de suas castanhas. O Vietnã, que importa cerca de
80,0% da demanda de processamento de castanha, poderá perder o protagonismo nas exportações de
amêndoa, pois depende muito da matéria-prima importada da África. A Índia importa 55,0% de casta-
nha in natura. Esse fato pode ser uma ameaça para a indústria de processamento do Brasil, no entanto,
pode despertar o governo nacional a criar incentivos ao crescimento da produção, tanto para se man-
ter como exportador de amêndoa, como também aumentar sua posição nesse comércio internacional;
Encurtamento de cadeias: Processamento próximo aos centros de produção, possibilitando maior
rastreabilidade do produto processado. O mercado mundial de castanha de caju é caracterizado pela
fragmentação de longas cadeias de suprimento: mais de 50% da produção de caju ocorre na África;
mais de 85% das indústrias de processamento estão nos Países asiáticos; e mais de 60% das expor-
tações de amêndoas são destinadas aos Estados Unidos e União Europeia. Existem duas oportunida-
des para o Brasil se beneficiar com essa tendência de encurtamento de cadeias: (1) a proximidade da
produção com os pontos de processamento da castanha, e a distância do maior mercado consumidor
(Estados Unidos), com possibilidade de envio direto da amêndoa6, assegurando uma maior rastreabili-
dade da amêndoa, relativa aos outros fornecedores; a segunda oportunidade está no desencontro de
safras em relação aos principais concorrentes. Temos produção de matéria-prima em períodos que os
Países do hemisfério norte não estão produzindo. Contudo, só é possível aproveitar essa oportunidade,
se houver produção suficiente para processamento e exportação;
Crescimento do consumo – O Brasil está em décimo lugar como consumidor de amêndoa. Estima-
-se que o mercado mundial de amêndoa de castanha de caju cresça 4,27% ao ano, entre 2021 e 2025,
atingindo um mercado de aproximadamente US$ 7,0 bilhões. A demanda mundial por castanha de caju
está crescendo sustentavelmente, criando oportunidades para novos participantes no mercado. Além
disso, a rastreabilidade, transparência e sustentabilidade das cadeias de abastecimento de alimentos,
está se tornando cada vez mais importante para os consumidores e fornecedores. Isso poderá bene-
ficiar os processadores brasileiros, que compram a matéria-prima localmente, em vez de percorrer
longas cadeias de abastecimento e de fontes múltiplas, como ocorre com o Vietnã e Índia. O consumo
de cajuína está crescendo, em função do surgimento de novas embalagens mais atrativas e produzidas
sob processos que garantem uma maior padronização da bebida, atraindo inclusive, o público jovem.
O que pode ser também uma oportunidade para o aproveitamento do pedúnculo;
Nichos de Mercado – Crescimento dos mercados de produtos vegetarianos e veganos e de produ-
tos orgânicos, no Brasil, Estados Unidos e Europa, abrindo oportunidades para o aproveitamento do
pedúnculo, que pode ser usado como carne vegetal, ampliando o leque de produtos à base de amên-
doa, na produção de leites vegetais e trabalhando o aproveitamento integral do caju. O crescimento
dos alimentos orgânicos, abre oportunidade para desenvolver produtos de caju orgânico certificados,
que podem ser comercializados a preços diferenciados;
Automação e aplicativos para redução de custos, aumento da produtividade e qualidade dos pro-
dutos - Já existem no mercado, máquinas de poda do cajueiro, experiências de colheita do caju no
chão, importações de equipamentos de descastanhamento, desenvolvidos no Vietnã, operação que
pesa bastante na produção de caju. Existem aplicativos desenvolvidos para cooperar com o agronegó-
cio do caju, na Ásia e África que já estão sendo utilizados, nas áreas agrícola e comercial, a exemplo de
aplicativos para a avaliação da qualidade da castanha in natura, da necessidade de adubação a partir
da análise de solo, identificação de deficiência de mineral na planta, informações de todas as varieda-
des de caju existentes no País, pragas, doenças, operações de enxertia realizadas no dia a dia do ca-
jucultor, informações de mercado, casos de sucesso, publicações técnicas, informações diferenciadas,
que envolvem, desde o plantio até o mercado.
5.3 Requisitos para o desenvolvimento da cajucultura Nacional
Oliveira (2022b) aponta alguns requisitos para que a produção nacional atinja a meta de 300 mil
toneladas anuais, até 2031:
1) Organização da cadeia, com a integração das atividades de produção, processamento e comercia-
lização que reduzam a participação de intermediários na comercialização;
2) Criação de uma entidade que exerça o papel de organizador da cadeia produtiva do caju, com o
propósito de favorecer a melhor articulação entre os componentes da cadeia;
3) Elaboração de política públicas que favoreça o desenvolvimento da cadeia, envolvendo crédito
e tarifas;
4) Aproveitamento integral do caju, com o desenvolvimento de coprodutos do caju;
5) Novos mercados – buscar inicialmente conquistar o mercado nacional de milhões de consumido-
res, através de campanhas para aumentar o consumo dos produtos do caju;
6 Hoje, a castanha de caju produzida na África ocidental, é exportada para o Vietnã, que a processa e exporta a amêndoa para os Estados
Unidos. Percorre cerca de 28 mil km, passa por treze viagens de caminhão, nove armazéns, passa pela mão de oito pessoas e por cerca de oito
testes de qualidade, é reembalada cinco vezes e passa por duas viagens de navio (OLIVEIRA, 2022b).
Referências
AGROSTAT Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Indicadores Gerais Agrostat.
Disponível em: http://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm. Acesso em: 05 abr. 2022.
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Análise mensal: castanha de caju. Disponível em:
https://www.conab.gov.br/info-agro/analises-do-mercado-agropecuario-e-extrativista/analises-do-
-mercado/historico-mensal-de-castanha-de-caju/. Acesso em: 09 maio 2022a.
FAOSTAT - FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Production. Disponí-
vel em: http://www.fao.org/faostat/en/#data. Acesso em: 18 abr. 2022.
FAOSTAT - FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Trade. Disponível em:
https://www.fao.org/faostat/en/#data/TCL. Acesso em: 05 abr. 2022.
FREIRE, V. Cajueiro-anão transforma a vida de agricultores do RN. Notícias, Embrapa. 01/12/20. Dis-
ponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/57740378/cajueiro-anao-transfor-
ma-a-vida-de-agricultores-do-rn#:~:text=lan%C3%A7ados%20pela%20Embrapa.-,Cajueiro%2Dan%-
C3%A3o%20apresenta%20produtividade%20quatro%20vezes%20maior%20de%20castanha%20por,-
melhor%20adapta%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20regi%C3%A3o%20semi%C3%A1rida. Acesso
em: 09 set. 2021.
INC - International Nut and Dried Fruit Council. (Conselho Internacional de Nozes e Frutos Secos).
Previsão da Safra de Caju 2021/2022. 07.07.2021. Disponível em: https://www.nutfruit.org/industry/
news/detail/cashew-crop-2021-2022-forecast. Acesso em: 24 abr. 2022.
MORDOR INTELLIGENCE. Africa Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Forecasts
(2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/africa-cashew-
-market. Acesso em: 22 abr. 2022a.
MORDOR INTELLIGENCE. Brazil Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Forecasts
(2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/brazil-cashew-
-market. Acesso em: 22 abr. 2022b.
MORDOR INTELLIGENCE. Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Forecasts (2022 -
2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/global-cashew-market.
Acesso em: 22 abr. 2022c.
MORDOR INTELLIGENCE. Cashew Value Chain Analysis Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact,
and Forecast (2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/
cashew-value-chain-analysis. Acesso em: 22 abr. 2022d.
MORDOR INTELLIGENCE. Europe Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Forecasts
(2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/europe-cashew-
-market. Acesso em: 22 abr. 2022e.
MORDOR INTELLIGENCE. Germany Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Fore-
casts (2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/germany-
-cashew-market. Acesso em: 22 abr. 2022f.
MORDOR INTELLIGENCE. India Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Forecasts
(2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/india-cashew-
-market. Acesso em: 22 abr. 2022g.
MORDOR INTELLIGENCE. Netherlands Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Fore-
casts (2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/nether-
lands-cashew-market. Acesso em: 22 abr. 2022h.
MORDOR INTELLIGENCE. Tanzania Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Fore-
casts (2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/tanzania-
-cashew-market. Acesso em: 22 abr. 2022j.
MORDOR INTELLIGENCE. Vietnam Cashew Market - Growth, Trends, Covid-19 Impact, and Fore-
cast (2022 - 2027). Disponível em: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/vietnam-
-cashew-market. Acesso em: 22 abr. 2022k.
MUNDUS AGRI. Cashews: no supply squeezes in 2022. Hanói. 25 de janeiro de 2022. Disponível em:
https://www.mundus-agri.eu/news/cashews-supply-squeezes-2022.n27786.html. Acesso em: 02
maio 2022.
OLIVEIRA, V. Canal da Cajucultura. Balanço da cajucultura 2021 - Destaques. Youtube. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=5UWb6FHTvHk>. Acesso em: 24 abr. 2022a.
OLIVEIRA, V. Canal da Cajucultura. O futuro da cajucultura brasileira. Youtube. Disponível em: <ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=FLoWgvh_YMo>. Acesso em: 24 abr. 2022b.
OLIVEIRA, V. Canal da Cajucultura. O caju de mesa ganhou o Brasil. Youtube, 13 maio 2019. Disponí-
vel em: <https://www.youtube.com/watch?v=YiKJG8T4kAo>. Acesso em: 16 ago. 2021.
VIETSTOCK. Exporters endeavouring to avert conflict-induced delas. 18 mar. 2022. Disponível em: ht-
tps://en.vietstock.vn/2022/03/exporters-endeavouring-to-avert-conflict-induced-delays-974-472786.
htm. Acesso em: 04 maio 2022.
VIRAK, T. A castanha de caju está em alta demanda, pois as exportações no primeiro semestre au-
mentaram mais de 300%. Jornal Phnom Penh Post. 10 ago. 2021. Disponível em: https://www-pos-
tkhmer-com.translate.goog/business/2021-08-10-1129-221306.html?_x_tr_sl=km&_x_tr_tl=pt&_x_
tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc. Acesso em: 04 maio 2022.