TC Guilherme
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Revisão Bibliográfica
Uso de VANTs na aplicação de defensivos agrícolas
Botucatu - SP
2020
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Botucatu - SP
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AGRADECIMENTOS
Botucatu - SP
2020
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 7
2 DESENVOLVIMENTO .................................................................. 11
2.1 CLASSIFICAÇÕES ............................................................................................ 11
3 CONCLUSÃO .................................................................................. 28
Botucatu - SP
2020
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RESUMO
ABSTRACT
Population growth and growing demand for food around the world will require countries
to increase agricultural production of their crops by raising yield rates to the detriment of
a decrease in the geographical area per inhabitant. According to FAO, the world
population needs to find new solutions to increase food production in 70% until 2050.
The answer to this challenge is the appropriate adoption and use of Information
Technology and Communications (ICT) services, offering resources that can increase the
production of agrochemicals, such as pesticides and fertilizers and, at the same time,
minimize the functional cost. There is still room to improve what is done today,
specializing the wide knowledge that is used in the field. The technologies that are being
used in Unmanned Aerial Vehicles (UAVs) are evolving rapidly and are presenting great
promise and autonomous systems are becoming more sophisticated and reliable. In this
work, the current panorama of the use of UAVs in operations for the application of
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pesticides will be portrayed. As well as its proposals, trends and bottlenecks in the
application of pesticides by UAVs.
Keywords: UAVs, Precision Agriculture, UAV crop-spray, Drones in agriculture
1. INTRODUÇÃO
Por conseguinte, para sanar essa lacuna é necessário produzir mais, no entanto,
para conseguir este feito e torná-lo sustentável, não necessariamente necessita de mais
área de cultivo nas propriedades.
A chave para contornar essas perdas, e com isso produzir mais e com melhor
qualidade, é a aquisição e aplicação de novas tecnologias, na qual corrigiriam os erros e
diminuiriam custos, tornando uma área ainda mais produtiva. O termo que emprega tais
conceitos tecnológicos, focado em sanar as lacunas dentro da agricultura convencional,
chama-se agricultura de precisão.
O desenvolvimento dos veículos aéreos não tripulados (VANTs) surgiu como uma
importante opção na agricultura de precisão. Seu uso na área agrícola e em missões de
reconhecimento tem sido favorável e facilitado pelo atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, principalmente pela redução do custo e do tamanho dos equipamentos e pela
necessidade de otimização da produção (JORGE; INAMASU, 2014).
Para Ottos (2014) existe muita especulação sugerindo que os VANTs são
provavelmente a próxima onda mais importante da tecnologia agrícola. Os VANTs
podem em determinadas situações substituir completamente os trabalhadores agrícolas
em situações de risco (KRISHNA, 2017).
Os drones têm muitas formas de uso para a agricultura e muito mais estão sendo
criados todos os anos. A flexibilidade dos sistemas VANTs, juntamente com os recursos
adicionais específicos, indicam que há algo para todas as aplicações agrícolas. O custo
está ficando mais acessível à medida que mais empresas entram no mercado, juntamente
com a economia já que os sistemas se pagam em um tempo curto (STEHR, 2015).
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Apesar dos avanços no século passado, os VANTs ainda são considerados por
muitos em sua fase embrionária. As tecnologias que estão sendo empregadas em VANTs
estão evoluindo rapidamente e se apresentam como grande promessa. Os sistemas
autônomos estão se tornando mais sofisticados e confiáveis (JORGE; INAMASU, 2014).
Nesse trabalho será retratado o panorama atual do uso de VANTs nas operações
de aplicação de defensivos agrícolas. É importante destacar que apesar dos avanços
tecnológicos e de bons resultados em testes, é necessário mão-de-obra capacitada para
lidar com esse novo segmento e suas tecnologias.
Existem algumas lacunas a serem preenchidas no que diz respeito ao uso dos
drones pelos profissionais do agronegócio brasileiro. A falta de conhecimento dos
equipamentos e empresas disponíveis no mercado, a deficiência na operacionalização, o
custo de aquisição e a falta de regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil
[ANAC], restringem a uma maior utilização do produto nos principais estados do
agronegócio brasileiro (ARTIOLI; BELONI, 2016).
Além disso, deve ser dada importância às demais práticas, como tratamento
localizado de plantas invasoras, pragas e doenças, num contexto moderno que contempla
a aplicação minimizada de insumos visando à economia e o menor impacto ambiental
possível. Aliás, essa área da AP tem evoluído pouco (MOLIN, 2017).
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2. DESENVOLVIMENTO
Para melhor elucidação do conteúdo aqui apresentado, este item estará separado
em 4 subseções. As duas primeiras, Classificação e Componentes, introduzem elementos
técnicos e genéricos dos VANTs comerciais, já o Panorama traz o atual cenário e as
projeções futuras dos VANTs comerciais e agrícolas. Por fim tem-se a Aplicação de
defensivos com VANTs, onde o assunto desta tecnologia será abordado com maior
detalhamento em operações de pulverização agrícola, mostrando as tendências e gargalos
desse segmento, assim como a situação atual.
2.1 CLASSIFICAÇÕES
Segundo Jorge; Inamasu (2014), os VANTs podem ser classificados pela sua
categoria funcional como alvos, sistemas de reconhecimento ou monitoramento, combate,
logística e de Pesquisa e Desenvolvimento.
Já o VANT de asa fixa de pequeno porte, como o tipo asa delta, também é uma
opção interessante para a área agrícola. No entanto são também muito suscetíveis aos
ventos fortes. Mas de uma forma geral é o que apresenta menos problemas de operação
para usuários que iniciam a atividade (JORGE; INAMASU, 2014).
a. de asa fixa;
b. de asa rotativa;
c. híbridas.
Podendo também serem classificados com base no tamanho e peso. Vários países
e pesquisadores classificaram os VANTs com base em seu tamanho e peso. Por exemplo,
a Inspetoria Holandesa de Meio Ambiente e Transporte diferencia os VANTs de leves e
pesados.
E, por fim tem-se a classificação dos VANTs com base na fonte de energia.
Existem quatro combustíveis principais para um VANT (VERGOUW apud
RADOGLOU-GRAMMATIKIS et al., 2020):
a. querosene;
b. células de bateria;
c. células de combustível;
d. células solares.
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c. aplicações diversas.
Vários tipos de VANTs são produzidos por empresas em todo o mundo. Alguns
deles são personalizados para uma função específica, como imagens de recursos naturais,
aplicação de pesticidas em taxas variadas e detecção de doenças (KRISHNA, 2017).
2.2 COMPONENTES
A estrutura de um VANT pode ser projetada para cada ocasião e finalidade, como
visto anteriormente as aeronaves se diferenciam por suas particularidades estruturais.
2.3 PANORAMA
Conforme Costa (2011) os veículos aéreos não tripulados têm se tornado cada vez
mais baratos principalmente pelo fato de diversas funções de controle terem migrado da
camada de hardware para a camada de software. Isso tem facilitado o uso e permitido a
aplicação de múltiplos VANTs em tarefas singulares.
Segundo Stehr (2015), o custo dos VANTs pode variar de $1000 para um sistema
inicial e pode chegar de $ 10.000 a US $ 20.000, dependendo do tamanho da máquina e
de quaisquer câmeras ou recursos extras adicionados. Estes sistemas são projetados ter
peças facilmente substituíveis em caso de colisão. Comparar que para as várias centenas
de dólares por hora custa ter um avião pilotado sobrevoar um campo e não demora muito
para cobrir o custo (Anderson, 2014). O dinheiro economizado pela segmentação áreas
para aplicações de fertilizantes e pesticidas podem ser calculadas no preço também.
Williams (2013) relatou que o uso de drones para o controle de plantas daninhas
estão aumentando na Dinamarca. Com tais equipamentos evita-se a aplicação desenfreada
de doses maiores de herbicidas em todos os campos de colheita. Os drones liberam
quantidades apropriadas de herbicidas somente em locais infestados de ervas daninhas
(apud KRISHNA, 2017)
Por meio dos dados coletados na pesquisa de Artioli; Beloni (2016), este é um
tema novo e que merece um aprofundamento maior pelo fato de que 67,1% dos
entrevistados conhecem pouco sobre este novo equipamento, 30% desconhecem
totalmente o que seria este produto e apenas 2,9 % conhece muito bem. Além disso,
daqueles que afirmaram terem conhecimento sobre o uso do VANT, apenas 18,6% sabem
qual é o seu real benefício, os demais 81,4%, da amostra não possuem nenhuma
informação a respeito deste novo produto.
Um exemplo prático é a empresa Bio TI, de Araçatuba (SP), que espera oferecer
aos produtores rurais o serviço de mapeamento do solo cobrando entre R$ 5,00 e R$ 10,00
por hectare, um custo menor ao gasto hoje pelos agricultores que está ao redor de R$
20,00 a R$30,00 por hectare se tornando uma técnica bastante atrativa (drone) em
substituição aos modelos atuais da AP (ARTIOLI; BELONI, 2016).
Para entender melhor como se utilizar dos VANTs para a pulverização, deve-se
conhecer quais os limites enfrentados pela pulverização convencional aérea, já que ambas
são aeronaves.
sua vez, é muito difícil. A pulverização quase sempre está sujeita a fatores
meteorológicos, como a velocidade e direção do vento, que podem comprometer sua
aplicação na área de cultivo, espalhando-o por áreas vizinhas.
Segundo Passos (2014) partículas geradas pela pulverização até chegarem ao solo
sofrem interferência principalmente de três fatores climáticos: Temperatura, umidade
relativa do ar e velocidade do vento. Além desses fatores relacionados ao ambiente, Costa
(2009) aponta os seguintes parâmetros que interferem na aplicação dos produtos
fitossanitários: volume de pulverização, faixa de deposição, manobras com aeronaves,
alvo biológico, agrotóxico e calda de pulverização, diâmetro das gotas, espectro de gotas
e deriva.
Esse problema será mais fácil de controlar, já que os VANTs voam muito perto
do dossel e muito pouca quantidade de pesticidas escorre para o solo / solo. Os VANTs
aplicam pesticidas apenas em áreas afetadas por pragas, não em todos os lugares no
campo. Portanto, atualmente, VANTs com capacidade de aplicação de pesticidas em taxa
variável são escolhidos com mais frequência na América do Norte (KRISHNA, 2016).
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Segundo Mozaffari (2018), a área máxima que um único VANT pode cobrir
depende de suas características técnicas e carga útil (apud RADOGLOU-
GRAMMATIKIS et al., 2020). O grande responsável por essa inviabilidade é, sem
dúvidas, a curta duração da sua autonomia e o número ainda limitado de VANTs nas
operações, incapacitando operações mais longas.
Segundo Zart et al. (2019), ainda que alguns desses VANTs já tenham boa
aceitação no mercado, a grande maioria possui baterias LiPo como fonte de energia, que
os limita a uma autonomia de 10 a 45 minutos. Uma forma de contornar esse problema é
utilizando um sistema de propulsão híbrida, como por exemplo, um motor de combustão
interna como fonte primária de energia e um gerador elétrico para converter a energia
mecânica para elétrica, para atender os sistemas que necessitam desta.
Uma rede ad-hoc consiste em vários nós que podem se comunicar diretamente,
sem exigir nenhuma infraestrutura existente ou um ponto de acesso centralizado.
Consequentemente, a FANET é uma rede ad-hoc em que os nós são VANTs
(RADOGLOU-GRAMMATIKIS et al., 2020).
Para manter alta a robustez do sistema, Costa (2011) propõem o uso de dois
VANTs repetidores (ad-hoc). O VANT pulverizador, de tempos em tempos, transmite
sua posição, direção, e velocidade aos VANTs seguidores. Isso permite ajustar a
velocidade e a direção de acordo a se manter na área de comunicação tanto dos sensores
como do VANT pulverizador.
De acordo com Mukherjee (2018), para implantar uma rede ad-hoc, os seguintes
parâmetros devem ser levados em consideração: mobilidade do VANT, localização,
recursos energéticos, modelo de propagação por rádio, atributos e alterações topográficas,
densidade de VANT, modelo de mobilidade de fotografia, modelo de mobilidade de
ponto de vista aleatório e modelos de mobilidade (apud RADOGLOU-GRAMMATIKIS
et al. 2020).
Krishna (2016), ainda reforça essa ideia, quando afirma que VANTs são as
melhores escolhas quando o assunto é aplicação de taxa variável de pesticidas e outros
produtos químicos agrícolas. Com a adoção da tecnologia dos drones pode-se reduzir de
maneira gritante 30-90% dos agroquímicos em comparação com os métodos tradicionais
de pulverização.
Para Córdoa; Cavichioli (2016), uma das maneiras de atingir o aumento produtivo
é com a aplicação de defensivos de forma controlada, evitando sobretaxa, balizamentos e
amenizando a contaminação do meio ambiente. Tais aplicações podem ser realizadas
através de VANTs, podendo ser até cinco vezes mais rápidas do que com máquinas
tradicionais, como tratores (apud ZART et al., 2019).
Krishna (2016) afirma em seu livro que, no geral, drones com sistemas de
pulverizadores são eficientes e mais seguro para a população humana ao redor das
fazendas e para os trabalhadores agrícolas. Ao mesmo tempo, oferece retornos
econômicos significativamente altos. Drones utilizam quantidades muito baixas de
pesticidas, se técnicas de precisão e taxa variável bicos são usados. Portanto, os drones
reduzem o custo do material pesticida.
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3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS