Governo Itamar Franco

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Escola Tancredo Neves

Professor: Lindomar Trajano


Alunas: Agatha Monserrat e Maria Giovana

Governo Itamar Franco

Redenção-PA
23 de setembro de 2022
SUMÁRIO:
-Aspectos demográficos.............................................................. 3
-Desenvolvimento e distribuição de renda.................................6
-Desemprego e mercado de trabalho..........................................7
-Inflação..........................................................................................8
-Investimento....................................................................................9
-Política Fiscal..................................................................................10
-Política Monetária............................................................................10
-Crescimento e desenvolvimento econômico.................................9
O governo de Itamar Franco foi resultado do impeachment de Fernando Collor de Mello,
presidente do Brasil entre 1990 e 1992. Itamar acabou governando o Brasil no restante do
mandato que seria de Collor. Assumiu a presidência em 29 de dezembro de 1992 e saiu em
1º de janeiro de 1995.
Esse governo ficou marcado por ter realizado um dos grandes feitos da história recente do
país: a estabilização da economia e o controle da inflação. Isso ocorreu por meio da
nomeação de Fernando Henrique Cardoso ao Ministério da Fazenda. O trabalho dele e de
sua equipe de economistas na estabilização da inflação no Brasil efetivou-se por meio do
Plano Real.

Aspectos demográficos
A população de um país representa o potencial de consumidores deste país; por outro,
parte desta população, a chamada população economicamente ativa, representa os
potenciais trabalhadores/produtores do país.
A na composição etária ou na distribuição regional desta população têm importantes
implicações sobre o país. Países com população jovem direcionam parte de suas
preocupações para aspectos pediátricos e incorrem em gastos relativamente mais
elevados, por exemplo, com a construção de creches e escolas, enquanto países com
população mais idosa dedicam parte significativa de suas atenções e de seus recursos à
previdência social. Dessa maneira, a demografia e os estudos populacionais são elementos
importantes para a compreensão de problemas econômicos.

No governo Itamar Franco (1992-1995) a população brasileira era estimada de 154,3


milhões de habitantes, os aspectos demográficos apresentam:
Número de nascidos vivos por 1.000 habitantes, por ano, segundo Região e UF
Brasil, 1991-1995 Número de nasc 11

idos
vivos por 1.000 habitantes, por ano, segundo Região e UF
O Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros, divulgado pela ONU. O
estudo avalia um período de 20 anos e confirma os avanços do Brasil a partir do governo
Itamar Franco.

Desenvolvimento e distribuição de
renda
O crescimento do rendimento real ocorrido no governo de Itamar Franco pode estar
exagerado pelo fato de o INPC não ter captado corretamente a inflação no período que
antecede a criação da nova moeda, mas tudo indica que houve um crescimento substancial
da renda no período, incluindo o consumo de vários produtos e o crescimento da proporção
de famílias com posse de diversos bens duráveis.
É usual associar as mudanças ocorridas entre 1993 e 1995 ao Plano Real. É certo que o
estabelecimento de uma moeda relativamente estável a partir de julho de 1994 é uma
conquista importante, com várias consequências benéficas sobre o funcionamento da
economia e a distribuição da renda. Mas o crescimento econômico tem, certamente,
determinantes mais complexos, cabendo assinalar que a recuperação da economia ocorreu
antes da implantação da nova moeda. Após cair 0,30% em 1992, o PIB real cresceu 4,43%
em 1993, 5,85% em 1994 e 4,22% em 1995.

Todas as medidas de desigualdade, para o Brasil e para as seis regiões, diminuem entre 1993 e
1995. Nesse biênio há um ligeiro crescimento da desigualdade entre as regiões, de magnitude muito
menor do que a redução da desigualdade dentro das regiões.
Desemprego e mercado de trabalho
O desemprego no Brasil chegou ao nível mais elevado desde maio de 1992, quando o país
ainda enfrentava o desaquecimento da economia decorrente do Plano Collor.
A taxa nacional de desemprego aberto foi de 6,38% em março, informou ontem o IBGE. No
mês anterior, o desemprego era de 5,70%.

Há quatro anos, o índice estava em 6,53%. Na comparação com o mesmo mês de anos
anteriores, é o maior em mais de dez anos. Em março de 1985, era de 6,48%.
O termo desemprego aberto se refere às pessoas que procuraram emprego na semana
anterior à da pesquisa. Exclui as que desistiram.

O setor industrial paulista foi o principal responsável pelo aumento da taxa de desemprego
aberto, disse a coordenadora da equipe de análises conjunturais do IBGE, Shyrlene Ramos
de Souza.
Para ela, a situação do emprego se agrava quando há coincidência no aumento da taxa de
desemprego e na redução do pessoal ocupado. Isso aconteceu na indústria, que reduziu o
número de vagas nas seis regiões pesquisadas de 3.293.100 em março de 1995 para
2.992.667 em março passado (9,12%).
Na construção civil, comércio e serviços, o número de pessoas ocupadas aumentou.
Shyrlene disse que, além da indústria paulista, o resultado de Porto Alegre, outra região
onde é forte a presença de emprego industrial, também influenciou negativamente no
resultado da pesquisa.

A pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que a situação é


mais grave do que no resto do país.
Isso ocorre porque, além do aumento da taxa de desemprego aberto em todos os setores
(indústria, comércio, construção civil e serviços), também diminuiu a população ocupada na
indústria (menos 8,64%) e na construção civil (menos 5,28%).
Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, os três primeiros meses do ano
mostraram resultados piores de desemprego aberto, segundo a pesquisa. O total das seis
regiões pesquisadas foi de 5,77% (ante 4,36% em 1995).
Situação setorial
Na indústria de transformação, a taxa passou de 4,93% para 7,30%; na construção civil, de
4,79% para 6,56%; no comércio, de 4,77% para 5,99%; e nos serviços, de 3,38% para
4,42%.
São Paulo, sexta-feira, 3 de maio de 1996
Até meados de 1992, o rendimento médio real dos trabalhadores desses setores, deflacionado pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), cai sistematicamente, revertendo esta tendência
quando a economia volta a crescer e a taxa de desemprego aberto começa a cair no final de 1992.
Esta evolução mostra a relativa flexibilidade dos salários reais nesses setores, em relação à evolução
da taxa de desemprego aberto.

Ou seja, uma parte importante do ajuste do mercado de trabalho à recessão se deu através de
redução dos rendimentos reais, evitando um aumento ainda maior da taxa de desemprego.

Inflação-1992
O gráfico e a tabela da inflação apresentam as taxas de inflação Brasileira: IPC na Brasil
em 1992.

A inflação baseia-se no índice de preços no consumidor, o indicador mais importante da


inflação na maior parte dos países. As taxas de inflação IPC na tabela estão indicadas tanto
mensalmente, comparando com o mês anterior, como anualmente, comparando com o
mesmo mês no ano anterior. Com a ajuda dos separadores pode alternar entre a
perspectiva geral da inflação IPC 1992 e da inflação IHPC 1992 no Brasil.

O governo Itamar registrou crescimento de 10% do PIB e 6,78% da renda per


capita Itamar assumiu com a inflação em 1191,09% e entregou a 22,41%.
Plano real- Controle da inflação
Ao assumir a Presidência, após a queda de Collor, Itamar Franco convidou Fernando
Henrique Cardoso para ministro da Fazenda, com a missão de reorganizar a economia.
Reuniram um grupo de economistas, coordenado por Pedro Malan, do Banco Central.
O plano de ação econômica que eles escreveram foi publicado no final de 1993. Na
época, a inflação batia recordes, prejudicando principalmente os mais pobres.

No início de 1994, a inflação estava em 40% ao mês, ou três mil por cento ao ano. Os
preços subiam sem parar – gasolina, alimentos, prestações. O cruzeiro valia menos em
relação ao dólar. O truque dos economistas foi criar em fevereiro uma espécie de dólar
virtual, a URV, Unidade Real de Valor. A roda-viva dos preços continuava corroendo o
cruzeiro, mas não atingia a URV. Em julho, a URV perdeu as letras U e V, permanecendo
o R, de real. A nova moeda nascia sem a doença da hiperinflação.

Investimento e
crescimento econômico
Após o início do plano real houve uma rodada importante de privatizações, modernizando
as empresas e melhorando a quantidade de recursos para uma produção mais eficiente.
Houve cortes drásticos nos gastos do governo e aumento de impostos para equilíbrio das
contas públicas.

A política monetária adotada foi restritiva, com aumento de juros e do compulsório


para reduzir a pressão por financiamentos e reduzir a quantidade de crédito
disponível, segurando o consumo. Também ocorreu o recomeço da abertura
econômica, com redução gradual das tarifas de importação, tanto para que os
preços dos produtos produzidos internamente não começassem a subir demais por
alta na demanda, quanto para forçar a melhora da indústria nacional, com a
concorrência, além da melhoria dos produtos oferecidos, ocorreria uma
consequente queda nos preços.
O programa de privatizações executado durante o governo Itamar Franco (1992-
1995) abrangeu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – a qual foi um marco
pioneiro da presença do Estado na economia, e a qual foi adquirida pelo grupo
liderado pelo empresário paulistano Benjamin Steinbruch.

Política Fiscal
O governo Itamar permitiu que a participação do capital estrangeiro nos processos
de privatizações brasileiros fosse de até 100% do total das ações disponíveis em
leilões (BRASIL, 1993).23 Até então, conforme estabelecido pelo I Plano Nacional
de Desestatização (I PND), instituído pelo presidente Collor, por meio da Lei 8.031
de 12 de abril de 1990 (BRASIL, 1990) havia um limite de 40% para a participação
do capital estrangeiro no processo de desestatização.
Para o governo, estiveram no foco os efeitos positivos temporários das
privatizações no balanço de pagamentos e a “sustentação” do Plano Real, mas é
preciso atentar que a entrada do capital estrangeiro a longo prazo significaria saída
de capital, pela via de remessas de lucros para suas matrizes, e desnacionalização.
Mas isso não era enfatizado. Além disso, o Estado fica- ria sem uma fonte de receita
importante oriunda dos lucros das empresas estatais, que passaria para o capital
privado nacional e, sobretudo, para o estrangeiro.

Política Monetária
Regime monetário instituído durante o governo Itamar Franco, complementando a transição
para o câmbio flutuante: 9 Índice de referência: IPCA (mede variação do custo da cesta de
consumo representativa da população com renda até 40 salários mínimos em 12 regiões
metropolitanas do país) ; 9 Metas definidas para o ano-calendário, dois anos à frente; 9
Metas estabelecidas com intervalo de tolerância, sem cláusulas de escape. 43
Implementação do Regime de Metas no Brasil • No caso do Brasil, as metas são definidas
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ao Banco Central, cabe a responsabilidade de
cumprir as metas, utilizando a taxa de juros de curtíssimo prazo como instrumento.

Referências
https://www.gov.br/saude/pt-br
Economia Brasileira Contemporânea 5 edição
Conjuntura Econômica, v. 54, n. 11
Economia e Sociedade, Campinas, v. 11
Folha de S. Paulo
https://www.inflation.eu/pt/taxas-de-inflacao/brasil/inflacao-historica/ipc-inflacao-brasil-
1992.aspx
https://www.camara.leg.br/tv/437249-lancado-ha-20-anos-plano-real-acabou-com-a-
hiperinflacao/
https://revistasep.org.br/index.php/SEP/article/download/698/334

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