Liguas
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O Historial da Psicolinguística
Nome de Estudante:
Emma Umali de Sousa.
Código de Estudante: 708204814
1. Introdução
A Psicolinguística é o estudo das conexões entre a linguagem e a mente que começou a
se destacar como uma disciplina autónoma nos anos 1950. Ela não se confunde com a
Psicologia da Linguagem por seu objecto e metodologia, apesar de muitos teóricos afirmarem
que a Psicolinguística é um ramo interdisciplinar da Psicologia e da Linguística. De alguma
maneira, seu aparecimento foi promovido pela insistência com que o linguista Noam
Chomsky defendeu, naquela época, que a linguística precisava ser encarada como parte da
psicologia cognitiva, além de outros factores como o interesse crescente da Linguística pela
questão da aquisição da linguagem.
1.1. Objectivos
1. Objectivo Geral
Arrolar sobre o historial da psicolinguística.
1.2. Metodologia
O método bibliográfico, para Fonseca (2002), é realizada:
[...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por
meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer
trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto (p.32).
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2. Historial da Psicolinguística
A formação da Psicolinguística como área de estudo, tal como outra qualquer, passou
por um certo movimento histórico que serviu de alicerce da sua formação.
Foi uma longa gestação até o marco que aconteceu num seminário de verão da
Universidade de Cornell em 18 de Junho a 10 de agosto de 1951. Nesse encontro, alguns
especialistas concluíram que ela estava pronta para vir à luz do mundo científico. Assim, seu
Registro como ciência autónoma se firmou em outro encontro de verão na Universidade de
Indiana em 1953.
O autor ainda afirma que os estudos dessas duas disciplinas eram originalmente
denominados de Psicologia da linguagem e abordavam uma questão central às duas: “o
relacionamento entre o pensamento (ou comportamento) e a linguagem”.
Já na Linguística, “havia uma busca anterior pela teoria psicologia, especialmente por
meio dos introdutores do método histórico em Linguística, entre os quais Herman paul, que
tentaram apoiar no associacionismo psicológico suas explicações para as mudanças
linguísticas” (Balieiro Jr., 2004, p.173).
Assim, num sentido mais estrito pode se dizer que a psicolinguística estuda os processos
através dos quais as intenções dos falantes são transformadas em interpretações pelos
ouvintes. A psicolinguística trata directamente dos processos de codificação e decodificação,
enquanto relacionam os estados das mensagens dos comunicadores.
Assim, percebe-se que existe uma forte relação entre o desenvolvimento cognitivo e o
desenvolvimento da linguagem. Estes dois sistemas interagem com o desenvolvimento motor.
Referente aos erros mais comuns na produção do discurso (Kato, 1990) afirma que
constituem erros de percepção os seguintes:
Identificação de grafemas ”/n/ - /m/” - Nesta distinção encontramos que ambos sons
são anteriores, sonoros e nasais. Só diferem no traço coronal. É normal existir
dificuldades de pronúncia e até no início da aprendizagem.
Supressão de Fonema - A queda do /l/ intervocálico. Nestes casos são frequentes
erros de grafema e de fonema.
Supressão da consoante dupla - Ex: “Buro” (Burro).
Confusão entre as diferentes formas gráficas de um fonema – “Chadres” (Xadrez).
Enfim, sobre os erros mais comuns, podemos dizer que esses erros se verificam-se
também a nível fonético e morfossintáctico, isto é, os erros fonéticos são erros linguísticos
produzidos nos fonemas, as vezes essas faltas afectam toda a palavra, suas sílabas ou apenas
alguns fonemas. Já nos erros morfossintácticos, as crianças, no desenvolvimento desta
componente, tendem a utilizar mecanismos de aquisição diferente, repetem o que escutam e
até o que não devem.
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Conclusão
Conclui-se portanto, que a pré-história da Psicolinguística dois movimentos opostos: um
que caminhava da Psicologia para a linguística e outro da Linguística para a Psicologia. O
primeiro movimento trazia duas concepções diferentes: uma oriunda da tradição europeia,
essencialmente mentalista e outra oriunda da tradição norte-americana, essencialmente
comportamentalista. Após a primeira Guerra Mundial, a corrente mentalista declinou de
importância em função da desorganização intelectual europeia.
Assim a Psicolinguística é o estudo dos processos mentais que a pessoa usa na produção
e compreensão da língua e da forma como os seres humanos aprendem uma língua. Desta
feita, ela inclui o estudo da percepção do discurso, o papel da memória, conceitos e outros
processos que ocorrem no uso da língua e da forma como os factores sociais e psicológicos
influenciam o uso da língua. E tem como seu objecto de estudo a codificação e a
descodificação.
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Referências Bibliográficas
Balieiro Jr. P. (2004). Psicolinguística – introdução à linguística: domínios e fronteiras. São
Paulo, Brasil: Cortez.
Kato, A. (1990). No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. São Paulo: Ática.