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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

CENTRO DE ENSINO A DISTÂNCIA

Integração da Literatura na Formação do Leitor

Nome de Estudante:
Emma Umali de Sousa.
Código de Estudante: 708204814

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Didáctica de Literatura.
Ano de Frequência: 4º Ano
Tutor: Dr. Carlitos A. Manuel Nginga.

Chimoio, Abril de 2023


Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos .................................................................................................................. 3
1.1.1. Objectivo Geral....................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos Específicos ........................................................................................... 3
1.2. Metodologia ............................................................................................................... 3
2. A Integração da Literatura na Formação do Leitor ...................................................... 4
2.1. O Ensino de Literatura e a Formação de Leitores ..................................................... 5
Conclusão ......................................................................................................................... 7
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 8
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1. Introdução
A literatura tem grande papel nesse processo de formação de leitores na medida em que
o leitor deve ser constituído desde a mais tenra idade. Na infância e nos primeiros contactos
da criança com as representações simbólicas, o adulto já pode incentivar o gosto pela palavra
escrita. Aliado à tendência inata que os “pequenos” têm de conviver com o lúdico, a fantasia e
a imaginação é que pode ser inserido o texto literário.

Isso deve ocorrer logicamente sem as cobranças muitas vezes equivocadas das práticas
pedagógicas. É preciso desenvolver, antes de tudo, o prazer pela leitura através da literatura.
O ideal seria que a família fosse “cúmplice” nesse despertar da criatividade e consciência
humana, mas na impossibilidade devido a questões socioeconómicas, a missão valorosa fica a
cargo da escola e, sobretudo, do docente.
.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Reflectir sobre o ensino da literatura e a formação de leitores.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Falar do ensino da literatura;
 Descrever como a literatura é integrado para a formação de leitores;
 Compreender o papel da literatura no processo de formação de leitores.

1.2. Metodologia
O método bibliográfico, para Fonseca (2002), é realizada:
[...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por
meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer
trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto (p.32).
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2. A Integração da Literatura na Formação do Leitor


Não resta dúvida, portanto, que a literatura é oportuna como ponte para “produzir”
leitores. A questão crucial nisso tudo é quando iniciar esse processo e como desenvolver
estratégias de leitura que surtam efeitos significativos.

A lógica leva a deduzir que a formação do leitor deve ocorrer logo nos primeiros anos
de vida do indivíduo. É a partir da infância que o ser humano, já alfabetizado, poderá
desenvolver habilidades de leitura com o intermédio da literatura. Afinal de contas, nada mais
apropriado para crianças do que a leitura numa perspectiva lúdica e imaginativa. Daí a
importância da literatura infantil, pois ela é a verdadeira génese na formação de leitores
(Gregorin, 2009, p.85).

É perceptível que a relação estabelecida entre o texto literário e a criança é de


responsabilidade dos adultos que têm o dever de tornar acessível à leitura e incentivar o acto
de ler como condição indispensável para a boa formação do ser humano. Ao professor, nesse
caso, cabe um papel preponderante que é o de seleccionar obras literárias e conduzir uma
leitura que deve ocorrer dentro e fora de sala de aula. Nesse trabalho com crianças e
adolescentes em que se precisa despertar o interesse pelos textos e formar uma consciência de
que a leitura é algo prazeroso e edificante, o docente precisa ser, antes de tudo, um exemplo
de leitor no qual os alunos possam se espelhar.

Colomer (2007) afiança que com o texto literário em sala de aula o professor será um
orientador de leitura e abrirá novos horizontes para que o discente leia com qualidade e
aprimore suas potencialidades (p.101).

Devido à escassez do tempo, essa formação do leitor não dependerá apenas do docente,
pois cabe ao aluno a disposição para fazer da leitura uma prática constante que obviamente
não se restringirá ao espaço escolar. Vê-se que a constituição de leitores, tendo a literatura
como base, é tarefa por demais complexa que envolve vários factores. O docente é basilar
nesse processo, mas não tem todo ónus como se poderia postular.

Costa (2018) salienta que a prática docente no tocante ao ensino de leitura com o
subsídio da literatura implica, portanto, a superação da superficialidade habitual como são
tratados os textos em sala de aula. De acordo com (Zilberman, 2003, p.35) é de suma
importância que o professor oriente o aluno para a percepção dos subentendidos dos textos e
das relações extratextuais que podem ser estabelecidas. Isso significa que a constituição do
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leitor ocorre de modo gradual com base nos constantes contactos com os textos na busca dos
sentidos de acordo com as revelações e implícitos concedidos pela linguagem.

Sendo assim, nas actividades pedagógicas deve-se pensar a literatura a partir de suas
características que envolvem a reflexão e o processo autocrítico, isto é, reconhecer uma área
de estudo que apresenta muitos valores e sentidos para a vida do ser humano. Com isso, se
quer dizer que a literatura não é um passatempo inútil como alguns podem achar, mas é um
espaço onde a linguagem e a alma humana se fundem.

Para Covane (2021) o ensino da literatura infantil, para que cumpra o objectivo de
formar leitores, deve ser pensado e planificado de forma adequada na escola, neste caso, o
INDE/MINEDH, deveria conter de uma forma correcta e coerente os princípios essenciais da
formação leitora e não se limitar em transformar o texto da literatura infantil para oralidade e
para o ensino da gramática como se verificou com muita frequência ao longo da análise feita
aos materiais de ensino da língua portuguesa neste nível.

Desse modo, é preciso que se reconheça antes de tudo que a literatura infantil tem uma
função humanizadora, pois nos permite e nos incentiva a apropriar a vida, por meio das trocas
verbais, vivências e experiências com o outro ser humano. A literatura nos leva a essa cultura
que, antes não nos pertence, é do povo, mas dele a arrancamos e a tornamos nossa (Ngunga &
Bavo, 2011).

Diante disso, a abordagem do texto literário como elemento essencial na formação de


leitores na escola deve ser mais dinamizada e assim terá mais proveito se levar em
consideração preceitos que pautam a leitura não apenas pela superfície e/ou estrutura textual,
mas também as ideias ocultas e as relações discursivas possíveis. Nesse sentido, não se pode
prescindir de uma prática docente que faça do aluno um leitor crítico, apto a compreender e
analisar as conjunturas presentes na sociedade que são expostas pela linguagem.

2.1. O Ensino de Literatura e a Formação de Leitores


O ensino literário tem como principal objectivo a formação de leitores críticos a partir
do fortalecimento do ensino de literatura, através de estratégias de ensino que transformam o
processo de ensino e aprendizagem em uma prática significativa.
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Na prática pedagógica, Cosson (2014) apresenta o método da Sequência Expandida


como uma proposta metodológica inovadora para o ensino de literatura, em que consiste o
texto literário como objecto principal e norteador da aprendizagem.

Na prática pedagógica, a Sequência Expandida, compreende as seguintes etapas: a


escolha da obra; a motivação; apresentação da obra; a leitura da obra; primeira interpretação;
contextualização da obra; segunda interpretação; e, por fim, a expansão.

Silva e Silveira (2011, p. 93) apontam que na perspectiva do ensino literário o foco não
deve estar somente na aquisição das habilidades de ler géneros literários, mas principalmente
no aprendizado da compreensão e ressignificação dos textos. Como escreve Paulino (2004):
A formação de um leitor literário significa a formação de um leitor que saiba
escolher suas leituras, que aprecie construções e significações verbais de cunho
artístico, que faça disso parte de seus fazeres e prazeres. Esse leitor tem de saber usar
estratégias de leitura adequadas aos textos literários, aceitando o pacto ficcional
proposto, com reconhecimento de marcas linguísticas de subjectividade,
intertextualidade, interdiscursividade, recuperando a criação de linguagem realizada,
em aspectos fonológicos, sintácticos, semânticos e situando adequadamente o texto em
seu momento histórico de produção (Paulino, 2004, p. 54).

O ensino literário ao enfatizar a importância do uso do texto literário em sala de aula,


apresenta-se como um direccionamento para a possibilidade de uma aprendizagem
construtiva, pois oportuniza autonomia ao leitor, assim, promovendo o pensamento crítico e
reflexivo, além do desenvolvimento da habilidade de leitura.
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Conclusão
A literatura tem grande papel nesse processo de formação de leitores na medida em que
o leitor deve ser constituído desde a mais tenra idade. Na infância e nos primeiros contactos
de criança com as representações simbólicas, o adulto já pode incentivar o gosto pela palavra
escrita. Aliado à tendência inata que os “pequenos” têm de conviver com o lúdico, a fantasia e
a imaginação é que pode ser inserido o texto literário.

Isso deve ocorrer logicamente sem as cobranças muitas vezes equivocadas das práticas
pedagógicas. É preciso desenvolver, antes de tudo, o prazer pela leitura através da literatura.
O ideal seria que a família fosse “cúmplice” nesse despertar da criatividade e consciência
humana, mas na impossibilidade devido a questões socioeconómicas, a missão valorosa fica a
cargo da escola e, sobretudo, do docente.
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Referências Bibliográficas
Colomer, T. (2007). Andar entre livros: A leitura literária na escola. São Paulo, Brasil:
Global.

Costa, F. (2018). A literatura e a formação do leitor: algumas considerações. Revista letras


raras. ISSN: 2217-2347 – v.7, n2.

Covane, M. (2021). Literatura Infantil e Formação do Leitor no Ensino Básico de


Moçambique: Orientações Didácticas em Programas de ensino e nos Livros Didácticos
da 1ª e 2ª classes. Tese de Pós-graduação. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Filosofia e Ciências, São Paulo, Brasil.

Fonseca, J. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza, Brasil: UEC.

Gregorin, N. (2009). Literatura infantil: múltiplas linguagens na formação de leitores. São


Paulo: Editora melhoramentos.

Ngunga, A. & Bavo, N. (2011). Práticas linguísticas em Moçambique: Avaliação da


Vitalidade linguística em seis distritos. Maputo, Moçambique: UEM.

Paulino, G. (2004). Formação de leitores: a questão dos cânones literários. Revista


Portuguesa de Educação. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=37417104 .
Silva, A. & Silveira, M. (2013). Letramento literário: desafios e possibilidades na formação
de leitores. Vol.1, nº 1. Revista Electrónica de Educação de Alagoas.

Zilberman, R. (2003). A literatura infantil na escola (11ª ed). São Paulo, Brasil: Global.

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