Etica
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Nome de Estudante:
Emma Umali de Sousa.
Código de Estudante: 708204814
1. Introdução
A literatura tem grande papel nesse processo de formação de leitores na medida em que
o leitor deve ser constituído desde a mais tenra idade. Na infância e nos primeiros contactos
da criança com as representações simbólicas, o adulto já pode incentivar o gosto pela palavra
escrita. Aliado à tendência inata que os “pequenos” têm de conviver com o lúdico, a fantasia e
a imaginação é que pode ser inserido o texto literário.
Isso deve ocorrer logicamente sem as cobranças muitas vezes equivocadas das práticas
pedagógicas. É preciso desenvolver, antes de tudo, o prazer pela leitura através da literatura.
O ideal seria que a família fosse “cúmplice” nesse despertar da criatividade e consciência
humana, mas na impossibilidade devido a questões socioeconómicas, a missão valorosa fica a
cargo da escola e, sobretudo, do docente.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Reflectir sobre o ensino da literatura e a formação de leitores.
1.2. Metodologia
O método bibliográfico, para Fonseca (2002), é realizada:
[...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por
meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer
trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto (p.32).
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A lógica leva a deduzir que a formação do leitor deve ocorrer logo nos primeiros anos
de vida do indivíduo. É a partir da infância que o ser humano, já alfabetizado, poderá
desenvolver habilidades de leitura com o intermédio da literatura. Afinal de contas, nada mais
apropriado para crianças do que a leitura numa perspectiva lúdica e imaginativa. Daí a
importância da literatura infantil, pois ela é a verdadeira génese na formação de leitores
(Gregorin, 2009, p.85).
Colomer (2007) afiança que com o texto literário em sala de aula o professor será um
orientador de leitura e abrirá novos horizontes para que o discente leia com qualidade e
aprimore suas potencialidades (p.101).
Devido à escassez do tempo, essa formação do leitor não dependerá apenas do docente,
pois cabe ao aluno a disposição para fazer da leitura uma prática constante que obviamente
não se restringirá ao espaço escolar. Vê-se que a constituição de leitores, tendo a literatura
como base, é tarefa por demais complexa que envolve vários factores. O docente é basilar
nesse processo, mas não tem todo ónus como se poderia postular.
Costa (2018) salienta que a prática docente no tocante ao ensino de leitura com o
subsídio da literatura implica, portanto, a superação da superficialidade habitual como são
tratados os textos em sala de aula. De acordo com (Zilberman, 2003, p.35) é de suma
importância que o professor oriente o aluno para a percepção dos subentendidos dos textos e
das relações extratextuais que podem ser estabelecidas. Isso significa que a constituição do
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leitor ocorre de modo gradual com base nos constantes contactos com os textos na busca dos
sentidos de acordo com as revelações e implícitos concedidos pela linguagem.
Sendo assim, nas actividades pedagógicas deve-se pensar a literatura a partir de suas
características que envolvem a reflexão e o processo autocrítico, isto é, reconhecer uma área
de estudo que apresenta muitos valores e sentidos para a vida do ser humano. Com isso, se
quer dizer que a literatura não é um passatempo inútil como alguns podem achar, mas é um
espaço onde a linguagem e a alma humana se fundem.
Para Covane (2021) o ensino da literatura infantil, para que cumpra o objectivo de
formar leitores, deve ser pensado e planificado de forma adequada na escola, neste caso, o
INDE/MINEDH, deveria conter de uma forma correcta e coerente os princípios essenciais da
formação leitora e não se limitar em transformar o texto da literatura infantil para oralidade e
para o ensino da gramática como se verificou com muita frequência ao longo da análise feita
aos materiais de ensino da língua portuguesa neste nível.
Desse modo, é preciso que se reconheça antes de tudo que a literatura infantil tem uma
função humanizadora, pois nos permite e nos incentiva a apropriar a vida, por meio das trocas
verbais, vivências e experiências com o outro ser humano. A literatura nos leva a essa cultura
que, antes não nos pertence, é do povo, mas dele a arrancamos e a tornamos nossa (Ngunga &
Bavo, 2011).
Silva e Silveira (2011, p. 93) apontam que na perspectiva do ensino literário o foco não
deve estar somente na aquisição das habilidades de ler géneros literários, mas principalmente
no aprendizado da compreensão e ressignificação dos textos. Como escreve Paulino (2004):
A formação de um leitor literário significa a formação de um leitor que saiba
escolher suas leituras, que aprecie construções e significações verbais de cunho
artístico, que faça disso parte de seus fazeres e prazeres. Esse leitor tem de saber usar
estratégias de leitura adequadas aos textos literários, aceitando o pacto ficcional
proposto, com reconhecimento de marcas linguísticas de subjectividade,
intertextualidade, interdiscursividade, recuperando a criação de linguagem realizada,
em aspectos fonológicos, sintácticos, semânticos e situando adequadamente o texto em
seu momento histórico de produção (Paulino, 2004, p. 54).
Conclusão
A literatura tem grande papel nesse processo de formação de leitores na medida em que
o leitor deve ser constituído desde a mais tenra idade. Na infância e nos primeiros contactos
de criança com as representações simbólicas, o adulto já pode incentivar o gosto pela palavra
escrita. Aliado à tendência inata que os “pequenos” têm de conviver com o lúdico, a fantasia e
a imaginação é que pode ser inserido o texto literário.
Isso deve ocorrer logicamente sem as cobranças muitas vezes equivocadas das práticas
pedagógicas. É preciso desenvolver, antes de tudo, o prazer pela leitura através da literatura.
O ideal seria que a família fosse “cúmplice” nesse despertar da criatividade e consciência
humana, mas na impossibilidade devido a questões socioeconómicas, a missão valorosa fica a
cargo da escola e, sobretudo, do docente.
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Referências Bibliográficas
Colomer, T. (2007). Andar entre livros: A leitura literária na escola. São Paulo, Brasil:
Global.
Zilberman, R. (2003). A literatura infantil na escola (11ª ed). São Paulo, Brasil: Global.