Peepp Alfa LP-01
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PÓS-PANDEMIA – ALFABETIZAÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
PROGRAMA EMERGENCIAL DE EDUCAÇÃO
PÓS-PANDEMIA – ALFABETIZAÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
ANTES DO INÍCIO.............................................................................................................5
FALANDO SOBRE ALFABETIZAÇÃO..........................................................................9
CAPÍTULO 1 – INSTRUIR.............................................................................................. 15
INSPIRE-SE – REGRAS DE JOGO............................................................................................................ 21
INSPIRE-SE – MANUAL DE INSTRUÇÕES............................................................................................. 39
INSPIRE-SE – RECEITAS CULINÁRIAS................................................................................................... 53
CAPÍTULO 2 – NARRAR............................................................................................... 69
INSPIRE-SE – CONTOS MARAVILHOSOS............................................................................................. 77
INSPIRE-SE – PARLENDA......................................................................................................................... 89
INSPIRE-SE – ADIVINHAS........................................................................................................................ 97
INSPIRE-SE – CONTOS DE FADAS....................................................................................................... 103
INSPIRE-SE – FÁBULAS.......................................................................................................................... 129
INSPIRE-SE – HISTÓRIA EM QUADRINHOS........................................................................................ 143
INSPIRE-SE – LENDAS............................................................................................................................ 159
Pelaez Inc
nossas escolhas para a construção
Jose Luis
das atividades.
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MATERIA Publicado
em 20 de
abril de 2021
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Ao final, você ainda terá a seção Outras inspirações com ideias su-
perbacanas para trabalhar com os estudantes temas que perpassam
os diversos gêneros e agradam bastante as crianças.
Ah! Caso sinta a necessidade de fazer complementações ou anota-
ções, o formato do material permite que você construa o seu próprio
conteúdo ou organize as produções dos estudantes! Legal, não é?!
Pronto para iniciar? Então, mãos à obra e bom trabalho!
Jose Luis Pelaez Inc
FALANDO SOBRE
ALFABETIZAÇÃO
O sistema SESI-SP de ensino emprega o termo “alfabetização” conce-
bendo-o como processos de ensino e aprendizagem que associam a
compreensão do sistema de escrita às possibilidades de uso em práticas
sociais, e não como mera decodificação de um sistema convencional de
comunicação.
O processo de aprendizagem da língua escrita, ainda que não seja
exatamente semelhante ao da fala, também passa por um período de
construção. A aquisição da língua oral não é espontânea. Desde o nas-
cimento, proporcionamos às crianças o convívio com a comunicação,
de forma que construam, reconstruam e interpretem textos orais a
partir de seus conhecimentos sobre a língua, permitindo-lhes errar,
acertar, reorganizar e ressignificar. O mesmo ocorre com o processo
de aquisição da língua escrita.
A partir dos estudos de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky sobre a
aquisição da língua escrita pelas crianças, muda-se o foco do ensino
– do como se ensina para o como se aprende –, pois entende-se que
a criança, ao ingressar na escola, já está em contato com a escrita e já
elabora hipóteses sobre o seu funcionamento, ainda que de forma não
estruturada.
É importante que o professor aprenda a ler e a interpretar essas es-
critas, pois, quando a criança escreve espontaneamente, segundo suas
hipóteses, está oferecendo a possibilidade de compreensão sobre o
que pensa em relação à natureza da escrita, direcionando a interven-
ção pedagógica. Isso permite ao professor elaborar novas situações
didáticas, fazer boas perguntas e propor agrupamentos produtivos
para gerar avanços na aprendizagem.
O simples domínio do sistema e a aquisição de técnica não bastam
para compreender a complexidade da escrita como um sistema de re-
presentação. Para desenvolver a competência leitora e escritora, é pre-
ciso reconhecer a escrita vinculada à oralidade, mas não dependente
dela, e compreender que seus modos de representação extrapolam a
relação letra e som. Para guiar o aluno nesssa aquisição, o professor
precisa oferecer oportunidades aos estudantes de ampliar a experiên-
cia sobre as práticas sociais de produção e interpretação, assumindo
a concepção de que o processo de alfabetização é uma atividade de
produção e apropriação de sentido. Nesse sentido, para uma prática
condizente com essa concepção, o professor deve ter como princípio
que todos podem produzir e interpretar escritas, respeitando o tempo
e o ritmo de aprendizagem de cada um.
Ao propor situações de análise e reflexão – individuais e coletivas
– a partir das produções dos estudantes, considerando o texto como
objeto de estudos, o professor introduz aprendizagens fundamentais
para o desenvolvimento da competência escritora e leitora.
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Nesse contexto, uma única palavra escrita em uma placa de trân-
sito é tomada como um texto, uma vez que traz em si um propósi-
to em uma conjuntura comunicativa específica. Desde o início do
Ensino Fundamental, as práticas de leitura e escrita tornam-se ins-
trumentos significativos e prazerosos de aprendizagem quando os
estudantes percebem sua importância no dia a dia (função social).
Esses processos de interação com a língua escrita, e por meio dela,
em variados contextos, ampliam a percepção dos alunos sobre as
próprias produções.
É importante que, tanto nos anos iniciais como nos finais, o traba-
lho com as sequências didáticas seja adaptado ao nível de desenvol-
vimento dos estudantes, assegurando uma construção contínua de
conhecimentos. Os gêneros podem ser abordados em vários níveis
de complexidade e em diferentes etapas do Ensino Fundamental, po-
rém com objetivos graduados, tanto da perspectiva da organização e
da construção de personagens como das unidades linguísticas que o
caracterizam.
Outro aspecto a ser considerado nos anos iniciais é que, após apre-
sentar uma situação aos estudantes, é importante, em vez de propor a
produção inicial, repertoriá-los para que ampliem seus conhecimentos
sobre o gênero em questão e, assim, possam dar continuidade aos
módulos e à produção textual. Já nos anos finais, deve-se garantir a
produção inicial e o retorno a ela ao final da sequência didática. Nesse
processo, a mediação e o acompanhamento do professor tornam-se
essenciais, viabilizando recursos e meios para que o estudante desen-
volva suas capacidades linguísticas.
os gêneros do discurso
Os estudos sobre os gêneros textuais estão relacionados às mudan-
ças sofridas nos diversos campos da linguística ao longo dos anos. Da
linguística histórica, passando pela linguística estrutural até a sociolin-
guística, a pragmática, a linguística textual e algumas outras vertentes,
estudiosos debruçaram-se sobre as concepções da língua, postulando
conceitos que explicavam o funcionamento e o modo como ela é com-
preendida ou utilizada.
Dessas várias vertentes linguísticas, originaram-se, também, varia-
das vertentes didático-pedagógicas da língua que, em sala de aula,
provocaram não apenas a mudança no foco do estudo no campo das
linguagens, como também o objetivo de aprendizagem da Língua Por-
tuguesa, que passou de um viés centrado na comunicação ou na pres-
crição para uma abordagem que privilegia a interação.
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Assim, paralelamente aos estudos empreendidos na academia e às
premissas das discussões concebidas pelos pesquisadores, nas salas
de aula, no Brasil, as escolas absorviam paulatinamente tais estudos,
ocasionando até mesmo a mudança na nomenclatura da disciplina
(componente curricular), que passou de Gramática Nacional, Comuni-
cação e Expressão, entre outros, até chegarmos ao componente curri-
cular de Língua Portuguesa.
É a partir da década de 1990, por influência de estudos concebidos
por Mikhail Bakhtin ainda no início do século XX, que a língua passa
a ser entendida como atividade que pressupõe a interação entre os
enunciadores, considerando seu contexto social de produção. Para o
estudioso, os gêneros são enunciados estáveis, presentes na vida coti-
diana, desde um bilhete ou uma carta, até o mais elaborado romance.
Fundamentados nessa concepção bakhtiniana, Bernard Schneuwly
e Joaquim Dolz preconizaram o estudo dos gêneros textuais, com-
preendidos como ferramentas baseadas no funcionamento da lin-
guagem em relação às práticas sociais em geral. Em outras palavras,
sempre que nos comunicamos, o fazemos por meio de textos carac-
terizados por temáticas, estilos e formas composicionais específicas
e conhecidas socialmente. Explicando melhor, o conteúdo temático
refere-se ao tema em torno do qual o gênero se situa, e o estilo, aos
vocábulos e recursos comunicativos presentes, bem como às formas
composicionais, ou seja, a estrutura ou a forma em que se apresenta
o texto.
É importante ressaltar que os gêneros textuais apresentam-se
agrupados de acordo com as intenções do enunciador. Esses agru-
pamentos são conhecidos como “capacidades de linguagem domi-
nantes” e indicam as intenções dos interlocutores no processo de
comunicação. São elas informar, instruir, argumentar, relatar, narrar
e expor.
No trabalho em sala de aula, o professor deve relacionar a capaci-
dade dominante ao gênero a ser estudado e conduzir as atividades de
maneira que os estudantes consigam apreender as características dos
gêneros e os contextos sócio-históricos nos quais estão inseridos.
Esse modelo didático, portanto, possibilita que o docente, durante
o processo de alfabetização, proporcione atividades orais, de leitura e
de escrita partindo dos conhecimentos que os estudantes já possuem
até chegar àqueles que ainda precisam conhecer ou se aprofundar.
Tais propostas devem considerar, portanto, os ritmos de aprendiza-
gem de cada criança, o modo como cada uma aprende e, sobretudo,
que todos são capazes de produzir e interpretar textos orais e escritos.
Assim, é imprescindível estar atento ao nível de desenvolvimento dos
alunos, propondo atividades que alcancem tanto aqueles que se en-
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contram nas fases iniciais da alfabetização como os que já adquiriram
alguma autonomia no que tange às habilidades de oralidade, leitura e
escrita.
Partindo da premissa de que todas as crianças têm o potencial para
se alfabetizar e considerando que o trabalho com os gêneros textuais
possibilita que esse potencial seja desenvolvido plenamente, propo-
mos, neste material, atividades permeadas pela ludicidade. A intenção
é que, com isso, elas ajudem no fomento à imaginação e à criatividade,
que abram o horizonte de possibilidades e de mistério e favoreçam o
desejo de aprender, de saber e de conhecer de cada estudante.
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