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UNIDADE I

Composição dos Alimentos

Profa. Dra. Camila Lucena


Introdução

Conhecimento da composição → classificar os alimentos em grupos: frutas, hortaliças, cereais,


leguminosas, carnes, leite, ovos, óleos e gorduras (BOBBIO; BOBBIO, 2003).

 Século XVII: teoria sobre combustão.


 Século XVIII: produção de energia pelo alimento (LAVOISIER, 1780).
 Século XIX: diferenças entre macronutrientes; primeira tabela europeia (1878); primeira
tabela americana (1894).
 Século XX: identificação do valor biológico das proteínas; teor de vitaminas.
 1948: tabela de Alimentos Brasileiros – Serv. Alim. Prev.
Social.
 1949: tabela de composição FAO – revisada (1954).
 1961: tabela da América Latina.
 1977: tabela de composição de alimentos do IBGE.
 2001: tabela de composição de alimentos (FSP-USP).
 2004: tabela de composição de alimentos (Taco).
Composição dos alimentos

 Os alimentos são formados por carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e outros elementos
em quantidades menores.

 O valor nutricional está relacionado à proporção de nutrientes (BOBBIO; BOBBIO, 2003).

Nutrientes são substâncias que o organismo utiliza, transforma e incorpora a seus tecidos para
gerar energia, formar estruturas e regular o metabolismo:
 carboidratos;
 lipídeos;
 proteínas;
 minerais;
 vitaminas;
 água.
Classificação dos alimentos

Composição, função e grau de processamento do alimento (Guia Alimentar, 2014):

 Alimentos in natura ou minimamente processados: base da alimentação.


 Ingredientes culinários: utilizar em pequenas quantidades.
 Alimentos processados: limitar o consumo.
 Alimentos ultraprocessados: evitar o consumo.

Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/alimentos/processamento

Processamento X composição do alimento


Composição centesimal

Proporção de nutrientes em um alimento (em relação a 100 g):


 Umidade (U) ou água (A): %.
 Cinza (C) ou fração mineral fixa (FMF): g.
 Lipídeos (L) ou extrato etéreo (EE): g.
 Proteínas (P): g.
ALIMENTO
 Fibra alimentar (FA): g.
MATÉRIA SECA ÁGUA
 Carboidratos (CHO): g.
 Energia (E) ou calorias MATÉRIA
MATÉRIA ORGÂNICA INORGÂNICA
(CAL): kcal e/ou kJ. (CINZAS)
COMPOSTOS
COMPOSTOS
NITROGENADOS
NÃO NITROGENADOS
(PROTEÍNAS)

EXTRATO
CARBOIDRATOS
ETÉREO

EXTRATOS NÃO
FIBRA
NITROGENADOS Fonte: adaptado de: https://legadoconsultoriajr.com.br/analise-
centesimal/
Composição centesimal

De acordo com Philippi (2018) e Anvisa (2005b):

 Alimento-fonte: mais de 5% do valor da recomendação (DRI) em uma porção.


 Alimento boa-fonte: entre 10 e 20% do valor da DRI em uma porção.
 Alimento excelente-fonte: mais de 20% do valor da DRI em uma porção.

Porção:
* Quantidade de alimento expresso em medida caseira (fatia, xícara, unidade).
* Quantidade do alimento consumido por pessoas sadias para uma alimentação saudável.
Carboidratos

 Compostos orgânicos contendo: carbono, hidrogênio e oxigênio.

 Estão presentes em grãos, frutas, legumes, verduras e outros vegetais – formas complexas
(amido) ou simples (glicose).

 Classificados em monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.


Monossacarídeos

 Glicose: principal produto da hidrólise de polissacarídeos.

 Microrganismos utilizam a fermentação (alcoólica ou láctica) para obter energia.

 Frutose: encontrada em frutas, hortaliças e mel.

 Galactose: hidrólise da lactose, raramente é encontrada livre.

 Ribose: estrutura do RNA e de nucleosídeos como o ATP.

 Manose: árvores e frutas, como a amora.

 Xilose: presente em madeiras e associada à celulose,


substituta da sacarose para diabéticos.
Dissacarídeos

Combinação de 2 monossacarídeos unidos por ligação glicosídica:


 sacarose → glicose + frutose
 lactose → glicose + galactose
 maltose → glicose + glicose

 Sacarose: mais comum.


 Lactose: leite e derivados (de 5 a 8% no leite humano e de 4 a 5% no leite de vaca).
 Maltose: cereais em fase de germinação e derivados do malte.
Oligossacarídeos

 2 a 10 monossacarídeos (até 20).


 Altamente fermentáveis.

 Rafinose*: trissacarídeo (galactose + glicose + frutose), sendo as principais fontes: açúcar de


beterraba e melaço de cana-de-açúcar.

 Estaquiose*: tetrassacarídeo (galactose + galactose + glicose + frutose), cujas fontes


são as leguminosas.

Oligossacarídeos não digeríveis:


 Frutoligossacarídeos (FOS): alho-poró, alcachofra, yacon,
aspargo, cebola e alho.
 Galactoligossacarídeos* (GOS): lentilha, grão-de-bico, feijões,
favas e ervilha.
Polissacarídeos

 Cadeias longas de monossacarídeos unidos por ligação glicosídica.


 Não são doces, mas responsáveis pela textura (viscosidade, gelatinização, consistência).

 Digeríveis: fontes de energia, como o glicogênio e o amido.


 Não digeríveis: estrutura celular de plantas e animais.

Digeríveis:
 Glicogênio: armazenado no fígado/músculo, manutenção da glicemia no exercício e jejum.
 Amido: encontrado em cereais, raízes, tubérculos,
leguminosas, principal fonte de carboidrato (≈50%):
amilose (20%) e amilopectina (80%).
Polissacarídeos

Não digeríveis (fibras alimentares)

 Celulose: resistente às enzimas digestivas, encontrada exclusivamente nas plantas.

 Quitina: semelhante à celulose, presente na carapaça de crustáceos, como caranguejo e siri.

 Pectina: água e forma gel, retardando o esvaziamento gástrico, presente na casca de frutas.
Polissacarídeos

Não digeríveis (fibras alimentares)

 Fibras insolúveis: cereais integrais, casca de legumes, vegetais folhosos e farelos.


 Retenção de água, retardo da absorção de glicose e hidrólise do amido.
 Formação do bolo fecal, acelerando o trânsito intestinal.
 Maior tempo de mastigação, estimulando a secreção salivar.
 Consumo excessivo leva à redução da absorção de cálcio, ferro e zinco.

Fibras solúveis: polpa de frutas, legumes, leguminosas e aveia.


 Formam gel (viscosas) e promovem a saciedade.
 Altamente fermentáveis.
 Reduzem a absorção de colesterol e a glicemia pós-prandial.
Interatividade

O amido possui propriedades importantes e que podem ser utilizadas pela indústria de
alimentos, dentre elas a gelatinização.

O que é o processo de gelatinização do amido e como ocorre?


Resposta

O que é o processo de gelatinização do amido e como ocorre?

 O amido é praticamente insolúvel em água fria, mas, quando aquecido,


aumenta a capacidade de absorver água e o volume dos grânulos
com formação de uma solução viscosa.
 Aquecimento a 100 ºC: redução da viscosidade pela destruição dos grânulos.
 Resfriamento: formação de gel e aumento da viscosidade ao máximo após várias horas.

Fatores que afetam:


 pH;
 sais;
 açúcares;
 proteínas;
 lipídeos.
Proteínas

 Cadeias formadas por aminoácidos (AAs), contendo: N, C, H, O e S (16%) e outros


elementos: Fe, P, Co.
 Aas: unidades estruturais das proteínas unidas por ligações peptídicas.
 Classificação: dipeptídeos (2), tripeptídeos (3), tetrapeptídeos (4) e polipeptídeos (muitos aa).

Grupo R:
* cadeia lateral hidrofóbica (aminoácidos apolares);
* cadeia lateral hidrofílica (aminoácidos polares).

Fonte: https://farmaceuticodigital.com/2020/09/o-que-sao-aminoacidos-e-
qual-sua-importancia-para-a-nossa-saude.html
Proteínas

 Variam em tamanho e as cadeias polipeptídicas formam uma hélice.

4 tipos:
* Estrutura primária.
* Estrutura secundária.
* Estrutura terciária.
* Estrutura quaternária.
Lys
Lys
Gly
Gly
Leu
Val
Ala
His

Fonte: adaptado de:


http://qnint.sbq.org.br/novo/index.php?hash=conceito.21
Essencialidade

 Aas essenciais, obtidos por meio da alimentação: fenilalanina (Phe), histidina (His),
isoleucina (Ile), leucina (Leu), lisina (Lys), metionina (Met), treonina (Thr), triptofano (Trp) e
valina (Val).

 Condicionalmente indispensáveis, sintetizados a partir de um essencial ou em condições


especiais: arginina (Arg), cisteína/cistina (Cys), glicina (Gly), glutamina (Gln), prolina (Pro) e
tirosina (Tyr).

 A síntese de Arg é inferior à necessidade, tornando-se aa essencial durante o crescimento.

 Não essenciais, podem ser sintetizados pelo organismo:


alanina (Ala), ácido aspártico (Asp), ácido glutâmico (Glu),
asparagina (Asn) e serina (Ser).
Funções das proteínas

 Hormonal. Péptido C

 Defesa.
 Estrutural. -CCCH

 Enzimática. NH2-

 Transporte. cadeia A

 Contração muscular. cadeia B

Molécula de Insulina
Fonte: adaptado de: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2Figure-
2Representacao-esquematica-da-molecula-de-pre-pro-insulina-
Schematic_fig1_279658870

Molécula de Actina

Fonte: acervo pessoal.


Balanço nitrogenado e valor biológico

 Determinar a utilização de proteínas.


 Balanço positivo: ingestão de nitrogênio é maior que a excreção.
 Balanço negativo: excreção de nitrogênio maior que o consumo.

 Valor biológico: fornecimento de aminoácidos essenciais.


* Alimentos de origem animal: alto valor biológico.
* Maioria dos grãos e vegetais: baixo ou médio valor biológico.

 Ingestão de vários alimentos vegetais proteicos supre as necessidades de Aas essenciais.


Propriedades das proteínas

 Hidratação: capacidade de se ligar e fixar a água à sua estrutura.

 Solubilidade: proporção que se mantém em solução, sem sedimentar.

 Viscosidade.

Desnaturação
 Geleificação: formação de gel.
Proteína desnaturada

Proteína na forma original

Desnaturação proteica

Fonte: adaptado de:


http://www.unirio.br/nutricaoesaude/dinamica-de-
educacao-nutricional-para-criancas/copy_of_tema-
2013-as-cores-das-frutas-e-verduras
Propriedades das proteínas

 Formação de massa: glúten tem a capacidade de originar uma massa viscoelástica quando
amassado na presença de água.

 Propriedade emulsificante: permite a formação de uma mistura estável entre dois líquidos
imiscíveis (água e óleo).

 Propriedade espumante: proteínas agem


facilitando e estabilizando a interação entre
as bolhas de gás na espuma.

Fonte: https://www.receiteria.com.br/como-fazer-clara-em-neve/
Enzimas

 A principal função é a catálise de reações químicas.


 Digestão dos alimentos.
 Amadurecimento de frutas.
 Indústria de alimentos → melhoria do alimento comercializado.

Sítio Ativo

Enzima + Substrato Completo Enzima Enzima + Produto


e Substrato
Fonte: adaptado de: https://www.todamateria.com.br/enzimas
Escurecimento enzimático

Processo que envolve a presença do oxigênio, da enzima e do substrato.

Fonte: https://pet.agro.ufg.br/n/136056-
ciencia-em-casa-escurecimento-enzimatico

Remoção de oxigênio ou inibição da enzima por temperatura


ou agentes químicos impede a reação.

Indústria de alimentos → inibição enzimática permite
maior vida de prateleira.
Pigmentos

 Responsáveis pelas cores dos vegetais e animais.

 Pigmentos de tecidos animais:


mioglobina e hemoglobina.

 Mioglobina: determinação da cor da carne.


 Hemoglobina: prevalece no sangue.
Hemoglobina
(sangue)

Mioglobina
(nas fibras musculares)

Fonte: https://coimma.com.br/quarta-tecnica-carnes-dfd-pse-voce-sabe-a-diferenca/
Pigmentos

Pigmentos dos tecidos vegetais

 Flavonoides: azul, púrpura, violeta (antocianinas) e conferem adstringência (antocianidinas).

 Carotenoides: amarelo, laranja e vermelho.

 Clorofilas: responsáveis pela cor verde dos vegetais.

 Taninos: conferem adstringência. Fonte:


https://my.oceandrop
.com.br/clorofila-e-
seus-beneficios
 Betalaínas: pigmentos da beterraba.
Interatividade

De maneira simples, como ocorrem os seguintes processos?

* Escurecimento enzimático.
* Escurecimento não enzimático (caramelização e reação de Maillard).
Resposta

De maneira simples, como ocorrem os seguintes processos?

* Escurecimento enzimático.
* Escurecimento não enzimático (caramelização e reação de Maillard).

 O escurecimento enzimático envolve a presença do oxigênio, da enzima e do substrato.

 Na caramelização, açúcares são aquecidos na ausência de proteínas, formando o caramelo.

 Na reação de Maillard, açúcares redutores reagem em meio


aquoso com proteínas, formando pigmento (melanoidina). A
reação ocorre entre um grupo carbonila (C=O) e um grupo
amino (NH2).
Lipídeos

 Substâncias insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos.


 Possuem C, O e H.
 Podem ser sólidos (gorduras) ou líquidos (óleos).
 São armazenados nos tecidos como triglicerídeos.

Três cadeias
de ácido graxo

Glicerol
Fonte: adaptado de:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2274192/mod_resource/content/0/Resumo_08_Gr10.pdf
Lipídeos

 São abundantes nas células.


 Presentes nas membranas e organelas das células animais e vegetais.
 São misturas complexas de acilgliceróis ou glicerídeos.
 Fontes de energia.
 Essenciais para o transporte das vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K.

Glúcidos Proteínas

Bicapa de
fosfolipídeos

Cabeça polar Colas apolares


hidrofílica hidrofóbicas
Fosfolipídeos Fonte: adaptado de: livro-texto.
Classificação de lipídeos

 AGCC: 2 a 6 carbonos.
 AGCM: 8 a 12 carbonos.
 AGCL: mais de 12 carbonos (alimentos de origem vegetal e animal).

 De acordo com o tipo de ligação entre os


átomos de carbono de sua cadeia, os AG se
classificam em saturados e insaturados.

Fonte:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1199648/mod_resource/content/1/Aula12BioqA
van_%C3%81cidosGraxosLip%C3%ADdios.pdf
Classificação de lipídeos

 AG saturados são de cadeia longa (> 16 carbonos) – maioria.


Nome Abreviação Fonte
carbono
Ácido butírico 4 C4:0 Gordura do leite e derivados
Ácido caproico 6 C6:0 Gordura do leite e derivados
Ácido caprílico 8 C8:0 Gordura do leite e derivados
Ácido cáprico 10 C10:0 Gordura do coco e cupuaçu
Ácido láurico 12 C12:0 Gordura do coco
Ácido mirístico 14 C14:0 Manteiga e gordura de coco
Óleo de dendê, banha e sebo,
Ácido palmítico 16 C16:0
gordura do cacau e gordura do leite
Banha, gordura do leite, manteiga
Ácido esteárico 18 C18:0
de cacau e óleos vegetais
Ácido araquídico 20 C20:0 Amendoim
Fonte: adaptado de: TBCA (2017); Taco (2011).
Classificação de lipídeos

AG insaturados possuem uma ou mais duplas ligações na cadeia de carbono:


 1: monoinsaturado. Duplas Posição
Nome N° carbono Fonte
ligações 1ª dupla
 2 ou mais: poli-insaturado.
Ácido palmitoleico 16 1 ω-7 Peixe, carne bovina
Oleaginosas, azeite e gordura
Ácido oleico 18 1 ω-9
animal
Óleos vegetais (açafrão, algodão,
Ácido linoleico 18 2 ω-6
gergelim)
Óleo de soja, canola e linhaça,
Ácido alfalinolênico 18 3 ω-3
peixes
Ácido eicosaenoico 20 1 ω-9 Óleo de peixe
Óleo de amendoim, gema de ovo,
Ácido araquidônico 20 4 ω-6
fígado
EPA (ácido
20 5 ω-3 Óleo de peixe marinho
eicosapentaenoico)
DPA (ácido
22 5 ω-3 Óleo de peixe marinho
docosapentaenoico)
DHA (ácido
22 6 ω-3 Óleo de peixe marinho
docosaexaenoico)

Fonte: adaptado de: TBCA (2017); Taco (2011).


Classificação de lipídeos

Triglicerídeos ou triacilgliceróis
 São ésteres de glicerol e AG, que resultam da ligação entre álcool glicerol e 3 AG.
 Constituem mais de 95% da ingestão total de gorduras.
 São os lipídeos que no sangue formam o colesterol – classificação depende da maneira
como é carregado no sangue.

Fosfolipídeos ou glicerofosfolipídeos
 São fosfogliacilgliceróis formados por 1 glicerol, 2 AGCL e 1 fósforo ligados a uma base
nitrogenada. Ocorrem em pequena quantidade na dieta.
 A lecitina (fosfatidilcolina) é um fosfolipídeo presente na
alimentação e apresenta propriedade emulsificante.
Lipoproteínas

 Lipídeos circulam associados às proteínas (lipoproteínas).


Classificação:
 HDL: facilmente carregado na corrente sanguínea.
 LDL: pode ter problemas no transporte, depositando-se no interior dos vasos.
 VLDL: com LDL, em altas quantidades, promove a formação de placas de ateroma.

Fonte: https://d3uyk7qgi7fgpo.cloudfront.net/lms/modules/materials/NST-
biologia-Lip%C3%ADdios-898ff3fbf5b1fff1e659183b371e75d1.pdf
Interatividade

Quais funções dos lipídeos e como podem ser classificados segundo a cadeia carbônica?
Resposta

Quais funções dos lipídeos e como podem ser classificados segundo a cadeia carbônica?

 Os lipídeos fornecem energia e são fundamentais para o transporte de vitaminas


lipossolúveis.

Segundo o número de átomos de carbono na cadeia, podem ser classificados como:


 AG cadeia curta: 2 a 6 carbonos.
 AG cadeia média: 8 a 12 carbonos.
 AG cadeia longa: mais de 12 carbonos.
Vitaminas

 São compostos orgânicos essenciais necessários em quantidades muito pequenas


(micronutrientes), mas envolvidos em funções corporais fundamentais.

 São compostos complexos encontrados em pequenas quantidades na


maioria dos alimentos.

 Atuam em mecanismos extremamente importantes ao organismo, como


coenzimas e antioxidantes.

Podem ser classificadas de acordo com sua solubilidade:


 Hidrossolúveis.
 Lipossolúveis.
Vitaminas hidrossolúveis

 Solúveis em meio aquoso.

 Não são armazenadas e são excretadas via urinária.

 Pertencem a essa classe de vitaminas: complexo vitamínico B e vitamina C.

 Complexo B: Tiamina (B1), Riboflavina (B2), Niacina (B3), Ácido pantotênico (B5), Piridoxina
(B6), Biotina (B7), Ácido fólico ou folato (B9), Ácido p-aminobenzoico (B10),
Cianocobalamina (B12), Inositol e Colina.
Vitaminas hidrossolúveis

Função

 Vitaminas do complexo B: atuam em processos metabólicos, multiplicação de células,


prevenção de desnutrição e anemias.

 Vitamina C (ácido ascórbico): defesa antioxidante e sua deficiência causa escorbuto.

Fonte: https://belezaesaude.com/vitamina-c/
Vitaminas lipossolúveis

 Necessitam da gordura para serem digeridas e absorvidas.


 São: A, D, E, K.

Função

 Retinol (vitamina A): saúde dos olhos e da pele.


 Fontes alimentares: fígado, leite e derivados,
ovos, mamão, tomate, cenoura,
folhas verde-escuras.

Fonte: https://www.saudemais.org/vitaminas-lipossoluveis/
Vitaminas lipossolúveis

 Calciferol (vitamina D): ajuda na absorção de fósforo e cálcio, mineralização óssea e


metabolismo do cálcio.
 Fontes alimentares: óleo de fígado de peixe, ovo, manteiga, fígado, leite e derivados,
sardinha, atum, salmão e arenque.
 A vitamina D também é produzida pelo nosso organismo, na pele, pela exposição
aos raios solares.

Fonte: https://www.saudemais.org/vitaminas-lipossoluveis/
Vitaminas lipossolúveis

 Tocoferol (vitamina E): antioxidante.


 Fontes alimentares: óleos vegetais, gérmen de trigo, soja, oleaginosas.

Fonte: https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/7-beneficios-da-
semente-de-girassol-que-vao-te-convencer-a-consumi-la_a12325/1
Vitaminas lipossolúveis

 Filoquinona (vitamina K): ajuda na coagulação sanguínea, previne hemorragias.


 Fontes alimentares: folhas verdes (espinafre), queijo, gema de ovo, fígado, leite.

 Filoquinona (K1): presente nas plantas verdes.


 Menaquinona (K2): síntese bacteriana.
 Menadiona (K3): sintética.

Fonte: https://pixnio.com/pt/?s=br%C3%B3colis/
Minerais

 São elementos distribuídos na natureza que exercem diversas funções do organismo.

 Não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem ser obtidos por meio da
alimentação, sendo considerados nutrientes essenciais.

 Reguladores (atividades das enzimas,


balanço ácido-base, atividade muscular,
ação hormonal, ação imunológica,
metabolismo de macronutrientes, impulso nervoso).

Fonte: https://pixabay.com/photos/beans-beverage-calcium-closeup-3452427/
Minerais: tipos e classificação

Classificação e tipos de minerais mais importantes:

Eletrólitos Macronutrientes
Importantes na manutenção Presentes em maiores
de equilíbrio hidroeletrolítico concentrações no organismo
Sódio Potássio Cálcio Magnésio
Cloro Fósforo Enxofre

Elementos ultratraços
Fonte: Pinheiro; Porto; Micronutrientes
(quantidades pequeníssimas,
Menezes (2005, p. 45). (minerais em menores
e com funções metabólicas
quantidades, mas com funções
ainda não totalmente
específicas essenciais)
elucidadas)

Ferro Cromo
Zinco Manganês Flúor
Iodo
Minerais: tipos e classificação

 Classificação em macroelementos, Macroelementos Microelementos essenciais Traços


microelementos essenciais e traços
Cálcio (Ca) Cobalto (Co) Arsênio (As)
Cloro (Cl) Cobre (Cu) Boro (Bo)
Enxofre (S) Cromo (Cr) Cádmio (Cd)
Fósforo (P) Estanho (Es) Chumbo (Pb)
Magnésio (Mg) Ferro (Fe) Estrôncio (Sr)
Potássio (K) Flúor (Fl) Lítio (Li)
Sódio (Na) Iodo (I) Mercúrio (Hg)
Manganês (Mn)
Molibdênio (Mo)
Fonte: adaptado de: Níquel (Ni)
Cozzolino (2016);
Mahan; Selênio (Se)
Escott-stump;
Raymond Silício (Si)
(2013); Guyton; Hall
(2017); Sizer; Vanádio (Va)
Whitney (2003).
Zinco (Zi)
Minerais: fontes alimentares

 A presença de minerais nos alimentos é muito variável, pois depende de diversos fatores,
sendo os mais importantes a composição do solo, no caso das plantas, e a dieta, na hipótese
dos alimentos de origem animal.

Fonte: https://pixabay.com/images/search/calcio/
Chat: atividade

 Chegou o momento da nossa atividade no chat!

 A proposta é discutirmos um estudo de caso em que o paciente está com dúvidas sobre o
consumo de micro e macronutrientes.

Vamos tentar ajudá-lo?

 Vemo-nos lá!

Fonte: https://www.vice.com/es/article/7878jz/6-chicas-creadoras-de-gif-que-tienes-que-conocer
Referências

 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Rotulagem nutricional


obrigatória: manual de orientação às indústrias de alimentos. Brasília: Ministério da
Saúde/Universidade de Brasília, 2005b.
 BOBBIO, F. O; BOBBIO, P. A. Introdução à química de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela,
2003.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Guia Alimentar para a População Brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2014.
 MCMASTERS V. History of food composition tables of the word. J Am Diet Assoc 1963;
43:442-50.
 PHILIPPI, S. T. Pirâmide dos alimentos. 3. ed. Barueri: Manole,
2018.
ATÉ A PRÓXIMA!

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