Artigo 3 o Ensino Das Literaturas

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O ENSINO DAS LITERATURAS, INCLUSÃO DIGITAL E DEMAIS

DISCIPLINAS DO CURRÍCULO EDUCACIONAL COM O USO DE


RECURSOS TECNOLÓGICOS: TEORIA E PRÁTICA EM UM
CONTEXTO DE DESAFIOS E REFLEXÕES.

Simone Helen Drumond Ischkanian¹


Rita de Cássia Soares Duque2
Elaine Gemima Santos de Souza3
Silvana Nascimento de Carvalho4
Sandro Garabed Ischkanian5
Eliana Drumond6

1. INTRODUÇÃO

O ensino das literaturaturas permite transformar a leitura em uma ferramenta


básica para aquisição de conhecimentos globalizantes e ler é um ato similar ao de
pensar. O uso de recursos tecnológicos nos diversos contextos educacionais não
significa a ruptura com a leitura do mundo e da palavra, afinal, a função da tecnologia,
como aliada à prática da leitura, é garantir que todos possam desfrutar do prazer de ler,
fornecer uma educação sem fronteiras e guiar crianças, jovens e adultos pelos caminhos
da criticidade.
Rita de Cássia Soares Duque contextualiza que “a leitura crítica nos ajuda a
compreender que tudo o que lemos não é um fato, e sim, a visão e opinião do escritor”,
1
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond - Doutoranda em Educação, Professora SEMED,
UEA e IFAM. Autora do Método de Portfólios Educacionais (Inclusão – Autismo e Educação).
SHDI é autora de artigos e livros. E-mail [email protected]
2
DUQUE, Rita de Cássia Soares - Autora de artigos e livros, é citação e referencia em artigos
de livros pela Editora Schreibe e Arcoeditora. Formada em Pedagogia pela Universidade
Federal de Mato Grosso. Especialista em Docência do Ensino Superior (Faculdade Afirmativo).
Especialista em Educação Inclusiva e TGD / TEA (FAVENI). Especialista em Psicologia
Escolar e Educacional (FAVENI). Mestranda em Educação. Orcid. https://orcid.org/0000-
0002-5225-3603 E-mail: [email protected]
3
DE SOUZA, Elaine Gemima Santos - Pós-Graduação Lato Sensu em Tecnologias
Educacionais para a Docência em Educação Profissional e Tecnológica, realizado pela Escola
Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Graduada em
Enfermagem - UNINORTE. Graduanda em Direito - Estácio. Professora e preceptora em
Medicina (Femetro-AM) Enfermagem (CETAM-AM). E-mail: [email protected]
4
CARVALHO, Silvana Nascimento. Professora concursada pela SEMED - AMA. Formada em
Pedagogia pela UEA. Pós-Graduação em Educação. Atualmente trabalha com tecnologias pela
SEMED-AM.
5
ISCHKANIAN, Sandro Garabed. Especialista em Comunicação (COMAER) e Matemático
(UFAM). Autor do Método de Portfólios Educacionais (Inclusão – Autismo e Educação).
6
DRUMOND, Eliana de Carvalho Silva - Autora de artigos e livros, é citação em artigos de
livros pela Editora Schreibe. Psicopedagoga, Pós-Graduanda em ABA (Analise do
Comportamento Aplicada), no TEA. Especialista em Inclusão, Autismo e Educação Clinica.
E-mail. [email protected]
transscendendo a teoria, nos permitindo (re)construir a prática educacional, em um
contexto de desafios e reflexões no qual estamos inseridos, pois a internet possibilitou a
praticidade na leitura.
A tecnologia está sempre evoluindo e novos métodos estão sempre sendo
criados, como as literaturas digitais que tem como melhor exemplo o kindle, um
aparelho que permite aos usuários ler livros, jornais, revistas, além de comprar, baixar e
pesquisar.
As disciplinas do currículo educacional, com o uso de recursos tecnológicos,
não permite apenas "digitalizar" todo e qualquer texto já existente em suporte impresso
ou utilizar diferentes plataformas de mídia para construir narrativas transmídia. Ela
também permite "produzir" textos de maneiras antes impossíveis.
Elaine Gemima Santos de Souza ratifica que “na era digital, as inovações
tecnológicas atingem diretamente as atividades relacionadas à leitura e à escrita”, uma
vez que permitem um redimensionamento nas ações de (re)produção e a difusão dessas
habilidades da língua, fazendo com que surja a necessidade de se conhecer as nuances
próprias e as múltiplas formas de aprender e ensinar, evidenciado transformações
significativas na inclusão digital e demais disciplinas do currículo educacional com o
uso de recursos tecnológicos.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 O ensino das literaturas e as novas tecnologias


Silvana Nascimento de Carvalho evidencia que “o encontro entre a literatura e
as novas tecnologias não significa a extinção dos livros impressos e da difusão
tradicional de cultura”, mas sim, o surgimento de novas práticas e modelos que
caminham paralelos, entrecruzando ou distanciando as antigas formas de caminhar pelo
mundo da literatura.

2.1.1 Literatura e tecnologias na Educação Infantil


A BNCC pretende que as práticas pedagógicas estimulem o uso da tecnologia e
dos recursos digitais para a construção de aprendizados significativos, a fim de que os
alunos desenvolvam as competências elencadas como necessárias ao século XXI,
permitindo, dessa forma, o pleno desenvolvimento. Não é nenhuma novidade que os
pequenos de hoje em dia já nascem conectados. A chamada Geração Alpha trouxe
crianças que, antes mesmo de aprender a falar ou andar, já lidam com muita
familiaridade com celulares e tablets. Neste contexto, destacamos o e-picturebook que é
um livro ilustrado que combina narrativas visuais e verbais no formato de livro.
A psicopedagoga Eliana Drumond enfatiza que “como toda novidade, cabe a
nós adultos (pais, professores, educadores e terapeutas) filtrar e cuidar para que o uso e
o contato com as novas tecnologias sejam positivos”, e não negativos, para o
desenvolvimento infantil. Afinal, as tecnologias aliadas à literatura infantil são
excelentes na Educação das crianças, pois proporcionam experiências com as
ilustrações e textos escritos, assim, a literatura Infantil pode colaborar com o processo
de apropriação da linguagem escrita, agregando conhecimento e produzindo conceitos
significativos no desenvolvimento de ensino e aprendizado. É fator primordial o
respeito às especificidades das crianças e suas capacidades de compreensão do saber.
Sosô Uribe, encontrada no PlayKids Os livros digitais, do PlayKids App,
App, conta as histórias em Inglês, revelam uma biblioteca digital
ajudando a fixar os conceitos da recheada de livros divididos
literatura e aprender o idioma Inglês. catalogados por temas. Aliados ao
Assim, após esse estímulo, pode-se planejamento psicomotor trazem
mostrar à criança a literatura, através sinestesia, estimulando a criatividade
de histórias lúdicas, em formato de global da criança e autonomia.
livro.
Após contar uma história, convide a Utilizando recursos tecnológicos,
criança a usar o tablet, computador ou ensine as crianças a pesquisar letras
celular para fazer um desenho de suas músicas favoritas e, ao achá-
retratando a narrativa. Assim, você las, cantem juntos. Assim você dá
cria um contexto para certificar que a oportunidade para que a criança
criança compreendeu a história, e conheça e assimile diferentes
ainda, uma maneira divertida de palavras. Ao cantar, com a criança,
comentar os pontos que ela mais desenvolve a dicção e a entonação na
gostou. linguagem oral.
Fonte: Autores 2023

2.1.2 Literatura e tecnologias no Ensino Fundamental


A função da tecnologia como aliada à prática da leitura é garantir que todos
possam desfrutar do prazer de ler, fornecer uma educação sem fronteiras e guiar os
jovens pelos caminhos da criticidade. A leitura crítica nos ajuda a compreender que tudo
o que lemos não é um fato, e sim, a visão e opinião do escritor. Por meio da literatura, o
aluno pode trabalhar sua individualidade e compreender melhor seus sentimentos, além
de entender seu espaço na sociedade, formar opiniões críticas e refletir sobre a realidade
do mundo e sociedade.
2.1.3 Literatura e tecnologias no Ensino Médio
O novo é sempre objeto de interesse do ser humano. E, para os adolescentes
que se encontram no Ensino Médio, a tecnologia é que permite a descoberta. Ela gera
entusiasmo e expectativas no adolescente. Fica claro que, compete ao professor
reconhecer e aproveitar-se dessas peculiaridades próprias da fase, para promover o
ensino de Literatura de forma lúdica e prazerosa para os jovens, fazendo da tecnologia a
sua maior aliada.
A literatura aliada às tecnologias inovadoras no Ensino Médio pode se dedicar
aos principais aspectos dos gêneros literários, às diferenças entre prosa e poesia, às
principais escolas literárias, à literatura brasileira e a algumas obras e autores
importantes no Brasil e na literatura mundial. Após o uso das tecnologias para ampliar
conhecimentos, as rodas e discussões de leitura também são outro excelente método de
incentivo. Um método ainda não muito explorado pelos professores é passar filmes que
tenham o enredo baseado em livros e propor a leitura do livro que inspirou o filme, para
então, realizar atividades sobre o assunto.
Sandro Garabed Ischkanian ratifica que “percebe-se que, de uma forma geral
que a tecnologia é um excelente instrumento de promoção da aprendizagem em
qualquer etapa da educação”, pois atrai o interesse, aguça a curiosidade. Portanto, a
tecnologia é uma ferramenta que contribui significativamente para o pleno
desenvolvimento do adolescente, propiciando o aprimoramento de suas habilidades na
leitura e consequentemente na aquisição de conhecimentos de todas as disciplinas.
2.1.4 Literatura e tecnologias nas Instituições de Ensino Superior

As diversas literaturas, aliadas às Tecnologias da Comunicação (TC), ao serem


utilizadas nas Instituições de Ensino Superior (IES), promovem escalas de
transformações pedagógicas inovadoras, produzindo mudanças no design das práticas
de ensino e aprendizagem, fazendo surgir paradigmas da aprendizagem como o
e-learning, b-learning, m-learning.

E-LEARNING - significa aprendizagem eletrônica. Sendo assim, ele consiste


em um aprendizado não presencial, fundamentado em pilares tecnológicos, como
plataformas de ensino online. É o caso do ensino a distância, que tem se popularizado
bastante devido ao atual cenário em que vivemos.
B-LEARNING - signfica blended learning, ou seja, aprendizagem mista ou
combinada. Formação semipresencial é outra das formas para designar este tipo de
formação, é um método adequado às transformações tecnológicas, que estão mudando a
forma como aprendemos e ensinamos.
M-LEARNING - mobile learning ou m-learning é uma metodologia de
aprendizado que utiliza dispositivos móveis para facilitar as interações, treinamentos e
capacitações de diversos tipos.
A literatura e tecnologias nas Instituições de Ensino Superior devem abraçar
diferentes perspectivas pedagógicas, com ênfase em metodologias criativas,
evidenciando potencializar inovação e disrupção de práticas educativas tradicionais,
promovendo mudanças nas práticas e papéis de alunos e professores que usam as
Tecnologias da Comunicação (TC).
As tecnologias da web 2.0, 3.0 e 4.0 promovem novas formas de comunicação,
interação e partilha, em contextos educativos formais, entre utilizadores e conteúdos, e
assim, disseminando a informação através de ferramentas de visualização da
informação, com foco em contribuir para a disponibilização de informação atualizada e
útil para os utilizadores das instituições de Ensino Superior, potencializando a
investigação e ampliando os processos de ensino e aprendizagem, e assim,
desenvolvimento de novas práticas educativas.
Web 1.0 - a primeira geração da web, descrita pelo físico e cientista da
computação Tim Berners-Lee em 1989, era baseada em hiperlinks e servia basicamente
para mostrar conteúdos estáticos com design similar ao de páginas impressas. Os vídeos
eram raros. A comunicação era unidirecional, o que significa que os usuários da web
não podiam criar conteúdo, mas consumir o que estava disponível. A exceção a esta
regra foram os e-mails enviados com formulários de registro e afins.
Web 2.0 - a chegada da segunda versão da web revolucionou a experiência dos
usuários, sendo distinta de tudo que já tinha sido visto antes. Nela era possível ir além
das páginas estáticas que imprimiam conteúdo na tela, já que os sites passaram a
oferecer novas formas de interação. Nessa ocasião, a produção de conteúdo pelos
internautas ganhou espaço por meio da possibilidade de inserção de comentários em
páginas de blogs e se tornou o centro da experiência web com a chegada das redes
sociais. Outros aspectos que se destacaram na experiência de navegação é que incluem a
popularização da tecnologia Ajax - utilizada na manipulação de mapas pela Google e o
uso mais amplo dos estilos em CSS, que permitiu a criação de páginas mais pulcras e
com layout mais implexo.
Web 3.0 - surgiram procedimentos de modificação digital e se baseia no uso de
máquinas para melhorar as operações, que antes eram realizadas manualmente pelo
usuário. A eficiência dessas tarefas é alcançada graças ao uso de técnicas de automação
e aprendizado de máquina, que também estão na nova lista da terceira versão da Web e
ajudam até a melhorar o desempenho dos próprios serviços da Internet. Essas
implementações existem em algoritmos de recomendação de conteúdo orientados ao
usuário - úteis, por exemplo, em automação de marketing, até mesmo em sistemas de
roteamento para pacotes de dados que se movem por uma rede.

2.2 Inclusão digital e as tendências da web 4.0


A Web 4.0 tende a intensificar o uso da inteligência, aflorar a inclusão digital e
estreitar as fronteiras entre ser humano e a máquina, ampliando o que já foi visto na
Web 3.0. Alguns conceitos se destacam ao longo do caminho como:

2.2.1 Internet das Coisas - A Internet das Coisas já é um conceito


relativamente conhecido e utilizado como referência aos variados tipos de dispositivos
conectados à web com finalidades específicas que eliminam a necessidade de ação
humana em diversas tarefas do cotidiano. Com a Web 4.0, essa tecnologia tende a ser
expandida e utilizada para, entre outras finalidades, melhorar a experiência de compra
que um cliente tem numa loja. Uma das ideias é utilizar a tecnologia RFID para
identificar os produtos no carrinho do cliente e calcular o valor total da compra
automaticamente.
2.2.2 Integração de serviços - A companhia americana de telecomunicações
AT&T combinou a infraestrutura de banda larga, que já gerenciava, com um sistema de
câmeras de vídeo para disponibilizar um novo serviço para seus clientes. Com a
possibilidade de integração de novos serviços às tecnologias já existentes e operantes,
essa se torna mais uma das apostas para a nova era da internet: a integração de novos
recursos em pacotes de serviço já existentes sem a necessidade de mudanças
significativas em infraestrutura.
2.2.3 Interação social - Vivemos em um mundo transformado pela internet. As
mudanças impactaram a forma como interagimos com outras pessoas no âmbito pessoal
e profissional, sendo essa tendência cotada para crescer na Web 4.0. Essa aposta se dá
especialmente pelo forte investimento em sistemas de inteligência artificial e melhoria
de algoritmos de recomendação, que proporcionarão aos internautas mais alinhamento
com suas preferências e naturalidade no uso de ferramentas de comunicação online. Já é
possível visualizar essas mudanças graças à adesão crescente de assistentes virtuais e da
própria IoT, mencionada anteriormente. É natural que com as facilidades oferecidas
pelas ferramentas digitais, os consumidores passem a evitar caminhos, produtos e lojas
que não condizem com suas preferências. Esse fato impacta diretamente na forma como
empresas devem reagir frente às mudanças do mercado e daí surge a necessidade de
atenção às tendências.
2.2.4 Inclusão digital e EPT - A educação profissional e tecnológica (EPT) é
uma modalidade educacional prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) com a finalidade precípua de preparar “para o exercício de profissões”,
através da inclusão digital, contribuindo para que o cidadão possa se inserir e atuar no
mundo do trabalho e na vida em sociedade.
2.2.5 Inclusão digital e EAD – é um contexto que colabora para o
desenvolvimento humano e social de nossas crianças, adolescentes e adultos,
contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade melhor, que procura reduzir as
diferenças sociais, além de criar uma equivalência nos processos de ensino e
aprendizagem, sendo assim, um agente de transformação do pensar e do agir na
educação transformadora.
2.2.6 Inclusão digital e Espaços Terapêuticos - O termo Inclusão Digital pode
ser definido como o uso de ferramentas digitais, a fim de proporcionar a Inclusão
Social, não somente de pessoas com necessidades educativas especiais, mas de todos
aqueles que são estigmatizados. Acessibilidade é a busca para melhorar a qualidade de
vida das pessoas com deficiências, possibilitando as condições de acesso a todos os
lugares, seja físico ou virtual. Nesse sentido, os programas de inclusão digital buscam
aprimorar e ampliar o acesso às tecnologias aos deficientes.

2.3 As demais disciplinas do currículo educacional com o uso de recursos


tecnológicos.
O uso da tecnologia como ferramenta de ensino traz diversas possibilidades para
os professores e para a educação de forma geral, facilitando o aprendizado e
aumentando o interesse por parte dos alunos. Quando falamos de inovações no ensino,
focamos na convergência entre conteúdo e novos meios de interação tecnológicos.
2.3.1 E-book
A maior vantagem do e-book é a sua praticidade: ele não pesa nada, então você
pode andar com a sua biblioteca inteira na bolsa sem problemas, e na hora da compra,
basta um clique e ele já estará disponível para leitura. Só estas vantagens já são
suficientes para que muitas pessoas adotem os livros digitais.
2.3.2 Literatura digitalizada
A literatura digital é a exploração das possibilidades formais surgidas com o
desenvolvimento de tecnologias visuais e sonoras, como o vídeo, o computador e a
edição eletrônica de textos.
2.3.3 Os tipos de livros digitais
Os formatos mais comuns de Ebooks são o PDF, HTML e o ePUB.
Atualmente, existem outros formatos de livros digitais, tais como book app e
e-picturebook, que são incorporados pela literatura infantil em sua reconfiguração para
o digital, ou LID (Literatura Infantil Digital).

2.4 Educação: teoria e prática em um contexto de desafios e reflexões.


Um dos grandes desafios da educação na atualidade é transformar-se, é abrir-se
às mudanças que as novas tecnologias evidenciam como transformadoras nos contextos
educacionais, é tornar-se “atraente” às crianças, jovens e adultos, é fazer com que estes
tornem-se sujeitos ativos na construção do conhecimento. A priorização dessas
competências é exigida pelo novo Currículo Nacional Comum (BNCC), que começou
em 2020.
Neste contexto de desafios e reflexões, é primordial o desenvolvimento das
habilidades socioemocionais do aluno. É importante que as escolas e universidades
invistam no desenvolvimento das habilidades socioemocionais do aluno, o que também
afeta a qualidade do ensino. Para tanto, as escolas e universidades devem assegurar um
ambiente que promova: a criatividade; proatividade; colaboração; pensamento crítico;
comunicação; persistência. As tecnologias são fatores colaborativos na ampliação das
novas formas de ensinar, para o aluno sentir-se atraído para as novas formas de
aprender. Estes são pontos que ajudam o aluno a se conhecer, se relacionar bem e
aprender a enfrentar os desafios da vida pessoal e educacional, com perseverança,
segurança e criatividade.
No dia a dia isso pode ser feito em grupos de discussão, em atividades de lazer e
esportes, e até mesmo por meio do uso de ferramentas tecnológicas no aprendizado.
Quando essas habilidades são bem trabalhadas e desenvolvidas, o aluno passar pelas
fases do Ensino Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação superior, com
a capacidade plena de torna-se um adulto mais preparado para enfrentar as dificuldades
da vida em sociedade.

2.5 As habilidades propostas para a educação no século XXI


As habilidades exigidas para século 21 estão a flexibilidade, criatividade e a
capacidade de trabalhar em equipe. Também podemos citar a capacidade de se conectar
e interagir com os outros, ou seja, empatia, além da comunicação, pensamento crítico e
liderança.
2.5.1 Habilidades de vida e carreira - busca desenvolver a flexibilidade,
adaptação, iniciativa, auto direcionamento, interação social, interação inter-cultural,
produtividade, liderança e responsabilidade.
2.5.2 Habilidades de aprendizagem e inovação – procura desenvolver
pensamento crítico, resolução de problemas, entendimento das questões pertinentes a
atualidade, comunicação, colaboração, criatividade e inovação.
2.5.3 Habilidades de informação, mídia e tecnologia - visa desenvolver
acesso à informação, o uso e gestão de informação, mídia analítica, robótica, criação de
produtos de mídia e tecnologias aplicadas à inovação.
Para Simone Helen Drumond Ischkanian, “nenhuma dessas habilidades é apenas
sobre conteúdo acadêmico ou intelectual, mas sobre a interseção do desenvolvimento de
habilidades socioemocionais, internas e interpessoais”.
Em resumo, as habilidades do século 21 consistem em conhecimentos
tecnológicos e práticas que incluem a capacidade de atingir objetivos, trabalhar com
outras pessoas e administrar as próprias emoções.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O papel do professor é motivar, inspirar e refletir sobre determinado conteúdo


e fazê-lo de forma prática, usando métodos inovadores que levem a melhores resultados
de aprendizagem do aluno.
O futuro oferece muitas oportunidades para os professores continuarem sua
formação continuada com ênfase nas tecnologias que abrangem o mundo da inovação
educacional, nas formas de ensinar e aprender. Vivemos em uma época em que
aprender é essencial.
O advento é tão grande, que a tecnologia exige que um professor esteja pronto
para inovar no seu planejamento e ensinar.
A tecnologia reduz o tempo que os professores gastam corrigindo testes e
tarefas. Portanto, esse tempo pode ser usado para preparar as aulas. As redes sociais
fazem parte do dia a dia dos alunos, por isso utilize esta ferramenta para melhorar a
comunicação entre eles, em sala de aula. Use o Facebook, Twitter, WhatsApp e outros
aplicativos para atualizar a maneira de como você ensina. Pedir aos alunos que
escrevam no blog é uma ótima maneira de praticar a escrita. Deixe um aluno se
encarregar de atualizar a página todos os dias para que ele também aprenda a se dedicar
ao aprendizado.
A participação dos alunos, via Internet, comentando e votando, contribuem
para a integração das pessoas com deficiência intelectual.
A educação do futuro prepara os alunos para a vida. As salas de aula têm
atribuições diferentes das de hoje porque são projetadas para a prática. O principal
objetivo da educação é fazer com que os alunos desenvolvam um pensamento crítico e
orientado para a realidade.
A tecnologia é cada vez mais útil no aprendizado do aluno, e é trabalho do
professor gerenciar essa mudança de forma eficaz. Para isso, deve estar em contínuo
aprendizado para orientar os alunos da melhor forma possível e garantir uma educação
de qualidade para as gerações futuras. Quando temos curiosidade de aprender algo, isso
nos motiva a aprender, nos motiva a saber mais, saber o que ainda não sabemos, nós
adultos somos assim e nas crianças essa curiosidade é ainda mais intensa. E com essa
curiosidade, devemos trabalhar com o desejo, na sala de aula, de aprender com ênfase
nas tecnologias inovadoras.
A curiosidade ativa o cérebro para esperar receber informações, o que torna o
aprendizado através das tecnologias mais gratificante. Vemos exemplos em nosso dia a
dia, crianças que gostam de dinossauros costumam ler sobre eles e sabem um pouco de
tudo, seu aprendizado não é baseado em aprendizado mecânico, eles se interessaram
pelo assunto que despertou curiosidade e em saber mais sobre o assunto. A curiosidade
é um ciclo de aprendizagem transformadora. As tecnologias vieram para transformar o
mundo da educação e promover possibilidades inovadoras para todos.

REFERÊNCIAS

HUGO, Assmann. Curiosidade e Prazer de Aprender – O papel da curiosidade na


aprendizagem criativa. Petropolis, RJ: Editora Vozes, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática, 34ª edição, São Paulo, Cortez Editora, 2012.

RODRIGUES, Sandra Maria Papim, Ensino de Literatura: considerações teóricas a


partir da análise de um suplemento do professor. Rio de Janeiro, Cortez Editora,
2015.

SANTOS, Julio César Furtado. Aprendizagem significativa: modalidades de


aprendizagem e o papel do professor. 1ª Ed. Porto Alegre: Mediação, 2008.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. O professor e o combate à alienação imposta. São


Paulo, Cortez & Autores Associados, 1991.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula.


São Paulo: Libertad, 1994 (Cadernos Pedagógicos do Libertad,2).

ZABALLA, Vidiella Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto alegre: Artmed,
1998.

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