Artigo 3 Intelegencia Emocional Ok

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA:

novas formas de compreender a educação para aprender e ensinar.

Simone Helen Drumond Ischkanian¹


Adriana Alves de Lima2
Gladys Nogueira Cabral3
Regina Daucia de Oliveira Braga4
Jayme Salz Odilon5
Maria Geralda Cordeiro Oliveira6
1. INTRODUÇÃO
A inteligência emocional na educação contemporânea é o nome de um
conjunto de competências relacionadas de como lidar com as emoções, com uma
(re)educação de novas formas de compreender a aprendizagem. Mais precisamente, o
quanto os processamos, entendemos e temos a capacidade de gerenciá-los.

O objetivo da educação emocional não está centrado na mensuração da


inteligência, mas sim, na sua otimização, a partir da educação das emoções.
Constitui-se num processo complexo de construção permanente, originado no
seio da família, passando pela escola e continuando por toda a vida. No
entanto, não pode ser vista como mais um tipo de auto-ajuda ou uma receita
que transforma todos os problemas em soluções (Elísio Wedderhoff).

Goleman (1998) defende que a inteligência emocional (IE) ajuda as pessoas a


reconhecer sentimentos, proporciona uma melhor gestão das emoções. Este contexto
ajuda na tomada de decisões e pode até influenciar a inteligência intelectual (QI). A
inteligência emocional (IE) na educação atual deve ser conhecida por todos os líderes

1
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond - Doutoranda em Educação, Professora SEMED,
UEA e IFAM. Autora do Método de Portfólios Educacionais (Inclusão – Autismo e Educação).
SHDI é autora de artigos e livros. E-mail [email protected]
2
LIMA, Adriana Alves - Autora de artigos e livros, é citação e referencia em artigos de livros
pela Editora Schreibe. Professora. Pós-graduada em Especialização em Tecnologias
Educacionais para a Docência em Educação Profissional e Tecnológica, pela Universidade do
Estado do Amazonas (UEA). Bacharel em Engenharia Elétrica, pela Uninorte-AM. E-mail:
[email protected]
3
CABRAL, Gladys Nogueira - Autor de artigos e livros, é citação e referencia em artigos de
livros pela Editora Schreibe. Mestranda em Tecnologias Emergentes na Educação pela MUST
University. Psicóloga (UAP/UFF). Administradora (FASC). Professora de Idiomas (ETEP). E-
mail [email protected]
4
BRAGA, Regina Daucia de Oliveira Braga. Mestre em Educação (Absolute Christian
University), Especialista em Atendimento Educacional Especializado (UFC-Universidade
Federal do Ceará. Neuropsicopedagoga, Psicanalista e Analista Corporal.. Autora de artigos e
livros pela Editora Schreibe. E-mail [email protected]
5
ODILON, Jayme Salz – Autor de artigos e livros. Bacharel em Ciências da Computação
CIESA. Especialista em MBA em Gestão de Projetos pela FUCAPI. MBA em Gestão Pública e
Governança Pública. Especialista em Tec. Educacionais para a Docência em Educação EPT pela
Universidade Estadual do Amazonas. Servidor público. E-mail: [email protected]
6
OLIVEIRA, Maria Geralda Cordeiro - Graduada em Designer de Moda, pós graduada em
Tecnologias Educacionais para Docência em Educação Profissional e Tecnológica - Escola de
Tecnologia (EST) da Universidade do Estado do Amazonas(UEA), Professora de Moda do
Vestuário" CETAM. E-mail: [email protected]
educacionais, pois é um elemento que contribui para alcançar o sucesso na vida pessoal
e profissional, bem como na organização.
Gladys Nogueira Cabral reflete que “o bem-estar no trabalho educativo é
essencial para o bom desempenho das atividades na organização”. Quando alunos e
professores se sentem confortáveis no ambiente em que estão inseridos, conseguem
exercer suas funções com maior autonomia e qualidade. No contexto escolar, o principal
objetivo da educação emocional é evitar que, após o pleno desenvolvimento desta
capacidade, o aluno apresente todas as competências para avaliar e expressar as suas
emoções, comportamentos e atitudes. Quando comparamos professores e alunos que
possuem educação emocional em seu currículo, eles acabam se destacando na
capacidade de gerenciar suas emoções, atitudes, empatia e relacionamentos, resultando
em melhor desempenho, evidenciando novas formas de entender a educação, o aprender
e o ensinar.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Inteligência Emocional na Educação Contemporânea (IEEC) e a
Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner (TIMG):
(IEEC) ≠ (TIMG) (IEEC) ⊋ (TIMG)

Inteligência Lógica-matemática: essa inteligência facilita a capacidade linear


de pensamentos lógicos e dedutivos.
Inteligência Linguística: competências de comunicar-se com clareza.
Inteligência Musical: capacidade de melhor percepção na hora de diferenciar
tipos de sons, arranjos musicais. Essa inteligência pode ter conexão com o lado
emocional das pessoas.
Inteligência Espacial: habilidades em elaborar representações mentalmente,
ágil imaginação e competências artísticas.
Inteligência corporal cenestésica: capacidade de melhor performance entre o
corpo e a mente.
Inteligência Intrapessoal: facilidade em entender os próprios sentimentos.
Inteligência Interpessoal: capacidade de perceber as emoções e sentimentos dos
indivíduos.
Inteligência Naturalista: competência para interpretar e entender melhor o
universo.
Inteligência Existencial: percepção para entender melhor a existência dos seres
humanos e qual o sentido de sua existência.
Fonte: Autores (2023)
O ser humano pode desenvolver diferentes tipos de inteligência, por isso é
necessário entender os pontos específicos acionados pelo lado emocional e tentar se
adaptar da melhor forma possível para criar um equilíbrio na vida pessoal e profissional
(WARPECHOWSKI, 2018).
Regina Daucia de Oliveira Braga projeta que “as escolas e faculdades exigem
cada vez mais que os profissionais tenham um bom controle emocional”, os
indivíduos/professores/funcionários devem se esforçar para melhorar a inteligência
emocional estável, objetivando se adaptar “a diferentes tipos de atividades e obter bom
desempenho” em novas formas de entender a educação, a aprendizagem e o ensino
(BASTOS, BERGAMINI e DALPIA, 2018).

2.2. Inteligência emocional e as novas formas de compreender a educação


evidenciam que é necessário:
2.2.1. Preste atenção ao seu corpo: observe como você age quando sente
determinadas emoções. A consciência do comportamento reflete positivamente no
aprendizado. É fundamental ouvir o lado físico do corpo, as sensações e os diversos
sentimentos.
2.2.2. Reduzindo emoções negativas: Um dos principais tópicos no
desenvolvimento da inteligência emocional (IE) é a capacidade de gerenciar emoções
negativas. Evite logo conclusões negativas precipitadas e pense que as situações têm
mais saídas, basta procurá-las.

PARA
EXTERNALIZAR E
COMPREENDER O
QUE SENTE,
ESCREVA SOBRE:

PENSAMENTOS SENTIMENTOS MEDOS E


POSITIVOS E POSITIVOS E CONCLUSÕES
NEGATIVOS NEGATIVOS NEGATIVAS

Fonte: Autores (2023)


2.2.3 Lidando positivamente com o estresse e a ansiedade: Todos nós
passamos por momentos estressantes em nossas vidas ou nos sentimos ansiosos por um
motivo ou outro. Saber como lidar com essas situações pode fazer a diferença entre o
equilíbrio e a disfunção. Em tempos de estresse, o mais importante é manter a
tranquilidade. Nessas situações, lave o rosto com água fria e respire ar fresco (respire
calmamente e conte de 10 a 1). Como aluno ou educador em estado de estresse ou alta
ansiedade, evite cafeína e alimentos ricos em açúcar.
2.2.4 Entenda que a pressa é inimiga da perfeição: Na inteligência
emocional (IA), a mudança pessoal deve acontecer gradativamente, procure desenvolver
um checklist passo a passo do processo. Tente não descartar seus sentimentos até ter a
chance de pensar sobre eles. As emoções saudáveis tendem a fluir e refluir como ondas,
com altos e baixos naturais.
2.2.5. Praticar o “responder” ao invés do “reagir”: o cérebro emocional
responde aos acontecimentos de forma mais rápida do que o cérebro pensante, neste
sentido é importante se concentrar em suas ações e perceber a diferença entre o
responder e reagir.
O processo de REAGIR é um O processo de RESPONDER é um
processo inconsciente onde processo consciente que envolve
experimentamos um gatilho perceber como você se sente, depois
emocional e nos comportamos de decidir como você quer se comportar.
forma inconsciente, expressando essa
emoção de maneira instantânea.
Fonte: Adaptado de Goleman (1996) pelos autores (2023)

A educação emocional ajuda nos resultados escolares (provas e atividades),


o controle das emoções ajuda a pensar melhor, para aprender a respeitar opiniões e
modos de ser, que facilita a comunicação e interação com os colegas, por exemplo, na
hora de resolver uma prova, no desenvolvimento de atividades individuais e em grupo.
“Emoções não são o que atualmente chamamos de sentimentos. Jayme Salz Odilon
destaca que em termos “biológicos, o que queremos dizer quando falamos de emoções
são disposições corporais dinâmicas que definem diferentes domínios de ação”, nos
quais movemos para novas formas de entender a educação, a aprendizagem e o ensino.
2.2.6. Pratique a empatia: empatia é entender os outros, como alguém se
sente ou se comporta de uma certa maneira e ser capaz de comunicar essa compreensão
a eles. O estado de empatia deve começar exclusivamente com você. Quando você se
sentir ou agir de uma certa maneira, pergunte:

Pergunta: Por que eu acho que estou Pergunta: Por que estou fazendo isso?
me sentindo assim?
Resposta (análise comportamental):
Resposta (análise comportamental): ______________________________
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________

Fonte: Autores (2023)

2.2.7. Criar um ambiente positivo: criar um ambiente positivo não só


melhora a sua qualidade de vida, mas pode ser contagioso para as pessoas ao seu redor.
Perceba o que está indo bem, o porquê e onde você se sente agradecido em sua vida.
2.2.8. Conhecer seus limites: há momentos em que é importante definir
nossos limites adequadamente. Estes limites podem incluir o exercício do nosso direito
de discordar, de dizer "não" sem se sentir culpado, de estabelecer nossas próprias
prioridades e nos proteger da coação. E é importante saber quando é hora de mudar o
seu foco. A Inteligência Emocional (IE) envolve não só a capacidade de olhar para
dentro, mas também de estar presente no mundo a sua volta.
2.2.9. O controlar as emoções: este é um fator essencial para o
desenvolvimento da inteligência de um indivíduo, ao contrário do QI, a Inteligência
Emocional (IE) é altamente flexível. À medida que você treina seu cérebro com novos
comportamentos emocionalmente inteligentes, ele constrói os caminhos necessários
para transformá-los em hábitos. Lembre-se: sentir emoções é o que torna nossa vida
rica.
Análise do controle das emoções Análise do controle das emoções
estressantes: incapacitantes:
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________

Fonte: Autores (2023)


2.3. Inteligência emocional e as novas formas para aprender e ensinar.
Entre 1994 e 1997, houve um fenômeno de popularização da inteligência
emocional (IE), principalmente quando Daniel Goleman (1996) publicou o livro
“Inteligência Emocional”, o que levou à ampliação dos termos e à “mudança” na
definição de IE, especialmente na mídia e na literatura popular, que passaram a incluir
aspectos da personalidade humana.
A popularização pelos defensores da inteligência emocional (IE) (Mayer &
Salovey, 1997) teve como objetivo desafiar expectativas infundadas, além de (re)definir
a IE:

A inteligência emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de


avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar
sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de
compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de
controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
(Mayer & Salovey, 1997, p. 15).

Percepção das emoções: nas novas Gerenciamento das emoções: nas


formas para aprender e ensinar, este novas formas para aprender e ensinar,
conceito delineia como uma pessoa este conceito destaca a aptidão para
identifica as emoções. lidar com os próprios sentimentos.
Entendimento das emoções: nas Raciocínio por meio das emoções:
novas formas para aprender e ensinar, nas novas formas para aprender e
este conceito capta as variações ensinar, este conceito emprega
emocionais que nem sempre estão coesamente as informações emocionais
evidentes e compreende a fundo as para facilitar o raciocínio.
emoções.
Fonte: Adaptado de Salovey e Mayer (1997) pelos autores (2023)

A inteligência emocional (IE) é sobre como formar relacionamentos


emocionalmente eficazes, expressar pensamentos e lidar com os desafios do dia a dia,
aprendendo a "gerir o stress e decidir sobre novas formas de compreender a educação,
aprendizagem e ensino" (Mayer & Salovey, 1996, p. 112).
Adriana Alves de Lima cita que “as emoções são os princípios de como os
indivíduos se encontram, nada é realizado sem que um deles determine a ação”. Eles
podem aplicar vários atributos ao bem-estar e desempenho do comportamento das
pessoas.
A inteligência emocional (IE) é um elemento essencial na vida do ser humano,
diferencia-se não só nos tipos, mas também na impulsividade, neste contexto a
intensidade emocional é um estímulo que impulsiona a percepção de como o
comportamento e os sentimentos podem ser fortemente motivados pelas emoções.

Fonte: Arquivo pessoal de Maria Geralda Cordeiro Oliveira Tavares (imagem autorizada para
publicação neste artigo)

Emoções e sentimentos podem, assim, ser transferidos de uma pessoa para


outra, mas muitas vezes nem os percebemos. Em detrimento disso, o lado emocional
pode ser mais rápido que o lado racional do indivíduo, o que pode acarretar problemas
futuros (GOLEMAN, 1998).

2.4 La inteligencia emocional es una habilidad


La inteligencia emocional es una habilidad que se refiere a la capacidad de una
persona para comprender, procesar y expresar los propios sentimientos, así como
reconocer y ser capaz de empatizar con los sentimientos de los demás. La inteligencia
emocional es una habilidad que puede mejorarse. Pero más que aprender sobre ella,
sobre todo se mejora con la práctica. ¿Por qué es importante la inteligencia emocional?
CONSTRUIR RELACIONES COMPRENDERTE A TI MISMA
Esta habilidad es esencial para construir También es clave para comprenderte a ti
relaciones con otras personas. misma/o y tus necesidades.
MOMENTOS DIFÍCILES ESTUDIOS Y TU TRABAJO
La inteligencia emocional puede ayudarte Desarrollar la inteligencia emocional
a manejar momentos difíciles de tu vida. puede ayudar en tus estudios y tu trabajo
porque te convierte en un miembro más
estable y cooperativo de cualquier equipo.
Fonte: Simone Ischkanian (2023)
Pero la inteligencia emocional no sólo mejora nuestras relaciones con otros. Al
desarrollar una mejor comprensión y conexión con nuestros sentimientos y nuestras
necesidades, podremos desarrollar una vida más equilibrada y una buena salud mental.
Aunque sea difícil detener el "monólogo interno" en nuestra cabeza, a través de la
inteligencia emocional podemos hacer que sea más compasivo, también con uno mismo.

2.5. Teste – AUTOCONHECIMENTO (IE).


1. Você tem facilidade para interpretar ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes
as emoções? ( ) Frequentemente ( ) Sempre
2. Quando uma situação não sai como
o esperado você consegue lidar com a ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes
frustração, sem que isso afete suas ( ) Frequentemente ( ) Sempre
atitudes com os outros?
3. Você consegue reconhecer suas ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes
potencialidades e suas limitações? ( ) Frequentemente ( ) Sempre
4. Você sabe o que fazer para se ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes
acalmar diante de uma situação difícil ( ) Frequentemente ( ) Sempre
ou estressante?
5. Quando você tem um problema com ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes
outra pessoa, prefere procurá-la para ( ) Frequentemente ( ) Sempre
encontrarem a melhor solução?
6. Você consegue identificar a melhor ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes
forma de expressar suas ideias de ( ) Frequentemente ( ) Sempre
acordo com as situações?
7. Você persiste em um objetivo, ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes
mesmo quando ele dá errado de ( ) Frequentemente ( ) Sempre
primeira?
RESULTADO: Antes de somar sua De 7 – 16 pontos: Não desanime, encare esse
pontuação, lembre-se de que não existe resultado como uma oportunidade de
resposta certa ou errada! autoconhecimento e transformação.
De 17 – 25 pontos: Você está no caminho
Nunca: 1 ponto certo para lidar de forma saudável com suas
Raramente: 2 pontos emoções!
Às vezes: 3 pontos De 26 – 35 pontos: Parabéns! Você sabe lidar
Frequentemente: 4 pontos muito bem com o que sente e se relaciona de
Sempre: 5 pontos forma saudável com as pessoas ao seu redor.
Fonte: Adaptado de FTV (2020) pelos autores (2023)
O teste de auto reconhecimento mostra que estamos em um processo constante
de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, nesse sentido destacamos que
Lafargue e Tilhet-Coartet (2018) mostram como desenvolver habilidades emocionais
em que:
a) As emoções devem ser identificadas para reconhecer que tipo de emoções
correspondem a uma determinada situação, podendo ser divididas em quatro
tipos: medo, raiva, tristeza e alegria;
b) Compreender as emoções ajuda a perceber a causa de determinado tipo de
emoção e qual será a melhor solução;
c) A gestão das emoções ajuda a tentar compreender os sentimentos positivos
e adiar os negativos; e
d) Expressar emoções contribui para a clareza das mesmas, para a honestidade
e confiança, para a troca de informações.
Fonte: Adaptado de Lafargue e Tilhet-Coartet (2018) pelos autores (2023)

2.6 Augusto Cury e a Inteligência Emocional (IE)


Gerenciar as emoções é a semente plantada para evitar que o ciclo vicioso se
repita no futuro, observe que mentes infelizes e doentes são mais propensas a produzir
crianças e alunos infelizes e traumatizados. Mentes felizes e saudáveis são mais
propensas a produzir mentes livres, contemplativas e bem resolvidas, capazes de usar a
inteligência emocional (IE) na educação contemporânea para descobrir novas formas de
entender a educação, o aprender e o ensinar.
Maria Geralda Cordeiro Oliveira realça que “vivemos em uma era de conexão
aparentemente ilimitada”. A camada tecnológica, por sua vez, camufla as consequências
de seu avanço: mais interações virtuais – ou apenas a ilusão de interação – e menos
diálogos presenciais. Menos desculpas, menos erros admitidos, menos paciência nas
reuniões. Mais solidão, mais ansiedade, mais preocupação.
A inteligência emocional (IE), na educação contemporânea, ao emergir novas
formas de compreender educação, aprender e ensinar, mostra que o tema colide
justamente com as ações concretas de pais e professores.
A educação humanística é urgentemente necessária, daí a importância da
gestão das emoções na educação. Precisamos de pais e professores encantadores,
daqueles que orientam as crianças e os alunos a encontrarem o melhor, conhecendo os
descaminhos da mente.
O objetivo da Inteligência Emocional (IE) Se não existe gestão de emoções, o
passa longe de formar máquinas de estudar, resultado é uma sociedade adoecida,
mas pensadores generosos. incapaz de educar as gerações mais novas
para a Inteligência Emocional (IE).
O autoconhecimento é a chave do sucesso Na Inteligência Emocional (IE) a mente livre
pessoal e profissional da Inteligência é pré-requisito para uma vida saudável,
Emocional (IE). É importante pensarmos mas ela não é possível com os bloqueios
aqui sobre o quanto nos conhecemos montados a partir de mazelas emocionais
intimamente e a nossa disposição em jamais curadas – algumas sequer
investigar nossas fragilidades. investigadas.
Fonte: Autores (2023)
A liberdade de espírito é possível por meio de um treinamento que desarma as
armadilhas em que tendemos a cair. O exercício leva ao fortalecimento da mente,
estabelecendo o EU como AUTOR DA PRÓPRIA HISTÓRIA sem estar associado ao
caminho EGOCÊNTRICO.

EU = AUTOR DA PRÓPRIA HISTÓRIA ≠ EGOCÊNTRICO


Fonte: Autores (2023)

O sentimento que domina esse reencontro deve ser outro, um sentimento de


encantamento com a vida e com o ser humano. Lembre-se sempre que a vida que pulsa
dentro de nós, independente de nossas falhas, conquistas, status e cultura, é uma jóia
única no teatro da existência.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A concepção de um modelo ideal para a operacionalização da educação


emocional ainda não é uniforme. Existem projetos cuja grande maioria traz resultados
extremamente positivos, o que não garante a impossibilidade de fracasso.
O fato é que a chamada educação emocional costuma ser uma "lição" muito
sofisticada. Cair no reducionismo teórico ou prático pode ser uma experiência frustrante
com resultados extremamente desastrosos.
O desenvolvimento emocional é um processo de construção pessoal, mas é
fortemente influenciado pelo ambiente. Nos Estados Unidos e em muitos outros países
(incluindo o Brasil em menor escala) a educação emocional já está sendo praticada. E
em alguns casos, com o status "disciplinar" do currículo (alfabetização emocional,
aprender sobre si mesmo) e em outros como programas intensivos paralelos, incluindo
programas de resolução criativa de conflitos, programa de desenvolvimento e
competência social. Outra fórmula pedagógica utilizou o conceito de educação
emocional ministrada em linhas transversais que se cruzam e inspiram todas as
disciplinas e atividades da escola.

REFERÊNCIAS

BASTOS, R.; BERGAMINI, G. B.; DALPIA, É. C. Os Pilares da Liderança e sua


Influência sobre o Desempenho do Profissional Contábil. Revista Científica da
Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, dezembro 2018.

CURY, Augusto. Inteligência socioemocional. ISBN 978-85-431-0801-8. EAN


9788543108018. eISBN 978854310802. Editora Sextante. Ano 2019

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RJ: Objetiva.

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século XXI, São Paulo, 2018.

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