Artigo 1 A Saúde Do Professor No Brasil
Artigo 1 A Saúde Do Professor No Brasil
Artigo 1 A Saúde Do Professor No Brasil
1
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond - Doutoranda em Educação, Professora SEMED,
UEA e IFAM. Autora do Método de Portfólios Educacionais (Inclusão – Autismo e Educação).
SHDI é autora de artigos e livros. E-mail [email protected]
2
CARVALHO, Silvana Nascimento. Professora concursada pela SEMED - AM. Formada em
Pedagogia pela UEA. Pós-Graduação em Educação. Atualmente trabalha com tecnologias pela
SEMED-AM.
3
CARVALHO, Sygride Nascimento. Graduada e Pós-Graduada nas áreas que envolvem o
Cooperativismo. Trabalha na Empresa de Sistema OCB/AM (Cooperativismo).
4
DRUMOND, Silvia de Carvalho. Trabalha na Administração de Condomínios e Educadora
voluntária no Grupo Escoteiro João Oscalino.
5
GUIRALDELLI, Vinicius Barbosa – Autor de artigos e livros, é citação e referencia em
artigos de livros pela Editora Schreibe. Graduado em Ciências Contábeis (Centro Universitário
de Votuporanga) UNIFEV e Administração Pública (Universidade Federal de Uberlândia) UFU.
Especialista em Gestão Contábil. E-mail: [email protected]
6
OLIVEIRA, Elimeire Alves. Professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia na Faculdade
FUTURA - GRUPO EDUCACIONAL FAVENI. Graduada em Direito (UNIFEV). Graduada
em Pedagogia (Faculdade de Antônio Augusto Reis Neves). Graduada em Letras (UNIFEV)
Especialista em Gestão Escolar (UNICAMP). Mestre em Ensino e Processos Formativos
(UNESP). E-mail: [email protected].
7
ORTIN, Sileno Marcos Araujo. Professor e Coordenador do curso de Administração e
Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos da Faculdade de Ciências Gerenciais de
Votuporanga - SP -Faculdade Futura. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Brasil,
Brasil. E-mail: [email protected].
educacional transformadora, que auxilia o aluno na sua aprendizagem e propicia
melhores condições de ensino.
Coordenadora do Curso de Pedagogia Elimeire Alves de Oliveira destaca que
“educar com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) não se restringem
somente a investimentos em infraestrutura física e tecnológica”. Implantar essa nova
arquitetura pedagógica exige um conjunto amplo e articulado de ações que contemplam
aquisição, primeiramente em profissionais das instituições de ensino e dos sistemas de
ensino para domínio de linguagens e tecnologias; em oficinas e discussões organizadas
para estabelecer princípios e políticas de trabalho, adequação dos projetos pedagógicos
e avaliação inovadora; revisão de currículo, desenho e estratégias tecnológicas dos
cursos; e, por fim, inovação planejada em sistemas de gestão e logística informatizada.
As tecnologias ativas e inovadoras permitem formar ampla parcela da
população educativa e social, transformando-os em nativos digitais. Silva (2006, p.37)
evidência que educar com as TICs exige mudanças inovadoras na gestão da educacional
e das redes de ensino:
[…] num ambiente de comunicação e conhecimento baseado na liberdade, na
pluralidade e na cooperação. Algo diferente da socialização cultivada pela
escola-fábrica baseada no falar-ditar do mestre e nas lições-padrão que
deveriam formar o ser social (SILVA, 2006).
2. DESENVOLVIMENTO
A motivação e autoestima dos professores, são fatores positivos para a
qualidade do trabalho, no aspecto negativo, destacamos que o pouco valor que a
sociedade outorga ao trabalho do docente, são fatores que indicam uma prática
profissional marcada por sentimentos negativos que acumulam desgastes físicos e
emocionais, resultando em sentimentos depressivos e em fadiga crônica que tendem a
comprometer tanto o trabalho como a qualidade de vida desses valorosos profissionais.
2.1 A saúde do professor é uma grande ambigüidade a se resolver
A Organização Internacional do Trabalho reconhece e freqüentemente enaltece
a profissão docente como um serviço de extrema importância para a sociedade e seu
desenvolvimento global (OIT & UNESCO, 1984), presencia-se hoje entre os
professores brasileiros uma realidade que por vezes leva “à incapacidade para o
trabalho” (Paparelli, 2010, pág. 340).
Takahashi (2000) defende que,
[…] a educação é o elemento chave para a construção de uma sociedade da
informação e condição essencial para que pessoas e organizações estejam
aptas a lidar com o novo, a criar e, assim, garantir seu espaço de liberdade e
autonomia. Isto porque a educação deve permanecer ao longo da vida para
que o indivíduo tenha condições de acompanhar as mutações tecnológicas
(TAKAHASHI, 2000, p.45).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A carga de trabalho existente na atividade docente parece ser uma das
principais causas para o desgaste físico e mental dos professores. Alguns importantes
fatores incluem a grande quantidade de horas destinadas ao trabalho, o pouco tempo
para o descanso, a dupla ou tripla jornada de tarefas em casa e no trabalho, a redução do
tempo livre para o lazer e contato com a família, além das condições inadequadas de
infraestrutura que muitas instituições educacionais do país se encontram.
A violência no ambiente escolar também tem se tornado um fator de desgaste
presente no âmbito do trabalho docente. Porém, urge a necessidade de cada docente
encontrar sua forma mais adequada de integrar-se às várias mazelas da profissão e
projetar-se para novos rumos que possam torná-lo plenamente feliz em sua profissão.
O docente é um importante elemento nesse novo processo de interação da
tecnologia com a Educação. Assim, é necessário que os professores saibam incorporar e
utilizar as novas tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem, exigindo-se uma
nova configuração do processo didático-metodológico.
O uso das TICs como uma ferramenta didática pode contribuir para auxiliar
professores na sua tarefa de transmitir o conhecimento e adquirir uma nova maneira de
ensinar cada vez mais criativa, dinâmica, auxiliando novas descobertas, investigações e
levando sempre em conta o diálogo. E, para o aluno, pode contribuir para motivar a sua
aprendizagem e aprender, passando assim, a ser mais um instrumento de apoio no
processo de ensino e aprendizagem.
Embora exista uma correlação positiva entre a utilização de tecnologia e o
desenvolvimento cognitivo, por outro lado, não se deve desequilibrar seu uso, pois, o
desenvolvimento da mente humana ainda precisa de uma dieta de mídia balanceada, que
não utilize apenas recursos virtuais, mas que também permita um amplo tempo para a
leitura e para outras experiências que conduzam a importantes qualidades da mente
Considerando recursos, plataformas e ferramentas utilizadas atualmente,
vislumbram-se novos desafios. É necessário utilizar novas linguagens em favor dessas
novas oportunidades de ensino e aprendizagem. Várias especialidades precisarão ser
integradas para que o resultado seja consistente, ofereça desafios e possibilite saltos de
aprendizagem.
Aprender é algo precioso. Mas é necessário também estar disposto a
reaprender, a rever o que sabemos e, às vezes, até mesmo desaprender e desligar-se de
um determinado jeito de agir e de pensar que pode estar desgastado, inconsistente,
fechado demais. Para isso, há que ousar, enfrentar novas ignorâncias e, então, buscar
novos modos de relacionar-se, trabalhar junto, descobrir caminhos ainda não trilhados.
Tal argumento permite que seja feita uma análise do problema relacionado ao
uso de tecnologia nas Instituições de Ensino: a resistência do professor em propor
mudanças. Nesse sentido, percebe-se que o conhecimento disponibilizado pela Internet
faz com que o docente seja subtraído da posição de detentor único do conhecimento.
Para tanto, esse professor precisa lidar com uma nova realidade que pressupõe aprender
novamente, desde conhecer e exercitar práticas usando os novos recursos tecnológicos
até estimular a participação do aluno de outras formas, bem como reorganizar o
ambiente na sala de aula para permitir tal interação.
O uso das metodologias tecnológicas, em sala de aula, leva o aluno a aprimorar
a sua capacidade de aprender e de trabalhar de forma colaborativa, solidária, centrada na
rapidez e na diversidade qualitativa das conexões e das trocas, aspectos essenciais para a
boa convivência na atual sociedade modernizada. Portanto, para o educador conseguir
permanecer inserido nesta nova realidade escolar, marcada pelo uso e evidente destaque
das tecnologias, o passo inicial é a busca de capacitação e preparo para utilizar tais
ferramentas em sala de aula.
O elemento humano responsável pelo ambiente de aprendizagem, origem das
interações e inter-relações entre os indivíduos participantes do ambiente educacional,
testemunhas de outras mudanças e experiências, condicionado por uma educação do
passado e marcado por ela, o professor deverá firmar um novo compromisso com a
pesquisa, com a elaboração própria, com o desenvolvimento da crítica e da criatividade,
superando a cópia, o mero ensino e a mera aprendizagem, uma postura que deverá
manter quando estiver trabalhando num ambiente informatizado.
REFERÊNCIAS
FREITAS, Claudia Regina; CRUZ, Roberto Moraes. Saúde e trabalho docente. In:
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 28, 2008, Rio de
Janeiro. Anais do Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Rio de Janeiro: 2008.
OIT - Organização Internacional do Trabalho (OIT) & Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A condição dos professores:
recomendação internacional de 1966. Genebra, 1984.
SILVANY NETO, A. M.; ARAÚJO, T. M.; DUTRA, F. R. D.; AZI, G. R.; ALVES, R.
L.; KAVALKIEVICZ, C.; REIS, E. J. F. Condições de trabalho e saúde de
professores da rede particular de ensino de Salvador, Bahia. Revista Baiana de
Saúde Pública. 2000.
UNESCO & OIT. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO). & Organização Internacional do Trabalho (OIT). A recomendação
da OIT/UNESCO de 1966 relativa ao estatuto dos professores. 2008.