Hematologia P
Hematologia P
Hematologia P
Objetivos:
http://www.spml.pt http://www.ics.lisboa.ucp.pt/site/custom/template/ucptpl_fac.asp
?SSPAGEID=934&lang=1&artigoID=1035
MEDICINA LABORATORIAL
FASE PRÉ-ANALÍTICA
MEDICINA LABORATORIAL: 3 FASES
HEMATOLOGIA
-CITOLOGIA
-HÉMOSTASE
-IMUNOHEMOTERAPIA “Serviço de Sangue”
QUÍMICA CLÍNICA
MICROBIOLOGIA
-BACTERIOLOGIA
-VIROLOGIA
-PARASITOLOGIA
-MICOLOGIA
IMUNOLOGIA
BIOLOGIA MOLECULAR
CITOGENÉTICA
GESTÃO DA FASE PRÉ-ANALÍTICA
-Paciente
-Prescritor
-Flebotomista
-Colheita (Ato, Local, Material)
-Fatores inerentes ao paciente
-Fatores inerentes ao exame
-As não-conformidades
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Variáveis Pré-analíticas
FATORES FISIOLOGICOS
-Ritmo circadiano
-Exercício
-Dieta
-Stress
-Postura
-Idade
-Género
-Medicamentos e tóxicos (álcool, drogas de abuso)
-Tabaco
-Altitude
-Estádios fisiológicos (gravidez, menstruação)
FASE PRÉ-ANALÍTICA EM
HEMATOLOGIA
Fatores fisiológicos
-Ritmo circadiano (variação dos componentes do sistema fibrinolitico PAI , tPA,
protrombina, da heparinémia durante a noite)
-Exercício (aumento de GV, GB, HB; aumento do factor VIII-hemofilia A, aumento do fator de
von Willebrand )
-Dieta (no pós-prandial: aumento de GB e CHCM, lipemia pós-prandial <4h pode afetar os
testes de Hemostase, a toma recente de alimentos provoca aumento do fator VIII e da
homocisteína)
-Stress (aumento transitório de GB, sobretudo nas crianças devido à libertação do pool
marginal dos leucócitos; aumento da fibrinólise; aumento do factor VIII-hemofilia A, aumento do
fator de von Willebrand)
-Postura (passagem da posição pé-deitado: diminuição de HB, VGM)
-Idade (Valores de Referência (VR) em função do idade; HB > no recém-nascido)
-Género (VR em função do género; HB > no ♂)
-Medicamentos ( antiagregantes plaquetares – aspirina, ticlopidina, dipiridamol- têm efeito
no TS e no estudo das PLT; Heparina: > APTT, Antivitamínicos K – varfarina: > TP e diminuição
dos factores II, VII, IX e X, PC e PS)
-Tóxicos (drogas de abuso, álcool: consumo recente pode modificar as PLT e a fibrinólise)
-Tabaco (aumento de HB, VGM, hiperagregação PLT depois de fumar)
-Altitude (aumento de HB, GV)
-Estádios fisiológicos (gravidez: diminuição de HB, devido à hemodiluição e aumento
das necessidades nutricionais; aumento de GB com pico 8 semanas antes do parto);
menstruação: diminuição de HB)
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Medicamentos
Sempre que possível proceder à colheita de produtos biológicos antes da
administração da terapêutica farmacológica (se possível suspender a
terapêutica)
Respeitar as normas de colheita preconizadas no caso da monitorização dos
fármacos
Consumo de álcool
Não ingerir álcool nas 18-24h anteriores à colheita
(a ingestão aguda de álcool provoca aumento de lactato e ácido úrico)
Tabaco
Não fumar na hora anterior à colheita (efeito do tabagismo agudo: aumento de
ácidos gordos, catecolaminas, cortisol, aldosterona) e depois da meia-noite
para a determinação da amónia
Drogas de abuso
As drogas de abuso têm influência nos resultados laboratoriais
VARIÁVEIS PRÉ-ANALÍTICAS
INTERFERENTES COMUNS
-In Vivo
Tabaco
-os fumadores tem níveis mais elevados de carboxi-
hemoglobina (5-15%)
-níveis mais elevados de catecolaminas e cortisol e outros
-diminuição de eosinófilos, aumento de GB e monócitos
-tabagismo crónico: aumento de HB , GV, VGM, GB
-diminuição de vitamina B12
-diminuição de IgA, IgG e IgM e aumento de IgE
-alteração no espermograma (diminuição do nº e motilidade e
aumento de morfologia anormal dos espermatozóides)
-In Vitro
Variáveis associadas à colheita
VARIÁVEIS PRÉ-ANALÍTICAS
-Hemólise
-quando o soro ou plasma é de cor rosa/vermelha, visível ou não
-pode aumentar falsamente os constituintes sanguíneos (potássio,
magnésio, ferro, LDH, fósforo, amónia, proteínas totais, transaminases)
-devido à lise dos GV
-aumento de potássio por lise de blastos nas fases leucémicas com
contagens muito elevadas de blastos
-diminuição de potássio nas leucemias com elevada contagem de GB (por
aumento do metabolismo nos blastos)
-PLT libertam potássio durante a coagulação (potássio no soro > plasma)
Presença de anticoagulantes / aditivos: respeitar a ordem de
colheita dos tubos
-Coágulos
Presença de coágulos pode prejudicar as contagens celulares e
interferir com o equipamento
VARIÁVEIS PRÉ-ANALÍTICAS
HEMÓLISE IN VITRO
VARIÁVEIS PRÉ-ANALÍTICAS
INTERFERENTES COMUNS
-In Vitro
Variáveis associadas à colheita (amostra)
-Icterícia
-bilirrubina = 430 mmol/L (25 mg/L)
-Lipemia
-triglicéridos > 4.6 mmol/L (400 mg/dL)
CUIDADOS
Colheita da amostra
HORA DE COLHEITA
Colheita da amostra
Colheita da amostra
HORA DE COLHEITA
-devido ao ritmo circadiano de certos parâmetros deverá optar-se
pela realização das colheitas entre as 8-10 h de manhã como
medida padrão
-respeitar o tempo de colheita na monitorização dos fármacos
-jejum deve ser de pelo menos 12h mas nunca superior a 16h
-nem sempre o estado de jejum é necessário para as
determinações laboratoriais mas por necessidade de padronizar
as condições de colheita e minimizar as interferências analíticas
(lipemia, dieta)
-recomenda-se o jejum de 12 h como medida padrão
-análises urgentes (ASAP: “as soon as possible”)
-sem necessidade de jejum: p. ex. os testes da coagulação
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Colheita da amostra
COLHEITA DE SANGUE
TIPO DE COLHEITA
ANTICOAGULANTES E ADITIVOS
MATERIAL DE PUNÇÃO
TÉCNICA DE PUNÇÃO
TRANSPORTE
ANTICOAGULANTES
ANTICOAGULANTES
HEPARINA
-Acção anticoagulante: potencia a atividade da antitrombina
-Bom anticoagulante porque preserva a forma e o volume dos GV
-Anticoagulante de escolha na química clínica, gasometrias
-Anticoagulante usado em vários testes da série vermelha (teste de
fragilidade osmótica) e imunofenotipagem
-Não indicado para as contagens celulares (agregação de PLT e GB)
-Contra-indicado para a realização de esfregaços de sangue (coloração
de fundo azulada nos esfregaços) na coloração de tipo Romanowsky e
especialmente na presença de proteínas anómalas
-Heparina é usada na concentração de 10 - 20 UI/mL de sangue
CITRATO DE SÓDIO
-Quelante do cálcio
-Anticoagulante de escolha para o estudo da COAGULAÇÃO
-Várias concentrações mas concentração recomendada é de 32 g/L
-Relação anticoagulante/sangue: 1:10 para um VG ou HT de 45% (variação
25-55%). Para um VG ou HT < ou > quantidade de anticoagulante corrigida
(dificuldade na rotina laboratorial)
FASE PRÉ-ANALÍTICA
ANTICOAGULANTES
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Sangue refrigerado
-Alterações mais lentas
-De um modo geral as amostras conservadas a 4ºC podem ser processadas até 24
horas (dependendo da parâmetro/performance do equipamento/recomendações do
fabricante…)
FASE PRÉ-ANALÍTICA
ANTICOAGULANTES
FASE PRÉ-ANALÍTICA
ERROS
Mais frequentes
FASE PRÉ-ANALÍTICA
COLHEITA DE SANGUE
TRANSPORTE
-Ver normas
-Transporte inadequado de amostras de sangue pode causar
hemólise, coagulação parcial e desintegração das células
COLHEITA DE SANGUE
TIPO DE COLHEITA
SANGUE VENOSO
-sangue venoso periférico
-sangue do cordão umbilical
-sangue da veia femoral
-sangue colhido através de cateter
SANGUE CAPILAR
SANGUE CAPILAR
FASE PRÉ-ANALÍTICA
SANGUE ARTERIAL
FASE PRÉ-ANALÍTICA
PROCESSAMENTO DA AMOSTRA
FASE da pré-centrifugação
CENTRIFUGAÇÃO
EXAMES HEMATOLÓGICOS
HEMOGRAMA
RETICULÓCITOS
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
TESTES PARA ESTUDO DA HEMOSTASE (Tempo de
protrombina, Tempo de tromboplastina ativada, outros)
MIELOGRAMA
BIOPSIA ÓSSEA
IMUNOFENOTIPAGEM
DETERMINAÇÃO DOS GRUPOS SANGUINEOS
OUTROS
FASE PRÉ-ANALÍTICA
A fase pré-analítica consome mais tempo que a fase analítica; por isso é
uma etapa decisiva no processo diagnóstico analítico.
RESUMO
Formação continua - MEDICINA LABORATORIAL
IMPORTÂNCIA DA FASE PRÉ-ANALÍTICA
EU 2013 – PORTUGAL 2015
Formação continua - MEDICINA LABORATORIAL
IMPORTÂNCIA DA FASE PRÉ-ANALÍTICA
EU 2017
1-Richard A. McPherson, Matthew R. Pincus. Henry´s, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory
Methods, 23rd ed. Elsevier Saunders, 2017, p 20-32.
2-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora Artmed
Editora S.A., 2016
3-Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (SBPC/ML): Coleta
e Preparo da Amostra Biológica, Barueri, SP, Manole, Minha Editora, 2014 (na internet)
5-Barbara J. Bain. Células Sanguíneas: um Guia Prático, 4ª ed, Artmed editora S.A. 2007, p 13-31.
6-Carl a. Burtis, Edward R. Ashwood, David E. Bruns. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular
Diagnostics. Elsevier, 2006, p 41-58
7-Barbara J Bain, Imelda Bates, Michael A. Laffan, Dacie and Lewis Practical Haematology, 12 th ed.
Churchill Elsevier Limited, 2017, p 1-7
9-W.G. Guder, S. Narayanan, H. Wisser, B. Zawta. Samples: From the Patient to the Laboratory, 3rd revised
ed, Wiley.VCH Verlag GmbH Co. KGaA, Weinheim, 2003.
11- Anabela Mota Pinto: Fisiopatologia, Fundamentos e aplicações, 2º edição, Lidel, edições técnicas, Lda.,
2013, P 23-27
12- Étape préanalytique en hémostase: Anales de Biologie Clinique, volume 71, nº4, juillet-août 2013
Obrigada pela
atenção
Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas
HEMATOLOGIA
Sumário
Objetivos:
Preparação de esfregaços de Sangue Periférico (ESP)
- Técnica do ESP (distensão manual em lâmina)
- Coloração manual tipo Romanowsky (May-Grunwald-Giemsa,
Wright)
ESP (satisfatórios/ não satisfatórios); noção das 3 zonas do ESP e da
boa área para a observação das células sanguíneas
Células do ESP em microscopia ótica (situação normal)
-Morfologia dos glóbulos vermelhos (GV), dos glóbulos
brancos (GB) e das plaquetas (PLT)
-Observação de algumas alterações benignas dos GB e PLT
-Contagem diferencial manual de GB no ESP (Leucograma;
resultados expressos em %, valor absoluto e valores de referência)
Interesse do ESP (revisão do Hemograma, telemedicina, instrumento
pedagógico)
Algumas regras de higiene e segurança no laboratório (manuseamento
de produtos biológicos, higienização das mãos)
Noções de manutenção do equipamento (microscópio ótico)
MEDICINA LABORATORIAL
FASE ANALÍTICA:
ESTUDO DO SANGUE PERIFÉRICO
ESFREGAÇO DE SANGUE PERIFÉRICO (ESP)
Princípios
Reagentes e equipamentos
Colheita e armazenamento da amostra
Controlo de qualidade
Técnica: Fixação, Coloração, Montagem
(importância do pH, água tamponada, depósito
de corantes nos esfregaços e qualidade do
esfregaço)
Limitações
Interesse
PREPARAÇÃO DO ESP
Fundamentos teóricos:
-Não há consenso entre Laboratórios no que se refere à escolha do corante
-Todos os corantes baseiam-se no método de Romanowsky
(protozoologista russo do final do século XIX)
-Romanowsky designava a sua coloração de panótica (“o que tudo
vê”).Tratava-se de uma mistura do antigo azul-de-metileno e de eosina
usada no século XIX para corar o núcleo e o citoplasma do parasita da
malária em purpura e azul, respetivamente
-Os corantes tradicionais não são puros e há uma variação significativa inclusive entre lotes do
mesmo fabricante
-Uma coloração satisfatória e reprodutível é obtida com corantes comerciais de boa qualidade e
equipamento automático de coloração
ESP
Coloração de May-Grunwald-Giemsa
Princípio:
-Os corantes de Romanoswsky são misturas especiais que contêm eosina
(corante ácido), azul-de-metileno (corante básico) e azures ( corantes
básicos de cor púrpura), em metanol
-A combinação eosina–azul-de-metileno apresenta afinidade por estruturas
celulares citoplasmáticas ácidas ou básicas
-Os corantes eosina-azur-azul-de-metileno têm afinidade por componentes
celulares citoplasmáticos e nucleares.
-São muito usadas as misturas de Leishman, Wright e Giemsa (autores que
as introduziram) e com estas misturas:
As estruturas acidófilas da célula coram-se de rosa, vermelho ou laranja
As estruturas basófilas coram-se de azul
As estruturas que fixam os azures coram-se de cor púrpura (azurófilas)
-Tradicionalmente o citoplasma que se cora em azul e os grânulos que se coram em
púrpura são ditos basófilos, enquanto que os grânulos que se coram de violeta ou
púrpura-rosado são ditos azurófilos
-Os termos acidófilo e eosinófilo referem-se à captação do corante ácido, eosina, embora
acidófilo seja habitualmente usado para os componentes celulares que se coram de rosa e
eosinófilo para os que se coram de laranja
Observação de ESP corados pela coloração
de May-Grunwald-Giemsa
Limitações
INTERESSE DO ESP
ESFREGAÇO SANGUÍNEO
-Utilizado para avaliar a dimensão / forma dos GV, a aparência e a
contagem diferencial dos leucócitos, células anómalas, dimensão e
morfologia das plaquetas, deteção de parasitas (por exemplo malária)
Hematopoiese
Observação de ESP corados pela coloração
de May-Grunwald-Giemsa
ERITRÓCITOS
LEUCÓCITOS:
LINFÓCITOS, MONÓCITOS
PLAQUETAS
Observação de ESP corados pela coloração
de May-Grunwald-Giemsa
CITOLOGIA
Observação de ESP corados pela coloração
de May-Grunwald-Giemsa
5 TIPOS DE LEUCOCITOS
CÉLULAS DO
SANGUE
CÉLULAS DO SANGUE
SANGUE PERIFÉRICO
Linfócito atípico
(reativo)
SANGUE PERIFÉRICO: MONÓCITO
SANGUE PERIFÉRICO: PLAQUETAS
Plaquetas
agregadas
Plaquetas
SANGUE PERIFÉRICO
Princípio
Verificação das contagens efetuadas pelos analisadores automáticos de hematologia
que não satisfaçam os critérios estabelecidos
Contagem diferencial manual seguida da avaliação do ESP
-Contagem diferencial de GB para determinar a % relativa de cada tipo de GB presente
-Observar e registar a morfologia dos GV, GB e PLT
-Fazer uma estimativa grosseira das contagens de PLT e GB para ver se concordam
em termos gerais com os valores do analisador automático
Material e equipamentos:
-Lâminas de microscópio
-Microscópio com objetiva x100 (objetiva de óleo de imersão)
-Contador manual diferencial de células
Controlo de qualidade
-Esfregaço deve ter 3 zonas: cabeça, corpo e cauda
-Boa coloração
Técnica
-Observação com objetiva de 10x, 40x, 100x
-Contagem com objetiva x100 (objetiva de óleo de imersão) com
o método de ziguezague já descrito
-Contar 100 GB, incluindo todas as linhagens celulares (imaturas
e maduras dos GB)
-Usar Contador manual diferencial de células
Resultados
SANGUE PERIFÉRICO
SANGUE PERIFÉRICO
LEUCOGRAMA
Resultados expressos em %, Valor absoluto e
com Valores de referência
AULA PL2 2017
Bibliografia
1-Barbara J. Bain (2015), Blood Cells, A Pratical Guide, Fifth edition, Wiley Blackwell
2-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora
Artmed Editora S.A., 2016
5-Paulo Abrahamsohn: Histologia Básica Texto e Atlas, Junqueira e Carneiro , 13ª edição, Editora
Guanabara Koogan Ltda., 2017
6-A. V. Hoffbrand, P.A.H. Moss: Fundamentos em Hematologia, 6ª edição, Editora Artmed Ltda.,
2011
10-F. Valensi, Morphologie des cellules sanguines normales, EMC, 13-000-A-15, Elsevier SAS, 2005
11-Raimundo Oliveira: Hemograma, Como fazer e interpretar, Livraria Médica Paulista Editora
Ltda, 2007
OBRIGADA PELA
ATENÇÃO
AGRADECIMENTOS
Objetivos:
Determinação do Hematócrito
- Micro-hematócrito (método de centrifugação)
- Determinação automática (contadores automáticos)
- Valor médico
Determinação da velocidade de sedimentação
- Método manual (em desuso)
- Método automático (em progressão)
- Valor médico
Contagem de células em câmara de Neubauer
- Eritrócitos (interesse histórico)
- Leucócitos (interesse histórico)
- Plaquetas (interesse histórico; em casos excecionais)
- Valor médico (interesse histórico)
MEDICINA LABORATORIAL
FASE ANALÍTICA
HEMATÓCRITO
Objetivos:
Princípio
Reagentes e equipamento
Controlo de Qualidade
Técnica
Limitações
Princípio
Princípio
-Tecnicamente o Hct é obtido por centrifugação e o VG por
automação
-Do ponto de vista clínico, na centrifugação fica retido plasma entre
os GV e na automação não.
-Por esta razão o Hct é maior que o VG (2-3% maior em termos
fisiológicos) e a diferença pode acentuar-se em patologias (anemia
falciforme, anemias microcíticas e hipocrómicas, na esferocitose,
macrocitose e poliglobulia)
HEMATÓCRITO
Macro-hematócrito
Princípio
-O método original de determinação do Hct (Maxwell Wintrobe,
1929), requeria 1 mL de sangue e uma centrifugação a 3000 rpm de
30 a 60 minutos, em tubo grande de vidro graduado de Wintrobe,
com um diâmetro interno constante);
-Esse método era o macro-hematócrito e foi o método de
referência (mas método lento e trabalhoso, > inexatidão e hoje em desuso)
HEMATÓCRITO
Micro-hematócrito
Princípio
-O método original do macro-hematócrito foi substituído pelo
micro-hematócrito
Princípio
-O Hct mede a concentração de glóbulos vermelhos num dado volume de
sangue total num tubo capilar.
-Esse volume é medido após um tempo de centrifugação adequado e é
expresso em percentagem do volume total da amostra de sangue.
-Os GV são compactados na extremidade do tubo capilar e ao medir a altura
da coluna de GV em relação à altura total da coluna de sangue, determina-
se o Hct (volume ocupado pelos GV sedimentados).
-Na centrifugação, os elementos figurados são mais pesados que o plasma e
vão para o fundo do tubo
-A interface entre o plasma e os GV é marcada pelo buffy coat (fina camada
esbranquiçada formada por GB e PLT)
-A % referente ao Hct é lida por baixo da camada do buffy coat
-Os GV são responsáveis por 40%-54% do volume total nos homens e por
38% a 47% nas mulheres.
Comentários
-No passado quando a contagem de GV era uma aproximação grosseira do valor real
(contagem em câmara), o Hct obtido por centrifugação era utilizado como substituto
económico e prático.
-Hoje com a determinação do nº de GV e do seu volume nos contadores hematológicos
automáticos, o Hct saiu da rotina e tornou-se um parâmetro redundante (inútil?)
HEMATÓCRITO
Técnica
-Sangue colhido
para um tubo
capilar e colocado
numa centriífuga;
-o sangue separa-
se em plasma, GV,
GB e PLT;
- a medição do
Hct corresponde
à % do volume de
sangue que
inclui apenas os
GV.
Utilidade do HEMATÓCRITO
-O Hct tem utilidade clínica por si só
-Também é útil para calcular os índices eritrocitários que ajudam na
classificação morfológica das anemias que se baseia na quantidade de
Hb e tamanho dos GV (Hb= hemoglobina)
-Usado para calibrar os contadores automatizados
HEMATÓCRITO
INTERESSE CLÍNICO
Objetivos:
Princípio
Reagentes e equipamento
Controlo de Qualidade
Técnica
Limitações
Interesse
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
Principio
-A velocidade de sedimentação (VS) é um teste de rastreio não especifico
indicador de inflamação
-A VS corresponde à velocidade de hemossedimentação (VHS)
-Usado no rastreio inicial e na monitorização terapêutica (progressão ou
remissão de uma patologia)
-Baseado no método de Westergreen (1920)
-Este teste mede a distancia, em milímetros, que os GV percorrem num
tubo vertical durante um determinado período de tempo (1hora)
-A VS depende do nº de GV, da forma e volume dos GV e de fatores
plasmáticos que modificam a repulsão dos GV
-A VS é diretamente proporcional à massa eritrocitária e inversamente
proporcional à superfície dos GV.
-Normalmente, os GV têm tendência à repulsão devido às cargas negativas
da membrana. (A presença de ácido siálico na membrana do GV, confere uma carga
negativa que cria um potencial de repulsão entre GV, nomeado potencial zeta)
-Este potencial de repulsão impede que os GV se empilhem (rouleaux)
-É fundamentalmente determinada pela concentração plasmática de
proteínas, especialmente o fibrinogénio e as globulinas
-Quando existem alterações nas concentrações plasmáticas de moléculas
(como o fibrinogénio, β e γ-imunoglobulinas), o potencial zeta é vencido,
diminuindo a repulsão elétrica dos GV, favorecendo a aproximação dos GV e
o seu empilhamento e a VS aumenta.
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
Principio
-Após 1 hora, a VS é lida, medindo-se a altura da coluna de plasma
(distância da marca inicial até à linha de separação entre o plasma
e as hemácias que sedimentaram)
-É registada em milímetros (por hora)
-Quanto maior a distância , maior a velocidade de
hemossedimentação; maior o processo inflamatório
-Qualquer situação que aumente a formação de rouleaux aumenta
a sedimentação dos GV
-A leitura ao fim de 2 horas não fornece mais informações
-Fatores que afectam a VS
-Intervalos de referência (♂: 0 a 15 mm/h ♀:0 a 20 mm/h)
-A velocidade de sedimentação é um teste simples, rápido,
barato mas pouco especifico (exame grosseiro)
-É um marcador global e indireto de inflamação
-A VS é mais acentuada em casos de anemia
-A VS aumenta com a idade (até 35-40 mm em idosos saudáveis)
-Determinação automatizada é cada vez mais utilizada nos
laboratórios
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
TÉCNICAS
Técnica manual
-Uso de pipeta de Westergren (tubo de vidro ou plástico de 30 cm de
comprimento, 2,5 mm de largura, escala 0-200 milímetros)
-Técnica original de Westergren (amostra = sangue total venoso
com anticoagulante (citrato de sódio a 0.106 M; proporção 1 parte de
anticoagulante/ 4 partes de sangue)
-Homogeneização da amostra (5 min), pipeta de Westergren
preenchida, colocar estante, leitura aos 60 min
-Resultado expresso em milímetros
-Método de Westergren modificado (sangue colhido em EDTA)
Técnica automatizada
-Resultado em 20 min (sedimentação acelerada pela inclinação 18º)
-Mais rápido, > padronização , > precisão
Método de escolha
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
Fatores que
interferem
-Ângulo pipeta/suporte
-Temperatura (<15ºC
>30ºC)
-Centrifuga na bancada
-Mudança da estante
durante a realização da
VS
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
Inflamação:
GV
sedimentam
mais
rapidamente
-O potencial zeta
(de repulsão) impede
que os GV se empilhem
- Com níveis elevados de fibrinogénio, globulinas
(rouleaux)
ou outras proteínas de fase aguda da infamação, o
potencial zeta é vencido devido à alteração da
-VR de VS baixa na 1ª viscosidade plasmática
hora normalmente
- Existe aumento da sedimentação e uma VS
elevada na 1ª hora
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
Valores de Referência
Variação da VS
Idosos saudáveis: VS = 35 a 40 mm
Acantócitos, esferócitos,
células faciformes:
sedimentam devagar e
levam a uma diminuição
da VS
Objetivos:
Princípio
Reagentes e equipamento
Controlo de Qualidade
Técnica
Limitações
Interesse histórico
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
PRINCÍPIO
-No passado as contagens de GV, GB, PLT eram realizadas por
técnicas manuais, lentas e trabalhosas
-Os GV, GB, PLT eram contados em microscopia, a partir de uma
amostra de sangue cuidadosamente diluída, em câmara de contagens de
volume conhecido (hemacitómetro)
-Os resultados eram satisfatórios quando realizados com cuidado
extremo
-Método inadequado à rotina laboratorial hematológica pelo seu
elevado grau de imprecisão e pelo consumo excessivo de tempo de
trabalho
-As contagens de GV,GB, PLT eram solicitadas apenas para poucos
casos selecionados
-Contagem de PLT no hemacitómetro são imprecisas, particularmente
quando baixas, muito trabalhosas; usada atualmente somente no caso
de indicações clínicas evidentes (excecionais)
-A diluição do sangue numa solução conservante é necessária para isolar
as células e permitir a contagem dos GV
-A diluição do sangue com soluções hemolisantes é necessária para
hemolisar os GV e facilitar a contagem dos GB e PLT
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
Princípio
-Antigamente utilizavam-se pipetas de vidro com bulbo (pipetas
diluidoras de Thoma: o sangue era aspirado até à marca inicial e
em seguida a solução era aspirada até à marca final. A diluição e
a homogeneização dão-se no bulbo).
Pipetas diluidoras de
Thoma
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
Principio
-Actualmente são usadas pipetas automáticas calibradas com
ponteiras de plástico descartáveis (o sangue é aspirado na
ponteira, sendo a parte externa da ponte limpa e o sangue é
injetado na solução diluidora. A diluição e a homogeneização dão-
se no tudo de vidro).
Pipetas automáticas
calibradas
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
Técnica
-As diluições recomendadas para as contagens são:
-GV: 1:200 com formalina citrato (conservante)
-GB: 1: 20 com ácido acético a 2% (hemolisante)
-PLT: 1:20 com oxalato de amónio a 1% (hemolisante)
-Em amostras com muitas células, a diluição tem que ser maior
-A hemacitometria é a contagem visual das células do
sangue em hemocitómetros
-A contagem é o nº de células presentes em 1 milímetro cubico
de sangue (1 μL = 10–6 L = 1 mm3)
-O hemocitómetro de Neubauer é uma peça de vidro do
tamanho de uma lâmina de microscopia e contém 2 câmaras de
contagem separadas
-A solução de sangue diluído preenche a câmara por capilaridade
de uma única vez (não deve extravasar nem faltar no local de contagem)
-O retículo é um quadrado de 3x3mm desenhado na base,
dividido em 9 quadrantes de 1 mm2, sendo o quadrante central
subdividido em 25 quadrados de 0.04 mm2(cada quadrado)
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
Técnica
-Após o preenchimento da câmara as células sedimentam sobre o
retículo
-A câmara é colocada no microscópio ótico (MO) e as células são
contadas com ampliação 400x com o condensador descido
-As áreas de contagem são:
-GV: 5 quadrados do quadrante central na diagonal
-GB: 4 quadrantes nos cantos
-PLT: 5 quadrados do quadrante central na diagonal
-Em amostras com poucas células, a área de contagem deve ser
maior
-A contagem das PLT é facilitada em microscopia de fase
Hemocitómetro de Neubauer
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
Hemocitómetro de Neubauer
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
Hemocitómetro de Neubauer
Aumento 400x
CONTAGEM DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
EM CAMARA DE NEUBAUER
Interesse histórico
Hemocitómetro de Neubauer
CÂMARA DE NEUBAUER
CÁLCULOS
AULA PL3 2017
Bibliografia
1-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora
Artmed Editora S.A., 2016
3-Barbara J. Bain (2015), Blood Cells, A Pratical Guide, Fifth edition, Wiley Blackwell
5-A. V. Hoffbrand, P.A.H. Moss: Fundamentos em Hematologia, 6ª edição, Editora Artmed Ltda.,
2011
8-Renato Failace: Hemograma, Manual de Interpretação, 6ª Edição, Artmed Editora S.A., 2015
9-Raimundo Oliveira: Hemograma, Como fazer e interpretar, Livraria Médica Paulista Editora Ltda,
2007
11-John Hall: Guyton and Hall, Textbook of Medical Physiology, 12th ed, Saunders Elsevier, 2011
Objetivos:
Pesquisa do parasita
Em sangue total (Sem / Com anticoagulante = EDTA, Citrato ou Heparina)
Colheita de sangue preferencialmente na fase do pico febril ou pouco depois
Várias formas do parasita presentes em função das espécies (Exo: na malaria
por P. falciparum aparecem formas de trofozoítos jovens e os gametócitos –
descritos em forma de banana, aparecem 7 dias apos início do quadro clínico)
Os gametócitos são as formas evolutivas mais distintas do ponto de vista
morfológico entres as diferentes espécies e importantes para a sua
identificação
PALUDISMO OU MALÁRIA
PALUDISMO OU MALÁRIA
(OMS)
O mosquito que transmite a malária por picada é considerado pela Organização Mundial de Saúde «o animal mais mortífero
do planeta, responsável por 725 mil mortes por ano». http://www.univadis.pt/saude-sociedade-hoje/133/IHMT-lembra-que-a-
malaria-e-sempre-uma-emergencia-medica, 6 janeiro 2017
http://www.who.int/gho/malaria/malaria_003.jpg?ua=1
SUSPEITA CÍNICA DE MALÁRIA
ESP delgado
MÉTODOS:
Esfregaço de SP (ESP)
-Exame de referência é ESP corado pelo May-Grunwald-Giemsa (MGG)
-Colorações de Leishman e Giemsa, com pH mais alto, facilitam a deteção
e identificação
-O esfregaço pode ser espesso ou delgado. O esfregaço espesso
aumenta as probabilidades de encontrar GV parasitados (semi-
concentração) mas dificulta a observação dos GV (sobreposição)
-O esfregaço delgado é o único meio de observar corretamente as formas
parasitarias e as alterações dos GV concomitantes
-Os dados observados no ESP são de 2 tipos: relativos ao GV parasitado
(alterações globulares) e relativos ao parasita (características do
parasita)
-P. vivax e P. ovale (diagnosticados essencialmente pelas alterações
globulares)
-P. falciparum e P. malariae (diagnosticados essencialmente pelas
características do parasita)
PESQUISA DE PLASMODIUM
MÉTODOS:
Esfregaço de SP
-Observação microscópica em MO, detetam-se parasitémias da ordem de
50 plasmódios/ mL
-O ESP deve ser examinado no mínimo durante 5 minutos antes de ser
considerado negativo
-Quando se dispõe apenas do esfregaço para o diagnóstico, este deve ser
examinado no mínimo 15 minutos (ou até 100 a 200 campos x100) antes
da pesquisa ser considerada negativa
-Indivíduos parcialmente imunes costumam ter parasitémias mais baixas,
de modo que a deteção requer um exame mais demorado
-Em caso de forte suspeita de malária, com exames iniciais negativos, há
necessidade de repetição sucessiva da pesquisa (de preferência no pico
febril)
-Permite a identificação das espécies de Plasmodium spp.
-Permite a contagem de plasmódios
-Permite observação de outras alterações hematológicas: (anemia,
linfocitose/linfocitopenia, Neutrofilia/ neutropenia, eosinopenia, monocitose,
trombocitopenia)
PESQUISA DE PLASMODIUM
MÉTODOS:
Gota espessa
-Método de concentração (parasitas mais concentrados) para facilitar a pesquisa do
parasita mas sem pormenorizar os elementos que permitem o diagnóstico da espécie
-Técnica mais difícil, deteta 10-20 plasmódios/ mL
-Técnica mais sensível que o esfregaço e análise mais rápida
-Permite a deteção dos parasitas
-Não faculta o diagnostico da espécie (dificilmente se identifica a espécie)
-Teste de rastreio: Resultado + ou –
-Em vários países africanos, tornou-se norma juntar na mesma lâmina a gota espessa e o ESP
(economia de trabalho e material mas deteção prejudicada)
-No mundo ocidental a técnica de gota espessa está em desuso devido à dificuldade da
realização, interpretação e à introdução, de novas técnicas de diagnóstico da malaria por
métodos imunológicos (Testes rápidos-RDT), efetuadas por rotina e de 1ª linha nos
hospitais e laboratórios de referência perante uma suspeita de malária.
Os RDT, embora mais caros, também estão a ser cada vez mais usados nos países endémicos
em malaria pela maior facilidade de execução
-Gota espessa e ESP são atualmente o “Gold Satandard” mas exigem um patologista experiente
-Uso de RDT quando a MO não está disponível
PESQUISA DE PLASMODIUM
MÉTODOS:
Técnicas imunológicas: Testes Rápidos de Diagnóstico da
malária (RDT)
-RDT comercializados em kits
-Testes detetam os AG dos agentes da malária (proteínas) numa amostra de
sangue; resultado positivo por mundança de cor na tira teste
-Usam tiras para a deteção imunocromatográfica do AG do P. falciparum
(proteína-2 rica em histidina e/ou desidrogenase láctica do tipo próprio do
parasita – pLDH)
-As tiras baseadas no pLDH distinguem o P. falciparum das restantes
espécies mas não distingue os outros plasmódios entre si.
-Em 1986, uma proteína rica em histidina, denominada Pf-HRP2, foi identificada no P.
falciparum. Posteriormente, verificou-se a sua presença no plasma de pacientes infetados
com P. falciparum em fase aguda.
-A partir de 1993, surgem testes imunocromatográficos baseados na captura qualitativa
da Pf-HRP2. (Desvantagem da permanência da proteína circulante por tempo
prolongado, dando resultados positivos em indivíduos já tratados)
-Ultimamente, testes de diagnóstico rápido da malária foram desenvolvidos utilizando
anticorpos monoclonais e policlonais dirigidos contra a proteína Pf-HRP2 e contra a
enzima desidrogenase láctica (pDHL) das quatro espécies de plasmódio. Estes testes
têm a vantagem de diferenciar o P. falciparum das outras espécies, as quais são
identificadas como não-P. falciparum.
PESQUISA DE PLASMODIUM
MÉTODOS:
Diferentes RDT disponíveis: alguns detetam as 4 espécies comuns (P. falciparum, P.
vivax, P. ovale, P. malariae) mas não as distinguem entre elas; outros detetam as 4
espécies comuns e identificam o P. falciparum
EXEMPLOS:
1. Testes exclusivos para o diagnóstico de P. falciparum
Exos: ParaCheck-Pf ® e Malar-Check®
2. Testes que discriminam o P. falciparum de outras espécies
Exos:ICT-PfPv® e OptiMal® – Estes testes possibilitam diferenciar uma infeção causada pelo P.
falciparum de outra causada por uma ou mais espécies não-P. falciparum – entretanto não permitem
identificar as espécies causadoras de malária mista.
Biologia molecular
-Desenvolvimento da tecnologia de amplificação do DNA dos plasmódios usando a reação em cadeia
da polimerase (PCR); diagnóstico da malária baseado na deteção de ácido nucleico apresentou
grande progresso em termos de eficácia.
-A sensibilidade da PCR é 10-100 vezes superior à gota espessa e detecta 2.5-10 parasitas/mL
-Usada para confirmar um diagnóstico, determinar a espécie (parasitémias baixas ou
infeções mixtas) porque resultados do ESP não são claros
-Método caro, execução complexa (uso restrito aos grandes Laboratórios); uso limitado
na áreas endémicas de malária
-Permitiu verificar que no Senegal, em zona de holoendemia, 90% da população estava infetada
PESQUISA DE PLASMODIUM
EXEMPLO DE RDT
MÉTODOS:
Técnicas imunológicas: Testes Rápidos de Diagnóstico da
malária (RDT)
Contagem de plasmódios
-Densidade de parasitismo: deve estimar-se a parasitémia para
permitir a monitorização do tratamento (seguimento da terapêutica de
estirpes resistentes)
-A falta de diminuição na contagem parasitária indica que o parasita é
resistente ao medicamento
Diagnóstico diferencial
- A babesiose é uma doença parasitária rara, transmitida por picada de
carrapatos, que pode ser facilmente confundida com a malária
- Doença causada por diversas espécies de protozoários do género Babesia
spp.( é uma Hemoprotozoose)
- Contágio humano é raro na Europa e frequente nos EUA
-Diagnóstico diferencial: babesiose (os trofozoítos de Babesia são anéis
pequenos, semelhantes aos do P. falciparum); os protozoários parasitam e
destroem os GV de modo semelhante ao que acontece na malária
OBSERVAÇAÕ DE PLASMODIUM SPP. EM ESP
OBSERVAÇAÕ DE PLASMODIUM SPP. EM ESP
Alterações dos GV / Características dos parasitas
Princípio:
-Contagem de RET é um indicador da produção dos GV pela Medula
óssea (MO)
-O RET é um GV jovem; é a fase celular anterior ao GV maduro
-Permanece 2 a 3 dias em maturação na MO antes da libertação
-Fica mais 1-2 dias em maturação no SP após libertação pela MO
-RET é um GV sem núcleo e que contem RNA remanescente, (RNA
ribossómico), não visível pela coloração de May-Grunwald-Giemsa (MGG),
podendo ser posto em evidência por meio de corantes supravitais tais como o
azul de metileno novo e o azul brilhante de cresil
-No SP, os ribossomas remanescentes dos GV vão diminuído até se formar um
GV maduro
-Com a exposição dos GV não fixados a estes corantes, os ribossomas são
precipitados e corados, aparecendo sob forma de uma substância granulo-
filamentosa (retículo), sendo o RNA responsável pela formação deste retículo
que é visível em MO
-Como as células estavam ainda vivas quando foram expostas ao corante,
essa coloração é chamada de supravital (mas os corantes são usados numa
concentração letal para as células)
-Com o azul de metileno novo os GV coram em azul esverdeado claro,
aparecendo o retículo em púrpura azulado
RETICULÓCITOS
CONTAGEM MANUAL
Princípio:
-A quantidade de retículo varia de um denso grumo nos RET mais imaturos (RET
grupo I) a uns poucos grânulos nos mais maduros (RET grupo IV)
-Heilmeyer classificou os RET em 4 grupos de I a IV de acordo com a agregação
do corante
-O NCCLS* classifica como RET “qualquer GV não-nucleado” contendo 2 ou +
partículas de material corado em azul, correspondendo a RNA ribossómico”
-Normalmente cerca de 1% dos GV no sangue são RET, principalmente os tipos III e
IV com menos precipitados
-Nos processos de aumento da eritropoiese, a % de RET aumenta e surgem os RET
do tipo I e II, associados com a presença de GV macrovalocíticos basófilos
(policromasia) ou macrócitos policromatofilos e eventuais eritroblastos (NRBC)
-No ESP corados pelo método de Romanowsky, a combinação da basofilia
citoplasmática devido ao RNA (responsável pela formação do retículo na coloração
supravital) com a acidofilia da hemoglobina produz características de coloração
conhecidas por policromasia ou policromatofilia
-O GV policromatófilo (policromasia ou policromatofilia) é o RET visto no ESP
corado pelos corantes hematológicos habituais (Coloração de MGG)
*NCCLS - National Committee for Clinical Laboratory Standards
RETICULÓCITOS corados
CONTAGEM MANUAL
RETICULÓCITOS corados
CONTAGEM MANUAL
RETICULÓCITOS corados
CONTAGEM MANUAL
RETICULÓCITOS no ESP corado pelo MGG
É um GV grande azulado (macrócito
policromatofilo = policromasia)
Reticulócito
Reticulócito
ou Policromasia
TIPOS de RET
RETICULÓCITOS
CONTAGEM MANUAL
Princípio:
-A contagem de RET é feita porque muitas vezes a policromasia
não é visualizada (nem todos os RET contêm RNA suficiente para produzir policromasia)
-Outras inclusões podem ser confundidas com o retículo dos RET
-Técnicas de contracoloração (que consiste em corar a preparação
de reticulócitos com corantes hematológicos, ou coloração de
Perls) permite evidenciar outras inclusões dos GV
-Contagem de RET poder ser por método manual ou
automatizado
-Contagem de RET é a medida mais eficaz da atividade
eritropoiética
-Baixas contagens de RET indicam diminuição da atividade
eritropoiética.
-Contagens elevadas de RET indicam aumento da atividade
eritropoiética (Resposta da MO ao stress anémico)
-Contagem de RET reflete a saúde ou doença da MO
Teste utilizado no diagnóstico, tratamento e monitorização
dos doentes com vários tipos de anemias.
RETICULÓCITOS
CONTAGEM MANUAL
Reagentes e equipamentos:
-Azul de metileno novo /azul brilhante de cresil (Corante supravital)
-Tubos
-Lâminas de microscópio
-Microscópio com objetiva x100 (objetiva de óleo de imersão)
-Pipetas
-Contador manual diferencial de células
Controlo de qualidade
-Controlos comerciais para verificar as condições da execução da
técnica.
RETICULÓCITOS
CONTAGEM MANUAL
Técnica
O método de referência
para a contagem de RET
do NCCLS baseia-se na
técnica com coloração pelo
azul de metileno novo
Exemplo
Contagem de RET expressa em %
Contagem absoluta de RET
RETICULÓCITOS
CONTAGEM MANUAL
b) Índice reticulocitário
Limitações
-Transfusão de sangue recente pode interferir com o resultado dos RET
-Manuseamento errado, contaminação ou refrigeração inadequada da
amostra podem interferir e gerar resultados incorretos
-Outras inclusões dos GV (corpos de Heinz, siderócitos, corpos de
Howell-Jolly) podem ser confundidas com RET e dar origem a uma
contagem falsamente elevada
-As inclusões do GV podem ser confirmadas através da coloração de
Wright
-A contagem em lâmina é muito imprecisa
-Falta de sensibilidade para informar sobre pequenos aumentos, como
na resposta inicial ao tratamento com eritropoietina ou transplante de
MO
Princípio
-A automação da contagem de RET realizada em analisadores
hematológicos
Baseia-se 1) na capacidade de combinação de diferentes fluorocromos
(auramina O, laranja de tiazol) com o RNA dos RET que se ligam aos
ribossomas dos RET e os GV fluorescentes são contados por citometria
de fluxo ou 2) na coloração do RNA por um corante não fluorescente
(oxazina 750 e azul de metileno novo) e os RET são determinados por
tecnologia Coulter VCS
Os GV maduros não emitem fluorescência e os RET são classificados em baixo, médio e alto
conteúdos de RNA de acordo com a intensidade da fluorescência que emitem.
Distinguem-se os RET corados (pelos corantes não fluorescentes) das células maduras e de
outras populações pela dispersão luminosa, pelas medições por corrente contínua e pelas
características de opacidade.
RETICULÓCITOS
CONTAGEM AUTOMÁTICA
RETICULÓCITOS
CONTAGEM AUTOMÁTICA
Limitações
-Diminuição da contagem de RET com o envelhecimento do sangue in vitro
-Escolha dos fluorocromos
-Tempo de exposição do sangue aos fluorocromos
-Temperatura em que é mantida a amostra depois da mistura
-Posições dos limiares (o limiar inferior para excluir a autofluorescência de
fundo e o superior, para excluir as células nucleadas fluorescentes)
-Estes aspetos são aplicáveis aos corantes não-fluorescentes
Valores de referência são específicos para o instrumento e o método
e variam consideravelmente entre fabricantes
RETICULÓCITOS
USO CLÍNICO
Coloração MGG Coloração supravital para visualização de RET: azul brilhante de cresil
Destinatários.
Titulares do grau de licenciatura (1º ciclo de estudos) ou equivalente legal, em Medicina, Medicina Veterinária, Biologia,
Farmácia, Enfermagem, Biotecnologia, Análises Clínicas e Saúde Pública e outras áreas das Ciências da Vida e da
Saúde que desejem aumentar os seus conhecimentos na área da Parasitologia Médica e/ou prosseguir os estudos para
uma carreira ligada ao ensino e/ou investigação (3º ciclo de Bolonha ou Doutoramento).
FORMAÇÃO CONTINUA
EM MEDICINA LABORATORIAL
IMPORTÂNCIA DA MALÁRIA
“6 October 2015 – WHO applauds the decision to award this year's Nobel
Prize for Physiology or Medicine for the discoveries of drugs that have
radically improved treatment for malaria, river blindness and lymphatic
filariasis. The prize for artemisinin is a tribute to the contribution of the
Chinese scientific community in the fight against malaria. Artemisinin
compounds have become the mainstay of malaria treatment over the
past 15 years. Since 2000, more than 1 billion artemisinin-based
treatment courses have been administered to malaria patients.
“... parasitic diseases affect the world's poorest populations and represent a
huge barrier to improving human health and wellbeing. This year's Nobel
Laureates have developed therapies that have revolutionized the treatment
of some of the most devastating parasitic diseases.”
The Nobel Assembly at Karolinska Institutet”
http://www.who.int/neglected_diseases/news/nobel_prize_2015/en/
ATUALIDADE
EM 2014
IMPORTÂNCIA DA MALÁRIA
ATUALIDADE
EM 2017
IMPORTÂNCIA DA MALÁRIA
“Foi desenvolvida por cientistas portugueses. Uma vacina contra a malária vai
começar a ser testada em humanos num ensaio clínico na Holanda. Os
resultados do teste clínico são esperados para 2018.
Uma vacina contra a malária desenvolvida por cientistas portugueses vai ser
testada em humanos num ensaio clínico que começa esta terça-feira na
Holanda, disse à Lusa o líder da equipa de investigadores, Miguel Prudêncio.
A vacina, criada por uma equipa do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa,
incorpora o parasita que causa a malária em roedores e que é ‘mascarado’ com
o parasita que infeta as pessoas, para que o sistema imunitário humano possa
reconhecê-lo e combatê-lo numa fase em que os sintomas da doença não se
manifestam.”
/
http://observador.pt/2017/05/30/vacina-portuguesa-contra-a-malaria-vai-comecar-a-ser-testada-em-humanos
MEDICINA LABORATORIAL sem fronteiras
OBRIGADA
PELA
ATENÇÃO
AULA PL4 2017
Bibliografia
2-Barbara J. Bain. Blood Cells: A Practical Guide, 5th ed.,Wiley Blackwell, 2015
3-Mário M. Pádua: Patologia Clínica para Técnicos, Hematologia-citologia, Lusociência, Edições Técnicas e Científicas, Lda.,
2011
5-Ricardo Rosenfeld. Fundamentos do Hemograma do Laboratório à clínica. Editora Guanabara Koogan S.A., 2007
6-Raimundo Oliveira: Hemograma, Como fazer e interpretar, Livraria Médica Paulista Editora Ltda, 2007
8-Manual de Diagnóstico Laboratorial da Malaria, Série A. Normas e Manuais Técnicos, Ministério da Saúde, Brasília – DF,
2005 (Internet)
9-WHO publications: World malaria report 2017 (Internet)
10- Anabela Mota Pinto: Fisiopatologia, Fundamentos e aplicações, 2º edição, Lidel, edições técnicas, Lda., 2013
11-A. V. Hoffbrand, P.A.H. Moss: Fundamentos em Hematologia, 6ª edição, Editora Artmed Ltda., 2011
12-Paulo Abrahamsohn: Histologia Básica Texto e Atlas, Junqueira e Carneiro , 13ª edição, Editora Guanabara Koogan Ltda.,
2017
13-Abrahan L.Kierszenbaum: Histologia e Biologia Celular; Uma Introdução à Patologia, 3ª Edição, Elsevier Editora Ltda, 2012
15-Barbara J Bain, Imelda Bates, Michael A. Laffan, Dacie and Lewis Practical Haematology, 12 th ed. Churchill Elsevier
Limited, 2017
16-Barabara J.Bain. A Beginner´s Guide to Blood Cells, John Wiley & Sons Ltd, 2017
Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas
HEMATOLOGIA
Objetivo
-Grupo A (46,6%)
-Grupo 0 (42,3%)
-Grupo B (7,7%)
-Grupo AB (3,4%)
-Rh+(85.5%)
MEDICINA TRANSFUSIONAL =
IMUNOHEMOTERAPIA
-Grupo A (46,6%)
-Grupo 0 (42,3%)
-Grupo B (7,7%)
-Grupo AB (3,4%)
-Rh+(85.5%)
GRUPOS SANGUINEOS
SISTEMA ABO e Rh
TECNICA EM LÂMINA:
Material:
Placas de nacryl
e pipetas de Pasteur descartáveis
Reagentes: Anti-soros Anti-A, Anti-B e Anti-D
Amostra: sangue total com EDTA
GRUPOS SANGUINEOS
ABO e RhD
Principio
-O estudo dos AG eritrocitários e seus AC representam a base da Medicina
transfusional
-Atualmente a composição, estrutura molecular, função de muitos deles já é
conhecida
-Os antigénios do sistema ABO são oligossacarídeos complexos presentes na
maioria das células do corpo e algumas secreções
-Na membrana dos GV, trata-se predominantemente de glicoesfingolípidos,
enquanto que nos outros tecidos são glicoproteínas
-A determinação do grupo sanguíneo consiste na identificação do sistema ABO
existente nos GV
-Conforme a existência dos AG A e B, os GV são classificados (fenotipicamente)
como sendo do grupo A, B, AB ou O
-Conforme a existência / ausência do AG D, os GV são classificados com sendo Rh
positivo /Rh negativo
Reagentes
-Para a determinação dos grupos sanguíneos, utilizam-se anti-
soros padrões (mistura monoclonais ou policlonais para identificar
os AG dos GV)
GRUPOS SANGUINEOS
DETERMINAÇÃO DO GRUPO ABO
TÉCNICA:
- Numa placa de Nacryl, colocam-se 1 gota de soro anti-A e 1 gota de soro anti-B
separados com o conta-gotas respetivo de cada reagente
- Adicionar a cada um deles 1 gota de sangue total do indivíduo a que se vai
determinar o grupo sanguíneo com a ajuda da pipeta de Pasteur
- Misturar, inclinando a lâmina de frente para trás e observando a aglutinação
- Resultados reportados como + ou -
Precauções:
-Evitar a contaminação dos reagentes
-Não confundir aglutinação verdadeira com artefactos (secagem periférica/ fibrina)
-Respeitar os 2 minutos de leitura
GRUPOS SANGUINEOS
DETERMINAÇÃO DO GRUPO ABO
TESTE EM LAMINA
Exemplos
GRUPOS SANGUINEOS
DETERMINAÇÃO DO GRUPO RhD (D)
1-Barbara J Bain, Imelda Bates, Mike A. Laffan, Dacie and Lewis Practical Haematology, 12
th ed. Elsevier Limited, 2017
6-Guyton and Hall. Textbook of Medical Physiology, 12 th ed, Saunders Elsevier, 2011
10-Geoff Daniels and Imelda Bromilow: Essential Guide to Blood Groups, 2nd Edition, Wiley-
Blackwell, 2010
FIBRINA
PLT
GV
Objetivos:
A via intrínseca
A via extrínseca
VIA COMUM
RESUMO DA CASCATA DA COAGULAÇÃO I (Revisão)
RESUMO DA CASCATA DA COAGULAÇÃO II (Revisão)
HEMOSTASE
Centrifugação
-O ideal é que a amostra seja centrifugada logo após a colheita
-Obter um plasma pobre em plaquetas o que necessita uma
centrifugação (1x) a 2500g, 15 min à temp. ambiente
ESTUDO DA COAGULAÇÃO
Armazenamento e Conservação da amostra
- Nota: Atenção aos casos particulares do transporte de amostras de longa distância e de outros
testes da coagulação que exigem diferentes condições pré-analíticas de centrifugação (x2); envio
da amostra em gelo (estudo da fibrinólise); congelação das amostras de plasma em alíquotas,
conservadas a - 70ºC (6 meses) ou -20º C (2 semanas até max. 30 dias) sem perda significativa da
atividade hemostática, quando não for possível realizar os testes de imediato
ESTUDO DA COAGULAÇÃO: TP
Princípio do teste
Tempo de Protrombina (TP)
Desenvolvido por Armond Quick(1935)
O TP mede o tempo de coagulação do plasma recalcificado na presença
de uma concentração ótima de tromboplastina
- O reagente do TP é a tromboplastina que faz o papel do factor tecidular (FT)
- No teste TP, o cálcio é adicionado à tromboplastina (tromboplastina cálcica),
porque ele foi removido pelo anticoagulante e sem o cálcio, o coágulo não se
forma. A tromboplastina adicionada ao plasma do doente inicia a ativação da
via extrínseca da coagulação e determina-se o tempo necessário à
formação do coágulo
- A tromboplastina ativa o fator VII, que quando ativado, ativa o fator X que
transforma a protrombina em trombina que atua na transformação do
fibrinogénio em fibrina, formando-se o coágulo de fibrina
- O TP é exclusivo para o fator VII e também sensível à diminuição dos fatores
da via comum
O TP mede a via extrínseca e via comum da coagulação: mede os
fatores VII, X, V, II (protrombina) e I (fibrinogénio)
Indicações do teste: investigação de coagulopatias, rotina pré-
operatória, monitorização dos anticoagulantes orais (antagonistas da
vitamina K ou antivitamínicos K)
Resultado do TP em segundos com o valor do controlo normal em
segundos e INR (o resultado do TP em expresso em % é considerado obsoleto)
ESTUDO DA COAGULAÇÃO: TP
ESTUDO DA COAGULAÇÃO: TP
Princípio do teste
Tromboplastina
-O reagente de tromboplastina cálcica comercial tem o valor do índice de
sensibilidade internacional (ISI) que indica a qualidade da tromboplastina
-Quanto > ISI > a sensibilidade da tromboplastina
-O ISI é um sistema de calibração
-A tromboplastina comercial é calibrada com o ISI pela OMS ( a partir de
uma tromboplastina de referência da OMS que tem ISI = 1.0)
-O 1º critério para se adquirir o reagente de tromboplastina é o valor de ISI
(ISI mais próximo de 1.0 = melhor qualidade da tromboplastina)
-O ISI deve ser fornecido pelo fabricante e o seu valor situa-se entre 1.0-2.0
-Necessário avaliar a atividade da tromboplastina adquirida ou seja qual o
valor em segundos do controlo normal
- O controlo normal deve ser feito a partir de um pool de plasma adquirido
no comércio e de boa qualidade (o pool caseiro não deve ser utilizado para
a determinação do controlo normal?)
ESTUDO DA COAGULAÇÃO: TP/INR
STANDARDISATION OF PT
(*)Antivitamínicos K (AVK):
-derivados da cumarina (varfarina (VARFINE®) e acenocumarol
(SINTROM®)
-derivados da indanediona (PREVISCAN®); não comercializado
em Portugal
-varfarina é o mais utilizado nível mundial e em Portugal
ESTUDO DA COAGULAÇÃO: TP/ INR
Terapêutica com anticoagulantes orais AVK
Comentários
Exemplos
Adaptado de Teresa Gago (Médica responsável da Seção de Coagulação, Consultas de Anticoagulação e Trombose e
Hemostase do Serviço de Patologia Clínica, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental – JMIPC 3ª edição Coimbra 2016)
ANTICOAGULANTES in vivo = FÁRMACOS
Exemplos
http://www.spanestesiologia.pt/wp-content/uploads/2014/09/MANUSEIO_PERI-
OPERATORIO_DOS_DOENTES_MEDICADOS_COM_ANTICOAGULANTES_E_ANTIAGREGANTES_PLAQUETARIOS.pdf
ESTUDO DA COAGULAÇÃO:
Caso clínico
ESTUDO DA COAGULAÇÃO:
Técnicas de Laboratório
ESTUDO DA COAGULAÇÃO:
Técnicas de Laboratório
ESTUDO DA COAGULAÇÃO:
Técnicas de Laboratório
INR é próximo de
1,0 em pessoas
saudáveis sem
tratamento
anticoagulante
ESTUDO DA COAGULAÇÃO:
Técnicas de Laboratório
ESTUDO DA COAGULAÇÃO:
Técnicas de Laboratório
AULA PL6 2017
Bibliografia
2-VanPutte Cinnamon et al.: Seeley´s Anatomy &Physiology , Eleventh Edition, McGraw-Hill Education International Edition, 2017
3-A.V. Hoffbrand, P.A., P.A.H. Moss. Fundamentos em Hematologia, 6ª Edição, Artmed Editora S.A., 2013
4- Anabela Mota Pinto. Fisiopatologia, Fundamentos e aplicações, 2ª edição, Lidel, edições técnicas, lda, 2013 (Cap.20)
5-Barbara J Bain, Imelda Bates, Michael A. Laffan, Dacie and Lewis Practical Haematology, 12 th ed. Churchill Elsevier Limited,
2017
6-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora Artmed Editora S.A., 2016
7-Guyton and Hall. Textbook of Medical Physiology, 12 th ed, Saunders Elsevier, 2011
8- Étape préanalytique en hémostase: Annales de Biologie Clinique, volume 71, nº4, juillet-août 2013
10-Longo et al. Medicina Interna de Harrison, 18ª ed., AMGH Editora Ltda, 2013
11- Abrahan L.Kierszenbaum. Histologia e Biologia Celular; Uma Introdução à Patologia, 3ª Edição, Elsevier Editora Ltda, 2012
13-Rapport Les anticoagulants en France en 2014 : état des lieux, synthèse et surveillance , Agence nationale de sécurité du
médicament at des produits de santé (ANSM), Avril 2014
14-http://www.spanestesiologia.pt/wp-content/uploads/2014/09/MANUSEIO_PERI-
OPERATORIO_DOS_DOENTES_MEDICADOS_COM_ANTICOAGULANTES_E_ANTIAGREGANTES_PLAQUETARIOS.pdf
OBRIGADA PELA ATENÇÃO
Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas
HEMATOLOGIA
Objetivos:
* Atenção às unidades!
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Conceito de ANEMIA: sintomas
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Dismorfias do GV
Variações na cor do GV
-GV normocrómicos
-GV hipocrómicos
-GV policromatófilos (policromasia)
-Anisocromia (variação da intensidade da coloração Hb do GV)
Inclusões do GV
-Ponteado basófilo
-Corpos de Howell-Jolly
-Corpos de Heinz
-Corpos de Pappenheimer
INDICES ERITROCITÁRIOS
CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS
Interesse clínico da
determinação dos índices
eritrocitários:
Normocitos: GV de tamanho
normal
Microcitos: GV de tamanho
inferior ao normal
Macrocitos: GV de tamanho
superior ao normal
Anemias microcíticas (VCM
diminuído)
Anemias macrocíticas (VCM
aumentado)
Anemias normocíticas (VCM
normal
Anemias hipocrómicas (CHCM
diminuída)
Anemias normocrómicas (CHCM
normal)
Reticulócitos = macrócitos
policromatófilos
Reticulocitose =
policromasia
NRBC=Nucleated Red
Blood Cells = eritroblastos
=NRBC
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Dismorfias do GV
= Célula em alvo
= Célula falciforme
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Observação de ESP
Reticulócito
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Observação de ESP
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Observação de ESP
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Diagnóstico diferencial dos macrócitos
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Observação de ESP
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Observação de ESP
Exemplos
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Inclusões
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO: REVISÃO das dismorfias
Esferocitose hereditária
Eliptocitose hereditária
ANEMIA FALCIFORME
Célula falciforme em
Microscopia ótica e eletrónica
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Observação de ESP
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Observação de ESP
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Parasitas
Parasitas:
Plasmodium falciparum
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
REVISÃO
Plasmodium falciparum
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Texto de apoio (1)
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Texto de apoio continuação (2)
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Texto de apoio continuação (3)
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Texto de apoio continuação (4)
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Fisiopatologia das células em alvo
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Fisiopatologia do esferócito
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Fisiopatologia dos corpos de Heinz
PATOLOGIA DO ERITRÓCITO
Fisiopatologia dos esquisocitos
Because nucleated red blood cells (NRBC) have a size and a nucleus similar to that of lymphocytes, many
haematology analysers misclassify NRBC and produce a wrong total leukocyte and lymphocyte count.
Usually such samples are flagged for microscopic analysis. You then have to count the NRBC in the blood film
manually and mathematically correct the total leukocyte and lymphocyte count. This is a costly, tedious and
error-prone procedure. In addition, if the sample is not flagged, the NRBC may remain undetected and the total
leukocyte and the lymphocyte count may be wrongly elevated. Many still think automated NRBC measurement
is no more than a way of correcting these counts. Yet the clinical value of measuring NRBC goes far beyond
correcting the total leukocyte and lymphocyte count.
http://www.sysmex-europe.com/academy/knowledge-centre/sysmex-parameters/nucleated-red-blood-cells-nrbc.html
AULA PL7
2017
Bibliografia
2-Barbara J Bain, Imelda Bates, Michael A. Laffan, Dacie and Lewis Practical Haematology, 12
th ed. Churchill Elsevier Limited, 2017
3-Barbara J. Bain (2015), Blood Cells, A Pratical Guide, Fifth edition, Wiley Blackwell
8-F. Valensi, Morphologie des cellules sanguines normales, EMC, 13-000-A-15, Elsevier SAS,
2005
9-Isabel Ribeiro: Hematologia Da Prática Clínica à Teoria, Lidel Edições Técnicas Lda., 2015
(Cap.1 Anemias)
10-Barabara J.Bain. A Beginner´s Guide to Blood Cells, John Wiley & Sons Ltd, 2017
Obrigada pela atenção
Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas
HEMATOLOGIA
GB
PLT
Objetivos:
(Desvio à esquerda)
(Desvio à direita)
ALTERAÇÕES DOS GLÓBULOS BRANCOS
ALTERAÇÕES DOS GLÓBULOS BRANCOS
ALTERAÇÕES DOS GLÓBULOS BRANCOS
Linfócitos atípicos
(reativos)
ALTERAÇÕES DOS
GLÓBULOS BRANCOS
Neutrófilo
hipersegmentado
Bastonete
Trombocitopenia: valor de PLT ≤ 150 x 109/L (< 120x 109/L para alguns autores )
Trombocitopenia (verdadeira)
A trombocitopenia pode ser ligeira (contagem de PLT de 100 a 150 x 109/L), moderada (50 a 99 x
109/L), ou severa (< 50 x 109/L)
Pseudotrombocitopenia (ou falsa diminuição da contagem de PLT) pode ser por:
1) trombocitopenia falsa (presença de agregados plaquetários) ou
2) pseudotrombocitopenia (EDTA-dependente) = variáveis pré-analíticas
-A agregação plaquetária pode ser por colheita difícil (traumática) ou má
homogeneização da amostra (sangue c/ EDTA) o que leva à formação de pequenos
coágulos
-A agregação das PLT pode ser ainda induzida pela presença do anticoagulante (EDTA)
ou por satelitismo plaquetário em amostras com EDTA (formação de rosetas de PLT em torno de
leucócitos), prejudicando o valor real de PLT
Confirmar sempre uma trombocitopenia com uma 2ª colheita e usar 2 tubos: sangue
colhido em tubo com EDTA (para excluir a agregação devida a uma colheita difícil) e sangue colhido
em tubo com Citrato de sódio (para excluir a trombocitopenia devida ao anticoagulante EDTA que induz
agregação espontânea das PLT in vitro = pseudotrombocitopenia)
DISTRUBIOS PLAQUETARIOS:
Doentes com sangramento da pele e mucosas
Distúrbios hereditários
Síndrome de Bernard-Soulier (PLT grandes, disfunção da GPIb; ligação defeituosa
com o VWF; ADESÃO das PLT defeituosa ao endotélio lesado; trombocitopenia
variável)
Tromboastenia de Glanzmann (nº PLT normal ; AGREGAÇÃO anormal por
deficiência de GP IIb/IIIa)
Síndrome da plaqueta cinzenta (alteração morfológicas e bioquímicas nos grânulos
α das PLT, trombocitopenia, PLT grandes)
ALTERAÇÕES DAS PLAQUETAS
Anisocitose PLT
e Trombocitose (aumento PLT) Trombocitopenia falsa
(agregação de PLT)
Trombocitemia Trombocitopenia
(proliferação clonal) verdadeira (raras PLT)
ALTERAÇÕES DAS PLAQUETAS
PLT gigantes
ALTERAÇÕES DOS GB E PLT
Revisão
ALTERAÇÕES DOS GB (neutrófilos e linfócitos)
Revisão
ALTERAÇÕES DOS GB (neutrófilos e eosinófilos)
Revisão
ALTERAÇÕES DOS GB E PLT
Revisão
FIM
DA AULA
Bibliografia
1-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora
Artmed Editora S.A., 2016
3-Barbara J. Bain (2015), Blood Cells, A Pratical Guide, Fifth edition, Wiley Blackwell
4-A. V. Hoffbrand, P.A.H. Moss: Fundamentos em Hematologia, 6ª edição, Editora Artmed Ltda.,
2011
8-F. Valensi, Morphologie des cellules sanguines normales, EMC, 13-000-A-15, Elsevier SAS, 2005
9-Renato Failace: Hemograma, Manual de Interpretação, 6ª Edição, Artmed Editora S.A., 2015
10-Isabel Ribeiro: Hematologia Da Prática Clínica à Teoria, Lidel Edições Técnicas Lda., 2015
(Cap.11 Alterações da hemostase)
11-Barabara J.Bain. A Beginner´s Guide to Blood Cells, John Wiley & Sons Ltd, 2017
Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas
PATOLOGIA HEMATO-ONCOLOGICA
AULA Prática Laboratorial nº 9 2017
Patologia Hemato-Oncológica
2017
Sumário
Objetivos:
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
DEFINIÇAÕ DE BLASTOS
-Tamanho
-Relação N/C
Presença de nucléolos
CARACTERÍSTICAS
DOS BLASTOS
-Estrutura citoplasmática formada pela fusão de grânulos primários (descrita por Joseph Auer)
-Habitualmente só presentes nos blastos
-Podem ser vistos em células maduras (neutrófilos) quando fazem parte do clone neoplásico
BASTONETES DE AUER
ALTERAÇÕES MALIGNAS
DOS GLOBULOS BRANCOS
Exemplos
ALTERAÇÕES MALIGNAS
DOS GLOBULOS BRANCOS
Exemplos
ALTERAÇÕES MALIGNAS
DOS GLOBULOS BRANCOS
Exemplos
LEUCEMIAS AGUDAS (exemplos)
LLA e LMA
CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS:
FAB / OMS (exemplo)
LEUCEMIAS
MIELÓIDES / LINFÓIDES
AGUDAS / CRÓNICAS
HEMOPATIAS MALIGNAS: LEUCEMIAS
CARACTERISTICAS
LEUCEMIA AGUDA/ CRÓNICA
HEMOPATIAS MALIGNAS
Algumas noções
LINFOMA DE BURKITT
Os linfócitos B transformam-se em
plasmócitos (resposta a infeções virais ou
outro estímulos imunológicos), podendo notar-
se linfócitos com aspetos intermédios da
transformação, que são denominados linfócitos
plasmocitóides
MIELOMA MULTIPLO (MM)
PLASMÓCITOS ANORMAIS NO SP
Plasmócitos atípicos
PATROCÍNIO CIENTÍFICO
Ordem dos Médicos
Direcção do Curso:
Professora Doutora Maria de Fátima Pinto Saraiva Martins
Organização:
Associação de Microscopia e Embrio-Anatomo-Histologia
AMEAH
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
“Apresentação e Objectivos do Curso:
Local: O presente curso tem por principal objectivo a actualização de conhecimentos tanto
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, laboratoriais como clínicos necessários para o correcto diagnóstico laboratorial da
2º andar, Instituto de Histologia e Embriologia patologia displásica/mieloproliferativa com incidência na leucemia mielomonocítica
Data: crónica.
10 e 11 de novembro de 2017 Incluirá uma forte componente prática, com vídeoprojecção
em tempo real, seguida de observação individual de esfregaços de sangue periférico
e de medula óssea, relativos a casos reais.”
https://www.uc.pt/fmuc/DocumentosHomepage/2017/Outubro/FLyer
Aula PL9 Patologia Hemato-Oncológica
2017
Bibliografia
1-A. V. Hoffbrand, P.A.H. Moss: Fundamentos em Hematologia, 6ª edição, Editora Artmed Ltda., 2011
2-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora Artmed Editora S.A.,
2016
4-Barbara J. Bain (2015), Blood Cells, A Practical Guide, Fifth edition, Wiley Blackwell
5-Mário M. Pádua: Patologia Clínica para Técnicos, Hematologia-citologia, Lusociência, Edições Técnicas e Científicas,
Lda., 2011
7-Ricardo Rosenfeld. Fundamentos do Hemograma do Laboratório à clínica. Editora Guanabara Koogan S.A., 2007
8-Renato Failace: Hemograma, Manual de Interpretação, 6ª Edição, Artmed Editora S.A., 2015
9-Márcio Melo, Cristina da Silveira, Leucemias e Linfomas, Atlas do Sangue Periférico - 2ª edição, Editora Rubio Ltda.,
2013
10-S.H. Swerdlow, E. Campo, N.L. Harris, E.S. Jaffe, S.A. Pileri, H. Stein, J. Thiele, J.W. Vardiman: WHO Classification of
tumors of haematopoietic and lymphoid tissues, Revised 4 th Edition,IARC, Lyon 2017
11-Isabel Ribeiro: Hematologia Da Prática Clínica à Teoria, Lidel Edições Técnicas Lda., 2015
12-Richard A. McPherson, Matthew R. Pincus. Henry´s, Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, 23rd
ed. Elsevier Saunders, 2017
13-Barabara J.Bain. A Beginner´s Guide to Blood Cells, John Wiley & Sons Ltd, 2017
14-Mathias Freund: Hematologia Microscópica Prática, 11ª Edição , Livraria Santos Editora Ltda, 2013
OBRIGADA PELA
ATENÇÃO
(Paris, França)
Marie Skłodowska Curie (1867-1934), cientista polonesa com naturalização francesa, conduziu pesquisas pioneiras no ramo da radioatividade. Foi a
primeira mulher a ser laureada com um Prémio nobel (Física) e a primeira pessoa e única mulher a ganhar o prémio (Química) duas vezes. Marie Curie
morreu aos 66 anos de leucemia causada pela exposição à radiação.
Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas
HEMATOLOGIA
Objetivos:
AUTOMATIZAÇÃO
Atualmente as determinações dos parâmetros hematológicos são
realizadas em minutos, em instrumentos automáticos ou
semiautomáticos, com modificações das técnicas manuais ou com uma
tecnologia completamente nova. As determinações são mais rápidas,
reprodutíveis e exatas. As técnicas manuais continuam úteis como
métodos de referência, na investigação de algumas amostras com
resultados anómalos nos instrumentos automatizados e para lembrar os
princípios em que se baseiam as diferentes determinações.
AUTOMATIZAÇÃO EM
HEMATOLOGIA
PRINCIPIOS TÉCNICOS:
-Posteriormente surge a Tecnologia VCS (Volume, Condutividade e
Dispersão) na qual a corrente de baixa frequência mede o volume e a
corrente de alta frequência mede as alterações de condutividade e o
ressalto do laser na superfície dos GB informa sobre a forma da
superfície e a refletividade de cada célula (permite distinguir as
características dos GB: informações sobre o volume celular, o
tamanho do núcleo e o conteúdo citoplasmático de granulações)
-A partir de 1970, foram introduzidas nos contadores hematológicos
as técnicas de Dispersão óptica (laser light scatter) e de focalização
hidrodinâmica (hydrodynamic focusing)
PRINCIPIOS TÉCNICOS:
Princípio Coulter
Focalização hidrodinâmica
CONTADORES HEMATOLÓGICOS
AUTOMÁTICOS
PRINCIPIOS TÉCNICOS: Dispersão ótica e focalização
hidrodinâmica
CONTADORES HEMATOLÓGICOS
AUTOMÁTICOS
CARACTERÍSTICAS:
-Os contadores de células sanguíneas totalmente automatizados aspiram
e diluem uma amostra de sangue e determinam de 8 a 46 parâmetros (ou
mais) relacionados com os eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
-Muitos deles também identificam a amostra, homogeneízam e
transportam a amostra, verificando o volume, a presença de coágulos
-Alguns estão conetados a uma máquina automática de distender e corar
lâminas.
-Evitam o manuseamento desnecessário das amostras sanguíneas.
-Possuem vários canais para a determinação dos diferentes parâmetros
hematológicos.
-Não conseguem identificar todas as anomalias (alarmes/ necessidade da
revisão de esfregaços)
CONTADORES HEMATOLÓGICOS
Contagem eletrónica
Alarmes
Instrumentos cada vez mais
Gráficos complexos
Histograma -Competências
Citograma interpretativas
Interpretação dos gráficos
-Competências de
Calibração identificação e discriminação
exata das células em MO são
Robotização Laboratorial ainda essenciais (muitas variantes
da morfologia dos GV e inclusões não são
Qualidade Laboratorial detetadas; algumas são sugeridas.)
Fase pré-analítica
Fase analítica
Fase pós-analítica
MEDICINA LABORATORIAL
GARANTIA DE QUALIDADE
EM HEMATOLOGIA
Certificação
Acreditação
-Fornece dados (GV, GB, Hct, Hb, VGM, HGM, CHCM, PLT, RDW,)
-Os dados do Hemograma não são encarados com a mesma importância e utilidade
(num estudo USA, verificou-se que o RDW e RET eram usados pelos clínicos “mais
novos”)
INDICES ERITROCITARIOS
ATENÇÃO
UNIDADES!
INDICES ERITROCITÁRIOS
Atenção à Nomenclatura
INDICES ERITROCITÁRIOS
CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS - Revisão
Interesse clínico da
determinação dos índices
eritrocitários:
Normocitos: GV de tamanho
normal
Microcitos: GV de tamanho
inferior ao normal
Macrocitos: GV de tamanho
superior ao normal
Anemias microcíticas (VCM
diminuído)
Anemias macrocíticas (VCM
aumentado)
Anemias normocíticas (VCM
normal
Anemias hipocrómicas (CHCM
diminuída)
Anemias normocrómicas (CHCM
normal)
Valores de referência
INDICES ERITROCITÁRIOS E RDW
&
CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS
HEMOGRAMA
(*)
17.03.14 - Using the properties of a smartphone screen to perform blood tests: the device
developed by Qloudlab allows at-home analysis in less than a minute. The expanded diagnostics
will be used to help people undergoing anticoagulant treatment.
http://actu.epfl.ch/news/test-your-blood-with-the-screen-of-a-cellphone/
LABORATÓRIO DO FUTURO
ROBOTIZAÇÃO
FASE PRÉ-ANALÍTICA E ANALÍTICA
Exemplo
GESTÃO INTEGRADA DA DOENÇA
« L´ interprofessionalité »
• «Atendimento interprofissional
e coordenado dos pacientes
• Melhoria da qualidade,
segurança e eficiência dos
cuidados de saúde
• Colaboração do Farmacêutico/
Analista com os outros
profissionais de saúde,
nomeadamente os médicos
European Union of
Medical Specialists
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM MEDICINA LABORATORIAL
A nível nacional em 2017/18
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM MEDICINA LABORATORIAL
A nível internacional em 2017
European Union of
Medical Specialists
FORMAÇÃO CONTÍNUA EM MEDICINA LABORATORIAL
A nível europeu em 2016: próximo evento 2018
JOURNÉES INTERNATIONALES DE BIOLOGIE (JIB) - PARIS
The leading event in Medical Biology
http://www.jib-sdbio.fr/
ESPECIALISTA
EM MEDICINA LABORATORIAL
A nível europeu
OBRIGADA PELA ATENÇÃO
Bibliografia
1-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora
Artmed Editora S.A., 2016
3-Barbara J. Bain (2015), Blood Cells, A Pratical Guide, Fifth edition, Wiley Blackwell
6-Renato Failace: Hemograma, Manual de Interpretação, 6ª Edição, Artmed Editora S.A., 2015
7-Raimundo Oliveira: Hemograma, Como fazer e interpretar, Livraria Médica Paulista Editora
Ltda, 2007
8-Longo et al.: Medicina Interna de Harrison, 18ª ed., AMGH Editora Ltda, 2013
10-http://www.jib-sdbio.fr/
Universidade do Algarve
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas
HEMATOLOGIA
Objetivos:
Because nucleated red blood cells (NRBC) have a size and a nucleus similar to that of lymphocytes, many
haematology analysers misclassify NRBC and produce a wrong total leukocyte and lymphocyte count.
Usually such samples are flagged for microscopic analysis. You then have to count the NRBC in the blood film
manually and mathematically correct the total leukocyte and lymphocyte count. This is a costly, tedious and
error-prone procedure. In addition, if the sample is not flagged, the NRBC may remain undetected and the total
leukocyte and the lymphocyte count may be wrongly elevated. Many still think automated NRBC measurement
is no more than a way of correcting these counts. Yet the clinical value of measuring NRBC goes far beyond
correcting the total leukocyte and lymphocyte count.
http://www.sysmex-europe.com/academy/knowledge-centre/sysmex-parameters/nucleated-red-blood-cells-nrbc.html
HEMATOLOGIA LABORATORIAL
Atenção às unidades
Trombocitopenia Trombocitose
HEMOGRAMA
PARÂMETROS
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
“Alarmes”
VALORES DE REFERÊNCIA
Alguns exemplos
= NRBC
VALORES DE REFERÊNCIA
HEMOGLOBINA
HEMOGRAMA
COMPLEXIDADE ANALÍTICA
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
COMPLEXIDADE ANALÍTICA
Revisão de lâmina (ESP) em MO
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
ANEMIA normocítica / ferropenica
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
ANEMIA falciforme/ esferocitose hereditária
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
NEUTROFILIA
Infeção bacteriana / LMC
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
LINFOCITOSE: LLC / Linfoma em fase leucémica
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
PANCITOPENIA: aplasia da MO /anemia megaloblástica
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
LINFÓCITOS ATÍPICOS / BLASTOS
Infeção viral / LLA
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
INFILTRAÇÃO MO / MIELOFIBROSE
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
CASOS CLINICOS
SMD / LEUCEMIA
Atenção às unidades
HEMOGRAMA
TERMINOLOGIA
DEFINIÇÃO
Adaptado de Isabel Ribeiro: Hematologia Da Prática Clínica à Teoria, Lidel Edições Técnicas Lda, 2015
REVISÃO
RETICULÓCITOS
REVISÃO ANEMIAS - Exemplos
ESTUDO LABORATORIAL DA ANEMIA
RESUMO
ESTUDO LABORATORIAL DA ANEMIA
RESUMO
ANEMIA FALCIFORME - Exemplo
ANEMIA FALCIFORME - Exemplo
HEMOGRAMA
E
ESP
Eritrograma
(Coloração de May-Grunwald-Giemsa)
IMPORTÂNCIA DA ANEMIA NO IDOSO
IMPORTÂNCIA DA ANEMIA EM PORTUGAL
Contacto: [email protected]
IMPORTÂNCIA DA ANEMIA EM PORTUGAL
http://perspetivas.pt/wp-content/uploads/2017/11/Anemia.pdf
1-Paulo Henrique da Silva, Hemerson Bertassoni Alves et al. Hematologia Laboratorial. Editora
Artmed Editora S.A., 2016
2-Betty Ciesla. Hematologia na Prática Clínica. Lusodidacta, 2010
3-Barbara J. Bain (2015), Blood Cells, A Pratical Guide, Fifth edition, Wiley Blackwell
4-Mário M. Pádua: Patologia Clínica para Técnicos, Hematologia-citologia, Lusociência, Edições
Técnicas e Científicas, Lda., 2011
5-Atul Mehta, Victor Hoffbrand: Compêndio de hematologia, Instituto Piaget, 2005.
6-A. V. Hoffbrand, P.A.H. Moss: Fundamentos em Hematologia, 6ª edição, Editora Artmed Ltda.,
2011
7-Renato Failace: Hemograma, Manual de Interpretação, 6ª Edição, Artmed Editora S.A., 2015
8-Ricardo Rosenfeld. Fundamentos do Hemograma do Laboratório à clínica. Editora Guanabara
Koogan S.A., 2007
9-Raimundo Oliveira: Hemograma, Como fazer e interpretar, Livraria Médica Paulista Editora Ltda,
2007
10-VanPutte Cinnamon et al.: Seeley´s Anatomy &Physiology , Eleventh Edition, McGraw-Hill
Education International Edition, 2017
11- Anabela Mota Pinto: Fisiopatologia, Fundamentos e aplicações, 2ª edição, Lidel, edições
técnicas, lda, 2013 (Cap.20)
12-Longo et al.: Medicina Interna de Harrison, 18ª ed., AMGH Editora Ltda, 2013
13-Isabel Ribeiro: Hematologia Da Prática Clínica à Teoria, Lidel Edições Técnicas Lda., 2015
14-Paulo Abrahamsohn: Histologia Básica Texto e Atlas, Junqueira e Carneiro , 13ª edição, Editora
Guanabara Koogan Ltda., 2017
15-Barabara J.Bain. A Beginner´s Guide to Blood Cells, John Wiley & Sons Ltd, 2017
16-http://perspetivas.pt/wp-content/uploads/2017/11/Anemia.pdf
17-www.awgp.pt
OBRIGADA PELA ATENÇÃO