Relatório Final de Estágio
Relatório Final de Estágio
Relatório Final de Estágio
Uberlndia
2015
na
disciplina
de
Estgio
Assinatura do supervisor
Uberlndia
2015
INFORMAES GERAIS
Estgio:
-rea: Anlises Clnicas
-Perodo de realizao: 23/03/2015 a 22/07/2015
-Carga horria semanal: 30 horas
-Carga horria total: 500 horas
1. INTRODUO
O Hospital de Clnicas da Universidade Federal de Uberlndia (HCU-UFU)
possui 520 leitos e mais de 50 mil m2 de rea construda. o maior prestador de
servios pelo Sistema nico de Sade (SUS), em Minas Gerais, e terceiro no ranking
dos maiores hospitais universitrios da rede de ensino do Ministrio da Educao
(MEC), sendo referncia em mdia e alta complexidade para 86 municpios da macro
e microrregies do Tringulo Norte.
INCIO
23/03/2015
TRMINO
17/04/2015
Bacteriologia
Micologia
Bioqumica
Hormnios
13/07/2015
20/04/2015
04/05/2015
11/05/2015
18/05/2015
17/07/2015
01/05/2015
08/05/2015
15/05/2015
22/05/2015
Parasitologia/Urinlise
Sorologia
Hematologia
Setor de escolha livre
25/05/2015
15/06/2015
29/06/2015
20/07/2015
12/06/2015
26/06/2015
10/07/2015
22/07/2015
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Coleta
Para realizar um exame laboratorial pode-se utilizar de diferentes tipos de
amostras, so elas: sangue, urina, fezes, medula ssea, secrees, raspados, esperma e
lquidos cavitrios.
Para cada tipo de amostra deve-se observar as condies em que devem ser
coletadas e armazenadas para garantir que no sejam somados mais fatores de erros a
anlises. Alm disso, deve ser feito a assepsia do local que ser coletada a amostra,
obedecendo para cada material suas devidas orientaes.
Deve-se orientar adequadamente o paciente quanto ao preparo a ser realizado
antes da coleta, o qual especfico para cada tipo de anlise. Antes da coleta tambm
necessrio obter informaes sobre aspectos referentes ao paciente que podem interferir
nos resultados.
O sangue um tipo de amostra muito utilizado para anlises hematolgicas,
bioqumicas, hormonais e sorolgicas, sendo para cada finalidade necessrio separar a
frao do sangue mais indicada (soro, plasma ou sangue total). Para sua coleta, deve-se
primeiramente explicar o procedimento ao paciente, identificando-o, observando os
exames solicitados e etiquetando os tubos necessrios. Posteriormente, deve-se calar as
luvas de procedimento, garrotear o membro a ser avaliado e selecionar o local de
puno.
A figura 1 mostra as veias mais usuais para a coleta de sangue.
Figura 1 Principais veias para puno
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-s658fX5ubmQ/UgOjJpOJMI/AAAAAAAAAXE/Dhjx9J8OQH0/s1600/locais-para-puncao.png
Fonte:http://image.slid
esharecdn.com/1-aula-bioquimica-1214166631307520-8/95/1-aula-bioquimicahttpbioquimicablogspotcom-10-728.jpg?cb=1246345043
2.2 Bacteriologia
Controle de qualidade
1. Interno: utilizam-se cepas ATCC (cepa universal, padronizada) com resultados
conhecidos.
2. CQ para o aparelho VITEX 2 COMPACT: so colocadas amostras com cepas
conhecidas no aparelho, que as combina com o resultado existente no banco de
dados. Quando os resultados no batem, repica-se a amostra e repete a anlise. A
manuteno e limpeza do aparelho so feitas quando o mesmo pede.
3. CQ para o aparelho BAC / ALERT 3D: faz-se a calibrao e checa a temperatura
diariamente, porm outras manutenes so realizadas pelos tcnicos da empresa
responsvel pelo aparelho.
4. Externo: Control Lab: periodicamente a Control Lab envia ao laboratrio cepas
de microorganismos para que possam ser analisadas e identificadas pelo
laboratrio, sem que o mesmo saiba o resultado. Os funcionrios tambm
respondem um questionrio via internet e enviam o resultado para a empresa,
que em seguida responde se esto certos ou no.
importante ressaltar que a temperatura ambiente deve estar ideal para que os
aparelhos funcionem corretamente.
A bacteriologia o estudo das bactrias e dos testes para isolar e identificar estes
microrganismos.
A cultura de bactrias o crescimento de colnias de microrganismos induzida
pelo homem para se conseguir um elevado nmero de microrganismos, para estudar as
caractersticas da bactria como, a capacidade de crescerem em meio seletivo e o
aspecto das colnias. Essa realizada em meios de cultura que fornecem os princpios
nutritivos indispensveis ao seu crescimento.
Entre os principais componentes de um meio de cultura esto s fontes de
carbono e energia como os acares, as fontes de nitrognio, fsforo e sais minerais.
Outros componentes mais especficos podem ser encontrados em um meio para
determinados organismos, estes so os fatores de crescimento como as vitaminas,
aminocidos, etc. Alm disso, preciso fornecer condies ambientais para o
desenvolvimento dos microrganismos, como pH, presso osmtica, umidade,
temperatura, atmosfera (aerbia ou anaerbia), etc.
H diferentes tcnicas para se efetuar uma semeadura, com ala de platina, com
swab, com ala calibrada, tcnica de isolamento, tcnica para antibiograma. Para anlise
de morfologia, estudo e identificao da espcie e gnero da bactria, normalmente fazse a tcnica de isolamento em meio de cultura (figura 2) que consiste em isolar as
colnias para que no haja interferentes e contaminaes cruzadas aps a incubao.
Figura 2 Tcnica de isolamento de bactrias
Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_erbDaS5fdLg/RtnzBRk7NRI/A
AAAAAAAAA0/Uq4QKx_qj08/s200/esgotamento.jpg
Fonte: http://laudos.labclim.com.br/intranet/documentos/micro/PROMIC-0024-1.pdf
Fonte: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/GRAM.jpg
Fonte: http://anatpat.unicamp.br/Dscn67826+.jpg
Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6f/Cryptococcus_neoformans_us
ing_a_light_India_ink_staining_preparation_PHIL_3771_lores.jpg
ou trs nveis de controle. Com a validao dos controles o aparelho est pronto para
uso. A validao feita seguindo a regra de Levey-Jennings (2 desvios padres). Com
as validaes em dia, a mquina est pronta para ser utilizada para os exames, para isso,
coloca-se os tubos nas racks e o aparelho faz os exames.
O outro aparelho utilizado no setor, o Immulite. Os testes no qual este aparelho
faz so: TSH, FT4, T4T, T3, ATA, ATG, CT5, PRL, IGE, alergia alimentar (SPE), GH
ou GRH, CEA ou ACA, FSH, LH, HPG e alergia a poeira (IPO). A metodologia
empregada a quimiluminescncia. Para manuteno e preparao do aparelho,
diariamente se entra no diagnstico da mquina e faz primeiramente a manuteno
prime DRD por 5 minutos para retirar as bolhas da tubulao. Posteriormente, ao ler os
reagentes, coloca para purgar 3x de 20 para lavar as probes de reagente e amostra.
Tambm faz o prime manual para retirar as bolhas das mangueiras de gua e substrato.
Em seguida, programa-se o aparelho para fazer os ajustes de calibrao e controles. Se
validar as calibraes e os controles de acordo com o especificado, as amostras podem
ser colocadas para os devidos testes. Ao final do dia faz a manuteno diria do
aparelho, so retirados os resduos slidos e lquidos, completados o recipiente com
tubos de reaes e o recipiente de substrato. Retira-se os ajustes e controles do freezer
para geladeira para serem passados no dia seguinte.
H determinados exames que no so realizados todos os dias, devido baixa
demanda (vitamina D, vitamina B12, progesterona, testosterona, exames especficos
para deteco de alergias), sendo realizados em dias propostos pelo laboratrio.
Todos os resultados passam por uma primeira aprovao dos tcnicos do setor, e
posteriormente so enviados a validao final do responsvel pelo setor.
2.6 Parasitologia e Urinlise
Controle de qualidade interno: so armazenadas no setor amostras de pacientes com
resultados conhecidos que servem como controle.
Controle de qualidade externo:
Recebimento da amostra e/ou slide da Control Lab:
1. Receber do setor responsvel (Bioqumica) as amostras da Control Lab;
2. Entregar para o responsvel pela anlise Supervisor do setor;
3. Passar orientaes necessrias ao responsvel do ms pela anlise da Control Lab;
4. Consultar no computador os slides (urina e/ou fezes) enviadas pela Control Lab.
Realizao do exame e/ou anlise do slide e registro de resultados:
7.
presena
de
protenas,
glicose,
corpos
cetnicos,
Fonte:http://learn.parallax.com/sites/default/files/content/Reference/Urinalysis/MultistixUrinalysis
ColorKey.png
Fonte: http://www.hc.ufu.br/sites/default/files/POP-PARAUR-24.pdf
Fonte: http://www.hc.ufu.br/sites/default/files/POP-PARAUR-05.pdf
2.7 Sorologia
O setor de sorologia um setor semi-automatizado. Entre os testes
automatizados se encontram HIV Ag/Ac, Citomegalovrus IgM e IgG, Toxoplasmose
IgM e IgG, Rubola IgM e IgG, HBsAg, CORE, CORE-M, HBe, Anti-HBe, HAVAb,
HCV, HIV, Digoxina, Fenitona, Fenobarbital e Carbamazepina.
O sangue colhido em tubos com gel separador de cogulo (tubo amarelo), e
quando chega ao setor diretamente centrifugado para separao do soro, frao do
sangue a ser utilizada para os exames. feita uma triagem inicial, observando se h
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_08.pdf
hemograma
contagem de hemcias,
uma
combinao
de
testes
contagem de leuccitos,
ndice de hemcias,
que
usualmente
hemoglobina,
inclui:
hematcrito,
3. CONSIDERAES FINAIS
As atividades no decorrer do estgio estiveram concentradas principalmente no
acompanhamento das tarefas feitas pelos tcnicos de laboratrio e responsveis pelos
setores. Tambm tivemos a oportunidade de fazermos as prprias atividades
desempenhadas pelos tcnicos, mas com a superviso de um responsvel. Alm disso,
assistimos as aulas de Patologia Clnica ministradas ao curso de Medicina (UFU),
ampliando ainda mais o nosso conhecimento a respeito do diagnstico laboratorial de
algumas doenas.
Como qualquer outro local de trabalho, o Laboratrio de Anlises Clnica
HCU-UFU possui suas limitaes que poderiam ser sanadas com maiores
investimentos por parte do governo. Isso acaba exigindo um pouco mais dos
profissionais que l trabalham, que atuam de forma a minimizar tais dficits de
materiais para no haver prejuzo nas atividades a serem desenvolvidas.
Assim, avalio com satisfao o estgio feito, tanto pessoalmente quanto
profissionalmente. Em todos os setores do laboratrio prevaleceu um tratamento de
respeito entre todos os profissionais e uma ateno e dedicao enorme com os
estagirios, sempre atentos quanto a nossa segurana e satisfao perante as
atividades realizadas.
Creio que como ponto negativo, foi o fato de acontecer uma greve dos
tcnicos de laboratrio durante o estgio, diminuindo as atividades dos mesmos, e
tirando um pouco a percepo da rotina dos setores.
Diante da diversidade de atividades desenvolvidas no Laboratrio de
Anlises Clnicas e tendo a profisso tarefas condizentes com o curso de Biomedicina,
a oportunidade de estagiar no local foi de grande valia para acumular conhecimentos
na rea, dando embasamento prtico e vivncia com profissionais que nos permitiram
acompanh-los em seu dia-a-dia profissional.
4. CONCLUSO
As anlises clnicas uma rea de grande valia para a sade, contribuindo de
forma significativa com os diagnsticos hospitalares e ambulatoriais, assim como para
populao em geral. Suas diversas reas mostram a importncia do conhecimento
geral que o biomdico adquiri ao longo do curso e no exerccio da profisso, e
tambm a necessidade de interdisciplinaridade desses conhecimentos para melhorar os
servios de sade em geral.
5. REFERNCIAS
. 2009. Hemaglutinao. Roteiro de aula de estgio no LAC-MAC: mdulo
imunologia.
. 2009. Reao de V.D.R.L (Aglutinao para diagnstico da sfilis). Roteiro de
aula de estgio no LAC-MAC: Mdulo Imunologia.
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POPs Setor de Micologia. Disponvel em: <http://www.hc.ufu.br/conteudo/setor-demicologia>. Acesso em: 3 maio 2015
POPs Setor de Parasitologia e Urinlise. Disponvel em:
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Walters, Norma J., Estridge, Barbara H. e Reynolds, Anna P. 1998. Laboratrio Clnico:
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