Tde Penal

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14/ABRIL - TDE - MEDIDAS DE SEGURANÇA

CJCM Nº 71002350684 2009/Crime APELAÇÃO. Artigo. 233, caput, do Código


Penal e artigo 21, do Decreto-lei 3.688/41 RÉU INIMPUTÁVEL POR DOENÇA
MENTAL. MANUTENÇÃO DA ABSOLVIÇÃO. APLICAÇÃO DE MEDIDA DE
SEGURANÇA.
1. Comprovado o contexto probatório, faz-se impositiva a confirmação da sentença
que, reconhecendo a prática delituosa, em razão da inimputabilidade que o tornava
isento de pena, o absolveu, aplicando-lhe medida de segurança.
2. Réu portador de Esquizofrenia, totalmente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato e de determinar-se de acordo com este entendimento, é isento de pena, a
teor do art. 26, do Código Penal.
3. Aplicada ao apelante medida de segurança de tratamento ambulatorial, que se
afigura a mais adequada, considerando as circunstâncias do caso concreto.
4. Reforma da sentença no ponto em que determina o encaminhamento ao IPF.
Remessa do PEC para ser fiscalizado pelo juiz da VEC de Santa Maria.
Encaminhamento do réu para rede de saúde púbica (CPS, etc.).
Werner Jordão Campara, tinha sido condenado a 1 ano de tratamento
ambulatorial. Não contente seu curador recorreu, afirma que foi rigorosa a
condenação. Os familiares do réu tem condição de tratamento particular com
psiquiatra. Alegou que o réu não poderia ser julgado pelo MP, pois é inimputável O
réu possui Esquizofrenia Paranoide, doença mental que promove total rompimento
da capacidade do indivíduo de avaliar a realidade, não tendo noção de realidade
dos atos cometidos.
Por pratica de ato obsceno contra Vanessa e Patrícia e lesão corporal.
Prevê o art. 26, do Código Penal que é isento de pena o agente que, por doença
mental era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e de
determinar-se de acordo com este entendimento, sendo esta a situação dos autos,
em que o apelante é portador de Transtorno Esquizofrênico, caso em que sendo
isento de pena, por inimputabilidade, deve ser absolvido impropriamente, por
exclusão da culpabilidade, com base no artigo 386, inciso V, do Código de
Processo penal, porém com imposição de Medida de Segurança, conforme art. 97,
do Código Penal.
Foi discordado a sentença no ponto que teria o réu ser internado no instituto
psiquiátrico forense, que não seria o favorável para o réu já que o melhor deve ser
sempre a recuperação. Foi reencaminhado para o sistema público de saúde. Em
tese já que a família tem condição de fornecer tratamento particular. Em sua causa
a esquizofrenia foi causa para aplicar o art. 26 CP, não foi considerado culpado o
agente por ser inimputável.

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