Administração Estratégica
Administração Estratégica
Administração Estratégica
ESTRATÉGICA
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ISBN 978-65-5646-175-5
ISBN Digital 978-65-5646-176-2
1.Ferramentas estratégicas. – Brasil. II. Centro Universitário
Leonardo da Vinci.
CDD 650
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Fundamentos da Administração Estratégica............................. 7
CAPÍTULO 2
Análise das Condições Internas e
Ambientais da Organização......................................................... 49
CAPÍTULO 3
Ferramentas Estratégicas......................................................... 87
APRESENTAÇÃO
Caro pós-graduando! O mundo vem passando por muitas modificações nos
últimos anos, moldando novas formas de criar estratégias para as empresas. O
estudo relacionado às estratégias é muito importante justamente por ser capaz de
conseguir direcionar uma empresa rumo ao sucesso.
Ao final da leitura deste material e dos seus estudos, você estará apto a se
aventurar pelo mundo da estratégia empresarial, sendo capaz de compreender
melhor as ferramentas que podem e devem ser utilizadas pelas organizações,
sempre em busca da vantagem competitiva no mercado empresarial.
Desejamos a você, bons estudos!
Saber:
Desenvolver a compreensão sobre os conceitos e abordagens da Administração
Estratégica e sobre o processo de formulação e implementação das Estratégias.
Fazer:
Criar capacidade analítica de reconhecimento das estratégias de uma organização.
Desenvolver a capacidade de avaliação e medição das ações de uma organização
com Vantagem Competitiva no mercado.
Administração estratégica
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O mundo passa por diversas alterações em seu ambiente nos mais diversos
âmbitos, desde o ambiental até o tecnológico, e evolui com rapidez. As organiza-
ções no mundo atual também mudaram, exigindo cada vez mais atenção de seus
gestores para que boas práticas estratégicas sejam adotadas.
Para que seja mais fácil de entender o que você aprenderá em nossos es-
tudos, sugerimos que você solte a imaginação com o exemplo a seguir. Imagine
que você é um empreendedor e quer migrar a sua empresa física para o mercado
eletrônico. Hoje, você possui uma loja com um estoque grande de bijuterias, para
que possa atender ao seu público. No entanto, você gostaria de comercializar
suas lindas peças para fora da cidade onde atua. Como fazer?
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Administração estratégica
FIGURA 1 – MACROAMBIENTE
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
O ponto principal é perceber que a empresa não tem como alterar os com-
ponentes do macroambiente. Por exemplo, nenhuma empresa pode alterar a taxa
de inflação ou o índice de desemprego, mas estes a afetarão, pois com maior de-
semprego ou inflação alta, há a tendência de as vendas reduzirem.
2 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO
ESTRATÉGICA
É preciso entender
A palavra estratégia vem sendo usada largamente nos últimos o que é estratégia.
anos e é considerada um clímax na atividade profissional. A utilização Seu conceito
da estratégia pode ser entendida como um jogo de xadrez. O sucesso corresponde a
nesse jogo depende do planejamento dos passos que serão tomados planos de ação
com vistas ao
contra o adversário. Para obter bons resultados é relevante monitorar
atingimento de
o que está acontecendo conforme as jogadas avançam e saber recuar objetivos pré-
quando necessário. determinados
Para iniciar nossa discussão, é preciso entender o que é estratégia. Seu con-
ceito corresponde a planos de ação com vistas ao atingimento de objetivos pré-
-determinados (BARNEY; HESTERLY, 2017).
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Administração estratégica
A empresa possui uma situação atual e quer “chegar a algum lugar”. Essa
trajetória será realizada por uma estratégia bem montada e organizada. Assim, “a
estratégia de uma empresa consiste nas iniciativas e abordagens desenvolvidas
pela administração para atrair clientes e agradá-los, conduzir as operações, pro-
mover o crescimento dos negócios e atingir os objetivos de desempenho” (GAMB-
LE; THOMPSON, 2012, p. 2).
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
como a competição no setor pode evoluir e como ela deve ser explorada para
melhorar os lucros da organização (BARNEY; HESTERLY, 2017).
As estratégias
De acordo com Henderson (1989), a estratégia é a busca delibe-
podem resolver
rada de um plano de ação que desenvolverá vantagem competitiva na grandes questões
empresa, em que seus concorrentes mais acirrados são aqueles que por um tempo,
possuem atitudes iguais as suas, isto é, a vantagem competitiva é capaz enquanto os
de diferenciar as organizações. planejadores
se ocupam de
detalhes, como
Para os autores Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010), as estratégias voltar-se para os
podem resolver grandes questões por um tempo, enquanto os planejado- clientes e melhorar
res se ocupam de detalhes, como voltar-se para os clientes e melhorar o o atendimento ao
invés de pensar nos
atendimento ao invés de pensar nos tipos de mercados que são melhores tipos de mercados
ou piores. Entretanto, sua simplificação pode causar distorções na realida- que são melhores
de, levando a uma cegueira nas organizações. ou piores.
Atividades De Estudo:
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Administração estratégica
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Você pode aprender um pouco mais sobre cada uma delas a partir de agora.
A escola do design possui origem nos anos 1960 e serve como base para a
criação das outras escolas prescritivas, representando o ponto de mais influência
no processo de formulação da estratégia, que é vista como um processo de con-
cepção ou deliberativo (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2010).
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Administração estratégica
PREMISSAS
A formulação da estratégia deve ser um processo deliberado de pensamento consciente, sendo
uma aptidão adquirida e não natural ou intuitiva.
A responsabilidade pelo controle e pela percepção são do executivo principal: o estrategista,
focando as decisões na alta administração.
A formulação de estratégia deve ser simples e informal.
As estratégias devem ser únicas para situações específicas.
O processo de design é finalizado quando as estratégias se mostram formuladas.
Estratégias devem ser explícitas.
As estratégias só podem ser implementadas após todas as premissas anteriores terem sido feitas.
FONTE: Adaptado de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010)
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
PREMISSAS
As estratégias devem resultar de um processo controlado e consciente de planejamento formal,
decomposto em etapas distintas, cada uma delineada por checklists e apoiada por técnicas.
A responsabilidade por todo processo está, em princípio, com o executivo principal; na prática, a
responsabilidade pela execução está com os planejadores.
As estratégias surgem prontas deste processo, devendo ser explicitadas para que possam ser
implementadas por meio da atenção detalhada a objetivos, orçamentos, programas e planos
operacionais de vários tipos.
FONTE: Adaptado de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010)
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Administração estratégica
Imagine a empresa de bijuterias que você possui. Com o uso das premissas
dessa escola, você poderia desenvolver o Planejamento e Controle da Produção
(PCP), avaliando a produção de peças da empresa e ainda entendendo os pontos
de melhorias a serem realizados.
Porém, existem algumas contribuições para as empresas que podem ser reti-
radas dos ensinamentos dessa escola. Os planejadores possuem o papel de atu-
ar “fora da caixa”, estimulando novas estratégias para as organizações
A escola do (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2010).
posicionamento foi
influenciada por
ideias econômicas A escola do posicionamento foi influenciada por ideias econômi-
nos anos 1980 e cas nos anos 1980 e tentou enfatizar a importância das próprias estra-
tentou enfatizar a tégias, não apenas a elaboração destas. A partir dessa escola foi pos-
importância das
sível estudar e prescrever as estratégias específicas das organizações
próprias estratégias,
não apenas a e, ainda, os contextos ideais para cada uma. Posteriormente, seu nome
elaboração destas. adotado foi “Administração Estratégica” (MINTZBERG; AHLSTRAND;
LAMPEL, 2010).
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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Administração estratégica
A escola recebeu críticas, tais como o fato de ser focada no econômico, não
levando em consideração o fator político e social. Por possuir um processo de es-
tratégias deliberado, o processo pode ficar comprometido, prejudicando também
a criatividade de novas estratégias e o engajamento das pessoas (MINTZBERG;
AHLSTRAND; LAMPEL, 2010).
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
PREMISSAS
A estratégia existe na mente do líder como perspectiva e visão de futuro.
O processo de formação da estratégia é intuitivo e semiconsciente, decorrente das experiências
e vivências do líder.
O líder promove uma visão forte e decidida, mantendo controle pessoal da implementação, refor-
çando aspectos específicos necessários.
A visão estratégica é maleável, e a estratégia empreendedora tende a ser deliberada e emergente.
A organização também é maleável, de estrutura simples sensível às diretivas do líder.
Tendência para assumir a forma de nicho no mercado.
FONTE: Adaptado de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010)
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Administração estratégica
Essa escola amplia o entendimento que um gestor precisa ter do seu negócio.
Na empresa de bijuterias, o gestor precisa, então, diante de crises em que os con-
sumidores param de consumir, utilizar o seu conhecimento consciente e inconscien-
te sobre o ambiente e o seu negócio, buscando estratégias de sobrevivência.
Essa escola possui uma separação: a positivista, que trata a estratégia como
reprodução do mundo; e a subjetivista, que entende a estratégia como interpre-
tação do mundo. Assim como as outras escolas, a escola cognitiva possui as se-
guintes premissas:
PREMISSAS
A formulação de estratégia é um processo cognitivo que ocorre na mente do estrategista.
As estratégias emergem como perspectivas – na forma de conceitos, mapas e esquemas – quem
moldam a maneira como as pessoas lidam com informações vindas do ambiente.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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Administração estratégica
PREMISSAS
A natureza complexa e imprevisível do ambiente da organização impede o controle deliberado.
Embora o líder também deva aprender, em geral é o sistema coletivo que aprende.
O aprendizado procede de forma emergente por meio do comportamento que estimula o pensa-
mento retrospectivo para que se possa compreender a ação.
A liderança não deve preconceber estratégias deliberadas, gerenciando o processo de aprendiza-
do estratégico para que novas estratégias possam emergir.
As estratégias aparecem como padrões do passado; depois como planos para o futuro e, por fim,
como perspectivas para guiar o comportamento geral.
FONTE: Adaptado de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010)
Seu principal objetivo era elaborar uma estratégia a partir da situação política
e do exercício do poder, focando em tendências emergentes para responder às
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Poder pode ser definido como um processo de influência além do meio econô-
mico, como descrito na escola de posicionamento. A partir daqui, são focalizados o
poder político em busca de influência para conseguir arranjos, coalizões, alianças e
obtenção de vantagem competitiva (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2010).
• Poder micro: que lida com jogo de política e persuasão, barganha ou até
mesmo confronto direto).
• Poder macro: que faz uso do poder pela organização, negociando estra-
tégias coletivas de interesses, através de parcerias e exercendo poder
sobre os outros.
PREMISSAS
A formulação da estratégia é moldada por poder e política, seja como um processo dentro da
organização ou como o comportamento da própria organização em seu ambiente externo.
As estratégias que podem resultar desse processo tendem a ser emergentes e assumem mais a
forma de posições e meios de iludir do que de perspectivas.
O poder micro vê a formulação de estratégia como a interação, por meio de persuasão e barganha.
O poder macro vê a organização como promovendo seu próprio bem-estar por controle ou coope-
ração com outras organizações.
FONTE: Adaptado de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010)
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Administração estratégica
formulação de estratégia envolve poder, mas não somente isso. A escola de poder
pode causar desperdícios e distorção, caso sejam desprezadas a liderança e a
cultura (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2010).
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
A escola cultural peca pela falta de clareza conceitual, levando a uma dificulda-
de de criação de novas estratégias, principalmente quando dependem de aceitação
cultural e consenso de expectativas (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2010).
PREMISSAS
O ambiente é o agente central no processo de geração de estratégia.
Durante seu período formativo, a organização molda-se em resposta ao ambiente, mas depois se
torna cada vez mais incapaz de reagir a ele.
Os membros da organização podem descrever apenas parcialmente as crenças que sustentam
sua cultura.
A sobrevivência da organização no longo prazo depende das escolhas iniciais feitas durante o
período de formulação.
No decorrer do tempo, a liderança torna-se cada vez menos capaz de influenciar o desempenho e
a capacidade de sobrevivência da organização.
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Administração estratégica
PREMISSAS
Na maior parte das vezes, uma organização pode ser descrita em termos de algum tipo de confi-
guração estável de suas características.
Esses períodos de estabilidade são ocasionalmente interrompidos por algum processo de trans-
formação.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
O ambiente muda a todo instante e com o passar dos anos você começa a
observar que o consumo de suas bijuterias não está mais tão alto. A partir desse
momento, você pode modificar a estrutura de sua empresa e passar a produzir
outro produto, como por exemplo, bolsas e sapatos.
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Administração estratégica
Podem ser consideradas como uma estratégia deliberada aquelas que pos-
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Por último pode-se dizer que estratégia é um truque, uma ‘manobra’ para
enganar seu concorrente.
Atividades De Estudo:
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Administração estratégica
A primeira delas, a clássica, é a mais antiga e conta com os métodos mais influen-
tes, se referindo, por exemplo, ao objetivo principal de uma organização, que é gerar
lucro, sendo o planejamento uma ferramenta de obtê-la (WHITTINGTON, 2002).
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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Administração estratégica
Atividades De Estudo:
De acordo com Sobral e Peci (2013), mesmo com a melhor estratégia possível,
a empresa pode enfrentar problemas, não sendo traduzida em bons resultados. Para
que tudo ocorra como o planejado, “os gestores devem acompanhar a execução do
plano estratégico, direcionando os recursos da organização para o alcance dos objeti-
vos estratégicos previamente estabelecidos” (SOBRAL; PECI, 2013, p. 211).
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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Administração estratégica
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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Administração estratégica
É interessante pensar que essa estratégia precisa estar muito clara para os
clientes, fornecedores, funcionários e demais participantes da empresa. De acor-
do com Cavusgil, Knight e Riesenberger (2010), essa internacionalização deve
contribuir para:
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
4 CRIAÇÃO E MENSURAÇÃO DE
VANTAGEM COMPETITIVA
Uma boa estratégia leva à organização a uma vantagem competitiva no mercado.
“Uma empresa obtém vantagem competitiva sustentável quando um atraente número
de compradores tem preferência permanente sobre seus bens e serviços em relação
àqueles oferecidos por seus concorrentes” (GAMBLE; THOMPSON, 2012, p. 3).
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Administração estratégica
A estratégia de uma empresa é definida como sua teoria de como obter van-
tagens competitivas. Diante disso, uma boa estratégia é aquela que gera tais van-
tagens.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Sendo assim, podemos afirmar que uma empresa tem vantagem competitiva
quando consegue gerar mais valor econômico do que as rivais.
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Administração estratégica
FONTE: A autora
FONTE: A autora
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Atividades de Estudo:
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Administração estratégica
A forte concorrência vivida nos dias atuais e o grande número de opções com
que o cliente se depara no mercado acarreta uma importância ainda maior para
a criação de valor final do produto ou serviço. Imagine perder o cliente, pois ele
acredita que outro produto, de outra marca, seria mais interessante para ele?
Atividades de Estudo:
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O ambiente onde as empresas estão inseridas atualmente está cada vez
mais competitivo, sendo assim, são necessárias diversas ações para conquistar
os clientes. Desse modo, é essencial que os gestores entendam todas as caracte-
rísticas existentes no ambiente que o cerca.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
A estratégia corresponde aos planos que serão adotados por uma empre-
sa, para que ela consiga atingir objetivos pré-estabelecidos em momento anterior.
Esse momento é de extrema importância, visto que é por meio dele que os ges-
tores conseguem entender mais sobre seu mercado consumidor, sobre a própria
empresa e sobre o produto ou serviço que comercializam.
Nesse momento é interessante que o gestor saiba que nem sempre será
possível se manter em vantagem em relação aos concorrentes. Você poderá es-
tar em paridade ou, até mesmo, em desvantagem competitiva. No entanto, todas
essas situações podem ser revertidas por meio da adoção de novas e corretas
estratégias, que devem ser coerentes com o que a empresa deseja.
Diante de tudo o que fora estudado até aqui, você já pode perceber que a es-
tratégia é capaz de apresentar o caminho que a empresa irá trilhar em seu futuro.
Para tanto, a estratégia deve ser bem pensada, com uma boa definição de seus
processos estratégicos e colocando todos os funcionários em uma participação
mútua dentro das empresas.
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Administração estratégica
É essencial que você entenda que o gerenciamento de uma marca tem como
pontapé inicial uma boa estratégia. Ela deve ser pensada de forma detalhada e
sempre buscando o correto atendimento às necessidades de seus consumidores.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, A. R. Planejamento estratégico: formulação, implementação e
controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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Administração estratégica
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C APÍTULO 2
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E
AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:
Saber:
Conhecer e discutir os vários ambientes organizacionais e os fundamentos de
estratégia organizacional, no sentido de entender as relações causais existentes,
assim como conhecer, visualizar e entender o caráter sistêmico das organizações.
Fazer:
Desenvolver a capacidade para realizar uma análise interna e externa do negócio,
fazendo uma avaliação estrutural e obtendo uma análise crítica e visão sistêmica
do negócio.
Administração estratégica
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O estudo da estratégia é muito importante para que as empresas consigam
se manter competitivas no mercado em que atuam. Para isso, seus gestores de-
vem dominar a arte da gestão estratégica, priorizando a utilização de ferramentas
que visem a uma melhor definição e melhorias no negócio.
Por outro lado, as cinco forças de Porter permitem que seja possível uma
compreensão das principais tensões que podem ocorrer ao redor da empresa.
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Administração estratégica
“Para uma empresa que busque vantagem competitiva, uma ameaça ambiental
é qualquer indivíduo, grupo ou organização fora da empresa que almeje diminuir
seu nível de desempenho” (BARNEY; HESTERLY, 2017, p. 31).
2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL
O ambiente organizacional é composto pelo microambiente e pelo macro-
ambiente. O microambiente, ou ambiente interno, é composto pelos participantes
imediatos envolvidos na produção, na distribuição e na promoção da oferta.
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
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Administração estratégica
O ponto principal é perceber que a empresa não tem como alterar os com-
ponentes do macroambiente. Por exemplo, nenhuma empresa pode alterar a taxa
de inflação ou o índice de desemprego, mas estes a afetarão, pois com maior de-
semprego ou inflação alta há a tendência de as vendas reduzirem.
Atividades de Estudo:
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
A forte concorrência vivida nos dias atuais e o grande número de opções com
que o cliente se depara no mercado acarreta uma importância ainda maior para
a criação de valor final do produto ou serviço. Imagine perder o cliente, pois ele
acredita que outro produto, de outra marca, seria mais interessante para ele?
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Administração estratégica
a empresa oferece, quem são seus clientes e que valores importantes possui”
(PETER; CERTO, 2005, p. 49). A missão organizacional é ampla e deve refletir os
resultados da análise do ambiente, que será explicada no próximo tópico.
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
• Mercado de atuação.
• Produto e/ou serviço oferecido.
• Área de atuação.
• Tecnologia utilizada ou fornecida.
• Sustentabilidade.
• Preocupação com a imagem pública.
• Produto/Serviço: energia.
• Área/Mercado de atuação: mercado de energia.
• Sustentabilidade: recursos empregados no tempo e nos ativos
certos.
• Preocupação com a imagem pública: assegurar a prosperidade
de forma ética, segura e competitiva.
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Administração estratégica
A visão concebe uma declaração do que a empresa deseja ser, isto é, onde a
empresa quer estar no futuro, refletindo suas aspirações. “É o conjunto de convic-
ções e compreensões para onde deve seguir a organização, e como serão tratados
os recursos materiais e humanos nessa trajetória” (SOBRAL; PECI, 2013, p. 201).
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
• Inovação.
• Liderança.
• Responsabilidade.
• Integridade.
• Paixão.
• Qualidade.
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Administração estratégica
Atividades de Estudo:
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
Por fim, a função que faz o elo com as demais é o controle. Com ele, preten-
de-se assegurar que as ações dos membros da organização permitam o alcance
dos objetivos. Ademais, monitora o desempenho dos trabalhadores, corrigindo os
desvios verificados (SOBRAL; PECI, 2013).
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Administração estratégica
Por fim, o nível operacional é o mais baixo na hierarquia, sendo de sua res-
ponsabilidade a organização do trabalho dos membros executores da empresa.
Os planos são documentos que indicam como os objetivos devem ser al-
cançados, descrevendo os recursos e as ações necessários para esse fim. Seus
principais componentes são:
• Objetivos.
• Meios de realização.
• Meios de controle.
Os meios de controle são informações para avaliar até que ponto os obje-
tivos estão sendo atingidos e se os cursos de ação escolhidos são apropriados
(SOBRAL; PECI, 2013).
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
“Os sistemas decisórios estão sendo repensados e revisados para que per-
maneça a sua atualidade. A governança é um organismo vivo que evolui, se alar-
ga a tudo; essa revisão é própria, pois a sociedade vem evoluindo e gradualmente
incorpora as suas demandas” (SILVA, 2016, p. 412).
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Administração estratégica
A centralização significa que a autoridade, para decidir sobre algo, está con-
centrada no topo da organização, enfatizando, assim, a cadeia de comando (SO-
BRAL; PECI, 2013).
Atividades de Estudo:
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
As decisões podem ser ágeis, visto que serão tomadas por pessoas que pos-
suem responsabilidade para tal ação. Ademais, motivam seus funcionários, an-
gariando maior participação, já que ao perceber que suas ideias são valorizadas,
desejarão fazer parte da ação.
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Administração estratégica
presa consiste em uma síntese de análises executadas para projetar, produzir, co-
mercializar, entregar e dar suporte ao produto” (KOTLER; KELLER, 2018, p. 38).
Dessa forma, pode-se afirmar que cada empresa possui a sua his-
tória, as suas estratégias, seus sucessos e implementação, sendo uma
fonte de vantagem competitiva (BARNEY; HESTERLY, 2017).
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
Nesse meio, Porter (1989) nos introduz o conceito de cadeia de valor, capaz
de fornecer uma forma sistemática para examinar todas as atividades executadas
por uma empresa, analisando ainda o modo como interagem para que se con-
quiste uma vantagem competitiva.
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Administração estratégica
1) margem;
2) atividades de valor.
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
Ter um escopo amplo pode permitir que uma empresa explore os benefícios
da execução interna de um maior número de atividades. Pode ainda permitir que
a empresa explore inter-relações entre as cadeias de valores que atendam aos
diferentes segmentos, áreas geográficas ou indústrias afins (PORTER, 1989).
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
FONTE: A autora
Por definição, para Barney e Hesterly (2017), os recursos são ativos tangí-
veis e intangíveis controlados pela empresa e que podem ser usados para criar
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Administração estratégica
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
Atividades de Estudo:
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Administração estratégica
Uma das forças que Porter nos apresenta corresponde à ameaça de novos
entrantes. Essa parte do modelo é um importante condicionante da rentabilidade
da indústria em virtude do aumento da rivalidade que ela pode provocar. A força
da ameaça depende das barreiras à entrada (economias de escala, diferenciação
de produtos, exigências de capital, dificuldade de acesso aos canais de distribui-
ção, política regulatória governamental).
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
Atividades de Estudo:
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Administração estratégica
De acordo com Kotler e Keller (2012, p. 336), “um segmento não é atraente se
já possui concorrentes poderosos, agressivos ou numerosos”. A qualidade e o pre-
ço são constantemente observados pelos consumidores, além de serem aspectos
fundamentais para uma organização se manter competitiva nesse mercado.
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O enorme fluxo de informações que circundam as organizações nos dias de
hoje traz para o gestor a necessidade de buscar dados corretos. A necessidade
de obter um fluxo de informações constantes, para que seja possível desenvolver
planejamentos bem feitos, é essencial para uma boa tomada de decisão.
Para que seja possível fazer uma análise interna, foi apresentada neste capí-
tulo a cadeia de valor, onde a empresa consegue entender os elos mais importan-
83
Administração estratégica
tes do seu negócio. Recapitulando, a cadeia de valor é composta por duas partes:
as atividades primárias e as atividades de apoio.
REFERÊNCIAS
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem
competitiva. 5. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2017.
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Capítulo 2 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES INTERNAS E AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO
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Administração estratégica
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C APÍTULO 3
FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:
Saber:
Desenvolver a capacidade de reconhecimento das metodologias de implantação
das estratégias estratégicas da Matriz SWOT, integração vertical e diversificação.
Fazer:
Ampliar o entendimento acerca de inovação, relacionamento interno, flex-
ibilidade, criatividade, análise de riscos e controle, oferecendo ao aluno a
capacidade de avaliar quando cada ferramenta deve ser utilizada.
Administração estratégica
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O ambiente empresarial está cada vez mais concorrido, exigindo que os ges-
tores estejam preparados para enfrentar os desafios diários em prol da sobrevi-
vência dos negócios.
Cada vez mais a exigência que parte dos clientes é maior, demandando es-
tratégias inovadoras das empresas. No entanto, ter um produto sensacional não
é uma garantia de sucesso no mercado consumidor. Para que a empresa consiga
conquistar de fato o seu cliente, é essencial garantir que todo o fluxo entre empre-
sa e consumidor funcionem de forma excelente.
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Administração estratégica
2 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
O estudo da estratégia é muito importante para o crescimento das organiza-
ções atuais, principalmente diante das evoluções constantes que a globalização
impõe ao mercado.
2.1 IDENTIFICAÇÃO DE
OPORTUNIDADES
A identificação de oportunidades é de suma importância para a sobrevivência de
uma empresa em um mercado tão competitivo como o atual. As oportunidades geral-
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
mente são únicas, tendo em vista que o gestor pode ficar vários anos sem observar
e aproveitar uma oportunidade de desenvolver um novo produto, ou ganhar um novo
mercado, ou ainda estabelecer uma parceria que o diferencie dos concorrentes.
A ideia de forma isolada não possui valor, a menos que seja transformada em
algo viável, com vistas a atender a um público-alvo que faça parte de um nicho de
mercado mal explorado. Esse tipo de atuação corresponde a conseguir detectar
uma oportunidade. Diversos fatores estão envolvidos quando falamos em oportu-
nidades, tais como:
● conhecimento do ramo;
● conhecimento do mercado;
● diferenciais competitivos.
● exportação;
● acordos comerciais;
● licenciamento;
● alianças estratégicas internacionais;
● joint venture (sociedade compartilhada);
● parcerias empresariais.
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Administração estratégica
3 MATRIZ SWOT
“O ambiente é tudo aquilo que influencia o desempenho da empresa sendo
que ela pouco ou nada pode fazer para mudá-lo, assim a organização deve tomar
as medidas para enfrentar este futuro” (OLIVEIRA; CASSIMIRO, 2004, p. 6).
Os autores Peter e Certo (2005) defendem que a análise deve ser conceitual
e ligada às atividades do planejamento, deve ter o apoio da alta administração e
efetuada por pessoas com competência. Dessa maneira, existem grandes chan-
ces de a análise ser bem-sucedida.
Para Tavares (2000 apud TOSCANI; STEINER NETO, 2007, p. 8), “o macro-
ambiente é formado por diversas variáveis ou forças incontroláveis que formatam
as ameaças e oportunidades da organização”. Entre essas forças, podemos citar
a economia, tecnologia, demografia, cultura, política e a natureza.
92
Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
Já em seu ambiente interno, no caso dos pontos fortes, para Peter e Certo (2005):
A empresa possui uma situação atual e quer “chegar a algum lugar”. Essa
trajetória será realizada por uma estratégia bem montada e organizada. Assim, “a
estratégia de uma empresa consiste nas iniciativas e abordagens desenvolvidas
pela administração para atrair clientes e agradá-los, conduzir as operações, pro-
mover o crescimento dos negócios e atingir os objetivos de desempenho” (GAMB-
LE; THOMPSON, 2012, p. 2).
Para que seja possível fazê-lo, o gestor pode utilizar uma estratégia bem
conhecida no ambiente empresarial: a análise SWOT, uma matriz que é muito uti-
lizada por diversos estudiosos e gestores. Aqui no Brasil, ela recebeu uma tradu-
ção, com vistas a facilitar o nosso entendimento, sendo chamada de Matriz FOFA.
93
Administração estratégica
Para que seja eficiente e eficaz, sua análise deve ser dinâmica e contínua,
visto que as empresas passam por evoluções e apresentam, de maneira contí-
nua, novas oportunidades (SOBRAL; PECI, 2013).
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
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Administração estratégica
É importante que você entenda que essas variáveis atuarão de forma distinta
para cada empresa, ou seja, o que pode ser uma ameaça para uma organização
pode se tornar oportunidade para outra.
Por meio da análise externa, o gestor consegue entender melhor quais são
as oportunidades que o ambiente oferece para a empresa, bem como as princi-
pais ameaças que a empresa pode vir a sofrer. Na análise do ambiente externo, é
importante entender que a empresa apenas sofre suas consequências, não sendo
variáveis possíveis de serem controladas (LACOMBE; HEILBORN, 2015).
Atividades de Estudo:
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
4 INTEGRAÇÃO VERTICAL
A integração vertical é um modelo utilizado pelas organizações para auxiliar
a condução do produto ou serviço até o seu consumidor. Por isso, é importante
que você saiba quais são os canais e quais as suas características, bem como
sua importância.
Você já deve ter observado que a competição entre as empresas está cada
vez mais acirrada e por isso, elas precisam se destacar para que conquistem seus
consumidores. Para chegar até o consumidor final, as organizações utilizam os
canais de marketing, tentando fazer sempre a melhor entrega possível.
Imagine que você está na sua casa estudando e quer tomar um café. Levan-
ta-se da cadeira, vai à cozinha de sua casa, pega o pó e um pouco de água e faz
o café na sua cafeteira. De onde veio esse pó? De quem veio a embalagem que
o abriga?
Essa distribuição dos bens e serviços envolve entregar aos clientes o produ-
to requerido, da forma mais eficiente e eficaz possível, na hora desejada e onde
ele quer, a fim de criar valor para o cliente (CHURCHILL; PETER, 2012).
97
Administração estratégica
Sendo assim, podemos definir os canais como “uma rede (sistema) organiza-
da de órgãos e instituições que executam todas as funções necessárias para ligar
os produtores aos usuários finais, a fim de realizar a tarefa de marketing” (CHUR-
CHILL; PETER, 2012, p. 377).
Como, na maior parte das vezes, várias empresas fazem parte desse proces-
so, a tarefa fica cada vez mais complexa, sendo necessária uma excelente gestão
por parte dos responsáveis.
Os canais possuem relação com diversos outros sistemas, tais como am-
biente político, social, cultural, a estratégia e até mesmo a hierarquia adotada na
organização. Você pode ver, na figura a seguir, uma pirâmide demonstrativa sobre
o assunto.
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
É importante que você saiba que quando falamos em canal, estamos falando
de todas as etapas que compreendem a venda também. Observe o esquema da
figura a seguir para aprender mais.
FONTE: A autora
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
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Administração estratégica
Atividades de Estudo:
5 DIVERSIFICAÇÃO CORPORATIVA
Uma empresa implementa uma estratégia de diversificação corporativa quan-
do opera em múltiplos setores ou mercados simultaneamente.
A diversificação pode ser classificada da seguinte forma, com base nos auto-
res Barney e Hesterly (2017):
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
Atividades de Estudo:
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Administração estratégica
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
É interessante pensar que essa estratégia precisa estar muito clara para os
clientes, fornecedores, funcionários e demais participantes da empresa. De acor-
do com Cavusgil, Knight e Riesenberger (2010), essa internacionalização deve
contribuir para:
Ainda segundo Porter (1989), em seu livro A vantagem competitiva das na-
ções, os grupos surgem e têm seu início de forma natural, na maior parte dos
casos. No Vale do Silício, por exemplo, o governo exerceu pouquíssima influência
para sua formação.
O termo rede, segundo Balestrin e Vargas (2004), não é novo e pode apre-
sentar vários significados de acordo com o contexto onde é aplicado. Em seu arti-
go, os autores contam a história da palavra e nos dizem que, por exemplo, ela era
107
Administração estratégica
usada nos primórdios, como uma pequena armadilha para capturar pássaros. Já
no século XIX, adquiriu um significado mais abstrato, “denominando todo o con-
junto de pontos com mútua comunicação” (BALESTRIN; VARGAS, 2004, p. 3).
“No campo de estudos das ciências sociais, o termo rede designa um conjun-
to de pessoas ou organizações interligadas direta ou indiretamente” (MARCON;
MOINET, 2000 apud BALESTRIN; VARGAS, 2004).
Por conta disso, podemos dizer que o conceito de rede é bastante abstrato
e tem sido aplicado para caracterizar um conjunto de fluxos, recursos e informa-
ções, entre um conjunto de nós, por exemplo, indivíduos, grupos, organizações e
sistemas de informações (BALESTRIN; VARGAS, 2004).
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
O tema redes de empresas têm sido bastante discutido nos últimos tempos.
Os autores Oliver e Ebers (1998 apud BALESTRIN; VARGAS, 2004) realizaram
uma pesquisa e constataram que, no período de 1980 a 1996, havia um total de
158 artigos sobre o assunto.
Para Nohria e Eccles (1992 apud BALESTRIN; VARGAS, 2004) existem três
razões para o aumento do interesse no tema:
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
Em cada um dos pontos dos quadrantes poderá ser encontrado um tipo parti-
cular de configuração de rede, que serão apresentados a seguir.
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
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Administração estratégica
Por último, os autores citam o poder de decisão, onde as redes podem ser or-
bitais e não orbitais. As orbitais são caracterizadas por possuir hierarquia de poder
e a não orbital é uma rede onde todos os participantes têm a mesma capacidade de
decisão (HOFFMAN; MOLINA-MORALES; MARTÍNEZ-FERNANDEZ, 2004).
A questão interessante sobre esse tema é a que foi levantada por Hoffmann,
Molina-Morales e Martínez-Fernandez (2004) em seus estudos: as redes são es-
truturas capazes de buscar uma vantagem competitiva, mas nem todas as em-
presas se associam. Isso ocorre devido a várias motivações: complexidade de
produtos, a troca de conhecimento, aprendizagem organizacional e disseminação
da informação; demanda por rapidez de resposta; confiança e cooperação; e de-
fesa contra a incerteza.
Para finalizar, devem ser citados também os custos importantes que as em-
presas têm que assumir ao formar redes de empresas (HOFFMAN; MOLINA-MO-
RALES; MARTÍNEZ-FERNANDEZ, 2004):
1- Restrições organizacionais, visto que cada nova aliança exige atenção ge-
rencial nos estágios de planejamento, busca por parceiros e negociação.
2- Limites estratégicos: quanto mais alianças formadas por um determinado
negócio ou país, menor a probabilidade de existência de parceiros dispo-
níveis para novos negócios.
3- Dependência é inerente em redes e as empresas aliadas perdem parte
de seu controle.
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Capítulo 3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
Em uma aliança estratégica, como mostra Lewis (1992 apud SÁ; SILVA,
2004, p. 1), “as empresas cooperam em nome de suas necessidades mútuas e
compartilham dos riscos para alcançar um objetivo comum”.
Segundo Hamel e Doz (1999 apud SÁ; SILVA, 2004), uma aliança pode ser
definida como uma associação, de curta ou longa duração, entre duas ou mais
empresas com interesses comuns, que cooperam em função de uma necessida-
de mútua e compartilham habilidades e riscos para atingir um fim comum.
Para Lacombe e Heilborn (2003 apud SÁ; SILVA, 2004, p. 507), “a aliança
estratégica é uma associação com uma estratégia de negócios, que dá forma e
estrutura à aliança. Possui uma visão que orienta sua gestão e evolução e conta
com uma infraestrutura interna que a sustenta”. Percebe-se que nesse conceito
há um maior pragmatismo quanto à forma de como fazer alianças estratégicas.
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Administração estratégica
Aaker (2001 apud SÁ; SILVA, 2004, p. 263) define a aliança estratégica como
“uma colaboração que potencializa as forças de duas ou mais organizações para que
alcancem metas estratégicas”. Explica que nessas associações o que está em ques-
tão é um compromisso de longo prazo, não se tratando simplesmente de um recurso
tático para gerar uma solução de curto prazo para um determinado problema.
Kanter (1994 apud SÁ; SILVA, 2004) mostra que as alianças estratégicas
empresariais são sistemas vivos de colaboração e criação conjunta de um novo
valor que se desenvolvem contínua e progressivamente, não sendo controlados
por sistemas formais, porém demandando uma densa rede de conexões interpes-
soais e uma eficiente infraestrutura interna nas empresas.
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FRANQUIAS
JOINT-VENTURE
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FUSÕES E AQUISIÇÕES
Uma empresa faz uma aquisição quando compra uma segunda empresa. Por
outro lado, quando os ativos das duas empresas com tamanho semelhante são
combinados, essa transação é chamada de fusão (BARNEY; HESTERLY, 2007).
HOLDING
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Ao final de seu trabalho, Silva Júnior (2002, p. 10) constata que “se por um
lado a aliança trouxe benefícios para as empresas envolvidas, por outro, trouxe
vulnerabilidades, demarcada pela forte interdependência entre as partes”. Segun-
do o mesmo autor, diversas abordagens teóricas defendem dificuldade no geren-
ciamento das complexidades geradas pela combinação de recursos das duas
empresas, maiores riscos financeiros e organizacionais, maior risco de se tornar
dependente de um parceiro, perda da autonomia de decisão e perda da flexibilida-
de organizacional. Todas essas características foram observadas em seu estudo.
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Para finalizar, segundo Kaplan e Norton (1997, p. 21), “o que não é medido
não é gerenciado”, sendo assim, para sobreviverem no mundo atual, cheio de
incertezas ambientais, os gestores devem lançar mão de sistemas de gestão ca-
pazes de medir e predizer ações futuras.
6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final dos estudos da disciplina de Administração Estratégica e
a partir de agora você pode perceber como os estudos relacionados ao tema são
importantes para que as organizações consigam obter vantagem competitiva.
O aumento da concorrência tanto local quanto global faz com que as orga-
nizações precisem se dedicar cada vez mais aos estudos sobre o mercado onde
estão inseridas.
REFERÊNCIAS
ANEFALOS, L. C.; GRAÇA, C. T.; SOBRAL, M. C. Novo paradigma brasileiro
no setor de bebidas: o caso AMBEV. In: ENCONTRO NACIONAL DOS
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CHURCHILL JR., G.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. São
Paulo: Saraiva, 2012.
COBRA, M.; URDAN, A. T. Marketing básico. 5. ed. São Paulo: Altas, 2017.
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