Assistência de Enfermagem Na Sala de Recuperação Pós Anestésica: Uma Revisão Da Literatura

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS

ANESTÉSICA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

NURSING ASSISTANCE IN THE ANESTHETIC POST RECOVERY ROOM: A


REVIEW OF THE LITERATURE

Cristiane Martins Portes1


Danilo Bispo2
Lilian Donizete Pimenta Nogueira3

RESUMO

Este artigo aborda o tema cuidados de enfermagem na sala de recuperação pós-


anestésica – SRPA. Foi desenvolvido com os objetivos de verificar as evidências
científicas acerca dos cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico na sala de
recuperação pós-anestésica e, descrever as principais complicações apresentadas
pelos pacientes na SRPA, bem como, as características da assistência de
enfermagem neste contexto. O método adotado para desenvolvimento deste estudo
foi a Revisão Integrativa da Literatura. Por sua vez, a questão norteadora da pesquisa
foi: Quais as recomendações disponíveis na literatura sobre a assistência de
enfermagem na sala de recuperação pós anestésica - SRPA? Para alcance dos
objetivos foi realizada busca junto às bases de dados LILACS e BDENF, que resultou
num total de 59 publicações. Deste total, 09 atendiam aos critérios de inclusão pré-
estabelecidos. Os resultados obtidos demonstram que as complicações mais
frequentes na SRPA são a dor, a hipotermia, hipoxemia, náuseas e vômitos. Concluiu-
se que: a assistência de enfermagem na SRPA requer o adequado monitoramento do

1Graduada em Enfermagem no Centro Universitário UNIFAFIBE, Bebedouro - SP. E-mail:


[email protected]
2Graduado em Enfermagem no Centro Universitário UNIFAFIBE, Bebedouro -SP. E-mail:

[email protected]
3Professora Mestre do Curso de Enfermagem do Centro Universitário UNIFAFIBE, Bebedouro -SP. E-

mail: [email protected]

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Revista Enfermagem em Evidência, Bebedouro SP, 3 (1): 172-189, 2019.
paciente, para prevenção das complicações pós cirúrgicas, e, quando necessário a
adoção de estratégias que minimizem os agravos decorrentes destas complicações.
Palavras-chave: Complicações pós-operatórias. Período de recuperação da
anestesia. Enfermagem em pós-anestésico. Cuidados de enfermagem.

ABSTRACT

This article addresses the topic of nursing care in the post-anesthetic recovery room –
PACU. It was developed with the purpose of verifying the scientific evidence about the
nursing care to the surgical patient in the post-anesthetic recovery room and to
describe the main complications presented by the patients in the PACU, as well as the
characteristics of the nursing care in this context. The method adopted for the
development of this study was the Integrative Review of Literature. In turn, the guiding
question of the research was: What recommendations are available in the literature
about nursing care in the post anesthetic recovery room - PACU? To reach the
objectives, a search was carried out with the LILACS and BDENF databases, which
resulted in a total of 59 publications. Of this total, only 09 met the pre-established
inclusion criteria. The results obtained demonstrate that the most frequent
complications in PACU are pain, hypothermia, hypoxemia, nausea and vomiting. It was
concluded that: nursing care in PACU requires adequate monitoring of the patient, to
prevent postoperative complications, and, when necessary, the adoption of strategies
that minimize the complications resulting from these complications.
Keywords: Postoperative complications. Period of anesthesia recovery. Nursing in post
anesthetic. Nursing care.

1 INTRODUÇÃO

Este estudo discorre sobre o tema “Cuidados de enfermagem na sala de


recuperação pós-anestésica - SRPA” e visa entre outros aspectos promover uma
reflexão sobre atuação da equipe de enfermagem no pós-operatório imediato.
De acordo com a Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico,
Recuperação Anestésica e Central de Material e Esterilização – SOBECC (2013) a
SRPA tem como finalidade ser um lugar que tenha condições de receber um paciente
173
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em pós-operatório imediato.
Os processos de trabalho nessa unidade se diferenciam em comparação a
outras, em virtude da alta rotatividade e da necessidade de rapidez no momento de
tomar a decisão, diante de uma possível complicação pós-operatória (LIMA; RABELO,
2013).
De acordo com Basso e Picoli (2004) a sala de recuperação pós-anestésica é
um local de grande importância no contexto hospitalar, pois nela concentram-se os
pacientes em estado crítico, que acabaram de passar por um procedimento cirúrgico
e receber drogas anestésicas, exigindo vigilância constante da equipe médica e de
enfermagem.
A maior incidência de complicações anestésicas ou pós-operatórias imediatas
acontecem neste período, sendo que as mais frequentes são as respiratórias e
circulatórias. Assim, faz-se necessária a assistência voltada para a individualidade de
cada paciente, desde a admissão até a alta da unidade (BASSO; PICOLI, 2004).
Reforçando a afirmação acima, Moraes e Peniche (2003) argumentam que o
período de recuperação pós-anestésica caracteriza-se por alterações fisiológicas que
são, basicamente, inconsciência e depressão cardiorrespiratória no paciente que
recebeu anestesia geral, e ausência de sensações e tonos simpático naquele que
recebeu anestesia regional. Neste período o paciente é considerado crítico, razão pela
qual deve existir a assistência de enfermagem documentada, o que garantirá
segurança e cuidados específicos que, se implementados podem impedir a ocorrência
de complicações ou então, podem revertê-las, quando estas se instalam.
Portanto, visando maior compreensão sobre a atuação do enfermeiro neste
contexto optou-se pela realização deste estudo.
Estudos sobre este tema são relevantes, pois, como afirma a Associação
Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Central de
Material e Esterilização – SOBECC (2013) é nas primeiras horas após a anestesia
que os pacientes apresentam as principais complicações.
É neste período que o paciente pode apresentar inconsciência, depressão
cardiorrespiratória, ausência de sensação e tono simpático, náuseas e vômitos, algias,
alterações neurológicas e renais, diminuição da temperatura corporal, soluços e
distensão abdominal. Diante dessas alterações fisiológicas, é necessária uma
observação contínua e de cuidados específicos, oferecidos, principalmente, pela
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equipe de enfermagem (SOBECC, 2013).
A relevância científica e social deste estudo está no fato do mesmo contribuir
para com a qualidade da assistência ao paciente, reunido informações que possam
contribuir para a redução dos riscos relacionados à segurança do paciente.
O mesmo vai de encontro também, ao preconizado pela campanha da
Organização Mundial da Saúde “Cirurgia Segura Salva Vidas” que visa melhorar a
segurança da assistência cirúrgica no mundo por meio da definição de um conjunto
central de padrões de segurança que possam ser aplicados em todos os países e
cenários partindo do pressuposto de que, embora as taxas de mortalidade e as
complicações pós-cirurgias sejam variadas e apresentem diferentes causas, muitos
desses eventos podem ser evitados (WHO, 2009).
Somam-se as afirmações acima, o fato de poucos estudos tratarem desta
temática. Pretende-se, portanto, reunir informações que possam respaldar o
planejamento da assistência de enfermagem neste contexto.

1.1 O Centro Cirúrgico

O centro cirúrgico - CC é uma unidade da instituição hospitalar designado para


atender os clientes em situações eletivas ou em urgência e emergência, e requer
profissionais qualificados e devidamente treinados.
Esta unidade apresenta uma estrutura complexa, de acesso restrito, com
normas e rotinas próprias, constituindo-se em uma unidade hospitalar com
características bastante específicas, onde concentram-se recursos humanos e
materiais necessários aos procedimentos anestésico-cirúrgicos, terapêuticos e
diagnósticos (GUIDO et al; 2008).
De acordo com a literatura, inserido no contexto hospitalar o Centro Cirúrgico
tem por finalidade: Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o paciente a
unidade de origem, na melhor condição possível de integridade; Servir de campo de
estágio para a formação e o aprimoramento de recursos humanos; Desenvolver
programas e projetos de pesquisa, voltados especialmente para o desenvolvimento
científico e tecnológico de ponta, Constituir-se em unidade de referência entre os
setores existentes dentro da instituição hospitalar (GHELLERE, 1993).
Trata-se de um ambiente diferenciado, onde a dinâmica de trabalho é
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desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, capacitada e preparada, para que
estejam aptos a enfrentar as exigências impostas pelo ambiente, possibilitando mais
segurança e o bem-estar do paciente (STUMM et al., 2006).
Nesta perspectiva, as equipes de médico e enfermeiros devem lidar com vários
aspectos pertinentes à competência técnica, ao relacionamento e aos recursos
materiais, além da interação com o paciente e sua família (SOBECC 2013).
Em resumo, o centro cirúrgico caracteriza-se como um local fechado à
visitação, à livre circulação e à especulação visual, restrito aos profissionais que nele
atuam, com estrutura física planejada para a inacessibilidade e a invisibilidade de
dentro para fora e vice-versa. De acordo com a RDC nº 50, o CC é uma unidade para
o desenvolvimento de procedimentos anestésico-cirúrgicos, assim como a
recuperação dos mesmos, devendo ser de acesso restrito e com ambientes de apoio
dentro do próprio setor. Em sua estrutura, os corredores, salas cirúrgicas, sala de
recuperação anestésica e central de material fazem parte da caracterização deste
ambiente, devendo ter suas áreas físicas definidas, atendendo à Resolução específica
(BRASIL, 2002).
Entre as unidades que compõem o Centro Cirúrgico, tomamos como objeto de
estudo a Sala de Recuperação Pós Anestésica.

1.2 Funções e características da SPRA

A Sala de Recuperação Pós-Anestésica é o local destinado ao atendimento


intensivo do paciente, no período que vai desde sua saída da sala de operação até a
recuperação da consciência, eliminação de anestésicos e estabilização dos sinais
vitais (ALEXANDRE, 2008).
É o local destinado a receber pacientes em pós-operatório imediato submetidos
às anestesias geral e/ou locorregional, onde são implementados cuidados intensivos,
até o momento em que o paciente esteja consciente, com reflexos protetores
presentes e com estabilidade de sinais vitais. Para tanto, são necessários recursos
técnicos e recursos humanos especializados que deem suporte para prevenção,
detecção e implementação precoce dos cuidados específicos (MIYAKE et al., 2002).
Em geral, estas unidades têm como objetivo a prevenção e detecção precoce

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das possíveis complicações pós-anestésicas e pós-cirúrgicas, a partir da assistência
de enfermagem especializada a pacientes submetidos a diferentes tipos de anestesias
e cirurgias, bem como, maior segurança ao paciente (ALEXANDRE, 2008).
Ressalta-se, que, para garantir que os pacientes pós cirúrgicos recebam um
atendimento adequado estas unidades devem apresentar os seguintes requisitos:
localização próxima ao centro cirúrgico, temperatura, ventilação e iluminação
adequadas, piso refratário à condutibilidade elétrica, facilidades de limpeza, suficiente
espaço, não devendo sua área ser inferior a 25 metros quadrados, os leitos devem
estar dispostos de tal forma que os pacientes possam ser vistos de qualquer ângulo
do recinto, portas amplas que permitam a entrada de aparelhos transportáveis como
Raio-X, aparelho de anestesia, aspiradores, fonte de oxigênio permanente, estantes
e armários amplos para depósito de medicamentos, materiais cirúrgicos e aparelhos
(PRADO et al., 1998).
Deve também, contar com recursos humanos, em especial, profissionais de
enfermagem com formação específica para atender aos cuidados intensivos ou semi-
intensivos (PRADO et al., 1998).
De acordo com o Ministério da Saúde (1994) a existência das SRPA no contexto
hospitalar vai de encontro a portaria MS/GM 1884/94 de 11.11.94, que revogou a
portaria MS 400/77 (D.O.U 15/12/77), estabelecendo a obrigatoriedade da SRPA para
receber no mínimo 2 pacientes simultaneamente em condições satisfatórias. Esta
portaria ressalta que sua capacidade operativa deve guardar relação com um
programa de trabalho determinado para a unidade.

1.3 Dimensionamento da equipe de enfermagem na SRPA

As reflexões acerca deste tema permitem-nos observar que o perfil dos


pacientes admitidos na SRPA influencia diretamente no grau de vigilância e cuidado
aos pacientes a ser dispensado pelos profissionais de saúde neste contexto (LIMA,
2010).
Val (2012) ressalta que na SRPA a equipe de trabalho é composta por uma
equipe multiprofissional por anestesiologistas, enfermeiro, técnico e auxiliar de
enfermagem, cada qual desenvolvendo suas funções de acordo com suas
competências.
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Em relação à assistência prestada na SRPA, Lima et al., (2010) explica que
esta, consiste em promover uma vigilância constante dos pacientes, a fim, de evitar a
ocorrência de complicações, garantindo assim, a segurança e reabilitação do
paciente.
Nesta perspectiva, a enfermagem atua diretamente na assistência ao paciente
à beira do leito, sendo esta iniciada na admissão do paciente na unidade até sua
transferência da SRPA.
Lima et al., (2010) comentam que os pacientes em unidade de recuperação
pós-anestésica apresentam elevado grau de dependência da equipe de enfermagem
em função da necessidade de monitorização dos parâmetros vitais a cada 15 minutos
na primeira hora, monitorização hemodinâmica invasiva, restrição ao leito, devido ao
despertar anestésico, administração de medicamentos e procedimentos de higiene e
conforto.
Devido às diferentes atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem
neste contexto, bem como, a complexidade da assistência prestada a estes pacientes,
faz-se necessário o correto dimensionamento da equipe de trabalho.
De acordo com as práticas recomendadas pela SOBECC o dimensionamento
da equipe de enfermagem na SRPA deve ser realizado em função das características
do paciente, assim, quando o paciente depende de respirador, deve-se ter um
enfermeiro para cada três ou quatro pacientes e um técnico de enfermagem para cada
três pacientes, já, nos casos em que o paciente não depender deste equipamento
recomenda-se a presença de um enfermeiro e um técnico de enfermagem para cada
oito leitos (SOBECC, 2013).
Em relação à carga de trabalho deste profissional, Lima e Rabelo (2013)
destacam que esta sofre influência do tempo de permanência do paciente na unidade
e do porte cirúrgico, podendo chegar a uma média de 45,6minutos a cada hora de
permanência na unidade.

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Verificar as evidências científicas acerca dos cuidados de enfermagem ao
paciente cirúrgico na sala de recuperação pós-anestésica.

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2.2 Objetivos Específicos
Descrever as principais complicações apresentadas pelos pacientes na SRPA,
bem como, as características da assistência de enfermagem neste contexto.

3 METODOLOGIA

3.1 Classificação da pesquisa

O método adotado para desenvolvimento deste estudo foi a Revisão Integrativa


da Literatura. De acordo com Mendes, Silva e Galvão (2008) estudos de revisão
Integrativa tem o objetivo de reunir e resumir resultados de pesquisas sobre um
determinado tema em questão, fazendo com que os leitores obtenham conhecimentos
mais aprofundados acerca do assunto tratado, contribuindo também para o
desenvolvimento da teoria, permitindo aplicabilidade direta na conduta prática.
Para capturar as informações na literatura, utilizou-se a seguinte questão
norteadora: Quais as recomendações disponíveis na literatura sobre a assistência de
enfermagem na sala de recuperação pós-anestésica - SRPA?

3.2 Critérios de inclusão e exclusão

Foram incluídos no estudo artigos publicados no período de (2008 – 2018), em


língua portuguesa, indexados nas bases de dados LILACS – Literatura Latino-
americana e do Caribe em Ciências da Saúde e BDENF – Base de Dados em
Enfermagem a partir do acesso a BVS – Biblioteca Virtual em Saúde, que abordavam
o tema em estudo.
Os critérios de exclusão foram: artigos que não apresentam o texto completo e
de acesso restrito; em duplicidade na base de dados; cartas ao editor e editoriais;
publicados em outros idiomas que não fossem a língua portuguesa.

3.3 Definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados

Os descritores utilizados para realização das buscas nas bases de dados


foram: complicações pós-operatórias, período de recuperação da anestesia, sala de
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recuperação, enfermagem em pós-anestésico e cuidados de enfermagem.
A estratégia de busca para pesquisa foi: (Complicações pós-operatória OR
Período de recuperação da anestesia OR Sala de recuperação AND Enfermagem em
pós-anestésico OR cuidados de enfermagem).

3.4 Categorização dos estudos selecionados

O objetivo nesta etapa é organizar e sumarizar as informações de maneira


concisa, formando um banco de dados de fácil acesso e manejo. Para tanto foi
elaborado um quadro contendo as seguintes informações: número do artigo, autor,
título, ano de publicação, objetivos e conclusões.

3.5 Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa

As publicações encontradas junto às bases de dados foram submetidas a uma


leitura analítica a fim de se identificar quais os artigos que correspondiam aos critérios
pré-estabelecidos neste estudo.
Posteriormente foi realizada a análise e extração das informações relevantes
dos artigos selecionados.
.
3.6 Interpretação e apresentação da revisão e síntese do conhecimento

A partir da análise das publicações identificaram-se duas categorias de


assunto, a saber: “Complicações em sala de recuperação pós-anestésica” e,
“Assistência de enfermagem ao paciente na sala de recuperação pós-anestésica”.
Uma vez, identificada estas categorias os artigos selecionados para compor a revisão
integrativa foram agrupados por categoria de acordo com o conteúdo abordado.
Após análise das características dos artigos, procedeu-se a descrição das
informações consideradas relevantes sobre a temática investigada neste estudo.

4 RESULTADOS

A busca na BVS – Biblioteca Virtual em Saúde resultou na recuperação de 59


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artigos. A este total foram aplicados os critérios de inclusão pré-estabelecidos no
estudo, restando apenas 09 artigos para compor a discussão do trabalho.
Do total de artigos selecionados 22% foram publicados no ano de 2018,
seguidos de 22% no ano de 2016. Os outros 56% foram distribuídos nos anos de
2009, 2010, 2014 e 2018 respectivamente. Não foram encontradas publicações
referentes aos anos de 2008, 2011, 2012 e 2013, como demonstra o gráfico abaixo.

Gráfico 1 - Percentual de artigos por ano de publicação

60% 56%

50%

40%

30%
22% 22%
20%

10%

0%
2016 2017 2009, 2010, 2014, 2018

Ressalta-se, que o número reduzido de publicações sobre o tema reforça ainda


mais a importância de estudos desta natureza.
Em relação aos veículos de publicação, observou-se que 44% dos artigos
foram publicados na Revista SOBECC, sendo os outros 56% distribuídos na Revista
de Enfermagem da UFSM, Revista Fundamental Care Online, Revista de
Enfermagem da UFPI, Revista da Escola de Enfermagem da USP, Revista da Dor e a
Revista de Enfermagem UFPE – Online o que equivale a um artigo por revista.
As características do estudo foram descritas no quadro 1.

Quadro 1 - Características dos artigos incluídos no estudo

Artigos Autor / Titulo/ Ano Objetivos do estudo Conclusões

A1 CAMPOS, M.B.A. et al. Analisar a produção do Esta revisão demonstrou que há


Complicações na sala conhecimento sobre as necessidade de estudos com
de recuperação pós complicações pós-operatórias evidências científicas
anestésica: uma e as intervenções de sobre a temática e maior enfoque nas
revisão integrativa. enfermagem na Sala de intervenções de enfermagem (Nursing
2018 Recuperação

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Pós-Anestésica (SRPA). Intervention Classification), diante das
complicações pós-operatórias.
A2 DILL, M.C.P. et al. Descrever as percepções de Os profissionais percebem a
Percepções acerca de profissionais de enfermagem necessidade de estabelecer critérios de
um instrumento para acerca de um instrumento avaliação para a alta da Sala de
avaliação e alta da para avaliação e alta da Sala Recuperação Pós-anestésica de forma
Sala recuperação pós- de Recuperação Pós- documentada.
anestésica. 2018 anestésica.
A3 BONETTI, A.E.B. Descrever os cuidados de Os profissionais
Assistência da equipe enfermagem e os fatores que percebem que são necessários
de enfermagem ao influenciam a cuidados rotineiros no contributo à
paciente em sala de assistência segura ao paciente segurança do paciente e
recuperação pós em sala de recuperação pós- identificam fatores de melhoria e
anestésica. 2017 anestésica. promoção do cuidado.
A4 OLIVEIRA, E.F.V., Descrever a atuação do Além da provisão e do gerenciamento
SILVA JUNIOR, F.J.G. enfermeiro frente às principais de recursos, cabe ao profissional
Atuação do enfermeiro complicações na sala de Enfermeiro identificar as complicações
frente às complicações recuperação pós-anestésica, dos pacientes na SRPA, a fim de
na sala de recuperação com base na literatura implementar ações que evitem ou
pós anestésica. 2016. científica. minimizem as complicações do
paciente durante o processo cirúrgico,
a intervenção de enfermagem deve ter
como enfoque principal a segurança do
paciente.
A5 SILVA, H.V.C., Descrever os diagnósticos de O conhecimento sobre diagnósticos de
SOUZA, V.P., SILVA, enfermagem em uma sala de enfermagem mais frequentes contribui
P.C.V. Sistematização recuperação pós-anestésica para uma melhor aplicabilidade do
da assistência de (SRPA) e propor os resultados processo de enfermagem
enfermagem e intervenções para os cinco
perioperatória em uma diagnósticos mais frequentes.
unidade de
recuperação pós
anestésica. 2016
A6 NASCIMENTO, Analisar complicações em O controle e o monitoramento das
P.D.F.S., BREDES, idosos na Sala de complicações apresentadas são
A.C., DE MATTIA, A.L. Recuperação Pós-Anestésica atividades fundamentais da equipe de
Complicações em (SRPA). Enfermagem na prevenção do
idosos em sala de agravamento do estado de saúde do
recuperação pós paciente idoso no período de
anestésica recuperação anestésica (RA).
(SRPA).2015
A7 NUNES, F.C., MATOS, Analisar as complicações do Diante dos resultados evidenciados,
S.S., DE MATTIA, S.L. paciente em período de compete ao Enfermeiro a
Análise das recuperação anestésica. implementação de medidas
complicações em eficazes na prevenção e no controle
pacientes no período das complicações do paciente no
de recuperação período de recuperação anestésica
anestésica. 2014.
A8 ROCHA, L.S., Buscar publicações na Há poucos estudos científicos que
MORAES, M.W. literatura nacional que abordam assistência de enfermagem
Assistência de abordassem o tema as- no controle da dor na SRPA,
enfermagem no sistência de enfermagem no evidenciando a necessidade de um
controle da dor na sala controle da dor na SRPA e número maior de publicações sobre o
de recuperação pós- descrever os estudos tema, por enfermeiros
anestésica. 2010 identificados sobre o tema
definido.
A 09 POPOV, D.C.S., Identificar complicações As complicações prevalentes foram dor
PENICHE, A.C.G. As prevalentes em sala de e hipotermia
intervenções do recuperação pós anestésica.
enfermeiro e as
complicações em sala
de recuperação
anestésica. 2009

Fonte: Elaboração própria.


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4.1 Complicações em sala de recuperação pós anestésica

Os autores que tratam do tema relatam que a ocorrência de complicações na


SRPA pode estar relacionada a diferentes fatores, entre estes, as condições clínicas
pré-operatórias, a extensão e tipo de cirurgia, às complicações cirúrgicas ou
anestésicas e a eficácia do tratamento (OLIVEIRA, SILVA JUNIOR, 2016; CAMPOS,
2018).
Oliveira e Silva Junior (2016) destacam também que por se tratar de fatores
característicos dos pacientes o reconhecimento destes é possível por meio da
adequada avaliação pré-anestésica. Por sua vez, as complicações provenientes dos
fatores extrínsecos, ou seja, relacionados ao ambiente, podem ser evitados, por meio
de treinamentos e programas de capacitação, melhoria nas rotinas e processos e
inspeção periódica de aparelhos e equipamentos.
Trata-se, portanto de eventos comuns durante o atendimento na SRPA e, por
isso, é importante que os enfermeiros que atuam neste contexto conheçam as
principais complicações apresentadas pelos pacientes a fim de que tenham
conhecimento e habilidades necessárias para a prestação do cuidado de forma
adequada (ROCHA, MORAES, 2010).
De acordo com Oliveira e Silva Junior (2016) as complicações mais frequentes
na SRPA são, a dor relacionado ao sistema sensorial e a hipotermia relacionado ao
sistema termorregulador, náuseas e vômitos relacionados ao sistema digestório e a
hipoxemia relacionado ao sistema respiratório.
Em estudo de revisão elaborado por Campos et al., (2018) onde foram
analisados 30 artigos os autores identificaram que as complicações mais comuns
entre os pacientes admitidos na SRPA foram a dor, náuseas e vômitos, hipotermia,
retenção urinária e hipertensão.
Resultados semelhantes foram evidenciados por Popov e Peniche (2009) em
estudo retrospectivo onde foram avaliados 400 prontuários de pacientes submetidos
à cirurgia de médio e grande porte que permaneceram na SRPA por um período
superior à uma hora.
De acordo com os autores a dor (sistema sensorial) foi manifestada por 54%
dos pacientes e a hipotermia (sistema termorregulador) por 43%. Foram constatados
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também a ocorrência de náuseas e vômitos (sistema digestório), hipoxemia (sistema
respiratório).
Também, com o objetivo de analisar as complicações do paciente em período
de recuperação anestésica, Nunes, Matos e De Mattia (2014) desenvolveram uma
pesquisa de campo com a participação de 42 adultos submetidos à cirurgia eletiva e
evidenciaram que as complicações apresentadas pelos mesmos, em período de
recuperação anestésica, foram hipotensão e hipertensão arterial, bradicardia e
taquicardia, bradipneia, hipotermia, alteração na respiração, hipoxemia, alteração do
nível de consciência, náusea, vômito e dor. Sendo as mais frequentes a hipotermia
(33,6 pacientes), a dor (19,0 pacientes) e a hipoxemia (16,0 pacientes).
Em outro estudo a avaliação das complicações foi feita com a participação de
50 idosos com idade maior ou igual há 60 anos submetidos a cirurgia eletiva. Nestes
pacientes, a hipotermia foi à complicação com maior frequência, seguida de
hipoxemia, delirium e alteração do nível de consciência, principalmente na faixa etária
de 60 a 69 anos. Dor, náusea e vômito não apresentaram valores expressivos
(NASCIMENTO, BREDES, DE MATTIA, 2015).
Os autores salientam que os resultados obtidos diferem-se em alguns aspectos
dos outros estudos em função das mudanças relacionadas à senescência e
comorbidades apresentadas pelos idosos aumentando assim o risco de complicações
associadas ao ato cirúrgico.

4.2 Assistência de enfermagem ao paciente na sala de recuperação pós


anestésica

De acordo com a literatura a assistência de enfermagem ao paciente pós


cirúrgico durante sua permanência na SRPA é de fundamental importância devendo o
planejamento das condutas assistenciais ter como objetivo a prevenção e tratamento
das complicações decorrentes do ato anestésico cirúrgico (OLIVEIRA, SILVA JUNIOR,
2016).
Este cuidado se faz necessário, pois no período pós-operatório o paciente
encontra-se fragilizado e vulnerável a várias complicações.
Nesta perspectiva, no momento da admissão do paciente o enfermeiro deve
solicitar informações sobre o diagnóstico médico e o tipo de cirurgia realizada,
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histórico médico e de alergias, idade, condições gerais do paciente, situação das vias
aéreas e sinais vitais, anestésicos utilizados na cirurgia, ocorrência de complicações
em sala cirúrgica, líquidos administrados, perda sanguínea, presença de drenos e
cateteres (DILL et al., 2018).
Entre as atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem neste contexto,
destacam-se a monitorização do pulso, eletrocardiograma, frequência respiratória,
pressão arterial e saturação de oxigênio do paciente a cada 15 minutos na primeira
hora e a cada 30 minutos a partir da segunda hora.
Compete ainda ao enfermeiro identificar as complicações dos pacientes na
SRPA, a fim de, implementar ações que evitem ou minimizem as complicações do
paciente durante o processo cirúrgico. O enfermeiro e sua equipe devem ter em mente
que são os responsáveis pelo paciente durante todo o período cirúrgico, sendo assim,
o planejamento da assistência deve iniciar-se no pré-operatório, e contemplar o
transoperatório e todo o período pré-operatório (OLIVEIRA, SILVA JUNIOR, 2016)
Os mesmos autores argumentam que o cuidado de enfermagem neste contexto
deve ter como foco principal a garantia da segurança do paciente. Sendo necessário,
portanto uma demanda adequada de profissionais.
Conforme Dill et al., (2018) a segura recuperação do paciente na SRPA, requer
um cuidado de enfermagem pautado em conhecimento científico e habilidades
técnicas necessárias a adoção de medidas que resultem na prevenção das
complicações relacionadas ao anestésico e aos procedimentos cirúrgicos.
Para tanto, Campos et al., (2018) e Dill et al., (2018) destacam que os
profissionais devem avaliar e monitorar o débito urinário, reposição de líquidos, uso
de cateteres e drenos e a ferida operatória, a fim de identificar precocemente as
complicações e consequentemente reduzir as alterações do estado fisiológico,
administração de medicamentos, oxigenoterapia, observação, instalação de manta
térmica e monitoramento dos sinais vitais.
Dill et al., (2018) destacam ainda ser necessária a presença do enfermeiro em
tempo integral na SRPA, auxiliando no processo de trabalho, e a implantação de um
instrumento para a avaliação e alta de forma individualizada específica e
documentada.
Já Silva, Souza e Silva (2016) evidenciaram em seu estudo que a assistência
de enfermagem na SRPA deve ser realizada utilizando-se da Sistematização da
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Revista Enfermagem em Evidência, Bebedouro SP, 3 (1): 172-189, 2019.
Assistência de Enfermagem – SAE, pois, este possibilita a identificação das
intervenções de enfermagem individualizadas conforme a necessidade de assistência
para o paciente, contribuindo para o cuidar de forma holística.
Em relação aos cuidados de enfermagem no controle das principais
complicações apresentadas pelos pacientes na SRPA a análise das publicações
permitiu-nos constatar que:
O controle da hipotermia é fundamental para evitar a ocorrência de outras
complicações, tais como: aumento da morbidade cardíaca, arritmias, elevação das
catecolaminas, alterações hormonais, coagulopatias, aumento da infecção de sítio
cirúrgico, e, o prolongamento da recuperação do paciente. Devendo as medidas
preventivas da hipotermia serem planejadas e implementadas pelo enfermeiro ainda
no pré-operatório e prolongando-se até a alta do paciente da SRPA (NUNES,
MATTOS, MATTIA, 2014).
A dor é umas das complicações mais comuns na SRPA e deve ser tratada
imediatamente, pois pode acarretar desconforto, agitação, alterações hemodinâmicas
e prolongamento da hospitalização. Seu tratamento exige que a equipe de
enfermagem utilize-se de uma adequada terapêutica que contemple o uso de
analgésicos e avaliação da dor (ROCHA, MORAES, 2010).
Conforme Nunes, Mattos e De Mattia (2014) a avaliação da dor pode ser feita
com o uso das escalas de avaliação que são: escala visual analógica, escala verbal,
escala numérica verbal, escala de expressão facial, escala de cores, avaliação
comportamental, fisiológica e a escala multidimensional. E, também, com o uso de
instrumentos auxiliares ao exame físico que possibilita a detecção de sinais e
sintomas referentes à dor aguda.
Já nos casos de hipoxemia o paciente pode apresentar depressão respiratória
pela ação residual de opióides e bloqueadores neuromusculares, pela perda de
reflexos vasoconstritores, pelo aumento de consumo de oxigênio e pelos tremores
musculares. Para prevenção desta complicação, as intervenções recomendadas são
a observação da permeabilidade das vias aéreas, a administração de oxigênio
umidificado e a colocação da oximetria de pulso (NUNES, MATTOS, DE MATTIA,
2014; BONETTI et al., 2018).
Os aspectos apresentados permitem-nos considerar a atuação do enfermeiro
na SPRA elemento fundamental para a recuperação e segurança do paciente,
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devendo este profissional acompanhar o paciente até que o mesmo recupere seu nível
de consciência, e estabilize os sinais vitais.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atendendo aos objetivos propostos, o desenvolvimento deste estudo permitiu-


nos evidenciar que embora de uma forma tímida existe uma preocupação entre os
profissionais da área de enfermagem em investigar as questões relacionadas aos
cuidados de enfermagem na SRPA, tendo como foco principal, a importância destes
para a segurança do paciente.
Entre as principais complicações apresentadas pelos pacientes neste contexto,
estão: a dor, a hipotermia, hipoxemia, náuseas e vômitos. Ressalta-se, porém, que as
ocorrências destas complicações podem ser divergentes dependendo das
características do paciente, do porte da cirurgia, da anestesia aplicada, bem como,
das condições ambientais.
Concluiu-se, que, a assistência de enfermagem na SRPA requer o adequado
monitoramento do paciente, para prevenção das complicações pós cirúrgicas, e,
quando necessário a adoção de estratégias que minimizem os agravos decorrentes
destas complicações. Para que isso seja possível os profissionais de enfermagem que
atuam neste contexto devem buscar o desenvolvimento técnico e científico por meio
dos programas de capacitação e treinamento em serviço.

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