Cuidados de Enfermagem No Pós-Operatório
Cuidados de Enfermagem No Pós-Operatório
Cuidados de Enfermagem No Pós-Operatório
Integrantes do grupo
Trabalho de carácter avaliativo do Módulo de
Fundamentos de Enfermagem, Ministrado no Instituto
Médio Politécnico Messalo, a ser avaliado pelos
formadores: Júnior Viera Adelino e João Marcelino
Mendes.
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Índice
Introdução...................................................................................................................................................1
4.2.1. A dor...............................................................................................................................................6
4.2.2. Sonolência.....................................................................................................................................8
Conclusão.................................................................................................................................................11
Referências Bibliográficas......................................................................................................................12
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Introdução
A qualidade nos serviços de saúde é um objectivo comum das instituições saúde que pretendem
garantir segurança aos usuários desse serviço. Assim, o trabalho em abordagem tem como tema
Cuidados de enfermagem no pós-operatório. Primeiramente, parte-se do pressuposto de que o
período pós-operatório abrange as primeiras 24 horas após a cirurgia e caracteriza-se por
alterações fisiológicas que são, basicamente, inconsciência e depressão cardiorrespiratória no
paciente que recebeu anestesia geral, e ausência de sensações e tono simpático naquele que
recebeu anestesia regional, necessitando de observação contínua e de cuidados específicos.
Para a realização do trabalho, o grupo traçou como objectivo geral, analisar os cuidados
realizados pela equipe de enfermagem no pós-operatório. A par deste objectivo geral, traçaram-se
os seguintes objectivos específicos: identificar os cuidados oferecidos pelo enfermeiro ao
paciente no pós-operatório; descrever o pós-operatório; e por ultimo, explicar os procedimentos
necessários para uma efetiva recuperação do paciente.
Vale referir que neste trabalho usou-se uma pesquisa bibliográfica, que consistiu no uso de
diferentes manuais bibliográficos, como o caso de teses, livros que abordam sobre a temática em
alusão, acima de tudo, analisando a veracidade do material consultado. Relativamente a sua
estrutura, o trabalho obedece a seguinte: a presente introdução, onde se faz uma breve
contextualização sobre o tema, o desenvolvimento, onde duma forma objectiva e clara, traz-se a
essência do trabalho; a conclusão e a sua respectiva referência bibliográfica, onde se apresenta a
lista geral dos autores citados no corpo do trabalho.
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1. Cuidados de enfermagem no pós-operatório
BOGOSSIAN (1995) ainda afirma que nesta fase, os objetivos do atendimento ao cliente são
identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos,
tais como dor, laringite pós- entubação traqueal, náuseas, vômitos, retenção urinária, e outros,
com a finalidade de restabelecer o seu equilíbrio.
Quanto ao acima exposto, o grupo percebe que nos cuidados pós-operatório, o enfermeiros deve
saber lidar com os pacientes que apresentam dor acalmando-os, avaliando a dor e medicando,
caso não seja observada melhora, o médico responsável deverá ser chamado. Deste modo, a
equipe de enfermagem que presta assistência ao paciente em pós-operatório deve estar atenta ao
nome da cirurgia, à anestesia recebida, o nível de consciência, às infusões venosas, ao aspecto do
curativo, à perfusão periférica, à expansibilidade torácica, à presença de cateteres, sondas e
drenos. O conhecimento do tipo de fratura de fêmur e sua causa são importantes para a escolha
do tratamento e manuseio do corpo, visando uma recuperação rápida e eficiente do paciente.
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de forma total, com o uso de instrumentos que proporcionem uma avaliação precisa e confiável
do estado do paciente, fornecendo uma base para os diagnósticos de enfermagem e intervenções.
Desta feita, face ao acima exposto, percebe-se que o enfermeiro que actua na assistência ao
cliente no pós-operatório deve possuir conhecimentos e habilidades altamente qualificadas para
atender pacientes advindos de diferentes cirurgias de complexidades variadas, que necessitam de
cuidados específicos e individualizados. Para isso, o profissional deve planear o cuidado com o
objetivo de recuperar o equilíbrio fisiológico do paciente, com o mínimo de complicações, a fim
de facilitar o andamento da assistência e oferecer qualidade no serviço prestado. Assim, no pós-
operatório, o paciente é considerado crítico, razão pela qual deve existir a assistência de
enfermagem sistematizada e documentada, o que garantirá segurança e cuidados específicos, que
se implementados são destinados às intervenções de prevenção e/ou tratamento de complicações
pós-operatórias.
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1.1. Tipos de pós-operatório
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3. Escalas utilizadas pela enfermagem no pós-operatório
Portanto, como defende ASCARI et al (2013), a enfermagem desenvolve suas atividades usando
o processo de enfermagem, e nesse sentido, a visita pré-operatória de enfermagem é caracterizada
como o início do processo e consiste em acompanhar o paciente desde a sua internação até a alta
pós-cirúrgica, devendo a enfermagem ficar atenta a todas as alterações que poderão surgir. Para
isso, o enfermeiro coleta informações a respeito do paciente e identifica suas necessidades, para
tornar a assistência de enfermagem individualizada e eficaz, a fim de proporcionar uma
recuperação segura e eficaz.
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4. Anormalidades e complicações do pós-operatório
É importante que a temperatura corporal seja controlada com maior frequência, bem como atentar
para a instalação de quadro convulsivo, principalmente em crianças. Como as alterações térmicas
levam a alterações nos sistemas cardiovascular e respiratório, recomenda-se que os sinais vitais
também recebam idêntica frequência de controlo – o qual possibilita a identificação precoce do
choque, que é a intercorrência mais grave, muitas vezes fatal. Assim, estes controles devem ser
realizados até que o cliente estabilize suas condições físicas.
No tocante à respiração, esta pode estar alterada por efeito do anestésico que deprime o sistema
nervoso ou por obstrução das vias aéreas devido à aspiração de vômitos ou secreções.
A cirurgia provoca no paciente um período de instabilidade orgânica que pode se manifestar pela
alteração de temperatura (hipertermia ou hipotermia). Na hipertermia, a equipe de enfermagem
pode retirar os cobertores, resfriar o ambiente, aplicar compressas frias nas regiões da fronte,
axilar e inguinal e medicar antitérmico, de acordo com a prescrição; na hipotermia, o cliente deve
ser agasalhado e sua temperatura monitorada.
DRAIN (1994) afirma que a dor é um diagnóstico muito comum no pós-operatório e pode
resultar da incisão e da manipulação de tecidos e órgãos. No pós-operatório a dor é mais
frequente nas cirurgias de grande porte das disciplinas torácicas, abdominais e ortopédicas.
Quando o paciente refere dor no pós-operatório imediato é importante não atribuir a dor
unicamente à incisão, mas tentar identificar as possíveis causas de dor.
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O autor acrescenta que a dor constitui um estado neurológico do cliente pode ser afetado pela
ação do anestésico, do ato cirúrgico ou de um posicionamento inadequado na mesa cirúrgica. Por
isso, a equipe de enfermagem deve observar o nível de consciência e as funções motoras e
sensitiva.
Quando o paciente apresentar quadro de confusão mental ou agitação, pesquisar se isto não está
sendo provocado pela dor que surge na medida em que a ação do anestésico vai sendo eliminada
pelo organismo. Confirmando-se a dor, medicá-lo conforme prescrição médica.
Para PHIPPS et al. (1994), além da incisão cirúrgica, a presença da dor pode estar relacionada a
estimulação das terminações nervosas por substâncias químicas utilizadas durante a cirurgia, a
isquemias causadas por interferência no suprimento de sangue para os tecidos, por pressão,
espasmo muscular ou edema.
Nesse sentido, vale destacar que a dor no paciente em pós-operatório imediato varia de acordo
com o seu nível de consciência. De igual modo, vale destacar que os pacientes em pós-operatório
apresentam como diagnósticos mais frequentes: risco para injúria, risco para infecção, senso-
percepção alterada, risco para aspiração, mobilidade física prejudicada, integridade tissular
prejudicada e hipotermia.
Portanto, vale destacar que a dor mais comum é a que ocorre na região alvo da cirurgia, a qual
diminui gradativamente com o passar do tempo. Por ser a dor uma experiência subjetiva e
pessoal, ou seja, só o cliente sabe identificá-la e avaliar sua intensidade, não devemos
menosprezá-la mas, sim, providenciar o medicamento prescrito para a analgesia de forma a não
permitir que se torne mais intensa. Muitas vezes, na prescrição médica há analgésicos que devem
ser administrados a intervalos regulares e sempre que necessário. Mesmo que o paciente não
relate dor intensa, a administração da medicação é importante para prevenir a sensação dolorosa
mais intensa e contínua.
4.2.2. Sonolência
A sonolência é uma característica muito frequente no paciente no pós-operatório. Assim, a
certificação do seu nível de consciência deve ser sempre verificada mediante alguns estímulos
(perguntas, estímulo tátil) e as alterações comunicadas o mais rapidamente possível, pois podem
indicar complicações graves – como, por exemplo, hemorragia interna.
Segundo GOMES (1994, p. 42) as mais frequentes são a infecção urinária e a retenção urinária
(bexigoma). A infecção urinária é geralmente causada por falhas na técnica de sondagem vesical
e refluxo da urina. Como sintomatologia o cliente apresenta hipertermia, disúria e alterações nas
características da urina.
Visando minimizar a ocorrência de infecção urinária, deve-se manter a higiene íntima adequada
do cliente, bem como obedecer à técnica asséptica quando da passagem da sonda e sempre
utilizar extensões, conectores e coletores esterilizados com sistema fechado de drenagem.
No caso de retenção urinária, a equipe de enfermagem deve eliminar suas prováveis causas:
medicando o cliente contra a dor, promovendo sua privacidade, mudando-lhe de posição (se não
houver contraindicação) e avaliando a presença de dobraduras e grumos nas extensões das sondas
e drenos nas proximidades da bexiga.
Se essas medidas não surtirem efeito, realizar higiene íntima com água morna, aquecer e relaxar o
abdome pela aplicação de calor local e realizar estimulação pelo ruído de uma torneira aberta
próxima ao leito. Caso o cliente não consiga urinar após tentados estes métodos, deve-se
comunicar tal fato à enfermeira e/ou médico, e discutir a possibilidade da passagem de uma
sonda de alívio.
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5. Os familiares, o paciente e a alta hospitalar
A alta é um momento importante para o paciente e seus familiares, pois significa sua volta ao
contexto social. É uma fase de transição que causa muita ansiedade e preocupação para todos os
envolvidos.
FLÓRIO (2001, p. 44) afirma que para minimizar esses sentimentos, faz-se importante a correta
orientação quanto aos cuidados a serem prestados e as formas de adaptá-los no domicílio; bem
como alertar o cliente sobre seu retorno ao serviço de saúde, para avaliação da evolução.
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
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