C01 - Obfep

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01.

De dentro de um carro, você nota elementos fixos na lateral da estrada, como o


guard rail, plantas e placas de sinalização, que passam muito rapidamente diante da sua
janela. Com isso, você consulta o velocímetro do veículo e lá encontra uma indicação
praticamente constante de 100 km/h. Diante disso, você não poderá concluir que:
a) O carro está em movimento a 100 km/h em relação à estrada.
b) A estrada está em movimento a 100 km/h em relação ao carro.
c) Se o guard rail passa rapidamente diante da sua janela, o carro passa rapidamente
diante do guard rail.
d) O carro em que você viaja está em movimento em relação a todos os demais carros
que trafegam nessa mesma rodovia.
e) O carro em que você viaja está em movimento em relação a um caminhão carregado
que viaja a sua frente, no mesmo sentido, a 60 km/ h.
Resolução: Os conceitos de movimento e repouso dependem do referencial adotado. No
referencial da estrada o guard rail, as plantas e as placas de sinalização estão em
repouso, o carro (e o você que está dentro do carro) e o caminhão (citado no item e)
estão em movimento, o carro a 100 km/h e o caminhão a 60 km/h. Já no referencial do
carro o guard rail, as plantas e as placas de sinalização estão em movimento a 100 km/h
, o caminhão também está em movimento, mas a 40 km /h . Além disso, o seu carro está
em movimento em relação a todos os outros carros da rodovia com velocidade diferente
da sua.
Alternativa d)
02. Francisco, trafegando em uma autoestrada (de pista dupla), passa pelo quilômetro 68
da via quando seu pai se lembra de que no quilômetro 94 há uma ótima parada, com
restaurante e abastecimento, só que na pista oposta, o que vai obrigar a realização de um
retorno no quilômetro 101. Desprezando-se o deslocamento do automóvel na alça de
retorno, pede-se determinar:
a) a variação de espaço do carro nessa autoestrada do quilômetro 68 até a parada no
restaurante/abastecimento;
b) a distância percorrida pelo veículo nesse percurso.
Resolução: A variação do espaço Δ S leva em consideração somente a posição final S
e inicial S0 de um corpo. É definida como a diferença entre a posição final e inicial.
Δ S=S−S 0

Já a distância percorrida D é a soma dos módulos das variações do espaço


independente do sentido da variação.
D=∑ |Δ Sida|+ ∑ |Δ S volta|

a) Para a variação do espaço, temos


Δ S=94 km−68 km=26 km
b) Para a distância percorrida é importante destacar que a ida foi do quilômetro 68 ao
quilômetro 101 e a volta foi do quilômetro 101 ao quilômetro 94
D=|101 km−68 km|+|94 km−101 km|
D=|33 km|+|−7 km|
D=33 km+7 km=40 km
06. A fotografia mostra um avião bombardeiro norte-americano B52 despejando
bombas sobre determinada cidade no Vietnã do Norte, em dezembro de 1972.

Durante essa operação, o avião bombardeiro sobrevoou, horizontalmente e com


velocidade vetorial constante, a região atacada, enquanto abandonava as bombas que, na
fotografia tirada de outro avião em repouso em relação ao bombardeiro, aparecem
alinhadas verticalmente sob ele, durante a queda. Desprezando a resistência do ar e a
atuação de forças horizontais sobre as bombas, é correto afirmar que:
a) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, cada bomba percorreu uma
trajetória parabólica diferente.
b) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, as bombas estavam em
movimento retilíneo acelerado.
c) no referencial do avião bombardeiro, a trajetória de cada bomba é representada por
um arco de parábola.
d) enquanto caíam, as bombas estavam todas em repouso, uma em relação às outras.
e) as bombas atingiram um mesmo ponto sobre a superfície da Terra, uma vez que
caíram verticalmente.
Resolução: A trajetória de um corpo depende do referencial adotado. No referencial do
avião as bombas realizam uma queda livre (ou seja, velocidades crescentes) e
descrevem trajetórias retilíneas. Já no referencial da Terra as bombas realizam um
lançamento horizontal, descrevem trajetórias parabólicas, partem com velocidade
puramente horizontal (igual à do avião) e estão sujeitas a aceleração da gravidade. Vale
ressaltar que as bombas atingem pontos diferentes na superfície da Terra, pois
descrevem parábolas diferentes (como cita o item a), já que, no referencial da Terra,
abandonam o avião quando este está em posições diferentes.
Alternativa a)
07. O helicóptero tem sido usado como solução de transporte rápido nas grandes
cidades. Só em São Paulo, estima-se em 400 o número de aeronaves disponíveis, que
cruzam o céu da metrópole diariamente transportando executivos, policiais, bombeiros,
pacientes que requerem tratamento de emergência, etc. Admita que um helicóptero de
resgate, depois de embarcar um rapaz vítima de um acidente de motocicleta, decole,
elevando-se na vertical com velocidade constante. Considere um ponto na extremidade
de uma das pás da hélice principal da aeronave, que é girada pelo motor em rotação
uniforme.
a) Qual a forma da trajetória desse ponto em relação a um referencial ligado ao
helicóptero?
b) Qual a forma da trajetória desse ponto em relação a um referencial fixo no solo?
Resolução: A trajetória depende do referencial adotado, logo
a) Num referencial ligado ao helicóptero um ponto da hélice descreve um movimento
circular, ou seja, trajetória circular.
b) No referencial fixo no solo teremos a composição de dois movimentos, o movimento
circular no referencial do helicóptero e uma translação vertical do helicóptero, logo a
trajetória resultante será uma hélice cilíndrica. Veja um exemplo na imagem a seguir
11. Os radares controladores de velocidade instalados em estradas e avenidas Brasil
afora colhem amostras da velocidade escalar instantânea dos veículos por meio de
uma incidência e reflexão praticamente instantâneas de ondas eletromagnéticas na faixa
das radiofrequências. Como os motoristas devem apresentar velocidade adequada não
apenas no momento da passagem diante do radar, mas, sim, durante todo o percurso,
estão em teste atualmente na cidade de São Paulo sistemas de radares detectores de
velocidade escalar média.

Em uma extensão monitorada de 2,5 km em que a velocidade escalar média máxima


permitida é de 60 km/h, qual o mínimo intervalo de tempo disponível ao percurso de um
veículo para que não seja caracterizada uma infração de trânsito registrada pelo sistema
de radares?
Resolução: Para percorrer a extensão monitorada no mínimo intervalo de tempo e não
ser caracterizada uma infração de trânsito, o veículo deve desenvolver a velocidade
escala média máxima permitida, ou seja, 60 km/h. Portanto, teremos
Δ S=v máx . Δ t mín

ΔS
Δ t mín =
v máx

2,5 km
Δ t mín=
60 km/h
2,5 h 1
Δ t mín = = h
60 24
Convertendo para minutos, teremos

Δ t mín =
1
24
h× (
60 min
1h )
Δ t mín =2,5 min
13. O GP Brasil de Fórmula 1 é uma prova de automobilismo que é realizada no
Autódromo de Interlagos, em São Paulo, circuito especial pela dificuldade suplementar
imposta aos pilotos que percorrem a pista no sentido anti-horário, o que impõe a todos
um esforço físico a mais. Devem-se destacar também o maior número de pontos de
ultrapassagem e o desnível de 58 m existente entre a Reta da Largada e a Reta Oposta, o
que garante uma dose extra de emoções. Admita que um determinado piloto, ao
completar uma volta no circuito com velocidade escalar média de 180 km/h, seja
informado pelo rádio de que deverá correr um pouco mais na volta seguinte, de modo
que a velocidade escalar média de seu carro, nessas duas voltas, seja de 200 km/h. Qual
deverá ser a velocidade escalar média a ser obtida na segunda volta para que a meta da
equipe seja atingida?
Resolução: Vamos inicialmente resolver este problema de forma literal para que
possamos utilizar a mesma ideia em problemas futuros.
O piloto irá percorrer a mesma distância de uma volta, aqui chamaremos de L, com
velocidades diferentes, a primeira volta com velocidade v1 e a segunda volta com
velocidade v 2 e desejamos calcular a velocidade média ao final das duas voltas. A
velocidade média final é
Δ Stotal Δ S 1 + Δ S2
v m= =
Δ t total Δ t 1 + Δ t 2

Onde Δ S 1 e Δ t 1 são, respectivamente, a distância percorrida na primeira volta e o


intervalo de tempo gasto na primeira volta. Da mesma forma, Δ S 2 e Δ t 2 são,
respectivamente, a distância percorrida na primeira volta e o intervalo de tempo gasto na
segunda volta. Note que Δ S 1=Δ S2=L , pois a distância das duas voltas é a mesma.
2L
v m=
Δt 1+ Δt 2

Os intervalos de tempo serão dados por, Δ t 1=L/ v1 e Δ t 2=L/ v 2. Logo,


2L
v m=
L L
+
v1 v2

2L
v m=
L
(
1 1
+
v1 v2 )
Simplificando os termos L, a velocidade média de um movimento onde é percorrido
distâncias iguais com velocidade diferentes é dado por
2
v m=
1 1
+
v1 v2

Vale ressaltar que v m é dado pela média harmônica das velocidades e que também
podemos estender para mais de duas distâncias. Generalizando, teremos
n n
v m= =
n
1 1 1
∑ v1 + + …+
v1 v2 vn
1 i

Agora vamos, de fato, a solução problema. A velocidade na primeira volta foi


v1 =180 km/h e ele deseja que a velocidade média ao final das duas voltas seja
v m=200 km /h, logo v 2 deve ser

2
200 km/h=
1 1
+
180 km/ h v2

200 km/h 200 km/h


+ =2
180 km/h v2

200 km/h 200


=2−
v2 180

200 km/h 360−200


=
v2 180

200 km/h 160


=
v2 180

180
v 2= ×200 km/h
160
v 2=225 km/h

Portanto, a velocidade escalar do piloto na segunda volta deve ser v 2=225 km/h.
15. O cérebro humano demora cerca de 0,50 segundo para responder a um estímulo. Por
exemplo, se um motorista decide parar o carro, levará no mínimo esse tempo de
resposta para acionar o freio. Determine a distância que um carro a 108 km/h percorre
durante o tempo de resposta do motorista e calcule a aceleração escalar média imposta
ao carro se a freada durar 5,0 segundos
Resolução: A distância é dada por
D=v . Δt
Portanto, devemos converter a unidade da velocidade de km /h para m/s .
km 1000m
v=108 =108
h 3600 s
108
v= m/s=30 m/ s
3,6
A distância percorrida durante o tempo de resposta do motorista é
D=v . Δt
m
D=30 . 0,5 s
s
D=15 m
OBS: Vale ressaltar que
m km
×3,6
s → h
m km
÷3,6
s ← h
E a aceleração escalar média imposta ao carro para frear completamente em 5,0 s é
Δv
a m=
Δt
v f −v i
a m=
5
0−30 −30
a m= =
5 5
2
a m=−6 m/ s
18. O movimento de uma partícula sobre uma trajetória orientada é descrito pelo gráfico
da velocidade escalar, v, em função do tempo, t, abaixo.
Pede-se:

a) classificar o movimento como progressivo ou retrógrado; acelerado, retardado ou


uniforme, respectivamente nos intervalos de 0 a t 1, de t 1 a t 2, de t 2 a t 3, de t 3 a t 4, de t 4 a
t 5 e de t 5 a t 6;

b) dizer em que instantes a partícula inverteu o sentido do seu movimento.


Resolução:
a) Se a velocidade escalar é positiva, o movimento é progressivo e, se a velocidade
escalar é negativa, o movimento é retrógrado. Se o módulo da velocidade escalar é
crescente, o movimento é acelerado e, se o módulo da velocidade escalar é decrescente,
o movimento é retardado. No caso de o módulo da velocidade escalar ser constante, o
movimento é uniforme.
Logo:
- De 0 a t 1: Movimento progressivo e acelerado.

- De t 1 a t 2: Movimento progressivo e uniforme.

- De t 2 a t 3: Movimento progressivo e retardado.

- De t 3 a t 4: Movimento retrógrado e acelerado.

- De t 4 a t 5: Movimento retrógrado e retardado.

- De t 5 a t 6: Movimento progressivo e acelerado.


b) A inversão do movimento ocorre quando a velocidade escalar se anula e muda de
sinal. Vemos isso nos instantes t 3 e t 5.
27. Com a finalidade de estudar o movimento de uma gota d’água (mais densa) através
do óleo de cozinha (menos denso), você preencheu uma proveta com capacidade pouco
maior que um litro com óleo de cozinha, como ilustra o esquema a seguir.

Em seguida, utilizando um conta-gotas, você pingou, no instante t 0=0 , uma gota d’água
com velocidade inicial praticamente nula sobre a superfície livre do óleo e observou sua
descida em trajetória vertical até o fundo da proveta. Por meio de um cronômetro e de
uma régua plástica transparente colada com fita adesiva no corpo do recipiente,
ignoradas as forças de resistência viscosa, você estimou que a função horária do espaço
para o movimento da gota deveria ser algo do tipo:

S=−10+0,1 t 2
com S medido em centímetros e t , em segundos. Com base nessas informações,
responda:
a) Em que instante a gota atingiu o nível do óleo marcado pela posição S=0?
b) Em que instante a gota atingiu o fundo da proveta marcado pela posição S=30 cm?
c) Qual a velocidade escalar média da gota entre os instantes t 1=12 s e t 2=15 s ?
Resolução:
a) Basta substituir S=0 na função horária do espaço fornecida pela questão. Logo,
2
S=−10+0,1 t
2
0=−10+0,1 t
2
0,1 t =10
2
t =100
t=10 s
b) Basta substituir S=30 cm na função horária do espaço fornecida pela questão. Logo,
2
S=−10+0,1 t
2
30=−10+0,1 t
2
0,1 t =40
2
t =400
t=20 s
c) Para calcularmos a velocidade média devemos primeiro calcular a variação do espaço
entre os instantes t 1 e t 2. Logo,
Δ S=S 2−S1

Δ S=(−10+0,1.5 2)−(−10+0,1. 122)

Δ S=−10+0,1. 152 +10−0,1.122


Δ S=0,1. 152−0,1. 122

Δ S=0,1.(152−122 )
Δ S=0,1.(225−144)
Δ S=0,1. ( 81 )=8,1 cm
Agora podemos calcular a velocidade média
ΔS
v m=
Δt
8,1 cm 8,1 cm
v m= =
15 s−12 s 3s
v m=2,7 cm/s
29. Nos últimos meses assistimos aos danos causados por terremotos. O epicentro de
um terremoto é fonte de ondas mecânicas tridimensionais que se propagam sob a
superfície terrestre. Essas ondas são de dois tipos: longitudinais e transversais. As ondas
longitudinais viajam mais rápido que as transversais e, por atingirem as estações
sismográficas primeiro, são também chamadas de ondas primárias (ondas P); as
transversais são chamadas de ondas secundárias (ondas S). A distância entre a estação
sismográfica e o epicentro do terremoto pode ser determinada pelo registro, no
sismógrafo, do intervalo de tempo decorrido entre a chegada da onda P e a chegada da
onda S. Considere uma situação hipotética, extremamente simplificada, na qual, do
epicentro de um terremoto na Terra são enviadas duas ondas, uma transversal que viaja
com uma velocidade de, aproximadamente, 4,0 km/s, e outra longitudinal, que viaja a
uma velocidade de, aproximadamente 6,0 km /s . Supondo que a estação sismográfica
mais próxima do epicentro esteja situada a 1 200 km deste, qual a diferença de tempo
transcorrido entre a chegada das duas ondas no sismógrafo?
a) 600 s .
b) 400 s.
c) 300 s .
d) 100 s .
e) 50 s .
Resolução: Vamos inicialmente calcular o tempo gasto para a chegada de cada uma das
ondas e então calcularmos a diferença. Para a onda transversal teremos,
ΔS
v t=
Δtt

ΔS
Δt t =
vt

1200 km
Δtt=
4,0 km/s
Δ t t =300 s

Para a onda longitudinal, temos


ΔS
Δ t l=
vl

1200 km
Δ t l=
6,0 km/s
Δ t l=200 s

Portanto, a diferença entre os intervalos de tempo é


Δ t=300 s−200 s=100 s
Alternativa d)
31. A velocidade escalar instantânea de um novo modelo de motocicleta esportiva foi
medida ao longo de uma pista de testes, o que permitiu a construção do gráfico
v( km/h)× t(s) abaixo.

Sabendo-se que no intervalo de t 1=10 s a t 2=15 s a moto percorreu cerca de 320 m,


determine nesse intervalo:
a) a velocidade escalar média da motocicleta, em km/ h ;
b) sua aceleração escalar média, em m/s 2.
Resolução:
a) Repare que a variação do espaço é informada no texto (o gráfico nos dá informação
da velocidade, não do espaço) Δ S=320 m. Aplicando a definição de velocidade escalar
média, temos
ΔS
v m=
Δt
320 320
v m= =
15−10 5
v m=64 m/ s

b) Para calcularmos a aceleração escalar média devemos primeiro calcular a variação da


velocidade escalar entre os instantes t 1 e t 2. Observando o gráfico, vemos que em
t 1=10 s o módulo da velocidade é v1 =180 km/h e em t 2=15 s o módulo da velocidade é
v 2=288 km /h. Logo,

Δ v=v 2−v 1=288 km/h−180 km/ h

Δ v=108 km/h
Convertendo para m/s , temos
108
Δ v= m/ s=30 m/ s
3,6
Portanto, a aceleração escalar média é
Δv
a m=
Δt
30
a m= =6 m/ s2
15−10
34. No instante t 0=0 , Juca dispara uma pequena esfera verticalmente para cima a partir
do solo, adotado como origem dos espaços. A esfera sobe, atinge o ponto mais alto de
sua trajetória e retorna, sendo capturada na descida, no instante t=3,0 s , por seu amigo
Theo, posicionado a 15,0 m de altura acima do ponto de lançamento. O gráfico da
posição y da esfera em relação a um eixo de espaços coincidente com a trajetória está
mostrado em função do tempo t no diagrama abaixo.

A partir dessas informações, pede-se:


a) determinar a distância percorrida pela esfera entre os instantes t 0=0 e t=3,0 s ;

b) calcular a velocidade escalar média da esfera entre os instantes t 0=0 e t=3,0 s ;


c) classificar o movimento da esfera como progressivo ou retrógrado; acelerado ou
retardado, respectivamente nos intervalos de 1,0 s a 2,0 s e de 2,0 s a 3,0 s ;
d) dizer o que ocorre com a esfera no instante t=2,0 s .
Resolução:
a) A distância percorrida D é a soma dos módulos das variações do espaço
independente do sentido da variação.
D=|20,0 m−0 m|+|15,0−20,0|
D=|20 m|+|−5 m|
D=20 m+5 m=25 m
b) A velocidade escalar média leva em conta variação do espaço, ou seja, leva em
conta somente o espaço inicial e final, e não a distância percorrida. Logo
ΔS
v m=
Δt
15,0 m−0
v m=
3,0 s−0
15
v m= =5 m/s
3,0
c) No intervalo de 1,0 s a 2,0 s , o espaço é crescente e o movimento é progressivo; em
intervalos de tempo sucessivos e iguais, o espaço varia, em módulo, cada vez mais
lentamente, e o movimento é retardado. Logo:
- Intervalo de 1,0 s a 2,0 s : Movimento progressivo e retardado.
No intervalo de2,0 s a 3,0 s , o espaço é decrescente e o movimento é retrógrado; em
intervalos de tempo sucessivos e iguais, o espaço varia, em módulo, cada vez mais
rapidamente, e o movimento é acelerado. Logo:
- Intervalo de 2,0 s a 3,0 s : Movimento retrógrado e acelerado.
d) No instante t=2,0 s (ponto de inflexão da curva) ocorre inversão no sentido do
movimento. A esfera deixa de subir para começar a descer.
37. Em uma corrida de revezamento, um cão corre com velocidade escalar v1 =6,0 m/s,
uma lebre, com velocidade escalar v 2=4,0 m/s , e um gato, com velocidade escalar
v3 =3,0 m/s. Se cada um dos animais percorre uma distância L, a velocidade escalar
média dessa equipe de revezamento, em m/s, vale
a) 6
b) 4
c) 8
d) 3
e) 5
Resolução: A velocidade escalar média quando se percorre distâncias iguais com
velocidades diferentes é dada pela média harmônica das velocidades. Portanto, a
velocidade escalar média da equipe no revezamento é
3
v m=
1 1 1
+ +
v 1 v 2 v3

3
v m=
1 1 1
+ +
6,0 4,0 3,0
3
v m=
2 3 4
+ +
12,0 12,0 12,0
3
v m=
2+3+ 4
12,0
3.12
v m=
2+ 3+4
36
v m=
9
v m=4 m/s

Alternativa b)
44. Considere uma moto que vai partir do repouso de um ponto A (origem dos espaços)
de uma pista circular de comprimento igual a 576 m e vai acelerar ao longo dessa pista
em obediência à expressão do espaço ( S) em função do tempo (t ) abaixo.

S=2,0t 2 (SI )
Adotando-se π ≅ 3, orientando-se a trajetória no sentido do movimento da moto e
lembrando- se de que o comprimento C de uma circunferência de raio R é calculado por
C=2 πR , pede-se determinar:
a) o raio R da pista percorrida pela moto;
b) o espaço S B associado ao ponto B por onde a moto passa no instante t=12 s ;
c) a distância D entre os pontos A e B.
Resolução:
a) O comprimento da pista circular é C=576 m, utilizando a equação do comprimento
da circunferência, temos
C=2 πR=576
2.3 . R=576
R=96 m
b) Fazendo t=12 s na função horária do espaço fornecida pela questão, temos que a
posição do ponto B é
2
S=2,0t
2
S=2,0.12
S=2,0.144=288m
c) Perceba que, se o ponto A é a origem, o ponto B é diametralmente oposto ao ponto A,
pois a moto percorre metade do comprimento da pista para chegar no ponto B. (Note
576
que =288. Logo, a distância entre os dois pontos é o diâmetro da pista
2
D=2 R
D=2. 96
D=192 m
45. Maria Eduarda – a Duda – adora flores, mas também gosta muito de falar com suas
amigas e amigos ao telefone celular. Certo dia recebeu uma ligação de Valéria, uma
colega de classe, no exato instante em que abriu uma torneira sobre um recipiente de
vidro incialmente vazio, objetivando abastecê-lo de água para acondicionar as flores de
um lindo buquê que recebeu de um possível namorado. A água foi sendo vertida dentro
do recipiente constituído pela superposição de dois compartimentos cilíndricos, A e B,
como representa a figura, a uma vazão constante de 0,90 L/ min. O compartimento A
tem raio R A =20 cm e altura h A =15 cm , enquanto o compartimento B tem raio
R B=10 cm e altura h B=15 cm .

Adotando-se π=3 e sabendo-se que a ligação de Valéria durou 30 min, pede-se:


a) calcular o intervalo de tempo gasto para o preenchimento total do recipiente;
b) determinar a relação entre as velocidades escalares de subida do nível da água, v B e
v A , respectivamente nos compartimentos B e A;

c) traçar o gráfico da altura y do nível livre da água no recipiente em função do tempo t ,


desde o instante em que Duda abriu a torneira até o instante em que encerrou a ligação
telefônica.
Resolução:
a) Inicialmente vamos calcular o volume total do recipiente e seguidamente calculamos
o tempo gasto para o preenchimento total. O volume total será
2 2
V total=π R A h A +π R B hB

V total=π ( R2A h A + R2B hB )

V total=3. ( 20 c m .15 cm+ 10 c m .15 cm )


2 2 2 2

V total=3. ( 400 c m 2 .15 cm+100 c m2 .15 cm )

V total=3 . 7500 c m3
3
V total =22 500 c m =22,5 L

Sendo a vazão igual a U =0,90 L /min, o tempo gasto para o preenchimento total do
recipiente é
V total
Δ t=
U
22,5 L
Δ t=
0,90 L/min
Δt=25 min
b) A vazão é a quantidade volumétrica por unidade de tempo, ou seja,
V
U=
Δt
Sabendo que o volume de um cilindro é dado por V =π R2 h, temos
2 h
U =π R .
Δt
A velocidade de subida do líquido é a razão h / Δt , a qual representaremos pela letra v .
2
U =π R . v
Portanto, considerando a vazão constante, teremos que
U A =U B

π R 2A . v A =π R2B . v B
2 2
R A . v A =R B . v B

( )
2
vB R A
=
vA RB

( )
v B 20 cm 2
=
v A 10 cm
vB
=4
vA

c) A altura h do líquido entre os instantes t 0=0 e t 1=20 min (instante que o


compartimento A é completamente cheio) é dada por
U .t
h= 2
π RA

Já para os instantes t 1=20 min e t 2=25 min (instante que o compartimento B é


completamente cheio) é dada por
U .(t−20 min)
h= 2
+h A
π RB

Entre os instantes t 2=25 min e t 3=30 min o recipiente já estava na sua capacidade
máxima, então o nível de água permaneceu constante. Logo, o gráfico da altura da água
em função do tempo é

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