O Poder Da Esperanca 2018 Web
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Rocha
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Tatuí, SP
C.Qualidade
Dep. Arte
1a edição
24a impressão: 300 mil
Tiragem acumulada: 6.904 milhões
2017
Melgosa, Julián
O poder da esperança : segredos do bem-estar
emocional / Julián Melgosa, Michelson Borges. –
Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2017.
ISBN 978-85-345-2400-1
17-02938 cdd-152
Índices para catálogo sistemático:
1. Saúde emocional : Psicologia 152.4
5 Traumas psíquicos 48
9 Dicas do Fabricante 77
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10 O poder da esperança 88
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trânsito estava realmente infernal naquele dia. Depois de uma jorna-
da de trabalho tensa, com problemas e mais problemas para resolver,
inúmeros e-mails e telefonemas para responder, tudo o que Paulo
mais queria era chegar em casa, comer algo, afundar no sofá da sala e assistir
a qualquer coisa na televisão. Porém, os minutos desperdiçados no trânsito se
transformaram em horas. Quando chegou a sua casa, já era noite. Entrou, ti-
rou os sapatos, jogou a pasta em um canto, deu um “oi” apressado para a espo-
sa e mal viu os dois filhos que brincavam no tapete. Tomou uma ducha morna,
Essas últimas palavras atingiram Sílvia em cheio. Não era justo. Ela havia
sido afastada do trabalho por motivos de saúde, e ele sabia disso. Claro que era Editor
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bom passar mais tempo com as crianças, mas ouvir as reclamações do marido c
dia após dia estava se tornando insuportável. c
– Nossos filhos estão crescendo e mal conhecem o pai. Isso para não falar q
do nosso casamento...
– Você pode me dar um tempo? Estou cansado, com dor de cabeça e sem t
paciência para essa conversa. c
Naquele momento, a filha de Paulo, uma garotinha de seis anos, com ca- s
belos encaracolados e belos olhinhos, aproximou-se do casal e entregou um
envelope para o pai, que respondeu rispidamente: d
– Agora não, filha! Não vê que sua mãe e eu estamos conversando? d
Ele colocou o papel no bolso de qualquer jeito, ignorando a menina que se s
afastava com lágrimas nos olhos. q
– Você é um estúpido, mesmo! Não vê o que está fazendo com sua família?
– Pra mim já chega! Vou para o quarto. Perdi a fome – devolveu Paulo. A
Ele tinha a nítida sensação de que estava perdendo o controle de seu mundo.
O homem tão seguro, tão cheio de si não estava conseguindo administrar a pró- v
pria vida. Pensamentos negativos tomavam conta dele. O cérebro parecia ferver, p
e lembranças ruins do passado pioravam tudo. O corpo de meia-idade estava ex- ig
cessivamente fatigado devido à falta de exercícios físicos. Como ter tempo para q
isso? A supervisora estressada vivia lhe pedindo relatórios. Ele não queria saber
de pensar em nada mais. Só queria descansar, dormir e, quem sabe, nem acordar. p
Quando se deitou de lado, sentiu algo no bolso. Pegou o envelope amas- t
sado, abriu-o e encontrou uma cartinha escrita com giz de cera. Sentindo o p
estômago revirar, ele leu: “Papai, eu te amo.” v
Buraco negro d
Quem nunca se sentiu como Paulo, esmagado por compromissos e inca- V
paz de lidar com tantas coisas ao mesmo tempo? Quem nunca teve vontade de
jogar tudo para o alto e fugir para uma ilha deserta? Bem, talvez você seja um u
“sortudo” para quem tudo dá certo, cujos dias passam de maneira tranquila, sem a
contratempos. Contudo, agora mesmo, milhões de pessoas sofrem sob o peso s
de uma terrível carga emocional. Ansiedade, estresse e depressão são as primei- r
ras palavras de um imenso dicionário de problemas e transtornos emocionais. t
Uma declaração do famoso físico britânico Stephen Hawking repercutiu
mundialmente. O assunto não foram buracos negros nem teorias surpreen-
D
dentes sobre universos múltiplos. O tema foi mais corriqueiro e bem “deste a
mundo”: a depressão. Na verdade, Hawking, que vive confinado a uma cadei- g
ra de rodas há décadas devido a uma doença neurológica degenerativa, deu e
6
o conselhos a pessoas que sofrem com depressão. Depois de falar sobre bura-
cos negros, o cientista comparou a depressão a esses fenômenos, destacando
r que, não importa quanto eles sejam escuros, é possível escapar deles.
Hawking disse: “A mensagem desta palestra é que os buracos negros não são
m tão negros quanto parecem. Eles não são as prisões eternas que pensávamos. As
coisas conseguem escapar de buracos negros e, possivelmente, para outro univer-
- so. Então, se você sentir-se dentro de um buraco negro, não desista: há uma saída.”
m Talvez essas palavras de ânimo de Hawking não consigam fazer diferença,
de fato, para alguém como Paulo, que esteja vivendo em um “buraco negro” de
depressão, ansiedade, traumas e até pensamentos suicidas. Existe realmente
e saída para esses problemas? Existe esperança? Como sair dos buracos negros
que a vida apresenta?
?
A força do pensamento
o. Embora alguns exagerem, o dito popular “querer é poder” tem muito de
- verdade. Todo atleta sabe que bater um recorde não é resultado de simples
r, preparação física, mas também do cultivo da mente e do pensamento. De
- igual modo, muitas coisas que fazemos, emoções que sentimos e até doenças
a que sofremos têm sua origem nos pensamentos.
r O ambiente (pessoas, lugares e circunstâncias), a personalidade (otimista ou
r. pessimista, desconfiada ou confiante, falante ou calada, persistente ou incons-
- tante, etc.) e as recordações e experiências vividas são as molas propulsoras dos
o pensamentos. Qualquer pessoa pode controlar os pensamentos e dirigir sua
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o Pensamento positivo sobre o futuro – O futuro pode mudar. Sua atitude de hoje
afeta o sucesso de amanhã. Pensando confiantemente e com esperança no amanhã, Editor
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Ansiedade:
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excesso de futuro s
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d
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lguns dizem que ansiedade é excesso de futuro, depressão é excesso
de passado e estresse é excesso de presente. Agora imagine alguém n
que tenha excesso de tudo isso! Laura era essa pessoa. t
Quando ela estava com apenas cinco anos de idade, o pai abandonou a e
família em troca de uma mulher bem mais nova que sua mãe. Ele foi em- e
bora e nunca mais voltou. A mãe de Laura teve que trabalhar duro para
sustentá-la e manter a casa. Como não tinha a quem recorrer, deixava a r
menina em uma creche enquanto se desdobrava nos dois empregos que s
tinha conseguido a muito custo. s
Laura sempre ouvia a mãe reclamar da falta de dinheiro; por isso, pas- n
sou a ter medo do futuro. Temia que a mãe fosse embora como o pai havia d
feito. Receava perder a casa, o quarto, a vida. Ela não conseguia ficar tran-
quila. Vivia com a sensação de que um desastre estava prestes a acontecer. d
Simplesmente não conseguia controlar os pensamentos negativos. c
Dois anos de uma rotina pesada acabaram cobrando um alto preço:
a mãe de Laura adoeceu gravemente, vindo a falecer poucos meses depois. a
A menina se viu “abandonada” mais uma vez, e uma insegurança profunda t
inundou sua vida. a
Adotada por uma tia distante, Laura cresceu sem o aconchego da mãe
nem a proteção do pai. Tinha medo de tudo; pensar no futuro fazia seu s
coração palpitar. q
Assim como Laura, a pessoa ansiosa sofre de um sentimento de total a
apreensão e preocupação que altera bastante a normalidade de sua vida. in
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al alimentos saudáveis e comece o dia com um bom desjejum: leite de soja, pão
a. integral e frutas frescas, por exemplo. Editor
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O ponto da virada
- A pequena órfã Laura cresceu. Foi no tempo do ensino médio que sua vida
teve uma reviravolta. A tia que a criou não acreditava em Deus e havia ensina-
do para a sobrinha que o Universo e a vida tinham simplesmente surgido há
bilhões de anos. Para Laura, os seres humanos eram resultado de um “acidente
cósmico”, vindo à existência por uma conjunção de fatores, por pura sorte. É cla-
ro que essas ideias contribuíam para tornar a vida dela ainda mais sem sentido.
Quando adolescente, Laura gostava de caminhar em uma praia perto de
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sua casa. Frequentemente, ela andava até o sol se pôr e se deitava na areia para
ver as estrelas aparecerem no céu. A menina era inteligente e conhecia alguma Prog.Visual
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o ça vividos no passado ajudam a entender por que ela era assim. A ansieda-
”. de sobrevém por medo do futuro. Ninguém sabe o que acontecerá amanhã. Editor
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S omente Deus conhece o futuro. Isso tem levado muitas pessoas a colocar sua d
fé e confiança no Todo-Poderoso que ama e protege aqueles que O aceitam. e
O tratamento divino tem três aspectos: s
Individual – A pessoa precisa exercer influência sobre sua vida interior, s
refletindo sobre o fato de que a vida não se resume a nascer, viver e morrer.
Essa reflexão abre espaço para uma perspectiva que vai além do aqui e agora. B
Ela inclui a compreensão do destino da família humana e, especialmente, do a
plano de Deus para a salvação eterna, como é explicado na Bíblia. c
Isso também ajuda a pessoa a adquirir uma perspectiva de longo prazo P
que lhe dá confiança na vitória do bem sobre o mal. Como medida de auxílio lh
imediato, a terapia divina se utiliza da reflexão em versículos bíblicos claros e q
cheios de força, como, por exemplo: “Mil poderão cair ao seu lado, dez mil à
sua direita, mas nada o atingirá” (Salmo 91:7). d
Social – Não é somente pela adoração em comunidade e pelas palavras de c
outras pessoas que Deus pode intervir. Ele também faz isso pelo exemplo e p
pela atitude que essas pessoas demonstram. O Espírito Santo pode usar essas m
pessoas para fazer sua “terapia”. Finalmente, seria bom dizer que Deus tam- v
bém pode usar profissionais qualificados capazes de utilizar técnicas e estraté- c
gias que podem ser abençoadas por Deus para que surtam efeito.
Divino – O aspecto divino abrange o relacionamento pessoal entre o ser hu- L
mano e Deus. Encontra seu maior apoio na oração. A oração, mais que a repe- p
tição de frases, consiste em falar com Deus como a um amigo e conselheiro; é d
falar dos temores, ansiedades, dúvidas e problemas, como também agradecer ao
Criador as coisas boas da vida. A oração sincera tem ajudado muitos a crescer na n
fé, o que é incompatível com a ansiedade e a incerteza. Fé, na realidade, significa fe
confiança em Deus. Quanto mais conhecemos Deus, por meio da oração e do
estudo da Bíblia, mais desenvolvemos essa confiança e mais nossa fé se fortalece. e
n
Segurança quanto ao futuro d
Uma das grandes dúvidas de Laura em sua adolescência, quando olhava e
para o céu deitada na areia da praia, tinha que ver com o futuro. Os livros cien- m
tíficos que havia lido, ainda que fossem úteis em alguns aspectos, não traziam Q
esperança alguma de futuro, como vimos. De uma forma ou de outra, o Uni- s
verso um dia chegaria ao fim. Para uma pessoa ansiosa, dizer que o amanhã u
terminará em nada oferece tanto consolo quanto dizer a um depressivo que é
possível escapar de um buraco negro. r
Laura avaliou suas descobertas recentes: havia sérias razões para ela acre- c
ditar que Deus existe e que a ama, independentemente de quem ela fosse ou p
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a expressão “fogo eterno”? Odom explica: “Não é o sofrimento que será eterno,
e sim o fogo que Deus usou para destruí-los que será eterno em seu efeito. [...].
Ele quer dizer, através da expressão ‘inextinguível’ [Lucas 3:17], [que é] um
fogo que nenhum ser humano pode extinguir ou apagar” (p. 69; ver também
2 Pedro 3:7, 10). Um bom exemplo de punição é o que sucedeu a Sodoma e
Gomorra – elas foram destruídas por um “fogo eterno” (Judas 7). Essas cida-
des não estão queimando hoje em dia. Foram extintas.
Laura ficou muito feliz em compreender isso. Essa era outra barreira entre
ela e o Deus que não conhecia. Quando pensava no mito do inferno de fogo
eterno, ela não conseguia imaginar um Pai de amor. Era contraditório e ilógi-
co. Mas a Bíblia nada tem que ver com esse mito. O futuro que ela apresenta
para os remidos é em um lugar e tempo em que não mais haverá “morte, nem
tristeza, nem choro, nem dor” (Apocalipse 21:4).
Para vencer a ansiedade, o acompanhamento profissional fez muito bem
para Laura, mas seu recém-adquirido conhecimento do Deus da Bíblia e da
esperança da volta de Jesus foi determinante para a paz que passou a reinar em
sua vida. A partir de então, ela não teve mais medo do futuro, pois entendeu
que Deus cuida e sempre cuidará dela, como um bom pai que nunca abando-
na seus filhos.
A. J. Baxter et al, “Global prevalence of anxiety disorders: a systematic review and meta-regression”. Psychological Medicine (2013): 43(5),
1
F. Hohagen et al. “Combination of behavior therapy with fluvoxamine in comparison with behavior therapy and placebo. Results of a mul-
2
ticentre study”. Br J Psychiatry Suppl. 35:71-78 (1998); K. O’Connor, et al. “Cognitive-behaviour therapy and medication in the treatment of
obsessive-compulsive disorder: a controlled study”. Can J Psychiatry, 44:64-71 (1999); K. Salaberria, E. Echeburúa, “Long-term outcome of
cognitive therapy’s contribution to self-exposure in vivo to the treatment of generalized social phobia”. Behav Modifi, 22:262-284 (1998); A.
Stravynski, D. Greenberg, “The treatment of social phobia: a critical assessment”. Acta Psychiatr Scand., 98:171-181 (1998).
20
o,
].
m Ansiolíticos bíblicos
m
e “O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; Ele
- nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não
desanime!” (Deuteronômio 31:8).
e
o “Não fui Eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se
apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com
-
você por onde você andar” (Josué 1:9).
a
m “Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o Teu con-
solo trouxe alívio à minha alma” (Salmo 94:19).
m
a “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo,
m pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segura-
u rei com a Minha mão direita vitoriosa” (Isaías 41:10).
-
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela
oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedi-
dos a Deus” (Filipenses 4:6).
),
“Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que co-
mer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir.
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Depressão:
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excesso de passado 1
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o ano de 2009, milhões de pessoas ficaram encantadas com as cenas
do mundo idílico concebido pelo roteirista e diretor de cinema James lo
Cameron, em seu filme “Avatar”. O que ninguém poderia imaginar é d
que muita gente acabaria, depois, sofrendo de “depressão pós-Avatar”. Foram
criados sites na internet nos quais os fãs desabafavam seus lamentos por não a
viver em Pandora, um planeta muito melhor do que a Terra. Houve até quem b
pensasse em cometer suicídio, na esperança de “renascer” em um mundo se- m
melhante ao do filme!
Esse é mais um exemplo, entre muitos, do poder de influência da mídia, es- t
pecialmente das produções cinematográficas. Da mesma forma, as pessoas que- d
rem fugir da realidade e viver em mundos de sonhos. Há quem não passe uma é
semana (ou até mesmo um dia) sem imergir em algum filme. Há outros que
aguardam com ansiedade o capítulo seguinte da novela ou da série preferida. c
Milhões deixam tudo de lado para não perder a partida do “time do coração”. s
O que dizer das horas e horas gastas com videogames ou em trivialidades na r
internet? Tenta-se preencher o vazio da alma com alimento desprovido de nu- a
trientes, refinado em indústrias que só pensam no dinheiro que vão arrecadar.
A “depressão pós-Avatar”, assim como tantas outras, é sintomática. Mostra que C
as pessoas estão com saudades de algo, mas não sabem do quê.
Outro comportamento que pode levar à depressão e até gerar pensamen- h
tos de suicídio é o sexo casual. Uma pesquisa feita pela Universidade do Esta- d
do da Califórnia com 3,9 mil estudantes mostrou que as pessoas que praticam d
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- de amizades. Portanto, é importante fazer parte de uma família feliz, estar ro-
m deado de bons amigos, ter bom ambiente de trabalho, pois essas coisas são Editor
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proteções contra a depressão. Porém, como alcançar isso tudo? É o que vere- c
mos ao longo deste livro. t
Mantenha uma vida ativa – É surpreendente como o estado de ânimo debi- s
litado pode mudar rapidamente quando você se ocupa com alguma atividade. m
Para evitar a depressão, tome uma atitude e atue de alguma forma. Ocupe- p
se com tarefas que lhe tragam satisfação e que sejam produtivas e edificantes: e
coloque em ordem sua casa, conserte alguma coisa, converse ao telefone com
alguém especial. Se puder, pratique esporte ou exercício físico aeróbico. A fa- p
diga, nesse caso, é fonte de saúde e bom humor. F
Pense corretamente – Conforme as pessoas se centralizam no aspecto som- “
brio ou no lado positivo das coisas, têm maior ou menor propensão para a e
depressão. Pensar é um hábito como qualquer outro e deve ser cultivado para
se evitar a análise negativa das situações.
Olhe para o passado com prudência – O passado pode ser fonte de depres- S
são ou de bem-estar emocional. Em vez de pensar nas dificuldades, alegre-se
com os tempos e acontecimentos felizes. Se existe algum trauma do passado c
(abuso sexual, rompimentos, etc.), procure um psicólogo ou psiquiatra que A
possa ajudar você a elaborar uma forma de superação do ocorrido. e
Além de poder ser causada por uma vida tortuosa ou pela frustração alimen- c
tada por fantasias, a depressão pode ser também considerada “excesso de passado”.
Era justamente esse o problema de Carlos. c
m
“Fantasmas” do passado a
Carlos sempre fora considerado um homem forte e enérgico, tanto que, p
devido a essas qualidades e à sua estatura de quase um metro e noventa, os f
amigos o chamavam de “Carlão”. Porém, os anos de uma vida problemática,
regada a bebedeiras, festas e relacionamentos amorosos passageiros acabaram d
cobrando a conta. Com pouco mais de 70 anos, Carlão era apenas u ma sombra im
do que havia sido. Passava a maior parte do tempo sentado em uma cadeira a
de rodas, em silêncio, remoendo os pensamentos, enquanto o tempo passava
lentamente na casa de repouso que ele nunca esteve disposto a chamar de lar. U
O corpo, antes atlético, movia-se arqueado pelo peso das memórias.
Carlos havia sido diagnosticado com câncer terminal. Nos últimos anos, b
sofria uma depressão profunda. Era homem de pouca conversa e nunca rece- p
bia visitas de parentes. Parece que todos o haviam abandonado quando a festa n
de sua vida teve fim.
Carlão procurava abafar a voz da consciência. Nunca quis dar o braço a tor- ja
cer e admitir que somente uma vez havia experimentado alguma coisa parecida a
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- com felicidade. Por mais que procurasse negar, seus pensamentos sempre se vol-
tavam para uma única mulher, a primeira namorada e ex-esposa, a quem não
- soube dar o devido valor. Ela não mais estava por perto para ouvir suas recla-
e. mações e a conversa sobre “viver a vida”, longe das “amarras” de uma família, da
- preocupação com filhos e dos carinhos de uma mulher apenas. Como ele esteve
s: enganado! Como foi capaz de comprar uma mentira como se fosse verdade?
m Carlos não sabia que, mesmo que Deus decidisse não lhe conceder a cura,
- poderia perdoá-lo de todos os pecados e conceder-lhe a salvação eterna.
Foi o que Jesus garantiu ao ladrão crucificado a Seu lado, que Lhe suplicou:
- “Lembra-Te de mim quando entrares no Teu reino.” Jesus respondeu que ele
a estaria no paraíso (Lucas 23:42, 43).
a Infelizmente, Carlos não sabia disso e pensava em desistir de si mesmo.
- Suicídio
e De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a
o causa da morte de mais de 800 mil pessoas por ano, ficando na frente da aids.
e A cada três segundos, uma pessoa atenta contra a própria vida. No Brasil,
estima-se que 32 pessoas cometam suicídio todos os dias. Cerca de 30% dos
- casos têm que ver com a depressão.
1
o”. Com o objetivo de esclarecer o tema, a OMS divulgou uma campanha
com mitos e verdades sobre o suicídio. A campanha, por exemplo, se refere ao
mito de que a pessoa que fala do assunto não pretende se suicidar. Em relação
a esse ponto, a realidade é que pessoas que falam sobre suicídio podem estar
- ja o ato. Pelo contrário, isso pode ajudar a pessoa com tendências suicidas a
a analisar outras opções e dar-lhe tempo para repensar a decisão de tirar a vida. Editor
25
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s • Ter objetivos e expectativas irreais, por exemplo: um homem que fica de-
primido porque aos 50 anos não conseguiu ser bem-sucedido nos negócios. Editor
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m de um amigo, fazer compras para uma pessoa idosa, visitar alguém hospi-
s talizado ou fazer pequenos trabalhos voluntários. Agindo assim, você se es-
quecerá de seu próprio sofrimento e perceberá que existe gente com mais
e necessidades. Ajudar outras pessoas é uma forma de ajudar a si mesmo.
Olhe para o futuro com esperança – Se você está manifestando os sintomas
- da depressão, precisa entender que o futuro não está à mercê das circunstân-
a cias. Fuja de todo sentimento de desespero e incapacidade.
- Para Everton Padilha Gomes, cardiologista do Instituto do Coração do
o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
e (Incor) e diretor do Estudo Advento (falaremos mais sobre esse projeto no
capítulo 9), estar em depressão é como usar óculos escuros ao entardecer en-
- quanto se dirige em uma estrada. Em certo momento, a pessoa terá a nítida im-
- pressão de que já é noite e que sua visão da estrada se encontra mais dificultada
o pela escuridão. Porém, se ela se lembrar de tirar os óculos escuros, verá que,
na verdade, ainda existe muita claridade na pista. Literalmente, o médico diz:
e “O depressivo não perde a noção da realidade, mas a vê com tons mais graves.
o Ele enxerga sob uma ‘ótica’ bem mais pessimista que a maioria das pessoas.
Nesses momentos, sempre aconselho essas pessoas a ‘darem um desconto’ a si
- mesmas e a entenderem que a realidade é menos obscura do que imaginam.”
u Explique os fracassos com realismo – Seja consciente de seus pontos fortes
o e fracos. Analise as situações de forma equilibrada. Por exemplo, se você não
teve êxito em uma tentativa de emprego, não pense que é inútil, mas observe
o. se existe muita dificuldade ou se os candidatos são muitos. Da próxima vez,
e mas sua fé no Criador a faz olhar para o futuro com serenidade, porque tem
a certeza de que seu Pai Celestial a protegerá. Editor
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o Diante da morte
o Assim como os fãs de “Avatar”, Carlão descobriu tristemente que Pandora
não existe. Ele desperdiçou miseravelmente todas as oportunidades de viver
- feliz no mundo real. A esposa partira havia muitos anos, e a filha não queria
- vê-lo de jeito nenhum. Seu fim era certo, e ele não tinha sequer um consolo
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religioso, uma esperança.
s Ah, se Carlos soubesse o que Laura havia aprendido sobre a vida após a Prog.Visual
s morte! Pelo menos, poderia se firmar nessa esperança. Sim, porque a Bíblia,
e. quando descreve a morte dos salvos, sempre o faz nas cores da esperança. Editor
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mortos por mil anos neste planeta, aguardando o desfecho do juízo de Deus,
conforme Apocalipse 20.
Sim, haverá duas ressurreições distintas (João 5:28, 29), separadas por um
intervalo de mil anos. O que determina se participaremos da primeira ressur-
reição, por ocasião da volta de Jesus, é nossa relação com Ele hoje. Somente
Nele há vida eterna (1 João 5:12; João 3:16). E somente ligados a Ele, como os
ramos à árvore (João 15:1-9), poderemos também viver eternamente em um
mundo no qual reinarão a paz e o amor (Apocalipse 21:4).
Ah, se Carlos soubesse de tudo isso! “O Senhor está perto dos que têm o
coração quebrantado e salva os de espírito abatido” (Salmo 34:18). Ele está dis-
posto a perdoar todos os nossos pecados, oferecendo-nos vida eterna. Saber
disso pode nos ajudar a enfrentar as tristezas, mágoas e decepções de nossa
vida com muito mais força e coragem.
“Preventing suicide: a global imperative”, World Health Organization. Disponível em: <http://www.who.int/mental_health/suicide-preven-
1
James G. Phillips; Rowan P. Ogeil, “Cannabis, alcohol use, psychological distress, and decision-making style”. Journal of Clinical and Experi-
2
34
s,
m Antidepressivos
-
e Os medicamentos antidepressivos podem trazer algum alívio
s temporário aos tão desagradáveis sintomas da depressão. Entre-
m tanto, não curam a doença. A eliminação dos agentes que causam
o estresse e a mudança de atitude e conduta por meio da ajuda
o psicoterapêutica contribuem significativamente para a cura.
-
O paciente que usa medicação antidepressiva não consegue
r
sentir melhora antes de duas ou três semanas após o início do
a tratamento. Além disso, alguns dos seguintes efeitos secundá-
rios podem ser observados: problemas de desempenho sexual,
alterações cardiovasculares, sonolência (ou insônia), visão tur-
va, nervosismo, prisão de ventre, aumento (ou perda) de peso e
n- secura na boca.
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Estresse:
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excesso de presente E
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ocê se lembra do Paulo, do começo deste livro? Sim, aquele marido es- f
tressado que sempre chegava em casa aborrecido com a supervisora e
que nunca tinha tempo para a esposa e os filhos. O grande problema c
dele é o estresse. Na realidade, esse é um problema cada vez mais comum na
vida de milhões de pessoas. p
O estresse faz parte de nossa vida diária. A pressão do tempo e do trabalho, m
os problemas de relacionamento, os ruídos, a poluição, as finanças, a insegu-
rança são apenas algumas das causas do estresse. E
Suas consequências não atingem somente o organismo, mas também a
mente e as emoções. O estresse deve ser tratado com cautela, pois seus efeitos f
trazem grandes prejuízos e podem ser fatais. Por outro lado, em justa medida, e
o estresse é uma fonte de motivação que deve ser aproveitada. Os mecanis- m
mos do estresse liberam energia suficiente para se enfrentar quase qualquer e
situação. Alguns até fazem uma distinção, em inglês: stress como uma condi- p
ção fisiológica, necessária e útil à vida e à sobrevivência; e distress como uma
condição de desequilíbrio, prejudicial à saúde. d
Um exemplo: a costureira Elvira sabe que sexta-feira é o dia da entrega m
de suas costuras e trabalha incansavelmente no dia anterior. Isso faz com r
que ela produza mais do que nos outros dias. Concentra-se melhor, tra- p
balha mais rapidamente e com maior precisão; esquece até de comer, mas d
não chega a desmaiar. Na sexta-feira, entrega as roupas a tempo e relaxa
com satisfação. O estresse é útil nessa ocasião, mas não se pode abusar
dessa energia constantemente.
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o sua saúde permitir, faça exercício físico vigoroso (corrida, natação, esportes),
o ou caminhe rapidamente todos os dias. Editor
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Dia antiestresse a
O quarto mandamento da lei de Deus diz o seguinte: “Lembra-te do dia de ç
sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus tra- d
balhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor teu Deus. Nesse dia c
não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos p
ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cida- ló
des. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles d
existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo c
dia e o santificou” (Êxodo 20:8-11).
O mandamento mais esquecido é justamente o que começa com o ver- e
bo “lembrar”. Como faria bem para Paulo, Laura e Carlão – na verdade, para n
qualquer pessoa – reservar um dia por semana para um repouso físico, mental p
e espiritual. Sabe por quê? Porque fomos criados para funcionar em ciclos de q
sete dias. Isso recebe o nome de “ciclo circaceptano”. n
Segundo o enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde Everton Fernando a
Alves, o corpo humano tem seu relógio biológico. Ele possui um “ritmo cir- C
cadiano” interno de 24 horas que impulsiona o aumento e a diminuição de
muitas moléculas, e tem também o “ritmo do sétimo dia”, ou “ciclo circacep- m
tano”, que se repete a cada sete dias, sendo considerado um ritmo inteligente, e
42
- meço ao fim do livro sagrado. Logo na origem da vida neste planeta, lemos
e, em Gênesis 2:1 a 3 que o próprio Criador fez três coisas no sétimo dia: Ele o Editor
43
C.Qualidade
Dep. Arte
a bençoou, santificou e nele descansou. Quando Deus santifica algo, isso signi-
1
H
fica que Ele coloca essa coisa à parte para um fim específico e sagrado. Quando
Ele abençoa algo ou alguém, ninguém pode retirar essa bênção. Você, porém,
2
P
pode perguntar: Será que Deus Se cansa? b
Em Isaías 40:28 é dito que não. Afinal, Ele é o Todo-Poderoso! Jesus não
precisava ser batizado porque não tinha pecados, mas fez isso para nos dar
exemplo (Mateus 3:13-15). Da mesma forma, Deus nos deu exemplo “descan-
sando” no sétimo dia. Além disso, esse descanso tem mais que ver com uma
pausa em Sua atividade criadora.
Em Marcos 2:27, Jesus diz que o sábado é um presente dado ao “homem”
(ser humano) – sem contar o fato de que, quando o sábado foi inaugurado na
Terra, só havia Adão e Eva aqui (leia também Isaías 56:6, 7). Não havia qual-
quer povo ou cultura. Os textos de Êxodo 20:8 a 11, Levítico 23:3 e Mateus
28:1 deixam claro que o sábado é o sétimo dia, e não qualquer outro dia da
semana. Em Ezequiel 20:12 e 20, o sábado é apresentado como sinal de fide-
lidade da criatura para com seu Criador. O sábado é o memorial da criação.
Como formulou Abraham Heschel, é um “templo no tempo”.
Evidentemente, Jesus, o Verbo encarnado (João 1:1-3), guardou o sábado,
quando esteve aqui na Terra (veja Lucas 4:16). A mesma atitude foi seguida
por Seus discípulos (Atos 16:13; 17:2) e pela própria Maria (Lucas 23:56).
Adão e Eva, os patriarcas, os profetas e os seguidores de Jesus sempre santifi-
caram o sétimo dia da semana, que, segundo a Bíblia, começa no pôr do sol da
sexta-feira (dia da preparação) e vai até o pôr do sol seguinte (Neemias 13:19;
Gênesis 1:19; Marcos 1:32; Levítico 23:32). A marcação da virada dos dias à
meia-noite é uma invenção humana.
“Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que
bem quiser em Meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o
santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho,
de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, então você terá no Senhor a
sua alegria, e Eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie
com a herança de Jacó, seu pai” (Isaías 58:13, 14). É assim que Deus deseja que
guardemos Seu santo dia – uma prática que, inclusive, perdurará pela eterni-
dade (Isaías 66:22, 23).
Realmente faria muito bem ao Paulo, à Laura e ao Carlão reservar um dia
por semana para um encontro especial com o Criador, com a família e consigo
mesmos. O repouso do sábado nos prepara para dar um salto adiante na vida.
Experimente você também descansar no sétimo dia. O sábado é um pre-
sente de Deus que chega até você todas as semanas. É seu!
44
- Everton F. Alves, “A cronobiologia e o ciclo semanal”. Vida e Saúde, set. 2015, 77(9):16-18. Ver: Eviatar Zerubavel, The Seven Day Circle: The
1
History and Meaning of the Week. Chicago: University of Chicago Press, 1985.
o
m, Buettner D. The secrets of long life. National Geographic. 2005; 208:2-27. Buettner D. The Blue Zones: Lessons for Living Longerfrom the
2
People Who’ve Lived the Longest. Washington, D.C.: National Geographic Society, 2009. Lee JW, Mortonkr Walters J., et al. Cohort Profile: The
biopsychosocial religion and health study (BRHS). International Journal of Epidemiololgy, 2009; 38(6), p. 1470-1478.
o
r
-
a Torne o sábado “delicioso”
m” • Programe-se para receber tranquilamente o sábado, desde
a o início da semana.
- • Espere o sábado como o dia especial de comunhão com
s Deus.
a • Ao pôr do sol de sexta-feira, reúna sua família, cantem,
- orem e recebam o sábado juntos.
o. • No sábado pela manhã, vá à igreja, como Jesus fazia.
• Prepare, antecipadamente, uma refeição diferente e deli-
ciosa para o almoço de sábado.
o,
• À tarde, se tiver filhos pequenos, programe um passeio por
a um parque ou outro local em que possam conversar sobre
). o poder e o amor de Deus manifestados na natureza.
- • Envolva-se em atividades de serviço e apoio físico e moral
a aos necessitados, como Jesus também fazia.
9; • Ao pôr do sol de sábado, reúna novamente a família para
-
Editor
45
C.Qualidade
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• Sonolência.
• Diminuição de reflexos.
• Hipotensão.
• Enfraquecimento físico.
Além disso, muitos medicamentos antiestresse tornam-se um
vício e provocam sintomas muito desagradáveis quando sua ad-
ministração é suspensa.
Faça um teste
Para saber se seu estresse lhe traz prejuízo, responda SIM ou
NÃO às seguintes perguntas:
46
Pontuação:
Ignore os SIM das ímpares e os NÃO das pares. Conte um ponto para cada
resposta válida. Soma total: ___________
Editor
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s
g
Traumas psíquicos a
d
m
d
c
a
J
osé era um jovem hebreu que viveu aproximadamente dois mil anos an- t
tes de Cristo. Nasceu em uma boa família e rapidamente demonstrou in- É
teligência e visão. Movidos pela inveja irracional, seus irmãos o venderam g
como escravo a habitantes de outro país. Em seu novo destino, teve que sofrer b
em silêncio e se adaptar a condições totalmente opostas às que estava acos- r
tumado. José passou por experiências traumáticas, de intenso estresse. No
entanto, saiu de forma honrosa dessa dura prova e chegou a conquistar os ob-
jetivos mais elevados. t
Como José conseguiu preservar a saúde mental diante de tanta adver- c
sidade? Ele exerceu fé autêntica em Deus durante décadas de provações;
suplicou ao Criador o poder sobre-humano de que necessitava para sair in
de tanta opressão; orou diariamente e manteve contato com Deus nos m
momentos de angústia. Acima de tudo, José manteve a esperança de que c
algum dia a dor passaria e de que seu Deus reservava um final feliz para u
sua vida. José decidiu agir como uma figura de transição – tinha tudo
para não perdoar, para cobrar e assumir juros emocionais impagáveis, f
mas decidiu retribuir a todos de forma completamente diferente do que s
recebeu. O relato completo está registrado no livro de Gênesis, capítulos o
37 e 39 a 50.
Os acontecimentos de forte intensidade emocional, especialmente c
se estão sendo vivenciados em um momento difícil da vida, ou em idade t
precoce, podem até causar depressão na pessoa, como os casos de insultos,
uma criança ser ridicularizada, levar um susto no meio da escuridão, ser a
48
49
C.Qualidade
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e Resiliência
r A palavra “resiliência” vem da Física e descreve a capacidade de alguns ma-
Rocha
e teriais voltarem ao estado original ou até melhorarem de qualidade depois de
a serem submetidos a situações extremas. Em termos humanos, resiliência é a Prog.Visual
51
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s, cio, que tipo de sentimento isso poderia ter despertado nas demais criaturas?
“Quer dizer que aqui é assim: desobedeceu, morreu?” Você percebe? O Criador Editor
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m Por causa disso, podemos dizer que este planeta é um campo de batalha.
- Continuamente, anjos bons e maus disputam influência sobre nós. Devemos
a sempre nos lembrar de que “nossa luta não é contra seres humanos, mas con-
- tra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas,
contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Efésios 6:12).
- Sempre existem situações traumáticas em uma guerra. Se duvida, per-
- gunte a um ex-combatente. Apesar de tudo, nosso General está pessoalmen-
r te empenhado em nossa salvação, ainda que tenhamos que carregar um ou
a outro ferimento de guerra. Além disso, o General já anunciou o fim de todas
r as batalhas, por ocasião de Sua vinda.
- Como podemos, porém, ter certeza de que o General realmente tem inte-
o resse em nós e não nos abandonou em um campo minado, sem esperanças?
- É simples. Quando Satanás conseguiu envolver Adão e Eva na rebelião, pen-
e. sava ter dado um xeque-mate no Criador. Afinal, o casal sabia que “o salário
do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Como haviam pecado por escolha
z, própria, os dois mereciam morrer para sempre. Se Deus os destruísse, o ini-
o migo diria algo assim para todos os seres criados: “Estão vendo? Eu não disse
e que Ele é tirano e mau?” Porém, conhecedor da misericórdia divina, o anjo
e, caído esperava que Deus passasse por alto a atitude de desobediência do casal
o transgressor. Nesse caso, Satanás acusaria o Criador de ser incoerente e infiel
- à Sua palavra. Se Ele podia ignorar a culpa dos dois humanos, por que não a
s dele mesmo?
Contudo, o rebelde não contava com algo surpreendente, que o fez se
m A pessoa que confia nas promessas divinas sabe que “todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28, ARA). Editor
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C.Qualidade
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Então, entenda e aceite que Deus não origina o mal, mas Ele usa tudo o que
for possível para que essas experiências do campo de batalha contribuam
para seu crescimento e sua salvação eterna.
Confie no Pai celestial. Ele já provou que é digno dessa confiança.
1
Julián Melgosa, Saúde e Lar, “Cicatrizes”. Disponível em: <http://www.saudelar.com/edicoes/2015/janeiro/principal.asp?send=10_psico-
logia.htm>. Acesso em 9/2/2017.
2
Márcio Tonetti, Revista Adventista, “Segredo da felicidade e da longevidade”. Disponível em: <http://www.revistaadventista.com.br/
blog/2016/02/17/segredo-da-felicidade-e-da-longevidade/>. Acesso em 9/2/2017.
What makes a good life? Lessons from the longest study on happiness.” Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8KkKuTCFvzI>.
3
Acesso em 9/2/2016.
Michelson Borges, “Saúde emocional e espiritual”, Vida e Saúde, jun. 2016, p. 8-13.
4
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>.
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á algo mais que precisamos falar sobre Laura e sobre o porquê de ela ter
decidido permanecer solteira, investindo todas as forças na carreira: ela
não confia nos homens. Não apenas por causa da experiência negativa
que teve com seu pai, na infância, perdendo aquele que deveria ter sido seu
referencial de masculinidade, mas também porque conhece homens indig-
nos de sua confiança. Laura sabe que muitos homens estão envolvidos com
algum tipo de pornografia. Como defensora dos diretos da mulher, ela sentia
arrepios ao pensar em se relacionar com um homem que vivesse comparando
O problema fica ainda mais grave quando se percebe que as crianças têm
tido acesso cada vez mais fácil à pornografia. Segundo um estudo feito pela Editor
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Vício em cigarro
Assim como a pornografia, outros vícios têm prejudicado ou mesmo
destruído a vida de milhões de pessoas. O tabagismo, por exemplo, tem di-
minuído em muitos países, mas aumentado em outros. O cigarro tem muita
popularidade entre os jovens. A nicotina tem alto poder viciante e representa
uma enorme barreira para o abandono do hábito. Se você deseja parar de fu-
mar, siga estes passos:
1. Examine seus hábitos – Há em sua vida uma infinidade de laços invisí-
veis que o ligam a objetos e situações que o estimulam a fumar. Reveja essas
circunstâncias e evite-as ou se prepare para resistir: ao deitar, acordar, tomar
café, em uma reunião com amigos, ao sentar em sua cadeira preferida, ao ficar
sozinho em algum local, ao finalizar uma refeição, etc. Fuja dessas situações.
2. Procure novos ambientes – Mude seus horários, suas reuniões e locais
costumeiros. Faça atividades saudáveis ao ar livre e em ambientes que relaxem. C
3. Inclua seus amigos e familiares – Conte a todos que decidiu parar de fu-
mar. Certamente eles o apoiarão. Se for possível, una-se a alguém que também r
queira abandonar o vício e, ao se reunirem, ambos darão e receberão ânimo. v
4. Cuide da alimentação – A desintoxicação deve ser acompanhada de t
muitas frutas e verduras. Beba muita água e sucos cítricos. Isso o ajudará a d
eliminar a nicotina e a desejar cada vez menos o cigarro. v
5. Faça exercícios – O exercício físico o fará relaxar das tensões da desinto-
xicação e lhe proporcionará um bom estado de ânimo. c
6. Dê um prêmio a você mesmo – Estabeleça recompensas para o ciclo de d
alguns dias de vitória: vá a um lugar especial ou compre uma roupa com o que m
você economizou sem os cigarros.
7. Busque apoio na dimensão espiritual – Muitos viciados desprezam esse r
meio e não obtêm êxito. Experimente conversar com Deus como se estivesse
falando com um amigo e peça a Ele forças para vencer o vício. a
60
61
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63
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1
“‘Kids’ top searches include ‘porn’”, BBC News online. Disponível em: <http://news.bbc.co.uk/2/hi/technology/8197143.stm>. Acesso em
9/2/2017.
2
“Italian men suffer ‘sexual anorexia’ after Internet porn use”, Ansa. Disponível em: <http://www.ansa.it/web/notizie/rubriche/en-
glish/2011/02/24/visualizza_new.html_1583160579.html>. Acesso em 19/02/2017; “Is internet pornography causing sexual dysfunc-
tions? A review with clinical reports” Behavioral Sciences. Disponível em: <http://www.mdpi.com/2076-328X/6/3/17/htm>. Acesso em
19/2/2017. P. Damiano; B. Alessandro; F. Carlo, “Adolescents and web porn: A new era of sexuality”. International Journal of Adolescent
Medicine and Health (2015), 28: 169-173.
Albert Mohler, “Hijacking the Brain: How Pornography Works”. Disponível em: <http://www.albertmohler.com/2010/02/01/hijacking-
3
Ibid.
4
William M. Struthers. Wired for Intimacy: How Pornography Hijacks the Male Brain. Londres: IVP Books, 2009, p. 76.
5
6
Ibid., p. 69.
7
G. Richards; A. Smith, “Caffeine consumption and self-assessed stress, anxiety, and depression in secondary school children”. Journal of
Psychopharmacology, dez. 2015, 29(12):1236-47. doi: 10.1177/0269881115612404. Epub 27/10/2015.
8
Subin Park; Yeeun Lee; Junghyun H. Lee, “Association between energy drink intake, sleep, stress, and suicidality in Korean adolescents: ener-
gy drink use in isolation or in combination with junk food consumption”. Nutrition Journal. 13/10/2016, 15(1):87; G. S. Trapp; K. Allen; T.
A. O’Sullivan, M. Robinson; P. Jacoby; W. H. Oddy, “Energy drink consumption is associated with anxiety in Australian young adult males”.
Depression and Anxiety. Maio 2014, 31(5): 420-8. doi: 10.1002/da.22175. Epub, 9/2013.
64
- Codependência
- Na intenção de prestar ajuda aos dependentes químicos,
r alguns iniciam por um caminho perigoso: a relação de depen-
. dência mútua. Esse problema é frequente na família do viciado.
o Embora com boas intenções, a pessoa querida (mãe, pai ou ir-
s, mão) acaba lutando de forma errada pelo viciado. Demonstra
- amor cego, cedendo a seus insistentes pedidos. Utiliza grande
parte de seu tempo, esforço e energia emocional, mas acaba
- sendo um obstáculo na recuperação. É fundamental procurar
r ajuda profissional externa para acabar com esse perigoso efeito
m colateral.
s
u Doze passos
Inicialmente criados pelos Alcoólicos Anônimos, esses prin-
cípios também são utilizados com êxito pelos que procuram
m abandonar (ou já abandonaram) os jogos de azar, a gula ou o
sexo compulsivo:
n-
c-
m 1.
Admitimos que não temos força para vencer nossos
nt
vícios.
Editor
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M
de um equívoco, o reconhecemos imediatamente.
Sentimento de culpa
M
uitas pessoas vivem com um sentimento de culpa infundado; culpa
falsa ou duvidosa. Isso lhes acarreta conflitos e as seguintes tendên-
cias: complexo de inferioridade, perfeccionismo, autoacusação cons-
tante, medo do fracasso (com o consequente estado de permanente vigilância)
e exigência demasiada nos relacionamentos. Por outro lado, o sentimento de
culpa é um recurso útil que estimula a conduta correta e respeitosa, favore-
cendo a boa convivência. O sentimento de culpa real é sintoma de uma cons-
ciência alerta, que serve de autocensura e previne os delitos e a falta de moral.
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- E foi essa noção que o fez pensar em voltar. É sempre a bondade de Deus que
nos leva ao arrependimento e nos atrai a Ele (Romanos 2:4; Jeremias 31:3). Editor
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70
e
- Faça um teste
a
a Há uma relação direta entre determinadas condutas e o sen-
o, timento de culpa. As perguntas seguintes apresentam condutas
associadas à culpa. Responda com um SIM ou um NÃO.
s,
1.Você cresceu em um ambiente onde havia autoritarismo
e e intimidação?
- 2. É muito difícil perdoar os próprios erros?
3. É difícil para você perdoar aqueles que o ofendem?
- 4. Está constantemente com medo de quebrar alguma re-
a gra social?
m 5. Você se assusta diante de qualquer indício de má notícia?
6. Sente medo sempre que pensa no futuro?
7. Fica muito aborrecido quando alguma coisa não sai de
maneira perfeita?
8. Sente-se excessivamente incomodado com a falta de
pontualidade?
9. Sente, com frequência, complexo de inferioridade?
10. Sente-se facilmente desgostoso consigo mesmo e com
os outros?
11. Fica excessivamente preocupado com o julgamento que
os outros fazem de você?
12. Na sua imaginação, Deus está sempre descontente por
Rocha
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t
É
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Um monstro dentro de nós a
m
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F
a
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V
amos apresentar-lhe a última personagem deste livro. Apesar da pou- c
ca idade – Isabela tem apenas seis anos –, quando tinha seus aces-
sos de raiva, ninguém queria ficar por perto. Era realmente de dar O
medo – e dó. Quanto mais ela agia assim, mais bullying sofria, num círculo a
vicioso de provocação, explosões de raiva e mais provocações. Ela simples-
mente perdia o controle e passava a agredir os colegas e a professora. Na e
maior parte do tempo, era dócil e introspectiva, o que levava os professo- q
res e orientadores da escola a desconfiar de que ela estivesse extravasando t
alguma mágoa contida ou revolta com alguma situação, possivelmente na v
família. Aliás, fazia tempo que o pai dela não comparecia às reuniões de pais
e professores. c
Mesmo sendo apenas uma criança, Isabela sabia que o ódio, a ira e a t
agressividade não trazem benefício algum. No entanto, são tendências fortes, m
e muitos não sabem como lidar com elas, sejam crianças ou adultos. Como c
consequência, as pessoas ficam amarguradas por acabar pagando isso com a
própria saúde, além de prejudicar seus relacionamentos. v
A ira e o ódio podem se manifestar ocasionalmente e, como sentimentos c
humanos, podem se tornar inevitáveis. Porém, quando ultrapassam o nível r
esporádico, são reações que causam devastação nos relacionamentos fami-
liares, sociais e de trabalho. A agressividade física é inaceitável em qualquer e
grupo humano e deve ser prevenida. Ao que tudo indicava, Isabela não estava P
sofrendo agressões físicas, mas era evidente que sofria algum tipo de privação a
de amor. Algo não estava bem no lar daquela criança. p
72
73
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Ore – A Bíblia também diz: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles n
que os perseguem” (Mateus 5:44). Pesquisadores mostraram que, se a pessoa s
orar pelo indivíduo que a deixou com raiva, isso ameniza o sentimento ruim, d
dissipando os pensamentos negativos.2 M
T
Efeitos da ira t
Embora, no passado, fosse considerado vantajoso destampar a “panela de
pressão” quando se estava irado, hoje está claro que os riscos ultrapassam qual- 4
quer pequena vantagem que se possa alcançar com essas más atitudes. Com-
parados com as pessoas de hábitos pacíficos, os que ficam irados, em geral, c
enfrentam as seguintes situações: n
• Têm quatro vezes mais propensão a sofrer de doença coronariana. r
• Correm maior risco de morrer jovens. p
• Experimentam sentimentos de culpa após suas atitudes explosivas. m
• Seus familiares e amigos os evitam por causa de seu mau gênio.
• Mantêm uma relação matrimonial mais conflituosa. q
• São mais propensos ao uso de substâncias nocivas (fumo, álcool, drogas, etc.). le
• Correm maior risco de comer em excesso e sofrer aumento de peso. s
Antes de ficar enraivecido, pense duas vezes, pois é possível deter essa con- d
duta e evitar mais prejuízos. a
d
Profetas irritados s
A Bíblia traz alguns exemplos interessantes de pessoas que se deixaram q
vencer pela ira. Aliás, este é outro detalhe especial das Sagradas Escrituras: fé
seus autores não “douram a pílula” nem posam de heróis infalíveis. Seus defei-
tos estão todos ali registrados. Sabe por quê? Sempre há esperança para quem f
se submete à vontade e ao poder divinos. Vamos falar de dois profetas: um, do a
Antigo Testamento; outro, do Novo Testamento. d
Jonas recebeu de Deus uma missão tremendamente difícil: pregar aos mo- r
radores da cidade de Nínive. Para você ter uma ideia do que isso implicava,
basta saber que, na época, essa cidade com mais de 100 mil habitantes era a 1
capital do terrível Império Assírio. Esse povo era tão mau que não se conten- A
G
tava em matar seus oponentes; eles os torturavam de forma requintada. Eram re
ab
inimigos de Israel, e Deus queria que Seu profeta fosse até a capital deles levar
2
uma mensagem. Aí já era demais! vi
Jonas fugiu da missão. Tomou um navio para o lado oposto. E o desenrolar
da história é mais conhecido que seu desfecho. Quase todo mundo sabe que o
profeta foi engolido por um “grande peixe”, sendo, depois de três dias, regurgitado
74
s na praia. Na barriga do “peixe”, Jonas orou e se arrependeu. Foi à cidade dos as-
a sírios, disse que ela seria destruída, caso seus moradores não se arrependessem,
m, deu meia-volta e sentou-se para ver o que aconteceria. Mas não aconteceu nada.
Melhor dizendo, aconteceu: os ninivitas se arrependeram e mudaram de atitude.
Toda a cidade! Isso deixou o profeta irritado. Afinal, ele não havia anunciado des-
truição? Irritou-se com a misericórdia de Deus e se queixou ao Criador.
e Deus apenas perguntou: “Você tem alguma razão para essa fúria?” (Jonas
- 4:4), e ficou em silêncio, deixando Seu filho refletir.
- Algum tempo depois, Deus voltou a falar, revelando um pouco mais do Seu
l, caráter de amor: “Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem
nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deve-
ria Eu ter pena dessa grande cidade?” (Jonas 4:11). Deus é assim: compassivo,
perdoador, paciente. Ama a todos, inclusive os animais! No livro de Jonas, ve-
mos o Criador trabalhando pela salvação dos ninivitas e de Seu profeta irritado.
No Novo Testamento, quando se fala em transformação, uma das pessoas
que chamam a atenção é João, mais conhecido como “filho do trovão”. Ai daque-
). le que atravessasse o caminho dele num dia ruim! Certa vez, até pediu permis-
são a Jesus para fazer descer fogo do céu contra alguns desafetos! Mas o tempo
- de convivência com o Mestre foi moldando o caráter do discípulo. Em poucos
anos, ele deixou de ser o “filho do trovão” para ficar conhecido como “o discípulo
do amor”. Qual foi o segredo? Simples: proximidade com Jesus. Quem vive as-
sim, pode dizer como Paulo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu
m quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela
o
o Editor
75
C.Qualidade
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Faça um teste
ara saber se você é propenso a ficar irado, responda SIM ou
P
NÃO a estas perguntas:
I
ou não fazem as coisas de maneira completa?
7. Tem a tendência de não lembrar de nada do que falou
enquanto estava furioso?
8. Tem observado efeitos prejudiciais em seus relaciona-
mentos por causa de seu mau gênio? p
9. Depois de ficar irado, sente forte desejo de comer, fumar f
ou tomar bebidas alcoólicas como compensação pelo V
ocorrido? r
10. Já se enfureceu alguma vez até o ponto de bater em al-
guém ou em algum objeto? P
m
• Se respondeu SIM a oito ou mais perguntas, procure ajuda a
o mais rápido possível para conseguir controlar sua ira. n
Seus relacionamentos pessoais, familiares e de trabalho
estão correndo sério risco. p
• Se respondeu SIM de quatro a sete perguntas, é uma adver- o
tência de que está próximo do perigo. Procure desenvolver d
a paciência e a tolerância, e poderá conviver de forma di- c
ferente, manter a calma, ceder, observar os outros e apren-
der como conseguir o que deseja usando boas maneiras. p
• Se respondeu SIM a três perguntas ou menos, você está na “
posição certa para enfrentar a ira e o ódio. Continue assim,
m
pois você é uma pessoa difícil de se abalar.
S
c
76
Dicas do Fabricante
I
magine que você está caminhando em uma praia e vê uma frase escrita na
areia: “No princípio, criou Deus os céus e a Terra.” Então se aproxima um
surfista e diz: “Essas palavras apareceram aí na areia.” Você aceitaria essa “ex-
plicação”? E se ele dissesse que as ondas foram batendo contra a praia e o vento
foi soprando sobre os grãos de areia a ponto de organizá-los daquela forma?
Você ainda não acreditaria? E se ele, por fim, dissesse que isso aconteceu du-
rante milhões de anos? Ajudaria?
É claro que a gente não consegue aceitar uma história dessas. Sabe por quê?
Seu eterno poder e Sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo
compreendidos por meio das coisas criadas”. Editor
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Deus é o criador da vida, e ninguém melhor do que Ele para nos dizer a
como nosso corpo funciona de maneira mais adequada. A boa notícia é c
que Ele nos deixou um verdadeiro manual de instruções na Bíblia Sagrada. g
Curiosamente, as oito principais dicas do Fabricante (que alguns chamam de
“remédios naturais”) estão delineadas desde o começo, no primeiro livro das m
Escrituras, o Gênesis. Se forem seguidas, podem trazer saúde física, mental e
espiritual. p
Encare este capítulo como uma verdadeira prescrição do Médico dos mé-
dicos. São sete atitudes saudáveis confirmadas por inúmeras pesquisas cien- f
tíficas. Acredite, elas funcionam! E melhor: são gratuitas. Comece pelas que m
considerar mais fáceis (quem sabe, beber mais água) e vá progredindo na prá- m
tica das demais. Deixaremos a oitava dica para o último capítulo. É uma sur-
presa! Você verá a diferença que ela fez na vida do estressado Paulo, da ansiosa c
Laura, do depressivo Carlão e da pequena Isabela, com seus episódios de ira. b
Porém, resista à tentação de correr para lá agora. Leia, primeiramente, o que
vem a seguir. Conte com a ajuda divina para aplicar esses conceitos em sua d
vida e volte a eles quantas vezes precisar.
Confira a seguir as dicas adaptadas da matéria “Os mais simples remédios”, n
preparada por Francisco Lemos e publicadas na revista Vida e Saúde.1
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1. Beba água
“Era a Terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito
de Deus Se movia sobre a face das águas” (Gênesis 1:2).
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O corpo humano é formado por 70% de água. Portanto, fica claro que re- c
por constantemente a água que perdemos é uma atitude que representa saúde r
e longevidade. A água limpa o organismo e elimina as impurezas do sangue. v
A cada hora, o volume do sangue do corpo passa pelos rins dez vezes, para ser s
purificado.
Não tomar água frequentemente deixa o corpo vulnerável a inflamações g
e infecções, principalmente dos rins e das vias urinárias. Mas qual seria a d
quantidade ideal de água que deveríamos beber todos os dias? Em média, q
recomendam-se oito copos por dia, entre as refeições, evitando-se ingerir lí- s
quido com a comida. a
Benefícios da água – Quando você bebe água suficientemente, seu corpo se d
sente bem e envia um sinal positivo ao cérebro. Isso ajuda a melhorar o bom
humor e, consequentemente, a produtividade. Quando o estômago recebe m
água, é prolongada a sensação de s aciedade. Além disso, é bom lembrar que d
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3. Respire fundo
“Então Deus fez o firmamento [atmosfera] [...]. Ao firmamento Deus chamou
céu” (Gênesis 1:7, 8). u
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- Nossos pulmões inalam mais de 20 mil litros de ar por dia. Sua área de
s. superfície é grande o suficiente para cobrir uma quadra de tênis. O nariz é
- o nosso sistema de ar-condicionado pessoal: ele aquece o ar frio, esfria o ar
quente e filtra impurezas.
- O ar contém aproximadamente 20% de oxigênio, sendo o restante nitro-
a. gênio e outros gases. Uma vez que o corpo humano funciona com oxigênio,
s cada uma das células precisa receber um suprimento constante e renovado
desse gás, ou então morre.
o, Diariamente, passam pelos pulmões 12 metros cúbicos de ar, que entra no
o aparelho respiratório, atinge os alvéolos pulmonares, alcançando uma área su-
e perior a 70 metros quadrados. O problema é que o mesmo ar que transporta o
o oxigênio vital também pode levar outros gases menos saudáveis, além de partí-
culas que atingem os alvéolos e outras regiões onde produzem irritação.
o Geralmente, a poluição do ar atua como fator coadjuvante na doença de
e uma pessoa, pois agrava o quadro já existente. Pessoas com doenças respirató-
rias e cardiovasculares são as mais suscetíveis à poluição atmosférica.
a Precisamos respirar – A despeito da poluição do ar, precisamos respirar.
e Uma pessoa em trabalho sedentário necessita de 300 a 500 litros de ar, e, se
s estiver fazendo um trabalho físico intenso, vai precisar de 2.500 a 4.000 litros
o, por hora. Por isso, é importante passar o maior tempo possível em contato
com a natureza e nas zonas rurais, onde o ar é mais limpo.
s Quando respiramos calma e profundamente com regularidade, além de
- irrigar o cérebro, o ar chega a todas as partes dos pulmões, fazendo com que
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- cansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda
e a obra que realizara na criação” (Gênesis 2:2, 3). Editor
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- Prog.Visual
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O poder da esperança c
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eixamos para este capítulo a oitava dica do Fabricante: confie em Deus d
e tenha esperança. Mas será que esse “remédio” realmente funcio-
na? Será que a religião pode fazer algum bem real na vida dos que a s
praticam? r
O psiquiatra Harold Koenig, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, p
é um dos cientistas que vêm pesquisando a relação entre religiosidade e saú-
de. Segundo ele, não adianta uma pessoa afirmar que é espiritualizada e não t
fazer nada. Para desfrutar os benefícios da religião é preciso estar comprome- b
tida com ela. É preciso frequentar os cultos, fazer parte de uma comunidade, p
expressar a fé em casa, por meio de oração, do culto em família e do estudo le
da Bíblia. As crenças religiosas precisam de fato influenciar a vida para que
influenciem também a saúde. p
O envolvimento religioso reduz o estresse psicológico, o que diminui a in- v
flamação e a taxa de encurtamento dos “relógios biológicos” celulares, chama- is
dos telômeros, como já vimos. Eles encurtam a cada divisão celular e, quando p
se vão, as células morrem, ocasionando a degeneração do órgão. Isso explica
por que as pessoas mais religiosas vivem, em média, sete a 14 anos a mais. g
Assim, a religião só fará bem se for praticada e se for positiva, centrada em a
uma boa relação com Deus e com as pessoas, o que nos faz lembrar de Tiago c
1:27: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os n
órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.”1 d
A verdadeira religião é prática e nos torna pessoas melhores aqui e ago-
ra. Ao mesmo tempo, aponta para um futuro de esperança, como vimos no H
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e esperança em Deus como meio de sustentação vital: “Apesar disso, esta certeza
- eu tenho: viverei até ver a bondade do Senhor na Terra. Espere no Senhor.
- Seja forte! Coragem! Espere no Senhor” (Salmo 27:13, 14).
e Sua obtenção exige mais que esforço humano – No contexto bíblico, não é
somente o interesse e a decisão pessoal, mas a intervenção divina o que torna
e possível o grandioso dom da esperança. O apóstolo Paulo afirma que a ver-
- dadeira esperança provém gratuitamente de Deus: “O próprio Senhor Jesus
- Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa
m esperança pela graça” (2 Tessalonicenses 2:16).
Proporciona alegria – A esperança religiosa não é demonstrada por sofri-
e mento e penitência. A verdadeira esperança é motivo de alegria, felicidade e
r bem-estar. Paulo faz uso dessa ideia de forma clara: “Alegrem-se na esperan-
e ça, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração” (Romanos 12:12).
r, “O Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança Nele,
para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo”
al (Romanos 15:13).
m Permanece até a volta de Jesus – A esperança, de acordo com a Bíblia, tem
r como ponto culminante o retorno de Cristo a este mundo, fato que indica o
s, fim do medo, da injustiça e do sofrimento: “Enquanto aguardamos a bendi-
ta esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus
o Cristo” (Tito 2:13).
- Inclui a certeza da ressurreição – A esperança cristã anima a pessoa que crê,
a. pois ela sabe que um dia ressuscitará para a salvação eterna: “Irmãos, não que-
- eterna. Essa aceitação lhe proporcionará mudanças que darão mais sentido à
a sua existência e uma esperança muito mais completa. Editor
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Restauração N
O pai de Ronald Mallett morreu quando ele tinha apenas dez anos de ida- E
de. A causa foi um ataque cardíaco em decorrência do tabagismo. Por causa
disso, Mallett, ainda criança, decidiu que iria viajar no tempo para salvar o pai. lh
Mais tarde, ele se tornou físico, estudando por anos a fio o que considerava q
uma possibilidade real. Em 1973, com 28 anos, recebeu um PhD pela Univer- t
sidade Estadual da Pensilvânia. Foi premiado por excelência no ensino e se
tornou professor de Física na Universidade de Connecticut, sendo incentiva- s
do em sua pesquisa por cientistas como Stephen Hawking. d
O maior problema no plano de Mallett é que ele cria um paradoxo: caso ele n
consiga viajar no tempo e faça o pai parar de fumar, será eliminada a possibili- a
dade de que ele, ainda criança, se torne tão obstinado para voltar no tempo, o s
que, obviamente, faria com que ele não pudesse ter voltado!
O fato incontestável é que o passado não pode ser mudado. Vimos isso ao n
longo deste livro. O futuro ainda não nos pertence. O que nos resta, portanto,
é o presente e o que fazemos com ele. Quando Laura decidiu estudar a Bíblia
e conhecer a Deus, ativou uma reação em cadeia com a qual nem ela mesma f
poderia sonhar. A decisão de Laura não poderia mudar o passado, mas aju- à
daria a escrever um futuro de esperança para ela e para outras pessoas.
À medida que prosseguia em seus estudos bíblicos e aprofundava sua
comunhão com Jesus, ela passou a sentir um desconforto em relação ao pai.
Daquela vez, era algo diferente. Antes, quando pensava naquele homem, ela d
sentia ódio e desprezo. Como ele pôde ser tão insensível a ponto de abando- t
nar a filhinha para ir “curtir a vida”? Como podia ser tão egoísta e não pensar p
que isso deixaria marcas profundas nela? Se ele não tivesse abandonado a fa-
mília, talvez a mãe de Laura ainda vivesse, pois não teria adoecido de tanto a
trabalhar para sustentá-la. A menina assustada não teria sido criada por uma p
tia distante, não teria afundado nos livros e na carreira como forma de sufocar p
os clamores da alma. Não teria se tornado uma pessoa tão obstinada, ansiosa
e intolerante com os que a rodeavam no trabalho, o único local em que ain- E
da mantinha algum tipo de relação social. Se o pai não a tivesse abandonado, r
certamente ela não teria desenvolvido aversão aos homens e hoje poderia ter a lá
própria família e, quem sabe, filhos.
Laura não podia mudar nada disso, mas ela podia fazer algo: perdoar o
pai e se reconciliar com seu passado. Meses antes de descobrir o que estava
descobrindo, essa seria uma impossibilidade; mas, a partir dos estudos bíbli- p
cos, as coisas estavam diferentes. Ela estava diferente. O pai do filho pródigo t
não tinha recebido o filho de volta? O que dizer então dos “pais pródigos”? u
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Não mereciam também perdão? Ela tinha que fazer isso – por ela e por ele.
- Esse seria o primeiro milagre da reação em cadeia.
a Quando atravessou a porta da casa de repouso, Laura sentiu um calafrio
i. lhe percorrer a espinha. O coração acelerou, e as mãos começaram a suar. Será
a que ela teria mesmo forças? Fazia muitos anos desde a última vez em que ela
- tentara entrar naquele lugar, sem sucesso.
e Com passos lentos, ela entrou em um quarto e foi se aproximando de um
- senhor de cabelos brancos, corpo arqueado, sentado em uma cadeira de ro-
das, com o olhar perdido através de uma janela. Ele estava de costas para ela e
e não percebeu sua aproximação. Laura notou o quanto ele estava magro, com
- a pele já colando aos ossos devido ao avanço do câncer. Ele era apenas uma
o sombra do que havia sido.
Laura fez uma oração silenciosa, reuniu todas as suas forças e disse quase
o num sussurro:
o, – Pai.
a Aquela palavra, aquela voz... Há quanto tempo não as ouvia? Carlos se es-
a forçou para virar a cadeira de rodas e olhou diretamente nos olhos da mulher
- à sua frente.
– Filha? É você? Você... veio?
a Lágrimas começaram a escorrer dos olhos dos dois.
i. – Você não vai acreditar! Agora mesmo, eu estava olhando para o céu e
a disse em pensamento: “Deus, se o Senhor existe, mostre para mim. Por favor,
- traga minha filha aqui antes que eu morra. Eu preciso pedir perdão a ela, eu
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tamente minha perspectiva. Vai parecer estranho, mas é a pura verdade. Não
posso dizer outra coisa: tive um encontro pessoal com Jesus. Ele não apenas
me perdoou, mas também me ajudou a perdoar meu pai, a deixar meu passa-
do no passado e a olhar para o futuro com esperança.
Laura pegou sua Bíblia com as duas mãos e prosseguiu:
– Foi o estudo deste livro que ajustou meu foco e me fez ver que eu poderia
e deveria ser outra pessoa. As pessoas são infinitamente mais importantes do
que as coisas e os números.
Olhando bem nos olhos do funcionário, ela perguntou:
– Paulo, você me perdoa? Você me perdoa por todo o estresse que lhe cau-
sei e que, certamente, deve ter afetado sua saúde e sua família? Você pode me
perdoar?
Engolindo em seco, ele respondeu meio hesitante:
– Sim, Laura, eu posso. Eu te perdoo.
Laura se levantou, agradeceu e concluiu:
– Prometo que daqui em diante tudo será diferente.
Terceiro milagre.
Paulo saiu da sala da supervisora ainda sem entender direito o que ha-
via acontecido, mas ele se sentia bem. Sentia-se aliviado. O momento de ir
embora estava quase chegando. Ele se sentou à mesa, pegou uma folha de pa-
pel e se pôs a escrever algumas palavras. Depois guardou a folha em um enve-
lope, colocou-a no bolso do casaco e foi para casa.
– Olá, querida! Como você está linda hoje! – e deu um abraço apertado na
esposa, como havia tempo não fazia. Ajoelhou-se diante do filho e prometeu:
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– Coloque seu short. Daqui a pouco a gente vai jogar bola no quintal.
- Olhando para a filha, convidou:
- – Venha cá, linda. Tenho uma coisinha para você.
Paulo tirou o envelope do casaco e o deu para Isabela. Imaginando que
r fosse mais uma carta da escola informando sobre seus acessos de raiva, ela o
- abriu com receio. Dentro, havia uma folha com os dizeres: “Eu te amo, minha
querida.”
Com os olhos brilhando em lágrimas, ela se agarrou ao pescoço do pai,
a que disse a todos com firmeza e brandura ao mesmo tempo:
ei – Estamos precisando de Deus nesta casa. Estamos precisando de amor.
s E esse foi o quarto milagre.
1
Michelson Borges, Vida e Saúde, “Saúde emocional e espiritual”. Disponível em: <http://www.revistavidaesaude.com.br/destaques/saude-
- -emocional-e-espiritual/>. Acesso em 10/2/2017.
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