Didactica de Literaturaa

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Resolução de Exercício

Nome: Nádia Domingos Goodlaife Moisés


Código do Estudante: 708202600

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Didáctica de Literatura II
Ano de Frequência: 4º Ano
Docente: António João Baptista

Tete, Junho, 2023

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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 5

1.1 Objectivo Geral............................................................................................................. 5

1.1.1 Objectivos Especificos ........................................................................................... 5

1.2 Metodologia .................................................................................................................. 5

2. Resolução de exercício ........................................................................................................ 6

2.1 1.A didáctica de literatura entendida como uma ciência da mediação onde, ao transmitir
os conhecimentos dessa disciplina, deverá atender as capacidades e aos conhecimentos limitados
dos destinatários, segundo Karl Otto Conrady. ........................................................................ 6

2.2 2.A importância da educação literária no desenvolvimento da competência linguística


discursiva dos alunos. .............................................................................................................. 7

2.3 3.A importância da literatura, como um elemento que leva a pessoa a ter contacto com
varias ideias diferentes adquirindo uma visão mais ampla. .................................................... 10

2.4 4.A prática pedagógica do Ensino da Literatura: O papel específico do professor. ....... 11

3. Conclusão ......................................................................................................................... 13

4. Bibliografia ....................................................................................................................... 14

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1. Introdução
O presente trabalho insere-se na cadeira de Didáctica de Literatura e tem como tema resolução de
exercícios.

Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito de trabalho de campo II e visa não só desenvolver o
estudo individual no estudante e, sobretudo garantir o desenvolvimento formativo como também
classificar o estudante1.
Apresenta-se neste trabalho a resolução cujas questões são de seguinte natureza: 1.A didáctica de
literatura entendida como uma ciência da mediação onde, ao transmitir os conhecimentos dessa
disciplina, deverá atender as capacidades e aos conhecimentos limitados dos destinatários, segundo
Karl Otto Conrady; 2.A importância da educação literária no desenvolvimento da competência
linguística discursiva dos alunos; 3.A importância da literatura, como um elemento que leva a
pessoa a ter contacto com varias ideias diferentes adquirindo uma visão mais ampla e 4.A prática
pedagógica do Ensino da Literatura: O papel específico do professor.

1.1 Objectivo Geral

 Analisar a importância da educação literária no desenvolvimento da competência


linguística discursiva dos alunos.

1.1.1 Objectivos Especificos

 Explicar a importância da educação literária no desenvolvimento da competência


linguística discursiva dos alunos.
 Seleccionar e adequar os conhecimentos e atitudes para perpetuar o uso da língua
portuguesa;
 Reconhecer o papel da leitura para a formação de um aluno-leitor.

1.2 Metodologia

Para que este estudo fosse factível, o presente trabalho assenta particularmente no método de
pesquisa bibliográfica, assim como a consulta a informação electrónica, e também alguns artigos
ligados a Didáctica de Literatura, e finalmente o dialogo com alguns professores que de alguma
forma são possuidores de algum conhecimento credível do tema em estudo.

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2. Resolução de exercício

2.1 1.A didáctica de literatura entendida como uma ciência da mediação onde, ao
transmitir os conhecimentos dessa disciplina, deverá atender as capacidades e aos
conhecimentos limitados dos destinatários, segundo Karl Otto Conrady.

Na perspectiva de Karl Otto Conrady, a didáctica da literatura será entendida como uma ciência da
mediação a qual, ao transmitir os conhecimentos dessa disciplina, deverá atender às capacidades e
aos conhecimentos limitados dos destinatários, enquanto que a ciência da literatura se poderá
dedicar ao objecto, sem que tais limitações constituam obstáculo.

A visão da didáctica de uma disciplina como uma ciência de integração parte do princípio de que
a disciplina em causa trata do objecto, a sociologia e a psicologia estudam o aluno e a sociedade, e
a pedagogia estabelece e fundamenta os objectivos gerais da educação, de forma que, ao organizar
os processos de aprendizagem, ela terá de reunir as três áreas.

Deborlav chama a esta concepção o entendimento pedagógico do leigo /conceito positivista da


ciência que rejeita qualquer interrogação sobre o sentido da ciência como não tendo carácter
científico, porque entre o ser e o dever ser vê um fosso intransponível.

Alfred Clemens Baumgärtner rejeita a ideia da didáctica da literatura como uma ciência da
mediação, porque isso acarretaria a adopção de critérios formais e específicos de cada género
literário, próprios da ciência da literatura. Baumgärtner pretende que a didáctica da literatura
desenvolva a sua própria atitude problematizante em relação ao objecto da literatura.

Aceitando a concepção positivista da ciência da literatura que exclui a relevância do literário para
a existência humana, a questão do sentido formativo só poderá colocar-se na medida em que a
didáctica da literatura se separar da ciência da literatura.

Porém, Peter Heintel defende que a questão do sentido formativo (a dimensão didáctica) deve ser
procurado dentro da própria ciência e não ser lhe aduzido a partir de fora: a disciplina deve assumir
a sua especificidade pedagógica e formativa. Recorrendo aos conteúdos que lhe são específicos,
ela deverá provar qual é ou qual poderá ser a sua missão no que respeita à formação do homem. O
modo como ela leva estes conhecimentos a cada um, é, em comparação tarefa secundária.

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Como refere Timmermann a ligação da didáctica de uma disciplina à ciência dessa disciplina só
pode ser justificada, na medida em que esta última contribui para a compreensão que o indivíduo
tem de si próprio e do mundo.

2.2 2.A importância da educação literária no desenvolvimento da competência linguística


discursiva dos alunos.

A educação literária assume um papel importante no desenvolvimento da competência linguística


discursiva de um aluno com competência criativa, consciente social e culturalmente, oportunizando
ao aluno uma nova maneira de repensar a sociedade e o mundo.

A diversidade de gêneros textuais apresentados aos alunos possibilita a percepção das diferenças
estruturais, além de abranger o pensamento humano, a emoção e a experiência. Dentre os gêneros
textuais a serem percorridos, sugere-se resgatar os textos literários por possibilitarem a formação
de indivíduos críticos capazes de interagir socialmente.

Para Martins (1998, p. 29), “o texto literário possui um conjunto de atributos que são fundamentais
na interacção com o leitor, entre eles a possibilidade de identificação, pois nesse tipo de texto as
ideias e opiniões transparecem mais facilmente, promovendo um elo que ultrapassa os limites do
próprio texto”.

Possui a capacidade de comover, de cativar com estórias e factos que muitas vezes fazem o leitor
vivenciar a situação lida ou algumas vezes, reviver na obra literária a própria história de vida. Além
disso, o texto literário também tem condições de transportar o leitor a épocas passadas. A descrição
e reconstrução de ambientes e costumes permitem que viaje no tempo e no espaço.

A leitura literária na sala de aula é importante na construção cognitiva do aluno porque lhe permite
construir sentidos e, dessa maneira, a encorajá-lo a encontrar o sentido do texto com a ajuda de um
método complexo onde se interpenetram significações aprendidas, convenções sociais, leituras
anteriores, individuais e gosto pessoal. Ao atribuir um valor acrescentado à informação,
transforma-a em conhecimento e, consequentemente em cultura Mas a leitura do texto literário
como leitura essencialmente interpretativa levanta algumas questões.

O professor deverá iniciar os alunos num método de análise literária adaptado à sua idade e
desenvolvimento cognitivo. No método tradicional escolar da “explicação do texto” o papel do

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professor apresenta-se como o detentor de uma única interpretação e, por vezes, não aceita outras
interpretações divergentes das suas.

O discurso estetizante dos manuais determinam em grande parte a leitura do aluno e podem
bloquear o trabalho do aluno leitor. Sendo o texto literário o lugar privilegiado para o
desenvolvimento de uma competência cultural, aliada ao desenvolvimento da competência
literária, linguística e textual, comandando um verdadeiro trabalho sobre o funcionamento dos
textos, convirá desenvolver competências literárias de que a mais importante consiste na
combinação de um primeiro nível de construção (a compreensão) com outro mais complexo
(interpretação).

A dificuldade em resolver este duplo nível e em interpretar o que é difícil compreender gera maus
leitores porque compreender e interpretar são dois procedimentos de leitura diferentes: os direitos
do texto e os direitos do leitor. O ideal é levar os alunos a viver afectivamente, a submeterem-se à
ficção, abandonarem-se à ilusão referencial, deixarem-se transportar pela história, reagindo
emotivamente ao que lhe é proposto. Assim sentirá prazer e gostará de ler textos literários. Não
estamos perante um saber enciclopédico sobre autores e obras, trata-se de construir no aluno a
sensibilidade para a leitura literária que favoreça a perspectiva histórica da obra, a descoberta de si
e uma melhor consciência e compreensão do mundo. Iniciar o aluno no património literário é lançar
as bases sólidas de uma competência cultural e estética.

O texto literário é lança as bases sólidas de uma competência cultural e estética. A intervenção do
professor deve potenciar o protagonismo do aluno na construção de sentidos. Para isso, tem de
fazer interagir na sala de aula a leitura individual e o comentário colectivo, aceitar a necessidade
que os alunos têm de usufruir e experimentar as possibilidades criativas da linguagem, estabelecer
projectos de leitura e dá-los a conhecer aos alunos, inter-relacionar as actividades de leitura, de
escrita e de oral, potenciar o trabalho por projecto de forma a atribuir sentido próprio à tarefa,
combinar o enfoque cronológico com os géneros, os temas e os tópicos, integrar o conceito de
intertextualidade promovendo o diálogo entre textos de áreas diferentes e épocas diferentes, evitar
a prática tradicional da explicação rígida do texto, substituir a história da literatura pelo estudo
histórico dos textos, desenvolver a criatividade, seleccionar obras que vão de encontro aos
interesses dos alunos, levar à reflexão sobre os aspectos formais e de conteúdos e sobretudo
potenciar uma avaliação que valorize mais os processos do que os produtos.
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A leitura, literária ou nao-literária, supõe um contrato de comunicação entre dois intervenientes
autónomos: o texto e o leitor. Se uma autonomia é intrínseca ao texto, já a autonomia do leitor se
edifica e se constrói por aprendizagens sucessivas na escola e por aquisições experimentais durante
a vida. O aluno deve poder contactar com textos de diferentes tipos e com funcionalidades e
finalidades distintas, considerando os domínios do literário e do não literário. Trata-se de promover
a diversidade, não apenas das formas discursivas a abordar, mas também dos modos de
aproximação aos contextos específicos de uso de textos didácticos (artigos de enciclopédia,
manuais científicos, de opinião (jornal, revista, blogue, de textos ou filmes de publicidade,
documentários e reportagens (leitura textual e leitura visual), de relatos de viagem ou de textos de
carácter humorístico, entre outros.

No caso dos textos literários, o sentido da diversidade deve conduzir à valorização de diferenças
de modo, género e subgénero literário, de temática e de vinculação histórico-cultural; sublinhe-se
e faça-se ver ao aluno que, neste caso, não se está perante um mero “tipo” de texto, equiparável aos
anteriores, mas antes perante textos com um estatuto estético e cultural próprio. São os textos
literários que favorecem um “diálogo” mais complexo e mais rico com a experiência pessoal do
aluno, alargando as suas experiências, despertando a sua curiosidade e ampliando o seu
conhecimento do mundo e dos outros. Os textos a seleccionar devem ainda permitir ao aluno o
contacto com diferentes utilizações da linguagem oral e escrita, em função de várias perspectivas
e finalidades, levando à descoberta de novos modos de ler, em particular os que correspondem à
leitura literária. O conto é uma das mais velhas práticas do homem, tem capacidade lúdica e o poder
de encantar, constituindo uma maneira de a comunidade ver o mundo, onde a força da palavra é
responsável pelo estabelecimento de contacto entre as pessoas. Desde sempre o homem tentou
compreender o mundo e para isso ele sentiu necessidade de dizer e de contar.

Narrar é colher os factos da própria experiência transformando-os em experiência para os ouvintes;


significa também o encontro com os mistérios que envolvem o homem e a vida nos diversos
momentos de sua existência, tendo como base a tradição que transmite os eventos mais importantes
de geração a geração. As histórias são construídas para exprimir desejos, sofrimentos e as alegrias
de uma comunidade, assim a palavra tem uma função mediadora transmitindo a tradição sem perder
o tom lúdico, há um sentimento de valor e de importância do que vai ser dito.

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2.3 3.A importância da literatura, como um elemento que leva a pessoa a ter contacto com
varias ideias diferentes adquirindo uma visão mais ampla.

Conforme refere Matabel (2019, p. 94), “a Literatura desenvolve em nós a sensibilidade, tornando-
nos mais compreensivos, reflexivos, críticos e abertos para novos olhares e possibilidades diante
da nossa condição humana”.

A escrita de um texto ou leitura de materiais impressos e ou eletrônicos são o terreno no qual se


instalam a prática de leitura e a imersão na cultura escrita.

A Literatura é uma área de conhecimento de suma importância para a formação e


desenvolvimento humano, não somente pela gratuidade e entretenimento que a ficção
proporciona, mas por possibilitar aos leitores refletirem, porque vivenciam situações que
são da ficção, mas que tem inspiração na condição humana, isto é, é na vida real das pessoas
que os autores recontam essas experiências, ora valendo-se apenas do realismo cotidiano,
ora do mundo maravilhoso e fantástico (Coelho, 1997, p. 34).
De acordo com Candido (1995, p. 18), “a Literatura desenvolve em nós a sensibilidade, tornando-
nos mais compreensivos, reflexivos, críticos e abertos para novos olhares e possibilidades diante
da nossa condição humana”.

A leitura literária permite-nos refletir sobre o mundo em nossa volta, abrindo nossos horizontes,
ampliando os conhecimentos, possibilitando novas perspectivas.

Através da leitura, é possível formar também cidadãos mais críticos e preparados para o mercado
de trabalho. Afinal, não importa qual seja sua profissão, certamente ela vai envolver leitura e escrita
em determinado momento. Ou seja, a literatura é uma matéria essencial nas escolas, contribuindo
para a formação plena dos estudantes.

Zilberman (1988, p. 54), afirma que “a literatura converte cada indivíduo num leitor, introduzindo-
o no universo único do código da escrita, de sons e de imagens por hábitos.

De acordo com Martins (1998, p. 79) “ter o domínio da leitura é fundamental para interagir na
sociedade cada vez mais caracterizada por diferentes signos gráficos e imagéticos que organizam
a dinâmica da comunicação nesses tempos de multimídias e redes sociais”.

A formação literária começa em sala de aula. Na maioria das vezes, é nesse ambiente que as
crianças e adolescentes têm seu primeiro contacto com a literatura. Além de conhecer obras
importantes da história, a literatura nas escolas é muito importante na formação intelectual dos
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estudantes. Ela é uma disciplina que aumenta a compreensão do mundo, expande o vocabulário,
oferece uma forma de lazer e amplia o conhecimento sobre diversos assuntos.

A literatura ajuda a desenvolver habilidades como ler, ouvir, falar e escrever. Essas são práticas
que valem tanto para a sala de aula como para fora dela

Ensinar literatura facilita a assimilação de temas diversos. A linguagem referencial dos livros
didáticos se comunica apenas em um nível e tende a ser informativa. No entanto, as obras de ficção
também podem tratar de temas universais, como amor, guerra, perda etc.

2.4 4.A prática pedagógica do Ensino da Literatura: O papel específico do professor.

A questão de integração de saberes na didáctica de literatura implica o reconhecimento de que o


ensino se apoia em teorias e instrumentos metodológicos, bem como em estratégias de ensino-
aprendizagem da literatura.

O quadro conceptual que entendemos para a integração dos saberes didácticos de que nos
ocupamos norteia-se por três princípios que servem de orientação teórica, metodológica e prática:
o princípio da aprendizagem integrada, o a interactividade pedagógica e o da construção da
aprendizagem.

Conforme Paulo Freire (1996, p. 26), “Faz parte das condições em que aprender criticamente é
possível a pressuposição por parte dos educandos de que educador já teve ou continua tendo
experiência da produção de certos saberes e que estes não podem a eles, os educandos, ser
simplesmente transferidos”.

Só há ensino quando o educador se desarma de certas arrogâncias para alcançar o outro e, nesse
ponto sensível, verdadeiramente tocá-lo, compreendendo o “valor dos sentimentos, das emoções,
do desejo, da insegurança a ser superada pela segurança, do medo que, ao ser ‘educado’, vai
gerando coragem” (Freire, 1996, p. 45).

Em um processo de ensino e aprendizagem, o professor deve colocar um pouco de si, daí a


importância de estar profundamente envolvido com o objeto de ensino, ciente de que este objeto,
no caso, tanto o estudante quanto a Literatura, é complexo e não pode ser redutível a alguma lógica
exata ou específica, qualquer que seja.

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O ensino parte do ponto em que o outro ignora algo, ou seja, tem início no conhecimento prévio
do aluno e segue por sucessivos momentos em que ele será estimulado à investigação.

O educador deve proporcionar uma aprendizagem significativa e crítica a partir da qual o estudante
poderá observar os modelos dominantes do saber constituído historicamente e contrapô-lo às
práticas culturais que representam os conhecimentos de diversas estruturas sociais, a fim de
desmistificar a estampa dominante e preconceituosa dada a certas camadas da sociedade,
consideradas atrasadas e iletradas, baseada unicamente nos padrões estabelecidos pela elite letrada.

Aquele que ensina não é detentor do saber, mas um mediador que cria possibilidades para que o
conhecimento seja construído em um diálogo que ajudará o aprendiz a se movimentar do lugar
onde está atualmente para outro o qual nenhum dos dois domina ou prevê, mas que certamente não
é o mesmo de agora. Isso significa que a educação tem papel transformador e, como afirma
Vigotski, que o professor precisa deixar “inteiramente a condição de estojo”, a fim de desenvolver
“todos os aspectos que respiram dinamismo e vida” (Vigostki, 2011, p. 449).

O educador tem que gerar nos alunos uma transferência de trabalho.

Segundo Freire (1996, p. 38), a tarefa daquele que ensina é desafiar o estudante a produzir sua
própria compreensão daquilo que está sendo comunicado, a criar uma continuidade ao que foi
estabelecido a partir dos interesses deste.

Vigotski (2011, p. 459), defende o posicionamento de que a pedagogia, assim como a sociologia e
a psicoterapia, sempre é política e sempre patrocina voluntária ou involuntariamente um ponto de
vista em concordância com os interesses da classe social dominante que a orienta.

O professor, porém, pode manifestar, através de sua relativa autonomia em sala de aula, outros
interesses.

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3. Conclusão
Feito o trabalho, chegou-se a conclusão de que a concepção da didáctica de uma disciplina como
uma ciência de integração parte do princípio de que a disciplina em causa trata do objecto, a
sociologia e a psicologia estudam o aluno e a sociedade, e a pedagogia estabelece e fundamenta os
objectivos gerais da educação, de forma que, ao organizar os processos de aprendizagem, ela terá
de reunir as três áreas.

A literatura é uma área de conhecimento de suma importância para a formação e desenvolvimento


humano, não somente pela gratuidade e entretenimento que a ficção proporciona, mas por
possibilitar aos leitores refletirem, porque vivenciam situações que são da ficção, mas que tem
inspiração na condição humana, isto é, é na vida real das pessoas que os autores recontam essas
experiências, ora valendo-se apenas do realismo cotidiano, ora do mundo maravilhoso e fantástico.

O educador deve proporcionar uma aprendizagem significativa e crítica a partir da qual o estudante
poderá observar os modelos dominantes do saber constituído historicamente e contrapô-lo às
práticas culturais que representam os conhecimentos de diversas estruturas sociais, a fim de
desmistificar a estampa dominante e preconceituosa dada a certas camadas da sociedade,
consideradas atrasadas e iletradas, baseada unicamente nos padrões estabelecidos pela elite letrada.

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4. Bibliografia
Candido, A. (1995). O direito a literatura. Varios escritos (3 ed.). Sao Paulo: Duas Cidades.

Coelho, M. T. (1997). Problemas de aprendizagem. Sao Paulo: Atica.

Freire, P. (1996). Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários a prática educativa. Sao Paulo
Brazil: Paz e Terra.

Martins, I. (1998). A literatura no ensino médio. Corresponde ao Estágio de Regência no Ensino


Médio, Componente Curricular obrigatório no Curso de Letras Vernáculas do Campus IV
UNEB.

Matabel, F. (2019). Manual de Língua Portuguesa. Maputo: Associacao Progresso. Acesso em 13


de Setembro de 2019, disponível em www.wikijornal.com

Vigotski, L. (2011). Psicologia pedagógica. Tradução do russo e introdução de . Paulo Bezerra.


São Paulo: Martins Fontes.

Zilberman, C. (1988). Ensino de Literatura: A formação do leitor, Elisângela da Silva graduanda


de letras vernáculas pelo Campus IV-UNEB.

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