PSICOLOGIA E RELIGIAO Mod 1
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RELIGIÃO
BELO HORIZONTE
INTRODUÇÃO
http://psicologiadospsicologos.blogspot.com.br/2012/08/sobre-psicologia-religiao-e-outras.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_da_religi%C3%A3o
Para Hillman (1984), desde que Nietzsche declarou que Deus estava
morto e que Freud relegou a religião a uma neurose e uma ilusão, a psicologia
tem adentrado, com maior intensidade, nos domínios da teologia. Considera,
também, que há uma psicologiazação da experiência religiosa em muitos casos,
enquanto, em outros há uma análise puramente sócio-cultural da experiência
religiosa.
Rizzuto (2006) ressalta que, nesta mesma obra, Freud já manifestara sua
ideia de que não fora Deus quem havia feito o ser humano, e sim que este criara
Aquele à sua imagem e semelhança.
Entre os principais escritos de Freud, relacionados à religião à experiência
religiosa, pode-se citar: Totem e Tabu (1912 - 1913), O futuro de uma ilusão
(1927), O mal estar na civilização (1930), Moisés e o monoteísmo (1934 - 1938).
Em algumas destas obras, há um contundente mergulho na experiência clínica
entendida, obviamente, sob o viés psicanalista. Já em Totem e tabu, é possível
encontrar um estudo antropológico da religião, conforme ocorrido no caso de
Moisés. Na mesma obra pode ser encontrada a afirmativa acerca do que, para
Freud, estava na gênese da experiência religiosa, ou seja, a figura paterna e a
sua relação com o indivíduo. Pois, para ele, a relação pessoal do homem com
Deus depende da relação com o pai e a mãe, em carne e osso, sendo que oscila
e se modifica de acordo com as nuances desta relação.
http://pablo.deassis.net.br/tag/carl-jung/
Jung demonstrava grande apreço por todas as religiões e foi, sem dúvidas,
um grande estudioso da religião, enquanto entidade cultural. Porque, segundo
ele, as religiões conservavam imagens simbólicas que provinham do
inconsciente. “As organizações ou sistemas são símbolos que capacitam o
homem a estabelecer uma posição espiritual que se contrapõe à natureza
instintiva original, uma atitude cultural em face da mera instintividade. Esta tem
sido a função de todas as religiões.” ( JUNG 2002, p. 67).
Para Maslow, toda pessoa tem tendência para se auto realizar. Mas,
precisa satisfazer outras necessidades, por ele apontadas na chamada
hierarquia das nas necessidades, antes de chegar a essa realização plena.
Em sua obra Introdução à psicologia do ser (s.d.), Maslow faz uma crítica
a um modelo de psicologia que passe à margem deste tipo de experiências, uma
vez que, para ele, as experiências culminantes estão entre as metas principais
da vida, validando e justificando a própria existência:
As experiências culminantes de puro prazer estão, para os meus
sujeitos, entre as metas fundamentais da existência e são validações e
justificações desta. Que o psicólogo as despreze, as ultrapasse de
largo ou ignore até, oficialmente, a sua existência, ou ² o que ainda é
pior ² nas Psicologias objetivistas, negue a priori a possibilidade de sua
existência como objetos para estudo científico, é algo incompreensível.
(MASLOW , s.d., p. 109).
May (2001) atesta que metade do seu trabalho psicoterapêutico tem sido
dedicada a pessoas que tem “backgroud”, especificamente, religioso. E, é a partir
desta experiência, que ele escreve acerca de aspectos que considera de
fundamental importância a questões ligadas à religião.
Para May (2001), a atitude, do direito divino de ser cuidado, é algo nocivo
à maturidade da pessoa, uma vez que, seu bom comportamento se motiva pela
obediência e esta, geralmente, não se pauta numa opção responsável segundo
a ética. Assim, o fazer o bem, sempre, tem de ser recompensado. E quando a
recompensa não vem (visto que, na verdade, a própria virtude já é a recompensa)
a pessoa se sente ressentida.
May (2001) identifica, ainda, outro aspecto negativo advindo desta mesma
crença, assim como a pessoa se sente sujeita a uma ação poderosa de outrem
a quem considera superior, também, identificará pessoas que considera inferior
a si e sobre as quais tem o direito de exercer seu domínio.
Diz May (2001) que é, precisamente, por meio da análise, que a pessoa,
sentindo ansiedade, procura a autoridade do analista. Mediante tal perspectiva,
é importante que a pessoa se pergunte sobre qual ansiedade lhe faz desejar
refugiar-se junto a uma autoridade ou identificar de qual problema está tentando
fugir.
May (2001) fala, também, que a religião é construtiva quando fortalece, na
pessoa, o senso de dignidade e de valor e, ainda, quando desenvolve
consciência ética, liberdade e responsabilidade.
Eric Fromm (1900 1980) - Eric Fromm tece, em suas obras, muitos
comentários acerca de questões pertinentes às instituições religiosas. Em sua
famosa obra Análise do homem (1970), o autor dedica algumas páginas à
questão da fé. Comenta que, em sua época, a igreja e, também a fé, em face ao
progresso da razão, foram menosprezadas.
Fromm (1970) fala que ter fé numa pessoa diz respeito à fé que temos em
nós mesmos e na humanidade. Para o autor, a fé na humanidade é a mesma fé
que foi expressa, em termos religiosos, no ocidente pela religião judaico-cristã e,
também, nas ideias político-sociais de seu século.
Fromm (1970) fala, também, que a fé racional não pode se aliar ao uso do
poder. Para ele, quando os sistemas religiosos se unem ao poder, acabam por
abandonar a fé racional, fazendo com que as religiões se corrompam e percam
o seu vigor. O autor também salienta que há uma conexão entre a fé racional e
o objeto depositário da fé.
http://www.contioutra.com/viktor-frankl-e-a-psicologia-do-sentido/
Heckerth (2004) afirma que Frankl leu a busca por sentido como
expressão de um inconsciente espiritual. Frankl acreditava que iria além de Jung,
quando, alinhando-se aos existencialistas, colocava uma carga de
responsabilidade no homem, enquanto ser livre e responsável.
A crítica de Frankl a Jung, decorre do fato de Jung considerar que a
religiosidade se liga a impulsos e instintos. No entendimento de Frankl (1990),
Jung não teria localizado, corretamente, a religiosidade inconsciente do ser
humano, uma vez que não situou Deus num inconsciente pessoal e existencial,
mas numa esfera coletiva. É como se, para Jung, algo dentro da pessoa, que
não ela própria, a impelisse para Deus. Tal postura, para Frankl (1990), retira a
responsabilidade que a pessoa tem pelas suas próprias opções.
Nesta mesma obra, Frankl (1985) faz várias críticas à psicanálise, ao falar
do mecanicismo psicanalítico, o qual, segundo ele, havia reduzido o
Embora sendo de origem judaica, Lindqvist (1998) explica que durante sua
vida, Moreno leu diferentes autores religiosos e em 1910 formulou sua ideia de
Deus. Para ele, Deus não poderia ser entendido como um criador distante, mas
como uma força ativa do universo, a qual se manifestava nos lugares onde
funcionassem a criatividade e espontaneidade.
Lidqvist (1998) cita, também, que este livro gerou muitas controvérsias,
pelas quais alguns o denominaram uma amostragem da megalomania e
insanidade de Moreno, enquanto outros o consideram a grande e principal obra
do autor.
Moreno, tanto na obra As palavras do Pai quanto em muitos outros de
seus escritos, fala de Deus. Entretanto, ressalta-se que, embora falasse muito
de Deus, Moreno dissocia sua imagem do divino das imagens pré-concebidas
pela teologia. Ele queria, de acordo com Lidqvist (1988), encontrar uma nova
compreensão de Deus. Em sua obra, fica evidente a distinção feita por ele entre
o Deus do primeiro status e o Deus do segundo status.
Moreno, ao final de sua vida, já não escrevia muito sobre suas ideias
religiosas, contudo, segundo Lindvist (1988), ele tinha uma visão de que a
secularização e o materialismo eram grandes ameaças para a humanidade.
Todos podem retratar sua versão de Deus por meio das próprias ações,
e, assim, comunicar sua própria versão aos outros. Não é mais o
mestre ou o papa que corporifica Deus. A imagem de Deus pode
assumir forma e corpo por intermédio de qualquer homem o epilético,
o esquizofrênico, a prostituta o pobre e o rejeitado. Todos eles podem,
a qualquer momento, subir ao palco, quando chegar o momento da
inspiração, e dar a versão do significado do universo. Deus está
sempre dentro de nós e entre nós, assim como acontece com as
crianças. Em vez de descer dos céus, ele entra pelo palco. (MORENO,
1975 p. 21-22 apud LINDQVIST, 1998, p. 246).
http://academiadocerebro-pe.com.br/wilhelm-reich/
Segundo Raknes (1988), na teoria reichiana, encontra-se um acentuado
estudo e teorização acerca do fluxo energético, isto é, da bioenergia. Esta, no
entendimento de Reich, é percebida, subjetivamente, por meio de uma sensação
prazerosa, quando em livre fluxo; e sentida desagradável, dolorosa ou
angustiantemente quando este fluxo é interrompido por algum motivo.
http://www.lowenfoundation.org/
Lowen (2001) fala, também, que a transcendência pode ser alcançada por
atos de natureza não sexual ou mística. Isto acontece quando, por exemplo, o
ser é tocado de grande compaixão mediante algum fato marcante. Assim, ele
não mais acredita ter um espírito e, sim, ser possuído por este.
Lowen (2001) fala que as curas espirituais não são frutos de uma força
externa. Nem mesmo as curas praticadas pela medicina são, de fato, garantidas
pelas técnicas ou medicamentos. Para ele, trata-se de frutos de uma postura da
própria pessoa. Ele entende que a fé atua interiormente, embora possa ser
evocada como experiência de amor.
1. A crise xamânica;
2. O despertar da Kundalini;
3. Episódios de consciência unitiva (“Experiências culminantes”);
4. Renovação psicológica por meio do retorno ao centro
http://4x15.com.br/ciencia-e-religiao/
A psicologia da religião costuma hoje ser definida como o estudo do
comportamento religioso, ou seja, aquele que é determinado por uma crença
numa dimensão transcendente; dimensão esta, que em nossa cultura ocidental,
tem disso tradicionalmente chamada de “Deus”. Para outros, entretanto, este
campo de define como o estudo dos aspectos psicológicos relacionados à
experiência religiosa. Ele emergiu formalmente em meados de 1890, embora a
primeira tentativa de se compreender psicologicamente o fenômeno religioso
tenha ocorrido em 1746, com o trabalho do americano Jonatham Edwards,
intitulado “A treatise concerning religious affections”. O primeiro psicólogo que se
preocupou com o assunto, conforme apontado por Rosa (1971/1992) e Byrnes
(1984), foi Stanley Hall, em seus estudos sobre a conversão religiosa na
adolescência. O primeiro livro intitulado Psicologia da Religião foi de autoria de
Diller Starbuck, em 1899, considerado ponto inicial para o estudo sistemático
deste campo enquanto disciplina formalmente constituída. Mas foi Willim James
quem ficou conhecido como o principal pioneiro em psicologia da religião.
Publicou, em 1902, sua clássica obra “The varieties of the religious experience”,
onde propõe uma abordagem pragmática de extensos e variados escritos e
depoimentos religiosos.
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Rubem. O que é religião. São Paulo: Ars Poética, 1996. 101 p.
i) Abrahan Maslow
j) Rollo May
k) Eric Fromm
l) Viktor Emmil Frankl
6) De acordo com seu conhecimento marque a alternativa correta referente ao
estudo de psicologia e religião:
b) Jacob Levi Moreno em 1925, foi para os Estados Unidos, onde faleceu em
Nova York em 1974.
8). Marque a alternativa que apresenta o nome do autor inerente aos estudos:
e. Elsa Einstein
f. Ken Wilber
g. Max Planck
h. Thomas Edison
9) A respeito de psicologia e religião marque a alternativa incorreta:
a) A terminologia empregada para designar o campo da psicologia que investiga
ou trabalha com o tema da religião, religiosidade e/ou espiritualidade tem sido
problematizada desde suas origens.
a. Abrahan Maslow
b. Eric Fromm
c. Ken Wilber
d. Sigmund Freud