Art 02 - Empreendedorismo I
Art 02 - Empreendedorismo I
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RESUMO
1.INTRODUÇÃO
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2.CENÁRIO ATUAL
“Há duas coisas nas quais se baseia o sucesso em qualquer lugar: a primeira é
que a intenção e a meta da ação devem ser determinadas de forma correta; a
segunda, é encontrar os meios que levam a essas metas. Assim temos de dominar
ambos nas artes e nas ciências: a meta e o caminho para atingir a meta.”
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Educação Empreendedora na Área Tecnológica
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Como toda crise, duas vertentes podem ser observadas: as negativas, com
implicações de alto custo social, mas também as positivas que estimulam inovações.
Conforme coloca HOCHLEITNER (2000):
“ Como bastam seis meses para que novas tecnologias comecem a ocupar o lugar
daquelas utilizadas pelo especialista, para se manter em forma ele tem de estar
constantemente aprendendo algo novo.”
Todas estas questões apontadas pelos estudiosos, são características que devem
compor a personalidade do indivíduo, pois a bagagem técnica dos candidatos a um lugar no
mercado de trabalho (quer como empregado ou empreendedor), não difere muito umas das
outras, além do fato de se poder treiná-los. Já a personalidade é algo que o indivíduo já traz
consigo através de uma formação ao longo do tempo.
Daí a importância das instituições de ensino tecnológico, quer em nível médio ou
superior, em oferecer ao aluno valores novos para sua personalidade em formação, que
coadunem com suas necessidades futuras.
Ao discutir o futuro dos estudantes atuais no mercado de trabalho, FRANCO
(2000) coloca que:
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“.... no futuro do emprego ou do trabalho, é certo que teremos cada vez menos
‘profissões’ e cada vez mais ‘profissionais’. O foco do mercado de trabalho está
em constante evolução para buscar sempre a melhor pessoa , levando em conta
toda sua formação humana, e não apenas o aprendizado especificamente técnico
... Hoje , e cada vez mais, é preciso antes de tudo ser. Mas ser o quê? Ser humano
... Para um jovem estudante, é preciso dizer que o futuro que o espera depende
menos do mundo e mais dele mesmo.”
A revista VEJA (19 de outubro de 1994 – pág. 91) em sua seção “ESPECIAL”,
apresenta o quadro a seguir, onde analisa o “perfil do profissional” através do tempo :
4. EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
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Com estes dados, pode-se observar que a qualidade dos empreendimentos são
ruins o que necessariamente reflete a qualidade dos empreendedores.
Embora os números mostrem problemas na área do empreendedorismo, SANTOS
(1995) coloca que: “os desafios para os empreendedores neste crepúsculo do século são
ponderáveis , e não invencíveis.”
A nosso ver, uma das maneiras de enfrentar tais problemas é fazê-lo através da
Educação Empreendedora.
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algumas ferramentas que os ajudarão na competição que irão enfrentar, quer como donos do
próprio negócio ou empregados em empresas.
FILLION ( 1991 c ), afirma que no campo da educação empreendedora,
“Os elementos essenciais parecem ser o desenvolvimento da imaginação e da
criatividade, bem como a habilidade de canalizar energia para os objetivos que o
empreendedor quer atingir.”
Outro dado importante apontado como fundamental aos empreendedores, é o
estudar continuamente. COLLINS E MOORE (apud. FILLION – 1999 b), afirmam que
“empreendedores de sucesso nunca param de aprender.”
Tal aspecto, nos remete a refletir sobre o aprender a aprender, característica básica
da educação empreendedora.
Ainda FILLION (1991 a), faz três reflexões sobre a relação educador/educando na
educação empreendedora :
1ª reflexão: “ O educador deverá adquirir a lógica do empreendedor e isso se faz
seja pelo contato direto com os empreendedores, seja pelo estudo de empreendimentos, seja
pela leitura de testemunhos e de vidas de empreendedores.”
Portanto, observa-se que não se trata de introduzir matérias ou cursos novos nos
programas já existentes. A proposta se volta fundamentalmente para a maneira de ensinar. É
conduzir o educando a questionar mais e a relativizar os conteúdos, ao invés de fornecer
respostas prontas, incentivando o educando a se desembaraçar sozinho.
Quanto ao nível de ensino a que esta proposta possa se encaixar, somos de parecer
que seria conveniente tanto ao ensino médio quanto ao superior.
Entretanto FILLION (1991 a), afirma:
CONVENCIONAL EMPREENDEDOR
Ênfase no conteúdo que é visto como meta Ênfase no processo
Aprender a aprender
Conduzido e dominado pelo instrutor Propriedade do aprendizado pelo participante
O instrutor repassa o conhecimento O instrutor como facilitador e educando.
Participantes geram conhecimento.
Currículo e sessões fortemente programadas. Sessões flexíveis e voltadas para as necessidades.
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6. MÉTODOS E TÉCNICAS
FILLION (1991 a), frente às reflexões e estudos que realizou na área da educação
para empreendedores, propõe como metodologia de ensino, algumas posturas que,
resumidamente, são apresentadas no quadro a seguir.
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7. CONCLUSÕES
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FILION, Louis Jacques, A Natureza dos Pequenos Negócios e Suas Implicações para as
Atividades Gerenciais, Departamento de Administração e de Economia da Universidade
de Quebec – Canadá , TRAD. Nely R. V. Mendes, 1991b, mimeografado.
FRANCO, Simon, Farol Alto , São Paulo, in Revista Exame, n.º1, ano 34, 12 de janeiro de
2000, pág. 111.
GOHN, Maria da Glória, Educação Não – Formal e Cultura Política, São Paulo, Cortez
Editora, 1999, 120 p.
POLES, Cristina, Como Eles Conseguiram , São Paulo, in Revista Veja, n.º 42, ano 32, 20 de
outubro de 1999, pág. 88.
TOFFLER, Alvin, A Terceira Onda – O Choque do Futuro, TRAD. João Távora, Rio de
Janeiro, Editora Record, 1997, 491p.
TOFFLER, Alvin e TOFFLER Heidi, Criando uma Nova Civilização – A Política da Terceira
Onda, TRAD. Alberto Lopes , Rio de Janeiro , Editora Record, 1996, 142p.
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