Livro de Português CM
Livro de Português CM
Livro de Português CM
Wagner Santos
CM1 2023
www.estrategiamilitares.com.br
Sumário
APRESENTAÇÃO 3
Apresentação do professor 3
Metodologia 4
Cronograma de Aulas 5
Apresentação do material 6
2 SEMÂNTICA 10
2.1 Semântica nas provas 11
2.2 Sinônimos e Antônimos 17
2.3 Homônimos e Parônimos 24
2.4 Hiperônimos e Hipônimos 33
3 EXERCÍCIOS 35
Lista 01 – Exercícios sem resolução 35
Lista 01 – Gabarito 41
Lista 01 – Exercícios resolvidos 41
Lista 02 – Exercícios sem resolução 53
Lista 02 – Gabarito 57
Lista 02 – Exercícios resolvidos 58
Lista 03 – Exercícios sem resolução 66
Lista 03 – Gabarito 78
Lista 03 – Exercícios resolvidos 78
Apresentação
Sejam muito bem-vindos, meninos e meninas (que eu chamarei, carinhosamente, de
Bolas de Fogo em muitos momentos). Este é o material inicial de nosso curso de Gramática e
Interpretação de texto, feito e pensado em você e na melhor forma de apresentar as ideias
que são necessárias para um bom desempenho na prova do IME. Eu disse bom? Queria dizer
excelente, “maravilindo”, com sua aprovação.
Sua prova, como bem sabemos é composta por 40 questões, no quarto dia da segunda
fase, sendo que delas, 20 estão dedicadas à língua portuguesa, com a necessidade, como
bem sabemos, de produção de um exame discursivo, ou seja, há necessidade de que vocês
façam uma redação durante o exame. São questões bastante interessantes, admito, dado que
trazem relações essencialmente construídas entre dois textos que conversam entre si. É uma
boa forma de pensarmos o português, na real. Bora que só bora, bolas?
Apresentação do professor
Agora é hora de conhecer esse professor que vos fala e que tanto fala (admito que sou
um falador nato, até por isso acabei nas salas de aula e nos vídeos de vocês, rsrsrs). Você deve
estar se perguntando quem é esse professor, que já disse que me chamará de Bola de fogo
um monte de vezes?
Podem contar comigo para qualquer dúvida que você tenha, farei de tudo para ajudar
na resolução dessas dúvidas. Inclusive, teremos muitos momentos em que falaremos sobre a
linguagem de forma mais abrangente, dado que sempre acreditei, e sigo acreditando, que o
conhecimento pleno do objeto de estudo é essencial para que tenhamos um melhor
aproveitamento de nossa vida nos exames. Aproveitando que já estou falando de mim
mesmo, fica o convite para que me sigam nas minhas redes sociais (logo, logo, acrecentarei
outras redes por aí, para que possamos estreitar o contato).
Metodologia
Para que você possa entender o que te espera, Bola de fogo, nosso curso funciona da
seguinte maneira:
Realização de SIMULADOS
Viu aí como é bastante coisa? Então! Começamos pensando que devemos sempre
utilizar uma metodologia que une as formas de estudo. Juntamos a leitura com a visualização
das aulas e muito treino. Por isso, posso te dizer já de primeira que você deverá pensar da
seguinte forma, se dedicando a três frentes de estudo essenciais:
Claro que você encontrará a forma mais interessante de fazer isso. Há muitos alunos
que preferem assistir às aulas após a leitura atenta de nosso livro digital. Por outro lado, há
alunos que preferem acompanhar a videoaula enquanto lê o material. A ordem dos tratores,
aqui, não afetará nosso viaduto de aprovação. Você pode se jogar da forma como achar
melhor, mas sem deixar de lado nosso tripé colocado aí em cima. Fechado? Então, bora que
só bora.
Com relação à prática daquilo que estamos estudando, pode deixar que nosso material
tem sempre MUITAS QUESTÕES e você pode fazê-las da forma como achar melhor. Inclusive,
pensamos que você não precisa fazer todas de uma vez, podendo deixar algumas para a
revisão. Só não se esqueça de fechar o material até o dia da prova do IME. Combinado, hein?
Foco e organização serão essenciais como eu tenho certeza de que você sabe.
Para te ajudar um pouco com relação a essa forma de estudo, dê uma olhada no
organograma a seguir:
Resolução e
Resolução e
Comentários em
Simulados comentários de
questões de exames
questões inéditas
anteriores
Webnários e videoaulas
Cronograma de Aulas
O nosso cronograma de aulas está disponível em seu curso, com as datas de publicação
e a organização que seguiremos em nosso curso. É só acessar para saber quais são as nossas
próximas aulas e como elas se organizam, inclusive com os subtópicos.
A organização das aulas, com relação ao conteúdo, foi feita da forma que achamos mais
lógica e interessante para a sua preparação. Isso não quer dizer que somos os detentores da
verdade e que somente essa ordem de estudos é interessante. Pense que há uma lógica de
construção de nossos saberes. Por exemplo, diferente do que alguns professores fazem,
colocando a interpretação durante o curso, em meio às aulas de outros conteúdos, eu gosto
de pensar que vocês rendem melhor após a ampliação de conhecimento do que foi
apresentado antes. É o certo? Não posso dizer que não há outras formas. Digamos que é o
“meu” certo. Mas bora que só bora que você vai entender tudinho!
Apresentação do material
Durante esta aula, falaremos bastante sobre alguns conceitos que são essenciais para
que possamos construir nosso conhecimento com relação à língua e à sua análise. Pode ser
que, em alguns momentos, você não perceba cada um dos conceitos aqui trabalhados sendo
cobrados exatamente no seu vestibular. Contudo, pode confiar que esse conhecimento é
essencial para todas as nossas futuras aulas, sejam elas em análises mais específicas, como a
morfologia e a fonética; sejam elas mais amplas, como a análise sintática ou a interpretação
de textos.
O que eu quero dizer com isso, bolas de fogo? Que a sintaxe são as regras de
concordância, regência e outras formas de análise da língua, relacionando-se à classificação
dos termos. Mas calma que tudo isso vai ficar muito clara na sua vida, pode deixar! Não vou
colocar o “carro na frente dos bois” (ditado que eu nunca entendi mesmo). Vamos para as
partes de análise da linguagem.
Nessa parte de nossos estudos, analisamos literalmente como os sons são produzidos
e como as palavras são formadas a partir de sua estrutura mínima, o som, chamado também
de fonema. Nesses casos, analisamos elementos muito interessantes que conseguem se unir
a outras formas de pensar a linguística, como ocorre com a relação entre a fonética e a variação
linguística. Mas sem pressa, ainda falaremos sobre isso com bastante calma na aula dedicada
a essa forma de pensamento.
A estilística está ligada diretamente à ideia de estilo empregado por cada um dos
autores de texto. Na realidade, esse estilo é influenciado por várias coisas, muito importantes
para nós, na realidade. A saber:
• A intenção do autor.
• O gênero do texto.
• A linguagem do texto.
• O momento histórico do texto.
A morfologia é, sem dúvida nenhuma, um dos meus amores e uma das partes mais
interessantes do estudo da língua, porque consegue abarcar informações demais: é dela que
nascem as novas palavras, com regras de formação muito específicas, ao mesmo tempo
universais, dado que se repetem em uma série de línguas espalhadas pelo mundo e são
compreendidas de forma até lógica pelos falantes.
Além disso, como ela comporta as palavras e se relaciona diretamente com a separação
das palavras em classes que, como veremos no decorrer de nossas aulas, ligam-se
completamente com a sintaxe dos enunciados. Inclusive, já adianto que, para nós, enunciados
e frases são usados com muita constância, no lugar de somente período e oração. Já começa
a acostumar aí, bola de fogo.
A ortografia é analisada por nós, inclusive, com o intuito de que você minimize os erros
de produção textual. Não somente para a resolução de alguns exercícios, mas para ampliar
mesmo o seu conhecimento e aquela conversa que tivemos lá no começo, sobre a intimidade,
tá ligado? A ideia é fazer com que, inclusive, a sua compreensão de texto seja mais completa.
É um conteúdo meio chatinho, concordo demais com você, mas é necessário.
Na sintaxe, temos a relação clara com aquilo que chamamos de “norma culta”, aquele
pequeno “bicho-papão” que sempre persegue vocês. A ideia, então é que, ao analisarmos a
sintaxe de um texto ou de uma frase, teremos uma relação direta entre esses elementos dentro
do texto. Para entendermos o que é a norma, vejamos o que Bechara (2009, p. 28), gramático
extremamente renomado e representante da linguística na Academia Brasileira de Letras:
A norma culta é o termo usado para se referir ao conjunto de padrões linguísticos que mais
se aproximam dos usos considerados corretos pela gramática.
Ainda que a ideia do que é correto ou não em linguagem se altere muitas vezes – tanto em
função de novos acordos ortográficos quanto pelas mudanças naturais da língua – a norma
culta é o modo de escrever mais próximo daquilo que a gramática ditar na época.
Outra possibilidade muito comum nessas nossas aulas, em especial comigo como
professor, é a visão da morfossintaxe da língua, em que levamos em consideração aspectos
mais gerais, em que se somam as características das classes de palavras e as funções. Por
exemplo, estudamos a ideia de o sujeito é uma função substantiva e, por isso, somente um
elemento com essa característica, ainda que textual (dentro do contexto), pode desempenhar
a função. Esse é só um exemplinho de como funciona a morfossintaxe.
Relaxa que tenho certeza de que você vai gostar e quebrar todo o trauma com relação
ao português e à gramática. “A gente tá junto” nessa missão de te colocar no IME da forma
menos dolorosa possível.
2 Semântica
A semântica, como comentamos acima, é, sem dúvida, uma das mais importantes partes
da Gramática e vai muito além das questões de substituição de palavras ou reescrita de
elementos. Por isso, ainda que na prova do IME não sejam tão numerosas as questões
relacionadas à semântica (digo em números absolutos mesmo), esse conteúdo se faz presente
em toda a sua construção de conhecimentos sobre a língua portuguesa.
A importância da semântica no estudo da linguagem é “montada”, por assim dizer, com
um princípio interacional, por isso, quando analisamos os enunciados montados para a
comunicação, percebemos que temos uma relação de significações que são geradas a partir
das construções sintáticas. Dessa forma, dependendo da seleção vocabular e das posições
dos termos, temos modificações nos significados. Veja os exemplos a seguir.
Nos dois exemplos desse box, vemos a relação interessante com a posição e com a
estrutura dos enunciados. Percebemos, por exemplo, que os dois enunciados são
considerados ambíguos, dado que temos (ao menos) duas significações para cada um deles.
Na realidade, isso é um elemento da sintaxe em contato direto com a semântica, a chamada
ambiguidade, entendida como um defeito do texto quando ocorre de forma acidental.
Contudo, destaco que isso é semântica também. Mas não se preocupe, teremos um momento
para podermos falar sobre isso de forma bastante aprofundada. Bora que só bora para o que
nos interessa.
Trouxemos esses exemplos somente para que vocês, bolas de fogo, entendam que
temos uma modificação de significados mais ampla. Nessa aula, nos focaremos nas
modificações mais diretas de uma palavra para a outra, mas precisávamos deixar a entender
Com relação à substituição por sinônimos, eu não posso ajudar você. Por um simples
motivo: é uma questão de vocabulário. Eu não posso ensinar você a conhecer um maior
número de palavras ou significados. Isso é algo que depende do seu esforço diário! Mas eu
posso indicar alguns caminhos para aumentar seu vocabulário e gabaritar questões assim!
Você deve estar se perguntando, então, sobre como pode aumentar seu vocabulário,
não é mesmo? Essa pergunta sempre aparece no fórum e nas aulas e, para isso, tenho algumas
dicas que são bem diretas e claras para você. Podem parecer clichês, mas, nesse caso, são
clichês muito verdadeiros. Muito mesmo. Vamos dar uma olhada nessas dicas para aumentar
o vocabulário?
Outra dica mais que importante e profícua é o uso do dicionário. Acredito de verdade
que, quanto mais usamos essa ferramenta, melhor será o aproveitamento do vocabulário.
Muitos de nós não têm a prática de uso de um dicionário. Mas sejamos muito sinceros: com a
tecnologia em voga na atualidade, é muito fácil pesquisar palavras quanto ao significado. Há,
inclusive, dicionários renomados que apresentam versão digital que pode ser consultada com
frequência. Use as ferramentas que você tem para melhorar o vocabulário.
Por fim, é interessante que você troque as palavras do texto que escreve. Tente fazer
esse exercício em sua vida: escreva uma redação e busque trocar algumas palavras-chave,
buscando, mais uma vez, no dicionário possibilidades. De novo, podemos entender que a
tecnologia nos auxilia nesse caso, dado que temos muitos dicionários em que encontramos
vários sinônimos para as palavras. Se joguem, bolas de fogo!
Vejamos como seria essa cobrança em alguns exemplos de construção de exercícios.
Tente resolvê-los sem olhar os comentários, Bola de fogo!
Outro dia, falando na vida do caboclo nordestino, eu disse aqui que ele não era
infeliz. Ou não se sente infeliz, o que dá o mesmo. Mas é preciso compreender quanto
varia o conceito de felicidade entre o homem urbano e essa nossa variedade de brasileiro
rural. Para o homem da cidade, ser feliz se traduz em "ter coisas": ter apartamento, rádio,
geladeira, televisão, bicicleta, automóvel. Quanto mais engenhocas mecânicas possuir,
mais feliz se presume. Para isso se escraviza, trabalha dia e noite e se gaba de bem-
sucedido. O homem daqui, seu conceito de felicidade é muito mais subjetivo: ser feliz
não é ter coisas; ser feliz é ser livre, não precisar de trabalhar. E, mormente, não trabalhar
obrigado. Trabalhar à vontade do corpo, quando há necessidade inadiável. [...]
O vocábulo destacado em “E, mormente, não trabalhar obrigado” (1°§) não pode ser
substituído sem perdas semânticas por
(A) principalmente.
(B) especialmente.
(C) sobretudo.
(D) prioritariamente.
(E) consequentemente.
Comentários:
Alternativa A: incorreta. O advérbio principalmente apresenta a mesma
significação de mormente. Vale sempre dizer, quando estamos diante de questões como
essas, que você não necessariamente deve conhecer todas as palavras, mas deve analisar
o contexto para que tenhamos essa relação de significação.
Alternativa B: incorreta. O vocábulo especialmente mantém a significação original
do trecho, basta fazermos a substituição e analisarmos o contexto em que essa palavra
ocorre. Parta sempre desse pressuposto: precisamos trocar as palavras para podermos
entender como funciona a relação.
Alternativa C: incorreta. Apesar da modificação morfológica, sobretudo consegue
trazer, ao trecho, a mesma significação. Mormente é um advérbio de modo, enquanto
sobretudo é uma conjunção (somente para exemplificar a relação de mudança).
Alternativa D: incorreta. Prioritariamente é um sinônimo de “mormente”. Inclusive,
como vemos nas alternativas anteriores, essa construção de significados deve passar
prioritariamente pelo contexto. Uma dica muito válida é fazer, ainda que de forma
mental, a substituição da palavra e perceber a possibilidade de significação causada.
Alternativa E: correta. Nesse caso, não há uma relação de consequência no texto.
O que a autora defende é que, antes de tudo, para o homem sertanejo, felicidade é não
ter que trabalhar, principalmente de forma obrigatória, com possível referência aos
contextos análogos à escravidão e ao trabalho subumano.
Gabarito: E
Comentários
Alternativa A: incorreta. Apesar desse verbo se aproximar da ideia que as pessoas
teriam, na concepção da autora, no caso em questão, não consegue aplicar-se, visto que
o presume-se apresenta significação de possibilidade e não de certeza.
Alternativa B: incorreta. Apesar desse verbo se aproximar da ideia que as pessoas
teriam, na concepção da autora, no caso em questão, não consegue aplicar-se, visto que
o presume-se apresenta significação de possibilidade e não de certeza.
Alternativa C: incorreta. O verbo “afasta-se” não se aproxima-se em nada da
significação do verbo “se presume”. Na realidade, não há possibilidade de confusão
entre esses dois verbos.
Alternativa D: correta. O uso do verbo “se presume” está relacionado à ideia de
acreditar, ainda que não se tenha certeza. Presumir alguma coisa está relacionado
diretamente à possibilidade, sem a certeza plena, mas com boa possibilidade de ser.
Alternativa E: incorreta. O uso do verbo “sabe-se” vai de encontro à significação
original, uma vez que apresenta noção de certeza.
Gabarito: D
Essa questão apresenta mais uma vez a necessidade de análise do contexto de aparição
da palavra. É importante que analisemos a relação do verbo, que pode ter sua significação
modificada, dentro do contexto. É necessário que tomemos cuidado com a simples
aproximação entre os elementos apresentados sem o contexto, dado que os vocábulos no
português se apresentam com significações variáveis dentro de cada contexto.
Para Sempre
Ao afirmar que as mães são “tempo sem hora”, o autor constrói uma informação que
(A) usa dos significados denotativos da linguagem, sem quaisquer ampliações.
(B) amplia o uso da linguagem, ao apresentar uma modificação de significados.
(C) atrapalha a compreensão do que seriam as mães.
(D) retoma informações anteriores ao verso em que faz essa afirmação.
(E) reduz as informações do texto e causa incompreensão a ele.
Comentários
Alternativa A: incorreta. O autor faz exatamente o contrário ao construir um
enunciado com uma figura de linguagem. Nesse caso, temos uma metáfora, que amplia
a significação da linguagem utilizada no poema.
Alternativa B: correta. Nessa afirmação, o eu lírico se utiliza de um recurso estilístico
chamado figura de linguagem. É interessante notar que, por mais que o Colégio Naval
não trabalhe com a classificação das figuras de linguagem, é interessante que o
estudante saiba reconhecer quando a linguagem foge de seu uso mais corriqueiro e
objetivo.
Alternativa C: incorreta. Não temos, nesse caso, nenhuma construção que pode ser
entendida como um defeito do texto. Esses defeitos são assim chamados exatamente
por atrapalharem a compreensão do que se escreve, tornando o texto menos
interessante e menos compreensível.
Alternativa D: incorreta. Na realidade, não temos uma retomada de informações
anteriores nesse caso. O autor, na realidade, vai construindo uma série de características
para as mães, incluindo essa metáfora, que amplia os significados do texto.
Alternativa E: incorreta. Não temos, nesse caso, nenhuma possibilidade de
entender a metáfora construída como uma redução dos significados do texto e da
linguagem. Sempre que temos o uso de figuras de linguagem, devemos entender que
há ampliação da significação.
Gabarito: B
Para essa última questão, temos a construção de uma expressão, dentro de um contexto
figurado, que precisa ser analisada. Para que alcancemos a resposta correta, é necessário que
coloquemos em ação a interpretação do texto como um todo. É desse jeito que costumamos
encontrar as questões de cobrança de significação e substituição de palavras e expressões
nas provas. Bora que só bora, bolas!
Tendo observado como podemos ser cobrados dos conteúdos apresentados, chegou
a hora de olharmos para as relações de significação mais amplas. Com relação à significação
das palavras e dos termos, temos alguns conceitos bastante importantes para que você tenha
um desempenho perfeito em seu exame (a prova do IME é uma prova bem bonitinha mesmo,
admito estar entre as minhas preferidas). Vamos a eles:
Encarando a fera
a) palavrosas
b) comprovados
c) charlatães
d) hipócritas
e) incertos
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “palavroso” é alguém que se exprime com
facilidade.
A alternativa B está incorreta, pois “comprovado” é algo que foi atestada a
veracidade.
A alternativa C está incorreta, pois “charlatão” é alguém trapaceiro.
(Colégio Naval/2020)
Assinale a opção na qual o antônimo do vocábulo em destaque está correto,
observando-se o contexto.
a) "[...] que deve ser entendido para encontrarmos um caminho seguro de convivência
com as novas formas e ferramentas de comunicação.” (12º §) (amizade)
b) “No Congresso Nacional, tramitam várias iniciativas nesse sentido, que precisam ser
amplamente debatidas, [...]' (13º §) (surgem)
c) “Pior. é difícil destrinchar o que é verdade em tempo de fake news.” (4º §) (agrupar)
d) “Não há um estudo capaz de mensurar os danos causados, mas iniciativas
fragmentadas já sinalizam que ela está em risco.” (11º §) (remediar)
e) "Isso porque as fake news se valem de textos alarmistas, polêmicos, sensacionalistas,
com destaque para notícias atreladas a temas de saúde, [...]" (6º §) (desconexas)
Comentários:
(Escola Naval/2018)
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer,
reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamo- nos do perigoso e trabalhoso
mister de pensar, tendo logo uma opinião. (Sétimo parágrafo do texto)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque, no contexto, não se tem a ideia de “pensar”
como um propósito, que é entendido como um elemento que “passa” e se modifica. O
que temos é a construção de uma noção de “trabalhar” pensando.
A alternativa B está correta, porque, no contexto, percebe-se a possibilidade de
entendermos a relação como a de um “trabalho”, não literal, mas com a possibilidade de
que se pudesse pensar. A ideia apresentada é extremamente próxima da noção de
construir-se a possibilidade de pensar.
A alternativa C está incorreta, porque a palavra “artifício” não tem o mesmo
significado do apresentado pela palavra “mister” no contexto. Não se trata, nesse caso,
de ter um “expediente habilidoso”, como um dom especial guardado para pessoas
especiais, mas trata-se de uma relação de ter essa ideia como um ofício, como um
trabalho, ainda que metaforicamente.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “condão” não tem o mesmo
significado do apresentado pela palavra “mister” no contexto. Não se trata, nesse caso,
de ter um “dom especial”, uma capacidade extrema de cumprir a ação, mas trata-se de
uma relação de ter essa ideia como um ofício, como um trabalho, ainda que
metaforicamente.
A alternativa E está incorreta, porque a palavra “poder” não tem o mesmo significado
do apresentado pela palavra “mister” no contexto. Não se trata, nesse caso, de conseguir
ou não pensar, mas trata-se de uma relação de ter essa ideia como um ofício, como um
trabalho, ainda que metaforicamente.
Gabarito: B
Questãozinha boa essa, não é, Bolas de fogo? Nela, é necessário observar que as
palavras que são consideradas incorretas como resposta à questão são possíveis sinônimos
da palavra em outros momentos contextuais. Esse é o nosso The jump off de cat! O contexto
é o que nos interessa para a resolução da questão.
(Colégio Naval/2017)
Encontros e desencontros
Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao
vivo, uma cena que já me tinham descrito. Um casal de meia idade se senta à mesa vizinha
da minha. Feitos os pedidos ao garçom, o homem, bem depressinha, tira o celular do
bolso, e não mais o deixa, a merecer sua atenção exclusiva. A mulher, certamente de
saber feito, não se faz de rogada e apanha um livro que trazia junto à bolsa. Começa a lê-
lo a partir da página assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoço
inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) deu para ver que era uma
obra da Martha Medeiros.
Desse modo, os dois iam usufruindo suas gulodices, sem comentários, com algumas
reações dele, rindo com ele mesmo com postagens que certamente ocorriam em seu
celular. Até dois estranhos, postos nessa situação, talvez acabassem por falar alguma
coisa. Pensei: devem estar juntos há algum tempo, sem ter mais o que conversar. Cada
despojamento? Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, vozes
esganiçadas, garçons serenos. Sim, umas tulipas estourando de geladas e uns tira-gostos
de nosso paladar a exigirem nova pedida. Não queria perder esses encontros. Afinal, a
vida está passando tão depressa...
Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponível em: http://carloseduardouchoa.com.br/blog/
Em que opção o sinônimo indicado para o termo sublinhado NÃO mantém o mesmo
sentido daquele apresentado, no texto, pelo trecho destacado?
a) “Espichando o meu pescoço inconveniente[...].” (1º §) - esticando.
b) “A apreensão abrangente do amigo[...].” (7º §) - aflição.
c) “Conversa-se, sim, replicam.” (4º §) - respondem.
d) “[...] os dois iam usufruindo suas gulodices, [...].” (2º §) - guloseimas.
e) ''[...] confessar aquele temor que lhe está roubando[...].” (3º §) - medo.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque, ao lermos o texto, no terceiro parágrafo,
percebe-se que a palavra “esticando” tem exatamente o mesmo significado da palavra
“esticando”.
A alternativa B está correta, porque, ainda que a palavra “aflição” seja um sinônimo
da palavra “apreensão”, em outros contextos, a leitura atenta do texto não nos permite
entender que há aflição por parte do personagem. Esse é o ponto básico para a
resolução da questão: a interpretação da palavra dentro do contexto.
A alternativa C está incorreta, porque, ao lermos o texto, no terceiro parágrafo,
percebe-se que a palavra “respondem” tem exatamente o mesmo significado da palavra
“replicam”.
A alternativa D está incorreta, porque, ao lermos o texto, no terceiro parágrafo,
percebe-se que a palavra “guloseimas” tem exatamente o mesmo significado da palavra
“gulodices”.
A alternativa E está incorreta, porque, ao lermos o texto, no terceiro parágrafo,
percebe-se que a palavra “medo” tem exatamente o mesmo significado da palavra
“temor”.
Gabarito: B
A questão apresentada por último apresenta uma forma de cobrança interessante com
relação à noção de sinônimos, dado que você deve indicar aquela que não é sinônima da
destacada dentro do contexto. Perceba que, dessa forma, temos quatro sinônimos e uma
palavra que não se encaixa no contexto, ainda que entendida como um sinônimo fora do
contexto. Esse é o ponto mais interessante dessa questão.
Homônimos homófonos (homo = igual; fono = som): som igual, significados diferentes,
escrita diferente.
Segue uma lista de palavras paronímias mais importantes que podem cair na sua
prova do IME. Use essa lista para consultas futuras caso seja necessário. Vale sempre
ressaltar que essa lista que apresentamos a seguir, Bolas de Fogo, não é uma lista exaustiva,
mas que apresenta elementos importantes para a compreensão do conteúdo e,
consequentemente, para a resolução de exercícios e questões na hora do seu exame.
Inclusive, vale uma última ressalva extremamente importante para o seguimento de
nossa aula: os parônimos são próximos demais dos homófonos e, por isso, temos a
clareza de que vocês não encontrarão, em uma questão, a necessidade de escolher um
deles. Não se preocupe com isso. Então, como eu sempre digo, Bora que só bora, meus
jovens!
Não me abandonem não, viu? Precisamos ainda ver uma série bastante longa de
palavras. Quero aproveitar e indicar, para vocês, que a leitura sempre foi e sempre será a
melhor forma de aumentar o nosso vocabulário, tanto para a resolução de questões que
envolvem a semântica como nas questões que envolvem a interpretação de texto. Como eu
sempre digo e você sabe bem, quanto mais estivermos próximos à nossa língua, mais fácil
serão resolvidas questões ligadas a ela. Uma doideira, eu admito!
Ah sim, mais uma coisa interessante: fazer exercícios desse tipo de conteúdo das mais
variadas bancas é bastante legal. Normalmente, a cobrança é bastante próxima entre todas
elas e isso ajuda demais na sua construção de conhecimento. Sacou?
Voltei para dizer que só temos mais um box com palavras interessantes para vocês
conhecerem. Logo depois, vamos partir para a prática. Os exercícios são sensacionais para
esse treinamento, ainda mais com textos mais longos como os que você encontrará por aqui.
Não se esqueça de, nesse momento, ler tudo o que puder!
(EsPCEx/2018)
Assinale a alternativa em que a palavra “boca” apresenta sentido denotativo.
a) Em boca fechada não entra mosquito.
b) Não contem nada a ninguém! Boca de siri!
c) Vestirei minha calça boca de sino.
d) Na boca da noite tudo acontece.
e) É proibido fazer boca de urna.
Comentários:
A alternativa A está correta, porque, nesse caso, ainda que tenhamos a construção
de uma ideia de manter a boca fechada é importante, uma metáfora, a palavra “boca”
apresenta-se com seu sentido literal de parte do corpo humano. É literalmente não abrir
a boca para falar.
Nessa questão da Prep, ainda que não tenhamos exatamente a noção de palavras
homônimas, é importante a percepção de que os sentidos das palavras são variáveis na língua
portuguesa. Mesmo não tendo apresentado o conteúdo exato aqui, encontra-se relação com
a significação (atente-se para o box com a diferença entre polissemia e homonímia
apresentado no material).
(EsPCEx/2008)
Leia o texto abaixo e responda à questão.
Comentários:
No caso em questão, a palavra passa a ter novos significados a partir de seu
significado original. É sempre importante lembrar que, para que tenhamos homonímia,
é necessário que a palavra tenha sentidos diferentes que não se relacionam de nenhuma
forma. Assim, compreende-se que, entre as palavras em questão, há relação de
polissemia e não de homonímia.
Gabarito: E
Essa questão da Prep é uma das formas clássicas de cobrança do conteúdo aqui
apresentado: a diferença entre a polissemia e a homonímia. Perceba que temos uma relação
muito clara de ampliação de significado, fato que nos leva à resposta como polissemia e não
como homonímia.
Animal
Animal, portanto, é um hiperônimo, pois pode conter uma série de outras palavras,
mais específicas, com as quais se relaciona por terem uma essência semelhante – nesse caso,
um conjunto de seres vivos.
Os hipônimos, por consequência, são termos que têm significado mais específico em
relação a outros. Utilizando-se o exemplo acima, cachorro, cavalo, peixe, andorinha, rato
são hipônimos em relação a animal.
Observe que essa é uma conceituação essencial para a construção textual. Sempre
temos uma relação muito profunda entre a escolha de palavras e os campos semânticos
envolvidos nesse caso. É uma relação muito, muito constante, vai por mim. Lembra, inclusive,
que falei que nem sempre o conteúdo será cobrado “abertamente”? Então, esse é um dos
exemplos de conteúdo que auxiliam muito na sua preparação para a prova, colocando em
jogo a compreensão de texto que temos. Ajuda demais, vai por mim.
Vejamos, para finalizar a aula de hoje e deixar vocês animados com as questões a seguir,
alguns outros exemplos:
HIPERÔNIMO HIPÔNIMO
Em alguns exames, muitas vezes você irá encontrar as expressões Campo lexical
ou Campo semântico. São conceitos muito próximos às ideias de Hipônimo e
Hiperônimo. Saiba o que esses termos significam.
Campo semântico
Grupo de palavras que se referem a um mesmo referencial, variando conforme a
utilização contextual. Aplica-se, ainda, aos sinônimos (reais ou contextuais)
encontrados em um texto.
Campo lexical
Grupo de palavras que derivam de um mesmo radical, mantendo relação clara de
conexão com ele.
3 Exercícios
Antes de começar os exercícios, alguns avisos:
➢ Os exercícios estarão separados em três grupos, como vocês perceberão: questões
relacionadas a escolas militares variadas, com possibilidade de apresentação de
algumas questões inéditas; questões relacionadas às escolas de oficialato; e, por fim,
questões inéditas e de concursos, como ITA e IME, que apresentam um grau mais
amplo de dificuldade.
➢ Recomendo que os exercícios sejam feitos na ordem em que aparecem, dado que
tentamos montar a lista de exercícios por grau de complexidade de resolução das
questões. Por isso, temos algumas delas que apresentarão textos mais longos, dada a
complexidade da questão.
Dois quadros
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terras do Sul.
De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.
Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2020 (fragmento).
7. (EPCAR/2018)
Assinale a alternativa cuja palavra ou expressão entre parênteses NÃO substitui
corretamente a anterior a ela.
a) “O movimento, seguramente (certamente), não é homogêneo (uniforme): possui
tendências mais ou menos politizadas...”
b) “O rap de caráter mais comercial passou então (desse modo) a ser amplamente
difundido (divulgado) pelo país...”
c) “Por volta de (Em meados de) 1982, o rap chegou ao Brasil, fixando-se, sobretudo
(exclusivamente) em São Paulo.”
d) “E outra ainda, talvez hegemônica (predominante), já assimilada (absorvida) pelo
mercado, que reproduz o modelo de comportamento...”
11. (EsPCEx/2010)
“Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido.”
A palavra sublinhada indica um estado de
a) fastio.
b) enjoo.
c) arrepio.
d) distração.
e) desconfiança
12. (EEAR/2018)
Poesia do Tempo
O equívoco entre poesia e povo já é demasiadamente sabido para que valha a pena
insistir nele. Denunciemos antes o equívoco entre poesia e poetas. A poesia não se “dá”,
é hermética ou inumana, queixam-se por aí. Ora, eu creio que os poetas poderiam
demonstrar o contrário ao público.
13. (EEAR/2017)
Leia: “Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava no internato de cabelos grandes e com
uma alma de anjo cheirando à virgindade”.
(José Lins do Rego, Menino de Engenho. Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983).
14. (EEAR/2016)
O rastro divino
Documentário vê Sebastião Salgado como testemunha inigualável da história
por Rosane Pavam – publicado em 27/03/2015 05:11
Fotógrafo ou deus? Uma etnia latino-americana por ele fotografada o entendeu como
divindade, conta o próprio Sebastião Salgado em O Sal da Terra, documentário que
estreou dia 26 codirigido por seu filho, Juliano Ribeiro Salgado, e Wim Wenders. E assim
o filme parece vê-lo, uma vez que jamais mostra o contexto fotográfico em que suas
imagens foram realizadas. Não houve fotógrafos antes ou depois desse Salgado, nem
influências nem agências como a Magnum a orientá-lo...
No filme, ele é o ser único a testemunhar a história recente e a interpretá-la com a
entonação do ator. Nenhuma palavra sobre a ética a circundar seus retratos da tragédia
humana, sempre tão próximos. Do homem que viu dessa altura soberana tanto Serra
Pelada quanto os sem-terra ou o genocídio em Ruanda, o filme passa a construir o perfil
de quem, ao refazer a Mata Atlântica em sua propriedade, dá lições sobre a reconstrução
da vida global. A esse Salgado, é permitido não somente registrar o cotidiano de uma
tribo indígena brasileira quanto, ao burlar a vigilância dos preservacionistas, presenteá-la
com um canivete. O filme constitui, assim, a narrativa extensa de suas aventuras que
invariavelmente culminarão em morte, real ou insinuada nas feições dos seres e animais
em suas fotografias.
Disponível em http://www.cartacapital.com.br/revista/842/orastro-
divino-621.html, acesso em 28/03/2015.
15. (EEAR/2016)
No verso “Havia alegria e rumor”, a palavra “rumor” poderia ter sido substituída, sem
prejuízo de sentido ao texto, por
a) caminhos
b) barulho
c) destinos
d) rumos
16. (EEAR/2016)
As expressões “dormindo profundamente”, em destaque no final da primeira e da
segunda parte do poema, significam, respectivamente:
a) distraídos - dormindo
b) dormindo - mortos
c) dormindo - dormindo
d) cansados - dormindo
Lista 01 – Gabarito
1. D 9. A
2. B 10. D
3. C 11. A
4. B 12. A
5. E 13. D
6. E 14. D
7. C 15. B
8. C 16. B
Comentários:
O substantivo “mequetrefes”, que também poderia funcionar como adjetivo (como é o
caso do trecho em destaque”, apresenta dupla significação, segundo o dicionário Houaiss
Eletrônico: (1) intrometido, enxerido; ou (2) de caráter duvidoso, patifes. Ao olharmos para o
texto, segundo o contexto, conseguimos perceber que a leitura é a segunda apresentada,
encontrada na alternativa D. É importante que você sempre se lembre de que o contexto
costuma auxiliar na construção de significados de palavras que não conhecemos. Assim, ler
atentamente o texto contribui para a compreensão de palavras que utilizamos de forma menos
comum, menos corriqueira.
Gabarito: D
2. (INÉDITA – Celina Gil – 2020)
Intimidação, ataques e assassinatos servem como mecanismos que garantem a
continuidade dessas atividades. Foram 300 mortes motivadas por questões fundiárias na
região nos últimos dez anos, segundo a Comissão Pastoral da Terra.
Autores, Vários. Revista Superinteressante - Outubro 2019 (p. 35-37). Edição do Kindle.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não se trata do modo como a morte foi executada,
mas das razões que levam à morte.
A alternativa B está correta, pois nesse caso se aponta que a principal razão dos ataques
é motivada por assuntos que dizem respeito a terrenos, terras; portanto, agrários.
A alternativa C está incorreta, pois “bucólicas” transmite a ideia de uma natureza pura e
gentil, e não é o caso aqui.
A alternativa D está incorreta, pois rústicas remete à ideia de algo feito de maneira
simples, menos acabada, o que não existe aqui. Além disso, se está pensando em causas dos
ataques não o modo que são feitos.
Gabarito: B
3. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
Assinale, a seguir, a alternativa em que as palavras indicadas não apresentam dupla grafia.
a) Parênteses e parêntesis.
b) Assobiar e assoviar.
c) Comprimento e cumprimento.
d) Enfarte e Infarto.
e) Beringela e berinjela.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque os dicionários do português brasileiro
reconhecem a possibilidade de dupla grafia para essa palavra. Imagino que essa tenha sido a
mais diferente para vocês. Pois é, existem mesmo.
A alternativa B está incorreta, porque os dicionários do português brasileiro
reconhecem a possibilidade de dupla grafia para essa palavra.
A alternativa C está correta, porque, ainda que as duas palavras existam em português,
elas apresentam significados diferentes. O primeiro está relacionado à extensão das coisas, o
comprimento das coisas. Por outro lado, cumprimento é quando as pessoas, educadamente,
apertam as mãos, por exemplo. As pessoas cumprimentam-se. Como temos modificação de
significado entre as palavras, não há possibilidade de dupla grafia.
A alternativa D está incorreta, porque os dicionários do português brasileiro
reconhecem a possibilidade de dupla grafia para essa palavra.
A alternativa E está incorreta, porque o dicionário Houaiss, um dos mais completos e
renomados da língua portuguesa, apresenta a possibilidade de grafia dupla para essa palavra.
Inclusive, uma consulta rápida ao Vocabulário oficial da língua portuguesa, apresenta as duas
formas de grafia.
Gabarito: C
4. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
Em “a metáfora é tida como mero embelezamento do discurso”, o verbo no particípio não tem
tem o mesmo valor do verbo
a) vista.
b) apresentadas.
c) julgadas.
d) apontadas.
e) reputadas.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a construção “vista”, no contexto, apresenta a
mesma leitura da construção “tida”. É interessante que sempre nos lembremos de olhar para
o contexto de uso das palavras para determinar seu significado.
A alternativa B está correta, porque “apresentadas”, nesse contexto, não apresenta a
mesma leitura da forma original. Podemos apontar essa diferença pela ideia de que
“apresentadas” leva em consideração uma demonstração da ideia, fato que não temos no
original.
Assinale a alternativa em que a palavra apresentada não apresenta uma homônima que não
deverá ser acentuada.
a) Até
b) Nós
c) Saí
d) Prática
e) História
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a palavra “até” apresenta homonímia com o verbo
“atar”, conjugado como a primeira pessoa do singular, em “ate os nós”, por exemplo.
A alternativa B está incorreta, porque a palavra “nós” apresenta homonímia com o outro
pronome átono “nos”, em “Encontramo-nos com as pessoas no supermercado ontem”, por
exemplo.
A alternativa C está incorreta, porque a palavra “prática” apresenta homonímia com o a
outra conjugação “sai”, conjugado como a primeira pessoa do singular, em “ele sempre sai
cedo”, por exemplo.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “prática” apresenta homonímia com o
verbo “praticar”, conjugado como a primeira pessoa do singular, em “ele pratica futebol”, por
exemplo.
A alternativa E está correta, porque a palavra “história”, ainda que exista o verbo
“historiar”, não aceita a construção em “Ele historia na faculdade”, por exemplo.
Gabarito: E
Dois quadros
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o verbo em questão, nesse contexto, não
apresenta a ideia de alcance de um objetivo traçado anteriormente. É um verbo que indica a
noção de posse de um elemento.
A alternativa B está incorreta, porque não é o que o eu lírico pensava acerca do povo,
não se configurando como uma conclusão para o que vê. Nesse caso, teríamos a significação
de “encontrar” uma conclusão.
A alternativa C está incorreta, porque o verbo, nesse caso, tem a ver com a forma como
o povo estava: eles não tinham pão ou veste, estavam largados à própria sorte.
A alternativa D está incorreta, porque há uma possibilidade de significação desse verbo
com o sentido de enaltecimento. É como se as pessoas “achassem” ser algo bastante
importante. É uma variante muito usada na oralidade, como em “fulano se achava demais”.
A alternativa E está correta, porque o verbo, nesse caso, apresenta significação de que
o povo não tinha pão ou vestes, o que nos indica o caminho para a construção de um verbo
com significação de estado.
Gabarito: E
7. (EPCAR/2018)
Assinale a alternativa cuja palavra ou expressão entre parênteses NÃO substitui corretamente
a anterior a ela.
a) “O movimento, seguramente (certamente), não é homogêneo (uniforme): possui tendências
mais ou menos politizadas...”
b) “O rap de caráter mais comercial passou então (desse modo) a ser amplamente difundido
(divulgado) pelo país...”
c) “Por volta de (Em meados de) 1982, o rap chegou ao Brasil, fixando-se, sobretudo
(exclusivamente) em São Paulo.”
d) “E outra ainda, talvez hegemônica (predominante), já assimilada (absorvida) pelo mercado,
que reproduz o modelo de comportamento...”
Comentário:
A alternativa A está correta, pois, independentemente do contexto, “seguramente” é
um sinônimo de “certamente”, denotando a ideia de certeza; e “homogêneo” é um sinônimo
para “uniforme”, ambos denotando a ideia de algo que ocorre de maneira regular.
A alternativa B está correta, pois, “então” e “desse modo” são ambos vocábulos que
denotam a ideia de conclusão; e tanto “difundido” quanto “divulgado” denotam ideia de algo
que foi dito, apregoado.
A alternativa C está correta, pois ainda que “Por volta de” possa ser sinônimo de “Em
meados de”, “sobretudo” não significa “exclusivamente”. Denota ideia de “principalmente”
não de totalidade, restrição.
A alternativa D está incorreta, pois “hegemônica” e “predominante” são sinônimos,
denotando a ideia de algo que ocorre de maneira majoritária em algum contexto; e
“assimilada” é um sinônimo para “absorvida”, denotando a ideia de algo que é colocado para
dentro de alguma estrutura.
Gabarito: C
8. (COLÉGIO NAVAL/2014 - Adaptado)
As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender
autodisciplina. Aliás, boa parte desse trabalho é nosso, e não delas.
Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda. O que pode
ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto em que estão quando precisam focar a atenção
e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar que não se pode
esperar toda a atenção delas por muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é
um processo lento e gradual.
Adaptado de SAYÃO, Rosely. Profusão de estímulos. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 - adaptado.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto está falando de uma habilidade a ser
desenvolvida e ensinada para as crianças, não de um aprofundamento em algo.
A alternativa B está incorreta, pois a “autodisciplina” é uma matéria, não preceito ou lei.
A alternativa C está correta, pois o “quesito” se refere a “autodisciplina”, um item que
deve ser ensinado às crianças. Assim, essa é a palavra que substitui de melhor maneira o termo
em destaque.
A alternativa D está incorreta, pois o texto fala sobre uma habilidade a ser aprendida
pelas crianças, não algo que se pode ordenar que elas façam.
A alternativa E está incorreta, pois não se está falando sobre uma ordem para dar às
crianças, mas algo a ser ensinado.
Gabarito: C
9. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos)
No trecho “Enquanto eu tentava ditar os rumos da viagem, pois procurávamos os longevos
das montanhas em seus endereços eremitas, o bando de homens queria se divertir”, a palavra
em destaque não pode ser substituída por
a) duradouros.
b) macróbio.
c) idoso.
d) velho.
e) decrépito.
Comentários:
A alternativa A está correta, porque a palavra “duradouros”, no contexto, não se aplica
como sinônimo, nem mesmo contextual, de idoso. É o típico adjetivo que se liga a uma palavra
para determinar sua duração e não sua idade.
A alternativa B está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra
“macróbio” significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em
“longevos” no contexto.
A alternativa C está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra “idoso”
significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em “longevos” no
contexto.
A alternativa D está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra “velho”
significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em “longevos” no
contexto.
A alternativa E está incorreta, porque, segundo o dicionário Aulete, a palavra
“decrépito” significa, necessariamente, aquele que é mais velho, um idoso, assim como em
“longevos” no contexto.
Gabarito: A
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a palavra “artimanha” é um sinônimo de artifício
e, como o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente
relacionada com o contexto.
A alternativa B está correta, porque, ainda que “cilada” seja reconhecida como um
sinônimo de “artifício”, no contexto a palavra toma um valor de enganação, mais do que a
criação de uma situação pela qual sejamos capturados, como podemos entender a ideia de
“cilada”.
A alternativa C está incorreta, porque a palavra “engodo” é um sinônimo de artifício e,
como o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente
relacionada com o contexto.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “engano” é um sinônimo de artifício e,
como o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente
relacionada com o contexto.
A alternativa E está incorreta, porque a palavra “farsa” é um sinônimo de artifício e, como
o trecho apresenta a ideia de que nos enganamos, ela apresenta-se perfeitamente relacionada
com o contexto.
Gabarito: D
11. (EsPCEx/2010)
“Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido.”
A palavra sublinhada indica um estado de
a) fastio.
b) enjoo.
c) arrepio.
d) distração.
e) desconfiança
Comentários:
A alternativa A está correta, pois “fatigar-se” vem da mesma raiz que “fadiga”, um
sinônimo para “cansaço”, “tédio” ou mesmo “fastio”.
A alternativa B está incorreta, pois “cansaço” e “enjoo” não podem ser lidos como
sinônimos.
A alternativa C está incorreta, pois “arrepio” é uma reação física que não pode ser
entendida como sinônimo de cansaço ou fadiga.
A alternativa D está incorreta, pois “distração” é uma condição de não prestar a atenção
em algo, não necessariamente um cansaço.
A alternativa E está incorreta, pois “desconfiança” significa uma falta de certeza,
desconfiança, não cansaço.
Gabarito: A
12. (EEAR/2018)
Poesia do Tempo
O equívoco entre poesia e povo já é demasiadamente sabido para que valha a pena
insistir nele. Denunciemos antes o equívoco entre poesia e poetas. A poesia não se “dá”, é
hermética ou inumana, queixam-se por aí. Ora, eu creio que os poetas poderiam demonstrar
o contrário ao público.
Comentário:
A alternativa A está correta, pois aliada à palavra “hermética”, algo “fechado”, ou seja,
metaforicamente de difícil acesso, a palavra “inumana” denota algo que não pertence à esfera
dos homens, algo que não podem atingir.
A alternativa B está incorreta, pois a poesia é o exato oposto de compreensível. É
chamada de hermética.
A alternativa C está incorreta, pois o texto aponta que a poesia e o povo estão em uma
situação de equívoco, ou seja, a poesia não é equilibrada à linguagem humana.
A alternativa D está incorreta, pois a poesia não poderia ser incompreensível e
elucidativa ao mesmo tempo.
Gabarito: A
13. (EEAR/2017)
Leia:
“Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava no internato de cabelos grandes e com uma alma
de anjo cheirando à virgindade”.
(José Lins do Rego, Menino de Engenho. Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983).
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois, embora aspirar (termo polissêmico) possa ser usado
como sinônimo de cheirar, essa relação não se dá com o sentido de “desejar algo”.
A alternativa B está incorreta, pois, embora cheirar e inalar tenham o mesmo sentido em
determinados contextos, não é o caso do texto analisado.
A alternativa C está incorreta, pois o sentido de cheirar como consta no texto não se
refere a indagação, uma vez que o narrador expressa uma opinião sobre a qual tem certeza.
A alternativa D está correta, pois cheirar é utilizada com um sentido pouco usual,
metafórico, com o significado de aparentar, causar impressão, parecer, conforme indicado na
alternativa.
Gabarito: D
14. (EEAR/2016)
O rastro divino
Documentário vê Sebastião Salgado como testemunha inigualável da história
por Rosane Pavam – publicado em 27/03/2015 05:11
Fotógrafo ou deus? Uma etnia latino-americana por ele fotografada o entendeu como
divindade, conta o próprio Sebastião Salgado em O Sal da Terra, documentário que estreou
dia 26 codirigido por seu filho, Juliano Ribeiro Salgado, e Wim Wenders. E assim o filme
parece vê-lo, uma vez que jamais mostra o contexto fotográfico em que suas imagens foram
realizadas. Não houve fotógrafos antes ou depois desse Salgado, nem influências nem
agências como a Magnum a orientá-lo...
No filme, ele é o ser único a testemunhar a história recente e a interpretá-la com a
entonação do ator. Nenhuma palavra sobre a ética a circundar seus retratos da tragédia
humana, sempre tão próximos. Do homem que viu dessa altura soberana tanto Serra Pelada
quanto os sem-terra ou o genocídio em Ruanda, o filme passa a construir o perfil de quem, ao
refazer a Mata Atlântica em sua propriedade, dá lições sobre a reconstrução da vida global. A
esse Salgado, é permitido não somente registrar o cotidiano de uma tribo indígena brasileira
quanto, ao burlar a vigilância dos preservacionistas, presenteá-la com um canivete. O filme
constitui, assim, a narrativa extensa de suas aventuras que invariavelmente culminarão em
morte, real ou insinuada nas feições dos seres e animais em suas fotografias.
Disponível em http://www.cartacapital.com.br/revista/842/orastro-divino-621.html, acesso em 28/03/2015.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o texto entendemos que Sebastião Salgado retratou
em seu filme cenas de morte, consideradas ali tanto “real” quanto “insinuada”.
A alternativa B está correta, pois as cenas retratadas no filme de Sebastião Salgado
apresentam situações de miséria, tanto no Brasil quanto no mundo.
A alternativa C está correta, pois há o aparecimento de situações de abandono social,
como pessoas sem-terra ou genocídios.
A alternativa D está incorreta, pois em nenhum momento do texto se fala sobre
relacionamentos amorosos ou desilusões.
Gabarito: D
Texto para as próximas duas questões
Rosa
Hoje não ouço mais as vozes daquele Onde estão todos eles?
tempo Estão todos dormindo
Minha avó Estão todos deitados
Meu avô Dormindo
Totônio Rodrigues Profundamente.
Tomásia
15. (EEAR/2016)
No verso “Havia alegria e rumor”, a palavra “rumor” poderia ter sido substituída, sem prejuízo
de sentido ao texto, por
a) caminhos
b) barulho
c) destinos
d) rumos
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “caminhos” não seria um elemento que poderia ser
colocado numa festa de São João, logo, não se encaixa nesse contexto.
A alternativa B está correta, pois nesse trecho da obra se descrevem situações em torno
de uma festa de São João. Há uma descrição sinestésica, de sons e imagens. Fala-se das luzes,
das vozes, das cantigas e dos risos. Nesse sentido, o mais coerente é que “rumor”, nesse caso,
remeta à ideia de barulho.
A alternativa C está incorreta, pois “destinos” não poderia ser considerado um elemento
presente na festa de São João.
A alternativa D está incorreta, pois apesar da semelhança entre as palavras, elas são
parônimas, não sinônimas.
Gabarito: B
16. (EEAR/2016)
As expressões “dormindo profundamente”, em destaque no final da primeira e da segunda
parte do poema, significam, respectivamente:
a) distraídos - dormindo
b) dormindo - mortos
c) dormindo - dormindo
d) cansados - dormindo
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois em nenhum momento pode-se inferir que as pessoas
estejam distraídas ou não prestando atenção a algo.
A alternativa B está correta, pois na Parte I a palavra “dormindo” deve ser entendida de
maneira literal, retratando o momento do fim da festa, em que todos já se recolheram para
dormir. Já na Parte II, o poeta relembra do tempo passado e das pessoas cujas vozes ele já
não ouve mais, porque essas pessoas já estão todas mortas. “Dormindo” aqui é um sinônimo
contextual para “mortos”.
A alternativa C está incorreta, pois deve-se entender essa repetição como uma
reelaboração do mesmo termo de modos diferentes. Em cada parte, ele significa algo
diferente.
A alternativa D está incorreta, pois as vozes que não são mais ouvidas indicam que essas
pessoas estão permanentemente perdidas, ou seja, mortas.
Gabarito: B
talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma
ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios
crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem
ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-
pão assada com manteiga? Eu lhe vou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse
como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e
coco.
Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei
piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar
um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo
solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens
brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba
de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa
dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.
Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo
pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de
muitas meninas. Tinha uma que para mim uma adoração. Ah, paixão da infância, paixão
que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho
conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava
distraída, meus olhos eram outra vez daquele menino feio do segundo ano primário que
quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.
Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um
passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que
só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais
remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as
algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.
Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha
adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu
sei; uma vez na fazenda rira: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que sei lhe
ensino; são pequenas coisas do mato e da água, são humildes coisas, e você é tão bela e
estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um
pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.
Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência e torturaria;
mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços
bicando os cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando
ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi um silvo de cobra, e eu
quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego de beira de rio, com remanso,
com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre
tarde de homem.
Julho, 1945
Crônica extraída do livro 200 crônicas escolhidas, de Rubem Braga
2. (EFOMM/2019)
(...) ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim.
3. (EFOMM/2019)
Assinale a opção em que um substantivo presente no fragmento do texto tem uma noção
de aglomerado, grande quantidade.
a) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
b) Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no
capim até a beira do açude.
c) (...) vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
e) Mas eu a levarei para a beira de ribeirão, na sombra fria do bambual (...).
4. (EFOMM/2019)
O texto trata da reminiscência do autor, um homem bucólico, amante da natureza. Ele faz
uso de muitos termos que aludem à flora e à fauna.
Assinale a opção em que o termo destacado NÃO diz respeito à nem uma nem outra.
a) Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados.
b) Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás?
c) Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos
apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) (...) ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim.
e) (...) os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe.
5. (AFA/2018)
Assinale a alternativa em que a substituição do vocábulo sublinhado pelo que está entre
parênteses NÃO altera o sentido da frase.
a) “Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se alinhassem na órbita de seus ideais.”
(enfileirassem)
6. (EFOMM/2017)
Não sei como aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo (...).
7. (AFA/2013)
A Apple estava à beira da falência e só ganhou sobrevida porque recebeu um aporte
de 150 milhões de dólares de Microsoft. Jobs iniciou o lançamento de produtos
genuinamente revolucionários nas áreas que mais crescem na indústria de tecnologia. (...)
O mérito de Jobs foi ter a presciência do rumo que o mercado tomaria.
BARRUCHO, Luís Guilherme & TSUBOI, Larissa. A maçã de ouro. In: Revista Veja, 02 de jun. 2010, p.187.
Adaptado.
c) Não obstante.
d) Posto.
e) Consoante.
Lista 02 – Gabarito
1. D 6. E
2. B 7. B
3. E 8. B
4. C 9. C
5. D 10. C
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois sobretudo e acima de tudo são advérbios que
expressam mesma circunstância e, portanto, sinônimos, de modo que não ocorre mudança
de sentido.
A alternativa B está incorreta, pois tanto conforme quanto à medida que são,
respectivamente, conjunção e locução conjuntiva que expressam ideia de proporção (em
relação ao tempo, de modo que um evento ocorre progressivamente), ou seja, são sinônimos
e a troca não altera o sentido.
A alternativa C está incorreta, pois vieses e linhas de pensamento são sinônimos, de
forma que a mudança de uma expressão para a outra não altera o sentido original.
A alternativa D está correta, pois vislumbrar significa enxergar parcialmente, de forma
indistinta e fraca, enquanto prever tem sentido de antever, ter ideia antecipada. Com isso, a
troca provoca alteração de sentido.
Gabarito: D
Texto para as próximas três questões:
Passeio à Infância
Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados. E
como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás? Ou
vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos
pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão
bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!
Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no
capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é
só no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras. Ou então vamos
jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem um pé de saboneteira.
Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas
magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu
de fundo de panela?
Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira;
eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia
ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de
pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o
alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde,
as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão assada com manteiga?
Eu lhe vou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de
fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco.
Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus.
Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope
na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar
mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca
coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-
me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher
do outro lado do rio gritando.
Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela
capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas
meninas. Tinha uma que para mim uma adoração. Ah, paixão da infância, paixão que não
amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem
maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos
eram outra vez daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem
de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.
Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um
passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só
tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais
remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas
do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.
Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha adolescência
você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na
fazenda rira: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que sei lhe ensino; são pequenas
coisas do mato e da água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento
convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo
no meio dos dedos dos pés.
Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência e torturaria; mas
sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando os
cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na
piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi um silvo de cobra, e eu quisera tanto
dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego de beira de rio, com remanso, com cigarras. Mas
você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem.
Julho, 1945
Crônica extraída do livro 200 crônicas escolhidas, de Rubem Braga
2. (EFOMM/2019)
(...) ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois uma armação de alçapão não é usada, comumente,
para colher frutas, dado que é uma estrutura que prende corpos que se movem, bem como o
papa-capim não é uma espécie de fruta.
A alternativa B está correta, pois papa-capim é um pássaro, e o narrador, ao falar “armar
alçapão”, indica a construção de um aparelho para capturar a ave, uma armadilha de caça. A
questão requer um conhecimento prévio de que papa-capim é uma ave.
A alternativa C está incorreta, pois o narrador explica que armou um alçapão, o que não
condiz com a construção de um buraco na terra, e o papa-capim não é uma espécie de anfíbio.
A alternativa D está incorreta, pois ao afirmar que a estrutura montada é feita para
“pegar papa-capim”, o narrador dá a entender que o intuito é capturar o papa-capim, não o
esconder. Além disso, o papa capim não é uma espécie de vegetação.
A alternativa E está incorreta, pois, embora o alçapão seja uma armadilha, ele não é
utilizado para capturar peixes, e o papa-capim não é uma espécie de peixe.
Gabarito: B
3. (EFOMM/2019)
Assinale a opção em que um substantivo presente no fragmento do texto tem uma noção de
aglomerado, grande quantidade.
a) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
b) Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no
capim até a beira do açude.
c) (...) vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
e) Mas eu a levarei para a beira de ribeirão, na sombra fria do bambual (...).
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois os substantivos contidos no texto e seus respectivos
significados são: sanhaços, pássaro; cajus, fruta. Assim, nenhum dos substantivos possui o
sentido requerido.
A alternativa B está incorreta, pois os substantivos contidos no texto e seus respectivos
significados são: folhas, estrutura das plantas; morro, tipo de relevo; capim, tipo de
vegetação; açude, construção destinada a represar água. Assim, nenhum dos substantivos
possui o sentido requerido.
A alternativa C está incorreta, pois os substantivos contidos no texto e seus respectivos
significados são: tabatinga, denominação para argila; formas, estrutura de modelagem.
Assim, nenhum dos substantivos possui o sentido requerido.
A alternativa D está incorreta, pois os substantivos contidos no texto e seus respectivos
significados são: ideia, pensamento; pitangueiras, árvore cujo fruto é a pitanga; praia, região
banhada pelo mar. Assim, nenhum dos substantivos possui o sentido requerido.
A alternativa E está correta, pois os substantivos contidos no texto e seus respectivos
significados são: beira, borda; ribeirão, curso de água maior que um regato, mas menor que
um rio; sombra, ausência de luz, escuridão; bambual, extenso aglomerado de bambus em
determinada área. Assim, o substantivo bambual tem noção de grupo, aglomeração, grande
quantidade.
Gabarito: E
4. (EFOMM/2019)
O texto trata da reminiscência do autor, um homem bucólico, amante da natureza. Ele faz uso
de muitos termos que aludem à flora e à fauna.
Assinale a opção em que o termo destacado NÃO diz respeito à nem uma nem outra.
a) Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados.
b) Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás?
c) Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos
apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) (...) ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim.
e) (...) os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois carás são tubérculos, semelhantes ao inhame. Assim,
é um elemento vinculado à flora.
A alternativa B está incorreta, pois ingás são as frutas dos ingazeiro. Assim, é um
elemento vinculado à flora.
A alternativa C está correta, pois tabatinga é uma argila mole e branca, não aludindo
nem a um elemento de vegetação (flora), nem a um elemento animal (fauna).
A alternativa D está incorreta, pois papa-capim é um pássaro. Assim, é um elemento
vinculado à fauna.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a mudança altera o sentido original, uma vez que
alinhassem tem sentido de estabelecer uma conexão coesa, enquanto enfileirassem remete à
organizar uma conformação física em linha.
A alternativa B está incorreta, pois a mudança altera o sentido original, dado que icônica
tem sentido de “que se destaca entre as demais, ideal, exata, é simbólico de algo”, enquanto
adequada tem sentido de que se ajusta, adapta”, ou seja, não necessariamente é simbólico.
A alternativa C está incorreta, pois a mudança altera o sentido original, posto que
desfraldaram estabelece um sentido de “descoberta”, enquanto desfiguraram traria um
significado de “transfigurar, modificar o formato de maneira a tornar irreconhecível”.
A alternativa D está correta, pois, com a devida inclusão do pronome nos ao verbo
encaminharmos, o sentido não será alterado – enveredar e encaminhar indicam traçar um
destino, uma rota, um caminho.
Gabarito: D
6. (EFOMM/2017)
Não sei como aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as
espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo (...).
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois esbagoar significa tirar o bago, os grãos, substituindo
adequadamente debulhar.
A alternativa B está incorreta, pois desfiar significa desfazer em fios, o que não preserva
completamente o sentido de debulhar, mas pode substituir o termo, dado que uma espiga de
milho também possui fios.
A alternativa C está incorreta, pois desmanchar tem sentido de desmontar, de forma
que substitui adequadamente debulhar.
A alternativa D está incorreta, pois desfazer tem sentido de reduzir a fragmentos, de
forma que substitui adequadamente debulhar.
A alternativa E está correta, pois desbagar não é um termo presente na norma padrão
da língua portuguesa, não podendo substituir debulhar.
Gabarito: E
7. (AFA/2013)
Comentários:
A alternativa A está correta, pois as palavras atuam, respectivamente, como sinônimos
de substituídas, correta e respectivamente.
A alternativa B está incorreta, pois basicamente tem sentido de “algo simples, comum”,
enquanto genuinamente estabelece um significado de “novidade, algo original”; precaução
tem sentido de “tomar cuidado, medida antecipada para evitar risco”, enquanto presciência
se relaciona com “visionarismo, ter perspectiva sobre ação não comum”; prêmio está
vinculado a “conquista, o que se ganha após ter destaque, conquista que vem por
reconhecimento”, diferente de aporte, que tem sentido de “auxílio, apoio”. Logo, os termos
da alternativa não são sinônimos das expressões originais, e não preservaria o sentido original
por completo.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “malgrado” denota ideia de oposição, não de
conclusão como no texto do enunciado.
A alternativa B está correta, pois “por conseguinte”, assim como “portanto” denota ideia
de conclusão.
A alternativa C está incorreta, pois “não obstante” denota ideia de oposição, não de
conclusão como no texto do enunciado.
A alternativa D está incorreta, pois “posto” denota ideia de explicação, não de conclusão
como no texto do enunciado.
A alternativa E está incorreta, pois “consoante” denota ideia de conformidade, não de
conclusão como no texto do enunciado.
Gabarito: B
9. (Wagner Santos – Inédita/2020)
Do trecho, “Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma
punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou
dizendo a célebre frase: ‘Até tu, Brutus?’”, pode-se depreender que
(a) Brutus era um bobo e, por isso, apunhala César.
(b) tanto César quanto Brutus são exemplos de bobos.
(c) César é um exemplo de bobo, na concepção do narrador.
(d) a situação de César é exemplo para a atitude dele como esperto.
(e) César e Brutus eram espertos, mas o segundo apunhala o primeiro.
Comentários
Alternativa A: incorreta. Na realidade, a “bobeira” de César é confiar naquele que acaba
por traí-lo, apunhalando-o. Como a autora afirma que o bobo confia naquele que pode
apunhalar aquele que confia, depreendemos que César era um bobo, e não Brutus.
Alternativa B: incorreta. Na realidade, como César é apunhalado por aquele em quem
confiava (cegamente, inclusive), podemos afirmar que ele é um bobo na concepção do
narrador, sendo Brutus um esperto também nessa concepção.
Alternativa C: correta. Como o narrador apresenta a ideia de que o bobo pode ser
apunhalado por confiar em quem não merece e, em seguida, apresenta a ideia de que César
é apunhalado por Brutus, trazendo a frase mais importante do governante romano como
comprovação da quebra de confiança, podemos depreender que César é, para a narradora,
um exemplo de bobo.
Alternativa D: incorreta. Na realidade, é o contrário. O exemplo nos leva a crer que
César é um bobo porque se deixa enganar por Brutus que, apesar da grande confiança do
Imperador romano, termina por apunhalá-lo.
Alternativa E: incorreta. Na realidade, César é utilizado como um exemplo de “bobo”,
por confiar cegamente em alguém que termina por traí-lo.
Gabarito: C
10. (Inédita – Prof. Wagner Santos/2020)
O vocábulo “proeminente” em “E você não precisa ser proeminente, famoso ou político para
ser publicamente envergonhado e permanentemente marcado” não pode ser substituído por
[A] eminente.
[B] destacado.
[C] saliente.
[D] distinto.
[E] conhecido.
Comentários
Alternativa A: incorreta. No trecho, perceba que “proeminente” é aquele que ainda não
é famoso, visto que estão enumerados. Assim, eminente e proeminente são aqueles que estão
a caminho de serem famosos.
Alternativa B: incorreta. Destacado é aquele que tem destaque, como sabemos muito
bem. Dessa forma, as pessoas proeminentes são aquelas que, de alguma forma, apresentam
destaque social, tanto que chamam a atenção dos que tentam cancelar as pessoas.
Alternativa C: correta. Saliente é um sinônimo de proeminente, mas em outro sentido.
Por exemplo, podemos dizer que alguém tem maçãs do rosto proeminentes, o que nos levaria
a entender que são maçãs do rosto saltadas.
Alternativa D: incorreta. Distinto é alguém que chama a atenção em uma sociedade.
Dessa forma pessoas proeminentes são consideradas pessoas distintas, que se destacam das
demais por algum motivo.
O termo em destaque no enunciado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por
a) vencido
b) opressor
c) acelerado
d) oprimido
c) conveniente.
d) imperativo.
c) dissolução.
d) desaparecimento.
13. (ITA/2018)
Proibido para menores de 50 anos. Nos últimos meses, em meio ao debate sobre as
reformas na Previdência, um ponto acabou despertando a atenção. Afinal, existem
empregos para quem tem mais de 50 anos? Pendurar as chuteiras nem sempre é fácil. Às
vezes, pode significar uma quebra tão grande na rotina que afeta até mesmo o emocional.
Foi a partir de uma experiência familiar nesta linha que o paulistano Mórris Litvak criou a
startup MaturiJobs. Trata-se de uma agência virtual de empregos, especializada em
profissionais com mais de 50 anos.
(Revista Isto é Dinheiro. Mercado de Trabalho. Maio/2017. p. 6.)
14. (IME/2018)
O vocábulo raízes (verso 9) se contrapõe a
a) semente
b) palha de um pequeno sonho.
c) horas a fio.
d) licença
e) perdão
15. (IME/2018)
Qual das palavras a seguir substituindo a palavra semente no verso 8, acarretaria mudança
de sentido?
a) origem
b) grão
c) princípio
d) vida
e) início
16. (IME/2016)
Marque a opção em que a respectiva substituição dos termos destacados não prejudicaria
o sentido encontrado no contexto dado.
I. Silvania (…) enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência
pode ser entendida como verdade absoluta.
II. “ (…) é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de
lado o paradigma de que o público é passivo".
III. Silvania concorda e diz que (…) a verdade suprema é estanque. (…)
IV. Monstro de escuridão e rutilância
17. (IME/2015)
O QUASE
(Sarah Westphal Batista da Silva)
Indique o par de vocábulos que se enquadra num mesmo campo semântico, de acordo
com o texto.
a) ondas / nublados (2º parágrafo; 2º parágrafo).
b) outono / morna (1º parágrafo; 2º parágrafo).
c) cinza / alma (2º parágrafo; 3º parágrafo).
d) não / talvez (1º parágrafo, linha 1; 1º parágrafo).
e) destino / você (3º parágrafo; 3º parágrafo).
Os biólogos agora acreditam que evoluímos para fazer isso e chamam isso de
“sobrevivência dos mais amigáveis”.
(D) enraivecido.
(E) cismado.
(D) arrogância
(E) presunção.
Lista 03 – Gabarito
1. D 11. E 21. A
2. D 12. B 22. D
3. B 13. B 23. A
4. C 14. A 24. C
5. D 15. D 25. A
6. D 16. D 26. E
7. A 17. B 27. D
8. B 18. A 28. A
9. A 19. C 29. A
10. A 20. B 30. C
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não há nesse trecho a noção de receio, hesitação,
mas sim de cansaço diante daquilo que o eu-lírico ouve.
A alternativa B está incorreta, pois não há necessariamente infelicidade no texto, mas
sim falta de vontade de dialogar com aquele interlocutor.
A alternativa C está incorreta, pois não há noção de temor aqui, apenas de falta de pré-
disposição para aquilo que está sendo dito.
A alternativa D está correta, pois a palavra “lassos” significa fatigados, exaustos. Além
disso, no sexto verso vemos que ele diz que carrega “cansaços” nos olhos.
Gabarito: D
2. (INÉDITA – Celina Gil/2020)
Ciúme no peito, calado, opresso, sempre de receio, nunca de traição, que passava depressa
num simples olhar de fidelidade.
(Adaptado de <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/5872/poesia-perdida> Acesso em 06 ago. 2020)
O termo em destaque no enunciado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por
a) vencido
b) opressor
c) acelerado
d) oprimido
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não é sobre a sensação de estar derrotado, mas sim
de estar preso.
A alternativa B está incorreta, pois esse sentimento se encontra oprimido dentro do
peito, calado, não opressor. Ele não é dominador ou tirânico.
A alternativa C está incorreta, pois não tem a ver com pressa ou rapidez, mas opressão.
A alternativa D está correta, pois nesse caso fala-se sobre um sentimento que está
dentro do peito do eu lírico, comprimido ali dentro. É um sentimento que fica calado, oprimido
dentro do peito.
Gabarito: D
3. (INÉDITA – Celina Gil/2020)
A salvação é apostar pelo essencial da vida, para dar mais importância ao intangível do que o
tangível resumido no sábio adágio de que “menos é mais”.
(Adaptado de O Coronavírus é o grito desesperado da Terra ferida, El País. Disponível em
<https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-07-11/o-coronavirus-e-o-grito-desesperado-da-terra-ferida.html>
Acesso em 16 jul. 2020)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois refrão, ainda que também signifique uma sentença
repetida, se encaixa no contexto das canções, não do jornalismo.
A alternativa B está correta, pois nesse contexto a palavra “adágio” denota um
pensamento, frase, ditado, axioma, etc. É uma frase muito repetida que guarda uma
significação rapidamente percebida.
A alternativa C está incorreta, pois não se está apresentando um elemento ou situação
que confirme uma afirmação, mas indicando que será dita uma frase.
A alternativa D está incorreta, pois um juramento seria um compromisso, uma
promessa, e aqui não há o comprometimento com uma causa em especial, mas uma indicação
de um pensamento.
Gabarito: B
4. (INÉDITA – Celina Gil/2020)
“Os sucessos de certa ordem, embora de pouca monta, podem ser trazidos a lume,
contanto que ponham em relevo a tua pessoa. Explico-me.”
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “inteligência” não pode ser substituto de “lume” que
aqui tem sentido de notoriedade., ou, metaforicamente, “jogar luz” sobre algo.
A alternativa B está incorreta, pois “atenção” não pode ser sinônimo de “Monta” aqui,
que significa “valor”, “importância”. Além disso, “fogueira” é um sinônimo literal de “lume”,
não pode ser utilizado aqui.
A alternativa C está correta, pois nesse caso, “monta” significa “valor” e “lume” significa
“luz”, num sentindo metafórico de jogar luz sobre algo, trazer notoriedade. Pode-se reescrever
a frase com as substituições: “Os sucessos de certa ordem, embora de pouco valor, podem
ser trazidos à luz, contanto que ponham em relevo a tua pessoa. Explico-me.”
A alternativa D está incorreta, pois “sutileza” não pode ser substituto de “lume” que aqui
tem sentido de notoriedade., ou, metaforicamente, “jogar luz” sobre algo.
Gabarito: C
5. (INÉDITA – Celina Gil/2020)
Escrevi meus primeiros contos quando tinha 15 anos, há pelo menos 65. E continua
parecendo um processo enigmático, incontrolável, fantástico, de raízes que se afundam no
mais profundo do inconsciente. Por que existem certas experiências — ouvidas, vividas ou lidas
— que de repente me sugerem uma história, algo que, pouco a pouco, vai se tornando
obsessivo, urgente, peremptório?
(Mario Vargas Llosa. Uma pausa no caminho. Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/31/opinion/1459448673_639154.html> Acesso em 10 mar. 2020)
Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do Céu terão marcado esse
tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa
de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-
aventurados do Céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus
inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no Céu os seus desafetos
aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dante;
mas eu não estou aqui para emendar poetas.
(Dom Casmurro, Machado de Assis)
No trecho transcrito no enunciado, o termo destacado poderia ser substituído sem prejuízo
de sentido por
a) discernimento.
b) instinto.
c) prudência.
d) responsabilidade.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois nesse caso, “tino” tem a ver com a capacidade
pensante, racional, que o leva a ser capaz de criar coisas.
A alternativa B está incorreta, pois aqui se está falando sobre a capacidade criadora
racional.
A alternativa C está incorreta, pois esse trecho não está falando de traços de
personalidade, mas sim de capacidade técnica de criar.
A alternativa D está incorreta, pois não tem a ver necessariamente com
responsabilidade, mas sim com capacidade criadora.
Gabarito: A
8. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
A afirmação a seguir pode ser entendida de que maneira?
A literatura é, para ele, “o sonho acordado da civilização” (p. 112), e assim como não é
possível haver equilíbrio psíquico sem sonho durante o sono, “talvez não haja equilíbrio
social sem a literatura” (p. 112).
Comentários:
Nesse trecho, temos a construção de um pensamento interessante, dado que o autor
apresenta a ideia de que o equilíbrio social depende do uso da Literatura, entendida como
uma arte inerente ao ser humano. Perceba que temos uma relação clara de valorização da
literatura como parte da natureza humana. É interessante notar que a comparação com a
fisiologia humana, que garante uma noção de que a literatura também nos seria natural.
Gabarito: B
9. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos/2021)
Comentários:
A palavra “disrupção”, quando consideramos o contexto empregado, indica que houve
um rompimento com aquilo que era esperado. Assim, a ideia é a de que o investidor rompe
com as expectativas, fracassa e alcança o sucesso. Não poderia ter o mesmo significado de
“ruína”, “dissolução” e “desaparecimento”, porque há uma enumeração de elementos
relacionados ao caso. Se tomássemos como resposta “ruína”, ela seria sinônimo de fracasso e
não faria sentido. Além disso, se houvesse dissolução ou desaparecimento da empresa, como
poderíamos ter a ideia de sucesso da enumeração? Dessa forma, analisando o contexto (que
é sempre essencial para nossas análises), temos somente a possibilidade de resposta da
palavra proposta na alternativa A.
Segundo o grupo de consultoria “Setec”, “Disrupção no jargão empresarial comumente
significa inovar de uma maneira nova ou surpreendente ou até mesmo romper com o
paradigma atual.”
Gabarito: A
Comentários:
A alternativa A está correta, porque, como a palavra “fulgor” está relacionada com
luminosidade e luminância, a noção de opacidade é oposta a essa ideia, uma vez que um
elemento opaco não apresenta brilho ou luminosidade.
A alternativa B está incorreta, porque a palavra “fulgor” não tem relação alguma de
significado com velocidade. De uma forma geral, essa palavra não se apresenta nem como
antônimo e nem como sinônimo. Literalmente, não há relação de sentido.
A alternativa C está incorreta, porque a palavra “fulgor” tem significação de “brilho,
resplendor”. Dessa forma, nessa alternativa encontramos palavra que apresenta o mesmo
significado e não o significado oposto.
A alternativa D está incorreta, porque a palavra “fulgor” tem significação de “brilho,
resplendor”. Dessa forma, nessa alternativa encontramos palavra que apresenta o mesmo
significado e não o significado oposto.
Gabarito: A
11. (Questão Inédita – Professor Wagner Santos)
b) Integração
c) Concentração
d) Absorção
e) Combinação
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(centralização) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
Essa é uma questão interessante para que vocês compreendam que, mesmo quando temos
sinonímia entre as palavras, não necessariamente teremos uma relação clara de substituição
das palavras.
A alternativa B está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(integração) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
A alternativa C está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(concentração) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
A alternativa D está incorreta, porque, ainda que o Aulete aponte essa palavra
(integração) como uma palavra de mesma significação de “amálgama”, o contexto
apresentado pela autora está relacionado à combinação de problemas e de possibilidades.
A alternativa E está correta, porque essa palavra encaixa-se perfeitamente na ideia
apresentada pela autora no trecho em questão. É interessante notar que o contexto é, nesse
caso, determinante com relação à escolha da palavra que pode substituir outra nesse
contexto. Não se esqueça de que a relação é contextual.
Gabarito: E
12. (IME/2019 – adaptada)
c) compara a escolha dos “burrinhos dos morros” pelas cangalhas à imundície dos “becos
antigos”.
d) estabelece uma ideia contraditória e pejorativa à expressão “burrinhos dos morros”.
e) reforça o sentido de animal maltratado por seus donos: uma atitude distinta daquela
conferida pela voz poética que aparece no primeiro verso da estrofe em questão.
Comentários:
O trecho a que a questão se refere é:
Realizando-se a análise sintática, “sabidos” faz parte de uma enumeração de adjetivos
que se referem a “Burrinhos dos morros”, presente na frase anterior. “sabido” é uma pessoa
que conhece muito sobre algum assunto ou alguma situação. Sendo utilizada em seu sentido
do dicionário, como ocorre aqui, tem valor positivo, elogioso. Portanto, a alternativa correta é
alternativa B.
A alternativa A está incorreta, pois os burrinhos não escolhem suas cargas. Elas lhe são
dadas por seus donos. Além disso, não seria uma atitude esperta optar por carregar mais
coisas, já que “arrochada” significa cheia até quase acima do limite.
A alternativa C está incorreta, pois “cangalha” é o nome que se dá à armação que
sustenta a carga que os animais carregam. Há apenas uma descrição do som que esse objeto
faz enquanto os animais caminham, não uma comparação com o caminho que eles seguem.
A alternativa D está incorreta, pois a característica é vista como positiva, não negativa:
espertos, os burrinhos procuram a sombra.
A alternativa E está incorreta, pois “sabidos” não reforça a ideia da exploração dos
animais, mas sim a estratégia do animal para lidar com o trabalho.
Gabarito: B
13. (ITA/2018)
Proibido para menores de 50 anos. Nos últimos meses, em meio ao debate sobre as
reformas na Previdência, um ponto acabou despertando a atenção. Afinal, existem empregos
para quem tem mais de 50 anos? Pendurar as chuteiras nem sempre é fácil. Às vezes, pode
significar uma quebra tão grande na rotina que afeta até mesmo o emocional. Foi a partir de
uma experiência familiar nesta linha que o paulistano Mórris Litvak criou a startup MaturiJobs.
Trata-se de uma agência virtual de empregos, especializada em profissionais com mais de 50
anos.
(Revista Isto é Dinheiro. Mercado de Trabalho. Maio/2017. p. 6.)
Comentários:
“Pendurar as chuteiras” é uma expressão que significa “aposentar-se” ou “parar de fazer
algo”. Ao dizer que “não é fácil”, o autor deixa claro que há comprometimento emocional
envolvido nesse “parar” ou “aposentar”. Por isso, a alternativa correta é alternativa B.
A alternativa A está incorreta, pois o problema debatido é a dificuldade em parar de
trabalhar, não necessariamente a questão financeira.
A alternativa C está incorreta, pois o texto afirma que o idoso continua produtivo e apto
para o trabalho.
A alternativa D está incorreta, pois não há referência no texto à forma física dos idosos.
A alternativa E está incorreta, pois o problema não é a perda de status, mas sim a
questão emocional e a quebra da rotina.
Gabarito: B
Texto para as próximas questões:
EXAUSTO
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
PRADO, Adélia. Exausto. Disponível em <http://byluleoa-tecendopalavras.blogspot.com.br/>.
14. (IME/2018)
O vocábulo raízes (verso 9) se contrapõe a
a) semente
b) palha de um pequeno sonho.
c) horas a fio.
d) licença
e) perdão
Comentários:
Há dois modos de responder a essa questão:
• A construção “Semente. Muito mais que raízes.” Já denota que “semente” e “raízes” são
opostos, já que são contrapostos pela expressão “muito mais”.
• Uma semente é uma ideia em potencial, ou seja, ela contém dentro de si possibilidades
de crescimento e surgimento de uma planta; já uma raiz é algo estabelecido, fixado,
seguro. São significados opostos: o que pode vir a ser algo e o que já é algo.
De todo modo, a alternativa que apresenta vocábulo oposto a raízes é “semente”,
alternativa A.
A alternativa B está incorreta, pois “palha de um pequeno sonho” é o desejo da voz
poética: dormir tão pesado sem sequer sonhar. Não se opõe à ideia de raízes.
A alternativa C está incorreta, pois “horas a fio” é a duração que a voz poética deseja
descansar: horas a fio é uma expressão para “muitas horas”. Não se opõe à ideia de raízes.
A alternativa D está incorreta, pois “licença” é um sinônimo para “autorização”, não se
opõe à ideia de raízes.
A alternativa E está incorreta, pois “perdão” é um sinônimo contextual para
“autorização”. Aqui significa que a voz poética quer autorização para descansar. Não se opõe
à ideia de raízes.
Gabarito: A
15. (IME/2018)
Qual das palavras a seguir substituindo a palavra semente no verso 8, acarretaria mudança de
sentido?
a) origem
b) grão
c) princípio
d) vida
e) início
Comentários:
Uma semente é uma ideia em potencial, ou seja, ela contém dentro de si possibilidades
de crescimento e surgimento de uma planta. Uma semente não é uma vida. Ela é uma vida
em potencial, ou seja, pode vir a ser uma vida. Portanto, a alternativa que apresenta
incorreção é alternativa D.
Ela pode ser sinônimo de diversas ideias:
Segundo a alternativa A: “origem”. A planta se origina de uma semente, portanto,
podem ser considerados sinônimos.
Segundo a alternativa B: “grão”. A semente de fato é um grão que abriga a planta em
formação.
Segundo a alternativa C: “princípio”. O princípio do processo de crescimento de uma
planta começa na semente.
I. Silvania (…) enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência
pode ser entendida como verdade absoluta.
II. “ (…) é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de
lado o paradigma de que o público é passivo".
III. Silvania concorda e diz que (…) a verdade suprema é estanque. (…)
IV. Monstro de escuridão e rutilância
Comentários:
Vamos ver algumas estratégias para identificar sinônimos para palavras que você não
conhece.
• resquício: pelo início da palavra, você já poderia ter uma ideia, pois começa que a
mesma construção que “resto”. “vestígio” e “resto” podem ser entendidos da mesma
maneira. Assim, um sinônimo para “resquício” poderia tanto ser “resto” quanto
“vestígio”. Resolvemos aqui pela estrutura da palavra.
• paradigma: no contexto apresentado, “paradigma” representa um “modo de pensar”.
Um possível sinônimo aqui seria “modelo”. “arquétipo”, em princípio, também
funcionaria como sinônimo, mas pela linguagem do restante do texto, “modelo é mais
adequado”. Resolvemos aqui pelo contexto.
• estanque: “estanque” aparece no contexto como algo ligado à “verdade suprema”.
Essa construção denta ideia de verdade indiscutível ou verdade absoluta. Assim, o
melhor sinônimo para estanque nesse contexto é “absoluta”. Resolvemos aqui pela
relação entre os termos.
• rutilância: se você conseguisse resolver as palavras anteriores, por eliminação já
acertaria essa palavra. Ela é o antônimo de “escuridão”, significando “brilho” ou
“fluorescência”. Era a palavra mais difícil de se auferir o significado, pois não há palavras
Indique o par de vocábulos que se enquadra num mesmo campo semântico, de acordo com
o texto.
a) ondas / nublados (2º parágrafo; 2º parágrafo).
b) outono / morna (1º parágrafo; 2º parágrafo).
c) cinza / alma (2º parágrafo; 3º parágrafo).
d) não / talvez (1º parágrafo, linha 1; 1º parágrafo).
e) destino / você (3º parágrafo; 3º parágrafo).
Comentários:
Esse é um tipo de exercício em que o contexto importa muito para a compreensão das
palavras. O campo semântico aqui está condicionado a ele. Vamos observar um por um:
Alternativa A está incorreta. Em “Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar
não teria ondas, os dias seriam nublados”, “ondas” representa a certeza, a ação, e “nublados”
representa a indefinição, a incerteza. Não fazem parte do mesmo campo semântico.
A alternativa B está correta. Tanto “essa maldita mania de viver no outono” quanto
“Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna” são sinônimos contextuais
para “incerteza”, o “quase” do título do texto. Assim como o outono é a indefinição entre o
verão e o inverno e o morno é a indefinição entre o quente e o frio, o quase é a indefinição
entre conseguir e não conseguir.
A alternativa C está incorreta. Em “os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de
cinza”, “cinza” representa a indefinição, a incerteza. Em “De nada adianta cercar um coração
vazio ou economizar alma”, “alma” representa o ânimo, o espírito, o sentimento. Não fazem
parte do mesmo campo semântico.
A alternativa D está incorreta. O contexto em que os vocábulos aparecem é “Ainda pior
que a convicção do não, e a incerteza do talvez”, ou seja, “não” e “talvez” possuem valores
semânticos diferentes: “não” no campo da negativa e “talvez” no campo da dúvida. Não fazem
parte do mesmo campo semântico, portanto.
A alternativa E está incorreta. Em “Desconfie do destino e acredite em você”, o “destino”
é aquilo que que se desconfia e “você” é aquilo em que se acredita. Não fazem parte do
mesmo campo semântico.
Gabarito: B
18. (IME/2013 – Adaptada)
“Pode soar como exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inócuo”
O adjetivo em destaque pode ser substituído, sem mudança de sentido, por:
a) inofensivo
b) indecente
c) insolente
d) inabalável
e) inábil
Comentários:
Procura-se aqui alguma palavra que possa funcionar como sinônimo de “inócuo”.
Segundo o dicionário, “inócuo” é algo que não produz resultado ou efeito nenhum, que não
é prejudicial. Assim, a alternativa que melhor responderia a questão é alternativa A,
“inofensivo”. Uma estratégia para realizar essa questão é substituir a palavra inócuo pelas
palavras de todas as alternativas para comprovar o resultado.
Alternativa A está correta, pois a substituição mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inofensivo”.
Alternativa B está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente indecente”. “indecente”
significa algo sem decência ou moral.
Alternativa C está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente insolente”. “insolente” significa
desrespeitoso.
Alternativa D está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inabalável”. “inabalável”
significa algo que não se abala, firme, fixo.
Alternativa E está incorreta, pois a substituição não mantém o sentido: “Pode soar como
exagero atribuir tal importância a um número aparentemente inábil”. “inábil” significa algo ou
alguém que não possui habilidade.
Gabarito: A
19. (INÉDITA – Wagner Santos/2020)
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
(Trecho de “A UM AUSENTE” - Carlos Drummond de Andrade)
Comentários:
Alternativa A: incorreta. O contexto do poema pode levar à compreensão de uma
significação negativa para a palavra em questão. Contudo, ela não tem relação com negar
nada, mas com concordar, significado oposto ao apresentado na alternativa.
Alternativa B: incorreta. O contexto do poema pode levar à compreensão de uma
significação de desprezo ou abandono para a palavra em questão. Contudo, ela não tem
relação com desprezar coisa alguma, mas com concordar, significado oposto ao apresentado
na alternativa.
Alternativa C: correta. A palavra “aquiescência” é uma palavra que significa
“Consentimento, anuência”. É uma palavra menos usada no dia a dia, mas que serve como
ampliação vocabular, para futuras utilizações, por exemplo, em redações.
Alternativa D: incorreta. O contexto do poema pode levar à compreensão de uma
significação de desprezo ou abandono para a palavra em questão. Contudo, ela não tem
relação com desprezar coisa alguma, mas com concordar, significado oposto ao apresentado
na alternativa.
Gabarito: C
20. (Wagner Santos/2020)
Leia o trecho a seguir:
Os biólogos agora acreditam que evoluímos para fazer isso e chamam isso de “sobrevivência
dos mais amigáveis”.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o advérbio em questão está relacionado com o
verbo “acreditam”, marcando a diferença para o momento anterior de crença. Assim, ao
colocarmos o advérbio na oração subordinada, altera-se a significação do trecho.
A alternativa B está correta, porque nessa reescrita a proximidade entre o advérbio
“agora” e o verbo “acreditam”, mantém a significação do trecho original, com indicação de
que houve troca de pensamento com o passar do tempo.
A alternativa C está incorreta, porque o advérbio em questão está relacionado com o
verbo “acreditam”, marcando a diferença para o momento anterior de crença. Assim, ao
colocarmos o advérbio na oração subordinada, altera-se a significação do trecho.
A alternativa D está incorreta, porque o advérbio em questão está relacionado com o
verbo “acreditam”, marcando a diferença para o momento anterior de crença. Assim, ao
colocarmos como modificador de “biólogos”, indicamos que temos pessoas que antes não
eram biólogos e agora passaram a sê-lo.
A alternativa E está incorreta, porque o advérbio em questão está relacionado com o
verbo “acreditam”, marcando a diferença para o momento anterior de crença. Assim, ao
colocarmos o advérbio na oração subordinada, altera-se a significação do trecho.
Gabarito: B
Comentários
Alternativa A: correta. Segundo o dicionário Houaiss, avaliação é um dos possíveis
sinônimos de expertise, contudo, nesse contexto, não é possível manter o significado do texto
ao empregá-la. Isso demonstra que a troca de palavras, ainda que próximas, sempre deve
levar em conta o contexto. Normalmente, a palavra expertise é usada no feminino.
Alternativa B: incorreta. A palavra “capacidade” aplica-se completamente ao contexto,
dado que é levando em conta a capacidade em lidar com problemas ambientais que a agência
se apresenta como opção.
Alternativa C: incorreta. A palavra “habilidade” aplica-se completamente ao contexto,
dado que é levando em conta a habilidade em lidar com problemas ambientais que a agência
se apresenta como opção.
Alternativa D: incorreta. Apesar de pouco usada em nosso idioma corrente, a palavra
“mestria” se refere claramente à noção de “ser mestre”, ou seja, o fato de deter o
conhecimento de determinado assunto. Assim, a troca seria perfeita.
Alternativa E: incorreta. A troca por experiência, dado o contexto de uso da palavra
expertise, é perfeitamente possível. Perceba que não haveria qualquer modificação de
significado.
Gabarito: A
22. (Estratégia Militares 2020 – Inédita)
A expressão logo de cara, em “Muitas vezes os pais não percebem o problema logo de cara
ou não identificam a causa”, é uma marca de oralidade que significa
a) de forma tardia.
b) de forma incompleta.
c) aos poucos, com paciência.
d) de imediato, com rapidez.
e) lentamente, com parcimônia.
Comentário
Alternativa A: incorreta. Mais uma vez é a forma como tem se dado, em muitos casos, a
percepção do que acontece com os filhos. Ela precisa ser rápida e eficaz.
Alternativa B: incorreta. De forma incompleta não é a significação da expressão, que
significa imediatamente, de forma rápida.
Alternativa C: incorreta. Essa é a forma como a percepção tem se dado, de forma tardia,
e aos poucos, com os sinais dados pelos filhos.
Alternativa D: correta. A expressão oral não diminui a importância ou a compreensão
do texto, visto que temos a compreensão fácil de que ela significa “imediatamente”, sem perda
de tempo.
Alternativa E: incorreta. A significação é exatamente a contrária, conforme apresentado
acima. O problema deve ser combatido com uma percepção mais imediata por parte dos pais.
Gabarito: D
23. (Wagner Santos/2020)
O adjetivo destacado em “A falta de uma previsão de cura esgota o futuro e o confinamento
insiste em eternizar um presente sufocante” pode ser substituído, sem perda semântica, por
a) abafadiço.
b) diferente.
c) intenso.
d) afogado.
e) denso.
Comentários
Alternativa A: correta. A ideia de sufocamento está muito próxima à de abafamento. No
caso, o adjetivo abafadiço é sinônimo perfeito do adjetivo destacado.
Alternativa B: incorreta. Diferente seria possível quando analisamos o contexto como
um todo, mas não serve como sinônimo de “sufocante”, no caso.
Alternativa C: incorreta. Intenso seria uma possibilidade, mas, para que fosse usado,
necessitaria de uma modificação de contexto, visto que pode ser alguma coisa positiva.
Alternativa D: incorreta. Apesar de o dicionário apresentar essa como uma
possibilidade de sinônimo, quando analisamos o contexto em que “sufocante” aparece, não
podemos usar a ideia de afogamento.
Alternativa E: incorreta. Denso seria uma possibilidade, mas, para que fosse usado,
necessitaria de uma modificação de contexto, visto que pode ser alguma coisa positiva.
Gabarito: A
Comentários
Alternativa A: incorreta. Essa alternativa não está correta, porque “iminência” significa
com urgência, a qualquer momento. Não se confunda com eminência, título dado aos altos
cargos da igreja católica.
Alternativa B: incorreta. Urgência é uma opção para a palavra “iminência” em muitos
contextos. Contudo, esse caso não se aplica ao contexto encontrado.
Alternativa C: correta. Ameaça é bastante interessante para uma troca de palavras, com
manutenção de significado.
Alternativa D: incorreta. Iminente pode significar “a qualquer momento”, mas isso
depende, claramente, do contexto em que a palavra está inserida. Por exemplo, “esse é um
problema iminente”, próximo. Contudo, no contexto, significa uma ameaça.
Alternativa E: incorreta. A palavra certeza não serve como sinônimo de “iminência”
nesse contexto.
Gabarito: C
25. (Wagner Santos/2020)
O uso da expressão destacada em “Como ambos moravam no Rio, sei lá, podiam ser
amiguinhos”, indica, por parte do autor,
(A) incerteza.
(B) veracidade.
(C) bom humor.
(D) certeza.
(E) inverdade.
Comentários
Alternativa A: correta. A expressão “sei lá”, inserida no texto, indica, no contexto, que o
autor não sabe ao certo a relação que se estabelecia entre os dois personagens da pequena
história que contará. Isso é comprovado pela necessidade que ele tem de validar seu
pensamento com a busca por referências.
Comentários
Alternativa A: incorreta. O vocábulo “desesperado” não se aplica, de forma alguma, ao
contexto apresentado. Cuidado com a colocação de sinônimos sem que o contexto possa ser
mantido. A dica é sempre olhar, mesmo que não conheçamos a palavra, para sua aplicação
no contexto e, por meio dele, tentar decifrar os significados.
Alternativa B: incorreta. O vocábulo “impressionado” não se aplica, de forma alguma,
ao contexto apresentado. Cuidado com a colocação de sinônimos sem que o contexto possa
ser mantido.
Alternativa C: incorreta. Apesar de “irritado” ser um possível sinônimo para “invocado”,
inclusive à época, o contexto não nos permite utilizar essa substituição. Atente-se para esse
fato: o contexto é mais importante que a mera significação da palavra.
Alternativa D: incorreta. “Invocado”, segundo o dicionário, pode sem problemas
significar “enraivecido”. Contudo, o contexto não nos permite fazer essa substituição. Lembre-
se de sempre levar em conta o contexto para esse tipo de questão.
Alternativa E: correta. A ideia de “cismado” se encaixa perfeitamente no trecho em
questão, visto que Rui Barbosa fica encafifado com o fato do Czar falar português e desconfia
de que seja uma frase decorada e sem maiores variações.
Gabarito: E
Comentários
Alternativa A: incorreta. Ser assertivo é, literalmente, ser objetivo, acertar na intenção e
construir uma ideia de não enrolar. Essa pode ser uma distratora para o estudante, contudo,
o contexto não permite essa compreensão.
Alternativa B: incorreta. Nesse caso, amistosidade significa, literalmente, agir de forma
amistosa, ser agradável aos outros. Como Rui Barbosa é petulante e tira onda com o fato de
que fala muitas línguas, não é, de forma alguma, amistoso.
Alternativa C: incorreta. Mais uma vez, temos uma relação de oposição à ideia original.
Petulante é completamente oposta à ideia de amabilidade. Ser amável é tratar os outros com
igualdade, não colocando-se acima do outro, como o faz Rui Barbosa na história apresentada.
Alternativa D: correta. Agir com petulância significa agir de forma insolente, colocando-
se acima dos outros, como se fosse melhor. No texto, percebemos que Rui Barbosa é
conhecedor de muitas línguas e “tira onda” com esse fato.
Alternativa E: incorreta. Na realidade, a palavra petulante, como visto logo acima,
apresenta leitura contrária à de simplicidade. Alguém petulante sempre é quem tira onda e
tenta se colocar acima dos outros.
Gabarito: D
28. (Wagner Santos/2020)
Em “Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos”, a palavra
destacada apresenta, no contexto, significação de
a) sentença.
b) proposição.
c) pressuposição.
d) verdade absoluta.
Comentário
Alternativa A: incorreta. Sentença fica extremamente vago para o contexto, em que
percebemos, claramente, que aquilo que será pensado pelo autor tem um valor moralizante
ou, ainda, se apresenta como um conceito.
Comentários
Alternativa A: incorreta. A empáfia é entendida como um sentimento relacionado com
o orgulho desnecessário. A linha acredita ser muito mais importante do que a agulha, se
mostrando como indispensável.
Alternativa B: correta. Se tem uma coisa, como percebemos durante a leitura do conto,
que a linha não é, é humilde. Pelo contrário o comportamento das duas personagens, tanto
linha quanto agulha é de um orgulho vão, desnecessário, dado que as duas são extremamente
importantes para o serviço em questão.
Alternativa C: correta. O orgulho em vão pode ser definido como a ideia de que não há
motivação para que a pessoa, ou, no caso, a linha, sinta-se mais importante do que é. Ambas
são importantes e necessárias à manufatura da costureira.
Alternativa D: incorreta. A arrogância define completamente o sentimento, em nossa
opinião, tanto da agulha quanto da linha, dado que as duas precisam se sobrepor durante o
trabalho feito pelos dois elementos essenciais para a tarefa desempenhada. Ainda que
tenhamos a noção de que muitos se aproveitam de nosso trabalho, no caso, ambas têm o
mesmo valor para a costureira.
Alternativa E: incorreta. A presunção é um orgulho completamente ligado aos outros
apresentados, salvo a humildade. Na realidade, a presunção está relacionada a um orgulho
injustificado, sem motivação para que exista e gerado, normalmente, por necessidades do
ego.
Gabarito: C
4 Considerações finais
Como vimos, o vocabulário é uma parte muito importante para os exames em geral. Ele
pode ajudar você a responder mais rapidamente uma questão e lembre-se sempre de que a
agilidade é essencial numa prova com tantos detalhes e outras disciplinas complicadas, como
ocorre com a prova do IME. Ganhar tempo em português para fazer as questões de exatas
mais calmamente pode ser um diferencial.
Na próxima aula, vamos ver mais um assunto introdutório: conhecimentos básicos para
a interpretação de texto. Veremos então:
• Gêneros textuais.
• Níveis de significação do texto.
• Variação linguística.
• Tipos de discurso.
• Funções da linguagem.
Até lá, faça exercícios e procure tentar criar o hábito de ler nos mais diversos meios para
treinar bastante!
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum do seu curso. Cola lá que é sucesso.