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Aula 00 - Pronomes

Curso: Português - Resumo + Questões Comentadas


Professor: Bruno Spencer
Curso: Português
Resumo + Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 00

APRESENTAÇÃO

Olá amigos!!!
Neste curso abordaremos de maneira direta e SUPER objetiva os itens
de Português cobrados nos concursos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário
da Receita Federal, realizados pela ESAF.
Este é um curso de RESUMO + questões comentadas, ideal para o
momento em que o edital já está na praça e o tempo urge, ou mesmo, para
aqueles que já estudaram a matéria de forma completa e desejam um bom
resumo, bem esquematizado, para rever a matéria sem perder tempo e
praticar questões da banca!!!
Meu nome é Bruno Spencer, atualmente, exerço a função de Auditor
Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB, cargo que persegui por alguns
anos. Fui aprovado em 27º lugar no histórico concurso de 2012, nada demais,
porém o suficiente para garantir a minha sonhada vaga. Nesse lendário
concurso, apenas alguns bravos 256 candidatos foram aprovados para a
segunda fase - provas discursivas.
Para chegar nesse resultado, podem ter certeza que foi necessário muito
PLANEJAMENTO e DEDICAÇÃO. Milagres acontecem todos os dias, mas é
fundamental que façamos a nossa parte da melhor maneira possível,
com disciplina, fé e perseverança.
Quando me vi desempregado, após dar muita "cabeçada" e não obter
sucesso no mercado de trabalho, resolvi entrar de vez no mundo dos concursos.
O primeiro que tentei verdadeiramente foi o da Caixa Econômica de 2008.
Como estava desempregado, estudava de manhã e de tarde, à noite
frequentava um cursinho e, quando chegava em casa, estudava mais um pouco
só para relaxar. Resultado?? Consegui o primeiro lugar do polo Recife. Isso foi
o que eu precisava para ganhar mais autoconfiança, daí decidi que seria AFRFB.
Então dei seguimento aos estudos e, em 2009, passei no ATA-MF, em 2010, na
SAD-PE e no MPU, em 2012 no ACE - MDIC (excedente) e AFRFB.
Devemos, pois, lembrar que vida de concurseiro não é feita só de
sucessos. Aqui, não mencionei minhas derrotas, mas podem ter certeza que
foram tantas quantos os sucessos. O que vejo em comum entre as pessoas que
passam em concursos é que todas estudam com confiança que um dia
chegarão à vitória, por isso conseguem manter o foco e a disciplina. Não
há concorrentes para quem está preparado.
Trabalhe sua mente, não se deixe desanimar, estude hoje para
estar preparado amanhã!
Vamos lá pessoal!!!!!!!!!!!
FOCO, DISCIPLINA E PERSEVERANÇA!

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Resumo + Questões Comentadas
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Análise das provas dos concursos anteriores

O estudo da Língua Portuguesa é um investimento seguro para


qualquer concurseiro. Ainda não vi, uma sequer, prova em que a matéria não
seja cobrada, e, em muitos casos de forma diferenciada. Com certeza esse
é o caso das provas da RFB. É típico, a cobrança de 20 questões de Português
na prova de conhecimentos básicos.
Em 2014, tivemos uma prova bem diferente, provavelmente em função
do curto prazo em que o concurso foi preparado. Nesse ano, especificamente,
tivemos um peso menor para a disciplina, perfazendo um total de 20 pontos dos
70 da prova 1. Ainda assim, perfazendo um total de aproximadamente 30% da
prova de conhecimentos básicos. Nos anos anteriores, porém tivemos
português com 40 pontos.
Já vi pessoas se dedicarem muito às matérias específicas e se
prejudicarem por perder muito tempo para responder a prova de Português.
Não é preciso apenas dominar a disciplina, é necessário estar bem
treinado na resolução de questões com precisão e boa velocidade. Isso
vai lhe dar uma boa pontuação e tempo para dedicar-se à resolução outras
matérias, tais como D. Administrativo, Constitucional, Raciocínio Lógico e
Administração e etc.
Vamos ver como a ESAF costuma distribuir a cobrança de conteúdo nas
provas de AFRFB:
2014 2012 2009
ASSUNTO
Nº % Nº % Nº %
Pronomes - Aula 00 2 3,33% 2 3,70% 2 3,33%
Classes Gramaticais - Aula 01 2 3,33% 2 3,70% 3 5,00%
Verbo - Aula 01 4 6,67% 5 9,26% 6 10,00%
Função Sintática - Aula 02 3 5,00% 2 3,70% 2 3,33%
Períodos/Conectivos - Aula 02 4 6,67% 6 11,11% 6 10,00%
Concordância Verbal e Nominal - Aula 6 10,00% 5 9,26% 8 13,33%
03
Regênciaa Verbal e Nominal - Aula 03 8 13,33% 7 12,96% 8 13,33%
Crase - Aula 03 3 5,00% 4 7,41% 4 6,67%
Pontuação - Aula 04 6 10,00% 6 11,11% 6 10,00%
Coerência e Coesão – Ordenação 10 16,67% 6 11,11% 6 10,00%
Textual - Aula 05
Compreensão Textual - Aula 05 8 13,33% 6 11,11% 4 6,67%
Acentuação e Ortografia - Aula 04 4 6,67% 3 5,56% 5 8,33%
TOTAL 60 100,00% 54 100,00% 60 100,00%
Observe que o n° de questões é sempre maior que 20, porque, normalmente,
cada questão envolve mais de um assunto.

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O curso abrangerá os pontos que normalmente constam nos mais


diversos editais da banca, organizados de forma RESUMIDA e ESQUEMATIZADA,
porém didática, para que você revise a matéria de forma gradual e
estruturada, sempre com foco na objetividade e na eficiência.
Neste curso, nosso foco será sempre a ESAF. Eventualmente vamos
incluir, de forma complementar (aulas 00 e 01), questões cobradas por outras
bancas, uma vez que há assuntos que não são frequentemente abordados pela
ESAF de uma maneira direta, mas cujo aprendizado precisamos consolidar.
Ao final do curso, você terá como BÔNUS as provas dos concursos
AFRFB de 2009, 2012 e 2014, além das provas de ATRFB de 2009 e 2012,
TODAS COMENTADAS!!!
No total, resolveremos mais de 280 questões da ESAF.

Aula Conteúdo

00 Pronomes
01 Morfologia - Classes Gramaticais
02 Sintaxe 1 - Função Sintática, Períodos e Conectivos
03 Sintaxe 2 - Concordância, Regência e Crase
Pontuação, Acentuação, Ortografia e Formação das
04
Palavras
Semântica – Textos, Coerência e Coesão Textual,
05
Ordenação Textual
06 Bônus - Prova AFRFB 2014 Comentada
07 Bônus - Prova AFRFB 2012 Comentada
08 Bônus - Prova AFRFB 2009 Comentada
09 Bônus - Prova ATRFB 2012 Comentada
10 Bônus - Prova ATRFB 2009 Comentada

*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página


do curso.
Boa aula a todos!

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Aula 00 – Pronomes

Olá amigos!
Hoje vamos ao estudo dos PRONOMES. Este é um assunto
importantíssimo e que reflete em muitos outros, mas que também é muito
abordado diretamente pelas bancas.
Atentem aos conceitos de cada espécie de pronome. Procurem
entender suas formas de utilização e dêem especial ATENÇÃO ao item 2.3 –
Colocação Pronominal.
Lembrem-se de que esta aula é um RESUMO, ideal para fazermos nossa
revisão final para a prova!
Bons estudos!!!

Sumário

1 – Classificação .................................................................................. 6
2 – Pronomes Pessoais ........................................................................ 7
2.1 - Retos .......................................................................................... 7
2.2 - Oblíquos ..................................................................................... 7
2.3 – Colocação Pronominal ................................................................ 10
2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais.................................. 11
3 – Pronomes Possessivos ................................................................. 12
4 – Pronomes Demonstrativos ........................................................... 13
5 – Pronomes Relativos ..................................................................... 13
6 – Pronomes Interrogativos ............................................................. 14
7 – Pronomes Indefinidos .................................................................. 14
8 – Pronomes de Tratamento ............................................................. 14
9 – Questões Comentadas ................................................................. 16
10 - Lista de Exercícios ...................................................................... 45
11 – Gabarito ..................................................................................... 61
12 – Referencial Bibliográfico ............................................................ 61

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1 – Classificação

Pronomes Adjetivos – acompanham o nome


Pronomes Substantivos – substituem o nome
Exemplos:
Meu carro é vermelho.
“meu” - pronome adjetivo - acompanha e qualifica o nome “carro”
Ele é vermelho.
“ele” - pronome substantivo - substitui o termo “ meu carro”

Veja as espécies de pronomes no quadro abaixo:


eu, tu, ele/ela, nós,
Reto
vós, eles/elas
me, te, se, o, a, lhe,
Oblíquo Átono nos, vos, se, os, as,
PESSOAIS lhes
mim, comigo, ti,
contigo, si, ele, ela,
Oblíquo Tônico
nós, conosco, vós,
convosco, si, eles, elas
meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s),
POSSESSIVOS
nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s)
este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
DEMONSTRATIVOS
aquele(s), aquela(s), aquilo
quem, onde, como, quando, quanto, que, o qual,
RELATIVOS
a qual, cujo(s), cuja(s)
INTERROGATIVOS quem, onde, que, quanto(a)(s)
algum(a), nenhum(a), todo, tudo, nada, algo,
INDEFINIDOS muitos, vários, tanto, qualquer, alguém, ninguém,
mais, menos, que, qualquer um...
Você, Senhor(a), Vossa Senhoria, Vossa
TRATAMENTO
Excelência, Vossa Santidade, Vossa Alteza...

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2 – Pronomes Pessoais

São os pronomes que substituem (pronomes substantivos) as pessoas


do discurso. Têm um destaque dentro da oração, pois podem ser sujeitos ou
objetos.
Exemplos:
• João foi ao teatro. / Ele foi ao teatro.
• Mário entregou o livro a sua amiga. / Mário entregou-o a sua amiga.
Os pronomes pessoais podem ser RETOS ou OBLÍQUOS.

2.1 - Retos

Fazem o papel de sujeito nas orações.


Exemplos:
• Eu trabalhei muito.
• Tu estudarás o suficiente.

Eu (singular)
1a Pessoa Quem fala
Nós (plural)

Tu (singular)
2a Pessoa Para quem se fala
Vós (plural)

ele(a) (singular)
3a Pessoa De quem se fala
eles(a) (plural)

2.2 - Oblíquos

Fazem o papel de objetos ou complementos nas orações.


Exemplos:
• Beijou-a pela manhã.
• Sempre te apoiamos.
• Fê-lo esquecer dos problemas.
Os pronomes oblíquos se dividem em ÁTONOS e TÔNICOS.

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ÁTONOS TÔNICOS

me (singular) mim, comigo


1a Pessoa
nos (plural) nós, conosco

te (singular) ti, contigo


2a Pessoa
vos (plural) vós, convosco

se, o, a lhe (singular) si, consigo, ele(a)


3a Pessoa
se, o, a, lhe(s) (plural) si, eles(a)

Em formas verbais terminadas em R, S, Z acrescentamos o L antes de


o(s), a(s).

Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.

Note que as consoantes R, S e Z são cortadas e por vezes acentua-se a


sílaba final do verbo.

Em formas verbais terminadas em sons nasais AM, EM, ÃO, ÕE


acrescentamos a consoante N antes de o(s), (a)(s).
Exemplos:
• Enrolavam o novelo. / Enrolavam-no.
• Eles fazem o trabalho. / Eles fazem-no.
• Estudarão a aula. / Estudarão-na.
• Põe o livro sobre a mesa e estuda. / Põe-no sobre a mesa e estuda.
NOTE que nesses casos NÃO se corta qualquer letra do verbo!!!

Quando o verbo for transitivo direto e indireto temos as seguintes


opções para utilização dos pronomes:
Exemplos:
Entreguei o livro a minha colega.

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Entreguei-o a minha colega. (substituiu-se o termo “o livro” - objeto direto –


OD)
Entreguei lhe o livro. (substituiu-se o termo “a minha colega” - objeto indireto
– OI) Repare que o “a” é uma preposição.

Pronomes Oblíquos Reflexivos


Os pronomes oblíquos, exceto o(s), a(s) lhe(s), podem referir-se ao
próprio sujeito da oração. Nesses casos são chamados de REFLEXIVOS.
Exemplos:
• Achei-me em um lugar distante.
• Ele machucou-se com o martelo.

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

a) alçar a turma = alçar-lhe

b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Como o verbo “alçar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo A (alçá-la).

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “retirar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto a forma verbal “retirou” não termina
em som nasal, portanto não deve receber o N (retirou-o).

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “guiar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto, como a forma verbal “guiar” termina
em R, devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (guiá-lo).

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “desconstruir” é transitivo direto,


devemos utilizar o pronome oblíquo A. Como a forma verbal termina em R,
devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome A (desconstrui-la).

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Alternativa E – Correta - Como o verbo “analisar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo OS. A forma verbal “analisaram” termina em som
nasal, portanto deve receber o N (analisaram-nos).

Gabarito: E

2.3 – Colocação Pronominal

Os pronomes oblíquos podem vir antes, no meio ou após os verbos.


Exemplos:
• Não o deixarei desanimar. (próclise)
• Falar-te-ei a respeito de tudo. (mesóclise)
• Falou-nos de sua experiência. (ênclise)

•Ocorrência de palavras de ATRAÇÃO (invariáveis), tais como


advérbios, pronomes indefinidos, pronomes relativos,
conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
Próclise
negativas.
•Ex. Não me abandone. / Nada lhe tira o foco. / Ele é o
homem de quem lhe falei. / Pedi a ele que os avisasse. /
Só lhe sobrou uma alternativa.
• Nas orações: optativas, exclamativas ou
interrogativas nas formas seguintes:
•Ex. Deus o abençoe! / Quanto te maltratas! / Quem se
disponibilizará?
•É PROIBIDO o uso de pronomes átonos no início de
períodos, ou após pausas* sem palavra de atração!!!

•Verbo no FUTURO DE PRESENTE ou FUTURO do PRETÉRITO,


caso não haja palavra atrativa.
Mesóclise
•Ex. dar-te-ei, fazê-lo-ia

•Regra geral, caso não seja caso de próclise ou


mesóclise.
Ênclise •Ex. Suas palavras deixaram-nos tranquilos. / As pessoas
aplaudiam-no calorosamente.

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1. Quando vier a forma infinitiva precedida da preposição “a”, os pronomes


o(s), a(s) virão após o verbo.
Ex. Não tornaremos a encontrá-los tão cedo.

2. Enquanto a proibição de iniciar períodos com pronomes átonos é


ABSOLUTA, a proibição após as “pausas” comporta exceções.

Ex. Atendeu todos aquele que, mesmo envergonhados, lhe solicitaram ajuda.

Nesse caso, o pronome é atraído pelo pronome relativo QUE, mesmo estando
antes do termo intercalado.

2.4 – Colocação pronominal nas locuções verbais

As locuções verbais formam-se por VERBO AUXILIAR + VERBO


PRINCIPAL (INFINITIVO, GERÚNDIO OU PARTICÍPIO).
As regras já vistas anteriormente continuam válidas, porém como
temos dois verbos, vamos ver como se aplicam.

Veja o resumo abaixo:

Quando NÃO há palavra atrativa

Caso não seja início


1 Próclise ao auxiliar OK se conseguiu livrar
de período

2 Ênclise ao auxiliar OK conseguiu-se livrar OK

3 Próclise ao principal OK conseguiu se livrar linguagem usual


Perfeito!!!
4 Ênclise ao principal OK conseguiu livrar-se Forma
recomendada!!!

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Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

ATENÇÃO!!!!
Os verbos no PARTICÍPIO NÃO admitem ÊNCLISE!!!
Ex. Não haviam ajudado-nos. (ERRADO)

OBSERVAÇÃO
Quando há preposição entre o verbo auxiliar e verbo principal, admite-se a
próclise ou ênclise, desde que não esteja no particípio.
Ex. O médico deixou de se cuidar. / O médico deixou de cuidar-se.

3 – Pronomes Possessivos

Servem para designar a POSSE de algo. Determinam ou qualificam os


nomes. Nas orações, possuem função de adjunto adnominal.
Exemplos:
• Minha casa é amarela, a tua é branca.
• Estude e realizará seu sonho.

meu(s), minha(s)
1a Pessoa
nosso(s), nossa(s)

teu(s),tua(s)
2a Pessoa
vosso(s), vossa(s)

3a Pessoa seu(s), sua(s)

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4 – Pronomes Demonstrativos

Servem para indicar a posição das pessoas da oração em relação a


espaço, tempo ou posição textual. Os mais conhecidos são: este(s), esta(s),
isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s) e aquilo. Também são
pronomes relativos: aqueloutro(a)(s), mesmo(a)(s), próprio(a)(s), semelhante,
tal e tais.

QUANDO USAR...

ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
objeto está momento
algo DEPOIS de
ESSE(A)(S) PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO

objeto está momento


LONGE de quem para citar o PRIMEIRO
AQUELE(A)(S) PASSADO
FALA e de quem TERMO entre dois já
DISTANTE
OUVE citados

5 – Pronomes Relativos

Eles têm esse nome, pois referem-se a termos ANTERIORMENTE


MENCIONADOS na oração. São eles: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo(s),
cuja(s), quanto(s), quanta(s), quem, que, como, quando e onde.
Vamos a alguns exemplos e observações:
• Aquela é a garota por quem ele apaixonou-se.
Repare que “quem” refere-se ao nome “garota” já mencionado na oração.
• A cidade onde nasci é a mais bela.
• Esse é o hospital cujos médicos são os melhores.
Veja que o pronome “cujos” dá uma idéia de posse do “hospital” em relação
aos “médicos”.
OBSERVAÇÃO
1. O pronome QUEM é usado apenas para PESSOAS.

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2. O pronome ONDE é usado apenas para LUGARES.


3. NÃO usa-se artigos após o pronome CUJO(A)(S).
Esse é o carro cuja a porta está quebrada. (ERRADO)
Esse é o carro cuja porta está quebrada. (CORRETO)

6 – Pronomes Interrogativos

São usados em frases interrogativas na 3a pessoa no modo direto ou


indireto.
Exemplos:
• Que aconteceu? / Ele perguntou o que aconteceu.
• Quem será? / Imagino quem será o próximo.
• Qual o motivo? / Todos sabem qual o motivo da sua falta.

7 – Pronomes Indefinidos

Servem para designar algo de forma imprecisa, vaga, indefinida ou


indetermidada, referindo-se sempre à 3 a pessoa. Podem ocorrer como
pronomes substantivos, pronomes adjetivos ou locuções.
Exemplos:

• Alguém acredita nisso?


• Algo importante aconteceu.
• Vi tantas pessoas que não pude contar.
• Há muito a se fazer.
• Gosto de quem gosta de mim.

8 – Pronomes de Tratamento

Servem para nos dirigirmos a pessoas adequadamente de acordo com


critérios de familiaridade ou formalidade, que a situação exija.
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:
• Vossa Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica
na 3ª pessoa)
No entanto, quando em sua ausência, nos referimos à mesma
autoridade, devemos falar da maneira seguinte:
• Sua Excelência chegou a alguma decisão?

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Vamos a um pequeno quadro resumo.

VOCÊ •Informal, familiar


SENHOR(A) •Respeitoso
VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados
VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades
VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes
VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais
VOSSA SANTIDADE •Papa
VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

É isso aí pessoal!
Infelizmente, temos pouquíssimas questões da ESAF abordando apenas
o assunto Pronomes.
Por isso, precisamos lançar mão de diversas questões de outras bancas
para podermos praticar este assunto, cujo conhecimento nos será bastante
necessário mais a frente, pois será muito cobrado quando misturado a outros
assuntos que ainda iremos estudar.
No entanto, não se preocupem, a grande maioria das aulas adiante
terão 100% de questões da ESAF.
Vamos praticar???

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9 – Questões Comentadas

2) ESAF/AFC/CGU/2002
Quanto à norma culta, em relação aos termos grifados, assinale a opção correta.
Para que a intervenção governamental se justifique é preciso, primeiro,
que se prove a existência de uma distorção que faça com que o mercado não
aloque eficientemente os recursos. Segundo, que se pondere as alternativas
para corrigir aquela distorção à luz de seus custos e benefícios. Pode-se concluir
pela adoção de medidas corretivas, e de que tipo devem ser, somente após esta
análise. Dada a realidade brasileira, é provável que essas tendam a ser muito
mais relativas à natureza da política econômica do que da política industrial.
Esta última ainda precisa ser muito melhor embasada.
(Adaptado de Cláudio Haddad)
a) Todas as ocorrências de "se" admitem mudança de colocação.
b) Em "se justifique", a próclise do "se" está em desacordo com a norma culta.
c) Em "se prove", a norma culta admite a ênclise do "se".
d) Em "se pondere", a próclise do "se" é facultativa.
e) Em "Pode-se", a ênclise do "se" justifica-se por ser início de oração.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Veremos, ao final da análise, que há alternativas
que não admitem mudança de colocação.
Alternativa B - Incorreta – Esta alternativa requer um pouco mais de ATENÇÃO.
Na verdade, a locução conjuntiva “para que” atrai o pronome, mesmo estando
antes do termo “intervenção governamental”.
Note que poderíamos reorganizar o período da seguinte maneira: “Para que se
justifique a intervenção...”.
Alternativa C - Incorreta – Note que existe uma palavra de atração, a conjunção
subordinativa integrante“que”, logo, é correto o uso da próclise.
Alternativa D - Incorreta – Igualmente à alternativa anterior, a conjunção
subordinativa “que” atrai o pronome.
Alternativa E – Correta – Se você estava em dúvida, esta alternativa facilitou
geral sua situação!
Caso obrigatório de ênclise, uma vez que não podemos começar o período
pelo pronome oblíquo átono “se”. Poderíamos ainda ter as formas “pode
concluir-se” (perfeita) ou “pode se concluir” (aceitável se não houver outra
alternativa, pois trata-se de linguagem informal).
Gabarito: E

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3) ESAF/ATRFB/RFB/2012
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical na transcrição do texto
abaixo.
O tipo de investimento estrangeiro que pode ter a melhor acolhida no País é
aquele que (1) representa a implantação de novas unidades de produção,
capaz de criar não só mais empregos, mas aportar um conteúdo tecnológico
inovador e importante. Nesse campo, as necessidades do Brasil são (2)
praticamente ilimitadas. Como se vê, não se trata (3), em absoluto, de recusar
investimentos estrangeiros que, de qualquer modo, apresentam vantagens,
mas de procurar direcionar-lhes (4) para onde são mais importantes e
necessários e de estar conscientes de que (5) nem todos eles representam a
salvação da economia num momento de dificuldades.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 2/8/2012, com adaptações)
a) (1) aquele que
b) (2) são
c) (3) se trata
d) (4) direcionar-lhes
e) (5) de que
Comentários:
Observe que as questões da ESAF, normalmente, abrangem diversos assuntos
simultaneamente.
Alternativa A – Correta – O pronome relativo “que” acompanhado do
demonstrativo “aquele” refere-se ao termo “tipo de investimento”.
Alternativa B – Correta – Nesta alternativa, analisamos a concordância da forma
verbal “são” com o sujeito da oração, “as necessidades do Brasil”.
Alternativa C – Correta – O pronome oblíquo “se” está bem colocado antes do
verbo. A próclise é provocada pela palavra atrativa “não” (advérbio de
negação).
Alternativa D – Incorreta – A forma correta seria “direcioná-los” (direcionar os
investimentos). Veja que a questão exige também o conhecimento da regência
do verbo direcionar.
Alternativa E – Correta – Novamente, vamos já exercitando o nosso
conhecimento de regência. Quem está consciente, está consciente de alguma
coisa. Neste caso, a preposição “de” é exigida pela regência do nome
“consciência”, além disso, o “que” não é pronome e sim uma conjunção que
introduz a oração subordinada substantiva completiva nominal.
Calma!!!

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Iremos estudar tudo isso com detalhes mais à frente. Estou apenas introduzindo
alguns conceitos para vocês irem se familiarizando.
Gabarito: D

4) ESAF/Advogado/IRB/Jurídica/2006
Assinale a opção em que uma das duas alternativas propostas não preenche as
lacunas do texto de maneira correta e textualmente coerente.
É preciso entender ___(a)___ a cultura, mesmo quando ___(b)___
restritamente ao âmbito das artes, não é simplesmente um campo passivo
___(c)___ forças sociais interagem, um mero reflexo de uma realidade social
ou mesmo uma área sagrada ___(d)___ as empresas simplesmente se
aproveitam em nome de benefícios fiscais e mercadológicos.
___(e)___ no desenvolvimento do mercado da cultura não só diferentes formas
e valores de troca, mas também a diferenciação da própria produção artística
segundo novas formas de comercialização da arte.
(adaptado de Valéria Oliveira e Adriana Casali, Cultura, relações públicas e
ética – uma visão crítica)
a) que / de que
b) referindo-se / se refira
c) onde / em que
d) da qual / de que
e) Identificam-se / São identificadas
Comentários:
Alternativa A - Incorreta – No caso não cabe a preposição “de” após a forma
verbal “entender”. Embora se possa “entender de alguma coisa”, no sentido de
ter conhecimento de algo, o sentido do verbo no texto é o mesmo de
compreender, sendo, neste caso, transitivo direto.
Alternativa B – Correta – Na primeira forma admite-se a ênclise devido ao
verbo no gerúndio, mesmo com a ocorrência da palavra atrativa “quando”.
Nesse caso, há um verbo auxiliar (SER) implícito na oração.
Veja como seria a oração completa:
...mesmo quando (a cultura estiver) referindo-se restritamente ao âmbito das
artes...
Vamos revisar a colocação pronominal nas locuções verbais:

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Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

Na segunda, ocorre a próclise devido à atração do pronome pelo advérbio


“quando”.
Alternativa C - Correta – Os pronomes são equivalentes e referem-se ao termo
“campo passivo”.
Alternativa D - Correta – Os pronomes relativos ”que” e “a qual” podem ser
perfeitamente utilizados no mesmo contexto, referindo-se ao termo “área
sagrada”.
Alternativa E - Correta – A ênclise está correta, pois NÃO podemos iniciar
períodos por pronomes oblíquos átonos. Na segunda forma, optou-se pela
forma passiva analítica da oração.
Gabarito: A

5) ESAF/ATRFB/RFB/2009
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.
O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente,
tornando-se (2) um parâmetro de avaliação de políticas públicas na área
social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo
científico.
No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se perder
(3) de vista o ponto fundamental do IDH, que é medir a qualidade de vida para
além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma bem-sucedida
alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno Bruto, no
qual (4) pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da população. Com
o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão ou mais importante
que aferir (5) o mero, e às vezes enganador, desenvolvimento econômico.
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.)
a) (1)

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b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
Comentários:
Alternativa A - Correta – Cuidado pessoal, vejam que pegadinha!
A primeira vista o candidato acharia que esta é a alternativa errada. Quando
vemos o “se” logo após a vírgula, já pensamos estar errada a colocação do
pronome.
Repare que o termo “pela simplicidade” está entre vírgulas. Na verdade, ele é
nada mais que um termo intercalado na oração. Se lermos a oração sem ele,
veremos que há atração do pronome “se” pelo pronome relativo “que”.
Alternativa B - Correta – Tranquila a alternativa. A ênclise após a vírgula,
agora, devidamente justificada, pois o verbo inicia uma oração dentro do
período composto.
Alternativa C - Correta – Perfeita a próclise, pois o advérbio “não” atrai o
pronome “se”.
Alternativa D - Incorreta – O pronome relativo “o qual” refere-se ao termo
“Produto Interno Bruto” e é sujeito da oração seguinte substituindo esse termo.
Nesse caso, não cabe a preposição “em” antes de “o qual” (não cabe preposição
antes de sujeito).
Veja como seria a oração, sem o pronome:
O Produto Interno Bruto pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da
população.
Alternativa E - Correta – O verbo AFERIR faz contraponto com o verbo MEDIR,
a fim de evitar a repetição deste. Está perfeitamente colocado.
Gabarito: D

6) ESAF/ATRFB/RFB/2003
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.
Todo e qualquer processo de reforma ___1___ realiza pela necessidade de
modificar procedimentos___2___ encontrem inadequados ou ultrapassados
diante das finalidades para ____3____foram instituídos. O modelo tributário
brasileiro foi redesenhado na Assembléia Nacional Constituinte de 1988, dentro
de uma visão federativa ___4____ buscava o fortalecimento dos Estados e
municípios. Essa afirmação é comprovada ____5_____observamos o espaço
tributário pertencente à União que foi cedido aos Estados, como a tributação da

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energia elétrica, do petróleo e seus derivados, da comunicação e da prestação


do serviço de transporte.
(Adaptado de Lúcio Alcântara, Folha de S.Paulo,01/09/2003)
1 2 3 4 5
a) as se que e sempre que
b) lhe caso quem mas se
c) se que se as quais que quando
d) a os quais cujas quem caso
e) os que quando a qual ao
Comentários:
Item 1 – Apenas a alternativa C preenche adequadamente o espaço 1. O
pronome “se”, no caso, é chamado de pronome apassivador, pois introduz a
voz passiva sintética.
Um dos requisitos para distinguir se a partícula “se” é PA, é que o verbo seja
transitivo direto, que é o caso do verbo REALIZAR.
Para tirar a dúvida, experimente as outras opções, você verá que nenhuma
delas fará sentido no contexto da oração.
Item 2 – Mais uma vez, apenas a letra C preenche corretamente o espaço. A
oração pede, além de um pronome relativo “que” ou “os quais”, o pronome
reflexivo “se”.
Item 3 – Estariam corretos os pronomes “que” ou “as quais”, a fim de concordar
com o termo “finalidades”.
Item 4 – Corretos os pronomes relativos “que” e “a qual”, em concordância
com o termo “visão federativa”.
Item 5 – Estão corretos os termos “quando” e “sempre que”.
Gabarito: C

7) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014

Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma


argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um
princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma instância
caprichosa.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos


sublinhados por, respectivamente,

a) substituir-lhe – atribuindo-o - tomá-lo

b) substituí-la – atribuindo-lhe - tomá-lo

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c) substituí-la – lhe atribuindo - tomar-lhe

d) substituir a ela – atribuindo a ele – lhe tomar

e) substituir-lhe – atribuindo-lhe – tomar-lhe

Comentários:

Item I – Como o verbo “substituir” é transitivo direto, devemos utilizar o


pronome oblíquo A. Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e
adicionar o L ao pronome O (substituí-la).

Item II – Como o verbo “atribuir” é transitivo indireto, devemos utilizar o


pronome oblíquo “lhe” que equivale à expressão A ELE (atribuindo-lhe). Não
cabe próclise após vírgula.

Item III – O verbo “tomar” é transitivo direto, portanto devemos utilizar o


pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos cortá-lo e
adicionar o L ao pronome O (tomá-lo).

Gabarito: B

8) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior.


O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e
atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão
instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os
braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por
algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas
instruções do que para executá-las.
Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo
se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se
desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de
concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e
autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os
hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no
outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas
fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender
um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus,
mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem
de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora
dela.

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(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R.


Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13)
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes
necessários, ambos os pronomes foram empregados corretamente em:
a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como
posicioná-los / alcançar-lhes
b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não
encontraremo-la / negligenciarmo-nas
c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-
nas / como utilizá-la
d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos
/ atingi-la
e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes
acrescentem / elas as trazem
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A primeira substituição está correta, pois o verbo
posicionar é transitivo direto, então troca-se o termo “os braços” pelo
pronome “os”.
A segunda substituição deveria ser similar à primeira, uma vez que o verbo
“alcançar” também é transitivo direto. O pronome “lhes” é usado para
complementar verbos transitivo indiretos, pois é equivalente ao termo “a eles”.
Correto seria a grafia “alcançá-los.
Alternativa B – Incorreta – No primeiro termo deveria haver uma próclise em
virtude do advérbio “não”, que atrai o pronome para junto dele. No segundo,
cometeu-se um erro não de regência, pois foi adicionado o pronome “as”, para
complementar o verbo negligenciar TD, no entanto a forma correta seria
“negligenciarmo-las”, pois a forma verbal é terminada em “S”.
Alternativa C – Correta – Os dois verbos são TD e estão com os pronomes “as”
e “a” empregados corretamente.
Alternativa D – Incorreta – Novamente dois verbos TD, no entanto o primeiro é
terminado em “R”, devendo ser redigido da seguinte forma: superá-los.
Alternativa E - Incorreta – Os dois verbos são TD e as duas substituições estão
incorretas, devendo ser escritas “não os acrescentem”, devido à atração do
advérbio “não” e “elas trazem-nas”, uma vez que não há no segundo caso
palavra de atração.
Gabarito: C

9) CESPE/Analista Judiciário/TRT 10/Administrativa/2013

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A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de


geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão
social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais
organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca,
empresas de autogestão e redes de cooperação — que realizam atividades de
produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e
consumo solidário.
A Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e
Emprego, desde sua criação, em 2003, vem elaborando mecanismos de
formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no
Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007
a Secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os
empreendimentos econômicos alternativos.
Internet: <http://portal.mte.gov.br/imprensa> (com adaptações).
Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item.
No trecho “A economia solidária vem-se apresentando”, o deslocamento do
pronome pessoal oblíquo para depois do verbo principal da locução não
prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-se.
Certo
Errado
Comentários:
Vamos repetir o esquema para colocação pronominal em locuções verbais
sem palavras atrativas.

Quando NÃO há palavra atrativa

Caso não seja início


1 Próclise ao auxiliar OK se conseguiu livrar
de período

2 Ênclise ao auxiliar OK conseguiu-se livrar OK

3 Próclise ao principal OK conseguiu se livrar linguagem usual


Perfeito!!!
4 Ênclise ao principal OK conseguiu livrar-se Forma
recomendada!!!

Uma vez que não há palavra atrativa, a ênclise ao verbo principal é a forma
mais recomendada pela gramática Portuguesa.
Lembre-se de que no modo PARTICÍPIO, esta forma é ERRADA, pois este não
admite ênclise.

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Gabarito: C

10) FCC/Aux. Judiciário/TRF 2/Administrativa/2007


A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em qualquer
outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a descobrir. Os
mares parecem guardar as respostas sobre a origem da vida e uma potencial
revolução para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e materiais
para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que
do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conservação e o
conhecimento da biodiversidade, e os especialistas sabem que ela é muitas
vezes maior do que hoje conhecemos. Das planícies abissais - o verdadeiro
fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfície da Terra - vimos menos
de 1%. Hoje sabemos que essa planície, antes considerada estéril, está cheia
de vida. Nos últimos anos, não só se fizeram novos registros, como também se
descobriram novas espécies de peixes e invertebrados marinhos - como
estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más
notícias. Pesquisadores alertam que diversidade não é sinônimo de abundância.
Há muitas espécies, mas as populações, em geral, não são grandes.
A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversidade dos oceanos é o
Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar
pronto em 2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os micro-
organismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra. Uma pequena
arraia escura, em forma de coração, é a mais nova integrante da lista de peixes
brasileiros. Ela foi coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito
Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espécies marinhas
recém-identificadas, esta também é uma habitante das trevas.
O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no exterior revelaram
numerosas substâncias extraídas de animais marinhos e com aplicação
comercial. Há substâncias de poderosa ação antiviral e até mesmo
anticancerígena. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas
que transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos recém-
descobertos de bactérias são transformados em cremes protetores contra raios
ultravioleta. Vermes que devoram ossos de baleias produzem um composto com
ação detergente. Já o coral-bambu é visto como um substituto potencial para
próteses ósseas.
(Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de março de 2006,
p.1821)
A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de
modo INCORRETO em:
a) parecem guardar as respostas = parecem guardá-las.
b) que ocupa a maior parte da superfície da Terra = que a ocupa.

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c) oferece outros tipos de riqueza = oferece-os.


d) revelaram numerosas substâncias = revelaram-nas.
e) produzem um composto = produzem-lhe.
Comentários:
Alternativa A – Correta – Para verbo TD usa-se o pronome oblíquo átono “as”.
Como é terminado em “R”, adicionamos o “L” ao pronome e cortamos o “R” do
verbo.
Alternativa B - Correta – Novamente o verbo é TD, porém o pronome “a” é
atraído pelo pronome relativo “que”, utilizando-se nesse caso a próclise.
Alternativa C - Correta – Para verbo TD usa-se o pronome oblíquo átono “os”,
porém o verbo permanece inalterado, pois não termina em R ou S, nem
mesmo em sons nasais.
Alternativa D - Correta – Novamente, verbo TD, agora terminado em som
nasal, usa-se a letra “N” antes do pronome “as”.
Alternativa E - Incorreta – Como o verbo é TD, o trecho deveria ser escrito da
seguinte forma: produzem-no.
Gabarito: E

11) CESPE/Técnico/MPU/Administrativo/2010
A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a
perder fôlego. A reação dos indicadores de atividade na zona do euro, que já
não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3%
em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta que a economia americana
perderá força no segundo semestre. O corte de 125 mil empregos em junho
indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de
trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões
para esse estancamento encontram-se no comportamento do polo dinâmico da
economia mundial, os países emergentes, cujo desenvolvimento econômico
começou a desacelerar − ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a
seguir.
O deslocamento do pronome "se" para imediatamente após a forma verbal
"concretizar" − não deverá concretizar-se − não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado

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Comentários:
Na verdade, podemos até dizer que a forma proposta está “mais correta”, uma
vez que a ocorrência da palavra atrativa “não” favorece a próclise em relação
ao verbo auxiliar “deverá” ou ênclise em relação ao verbo principal “concretizar”.
A forma que está grafado no texto é aceita, embora seja preferível para o uso
informal.
Estaria incorreta a forma “não deverá-se concretizar”, devido à ocorrência da
palavra de atração.
Quando há palavra atrativa:

Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

ATENÇÃO!!!!
Os verbos no PARTICÍPIO NÃO admitem ÊNCLISE!!!
Ex. Não haviam ajudado-nos. (ERRADO)
Gabarito: C

12) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não


respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão
evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas.

No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos


protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente
coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe.
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número
de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império
Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os

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romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do
Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la
caso estejamos passando por ali.

Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre


as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e
participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às
dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente
nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina.

(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)

Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi


corretamente substituído por um pronome em:

a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono

b) dirige o país = lhe dirige

c) integrando os regimentos = integrando-lhes

d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na

e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – O uso do pronome A está correto, pois o verbo


“colocar” é TD, porém, como a forma “coloca” não termina em som nasal, não
cabe o uso do N (a coloca). Por outro lado, o advérbio “regularmente”, presente
no texto, atrai o pronome para a posição de próclise.

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “dirigir” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O (dirige-o). Não há no texto palavra atrativa que
justifique a próclise.

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “integrar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo OS (integrando-os). A ênclise é obrigatória, pois
inicia um oração, após uma vírgula.

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “liderar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo A. A forma “liderou” não termina em som nasal, por
isso não cabe o uso do N (a liderou). O pronome “que” atrai o pronome para a
posição de próclise.

Alternativa E – Correta - O verbo “registrar” é transitivo direto, por isso devemos


utilizar o pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos
cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (registrá-lo). Já que não há palavra
atrativa no texto, o pronome está corretamente empregado como ênclise.

Gabarito: E

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13) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015


Assinale a opção que indica a frase em que o emprego da forma “mim” contraria
a norma culta da língua.
a) Para mim, assistir às aulas é questão de princípio.
b) Tudo foi feito em segredo, entre mim e a empresa.
c) A mim, ninguém me engana.
d) Tinham receio de mim, após a festa, nunca mais voltar.
e) Desmaiei e demorei a voltar a mim.
Comentários:
Alternativa A – Correta – Os pronomes oblíquos não servem como sujeitos e
sim como complementos de verbos e nomes. Os pronomes pessoais retos é
que fazem o papel de sujeito nas orações. A utilização de “para mim” está
correta, pois tem função de complemento.
Alternativa B – Correta – Ok, pois “entre mim e a empresa” tem função de
complemento.
Alternativa C – Correta – O termo “a mim” é objeto indireto pleonástico.
CALMA, VAMOS VER ESTE ASSUNTO DETALHADAMENTE NA AULA DE FUNÇÃO
SINTÁTICA.
Alternativa D – Incorreta - Tinham receio de EU, após a festa, nunca mais voltar.
A frase intercalada disfarça a presença do verbo “voltar”, portanto o pronome
oblíquo “mim” está inadequado, uma vez que não pode ser o sujeito da oração.
Alternativa E – Correta – O termo “a mim” é complemento verbal de “voltar”
(voltar a quê?)
Gabarito: D

14) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos

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aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a


esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)

Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,


atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos
Comentários:
Item 1 – Em primeiro lugar observamos que o verbo “temer” é TD, logo
devemos empregar o pronome “a”. Em seguida, veja que há uma palavra
atrativa, o pronome indefinido “muitos”, então vamos usar a próclise (a
tememos).
Item 2 – Temos o verbo julgar que é TD e devemos usar ênclise por ser início
de oração. Assim a forma correta é “julgamo-la”.
Item 3 – Repare que o verbo atribuir é TDI, no entanto o termo que vamos
substituir é o objeto indireto – OI (veja que há uma crase, então já sabemos
que há preposição no termo “à solidão”). Como o verbo vem após virgula e
inicia uma nova oração dentro do período composto, vamos de ênclise

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(atribuímos-lhe), ok?
Gabarito: D

15) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


Especializado/Tecnologia da Informação/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Novas fronteiras do mundo globalizado
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar
que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer
que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à
noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países
em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas
tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las
Comentários:
Como na questão anterior, vemos que nas três orações o complemento é o
mesmo - “as novas tecnologias”. Na segunda oração, porém, há uma crase, isso
indica que há também uma preposição.
Item 1 - O verbo tomar é TD, então teremos como complemento o pronome
“as”. Vamos posicioná-lo antes do verbo (próclise) devido ao advérbio “não”,

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que o atrai.
Item 2 – A crase é fundamental para identificarmos a existência de preposição
no complemento do verbo faltar (TI – ex. Faltou ao encontro). Nesse caso,
usaremos “a elas” ou “lhes”.
OBSERVAÇÃO – Temos, antes do verbo, a conjunção “pois”, que é
coordenativa. Enquanto as conjunções subordinativas atraem o pronome, as
coordenativas admitem o uso de próclise ou ênclise (FACULTATIVO).
Item 3 - Submeta o quê?? As novas tecnologias... Verbo TD ok? Veja que há
um “que” (pronome relativo), que atrai o pronome “as” (próclise).
Gabarito: C

16) FCC/AFTE/SEFAZ PE/2014


Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista
cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem
de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas
populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas

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estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -


circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na
Comentários:
Alternativa A – Correta – O pronome está correto, pois o verbo arremedar é TD.
A forma infinitiva do verbo permite a ênclise, além de que não há palavra de
atração. Os verbos terminados em “R”, “S” e “Z” perdem estas consoantes.
Alternativa B - Correta – O pronome “as” está correto pois substitui o objeto
direto – OD (as botinas...). Ênclise correta, uma vez que inexiste palavra de
atração.
Alternativa C - Correta – O pronome “a” está correto pois substitui o objeto
direto – OD. A próclise também está regular devido à palavra atrativa “que” (ver
o texto).
Alternativa D - Correta – O termo “o fator comum” é objeto direto da forma
verbal “pôs”. Como o verbo termina em “S”, este é cortado e acrescenta-se o
“L” ao pronome.
Alternativa E - Incorreta – O pronome está coreto, pois o verbo é TD, porém a
forma correta seria “eliminou-a”, pois a forma verbal “eliminou” não finaliza
com som nasal.
Gabarito: E

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17) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010

A frase em total concordância com o padrão culto escrito é:

a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento,


haja bastante precisão quanto aos pontos que quereis ver alterados.

b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes


referência desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça
o mal-entendido.

c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve: − Senhor Reitor,


sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua
atenção.

d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade: − Ponho-me a vossa


disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.

e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Quando nos dirigimos diretamente a uma


autoridade, um juiz por exemplo, devemos falar da seguinte maneira: Vossa
Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica na 3ª pessoa,
o mesmo acontece com os pronomes oblíquos correspondentes)
Portanto deveríamos ter o seguinte:

Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em sua apreciação do documento, haja


bastante precisão quanto aos pontos que quer ver alterados.

VOCÊ •Informal, familiar

SENHOR(A) •Respeitoso

VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados

VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades

VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes

VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais

VOSSA SANTIDADE •Papa

VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

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Alternativa B – Incorreta – Lembre-se de que o verbo deve ficar na 3ª pessoa


do singular.

Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fez referência
desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-
entendido.

Alternativa C – Incorreta – A maneira formalmente correta de dirigir-se a um


reitor é vossa magnificência. Na primeira referência, no entanto, não é
necessário o uso do pronome de tratamento, uma vez que não se está se
dirigindo ao reitor de maneira direta ou indireta, portanto podemos utilizar o
termo “senhor reitor”, para evitar a repetição do pronome de tratamento.

Ao encontrar-se com o senhor reitor, não se conteve: − Vossa


Magnificência, sou o mais novo membro do corpo docente e lhe peço um
minuto de sua atenção.

Alternativa D – Incorreta – Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua


Santidade: − Ponho-me a sua disposição se acaso deseje mandar uma
mensagem ao povo brasileiro.

Alternativa E – Correta – Foram aplicadas corretamente o pronome de


tratamento, assim como a flexão do verbo o pronome oblíquo
correspondente na 3ª pessoa do singular.

Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

Gabarito: E

18) FGV/TNS/Assembléia Legislativa BA/Redação e Revisão


Legislativa/Letras/2014
Assinale a opção em que a reescritura da frase inicial está correta.
a) Tu sempre pões o prato sobre a mesa. / Tu sempre põe‐no sobre a mesa.
b) Amemos a nós como aos demais. / Amemos‐nos como aos demais.
c) Respondi aos inquisidores rapidamente. / Respondi‐os rapidamente.
d) Carta de quem quer muito a você. / Carta de quem lhe quer muito.
e) Eu respondi à carta ontem. / Eu lhe respondi ontem.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Erro de colocação pronominal. A palavra “sempre” é
advérbio, por isso atrai o pronome, devendo ocorrer a ênclise (“Tu sempre o
pões na mesa”). Palavras “atrativas”: advérbios, palavras negativas,
pronomes indefinidos e relativos, conjunções subordinativas, verbos

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proparoxítonos e etc.
Alternativa B - Incorreta – Quase correto! Faltou apenas o corte do “S” (amemo-
nos). A ênclise é obrigatória, pois é início de frase e o pronome “nos” está
adequado, porque é equivalente ao termo “a nós”, que complementa o verbo
transitivo indireto - TI.
Alternativa C - Incorreta – Aqui, houve erro de pronome, pois o verbo é TI nesse
caso, cabendo assim o pronome “lhes” (substitui aos inquisidores). Novamente,
só pode ser ênclise pois inicia a frase.
Alternativa D - Correta – Perfeito. O pronome “lhes” substitui “a você”,
adequadamente. A próclise também está correta devido ao pronome “quem”
Alternativa E - Incorreta – Apesar de soar estranho, a forma correta seria a
ênclise, pois não há palavra atrativa (Eu respondi-lhe ontem).
Gabarito: D

19) FCC/ACE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Eduardo Coutinho, artista generoso

Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo


Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos
paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a
distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa,
surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada
expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”,
“os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente
enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de
quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está
falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da
Paraíba.

Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro


deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração
prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para
conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não
para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar
à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa
no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
mostra-se, mostra-o, mostra-nos.

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(Armindo Post, inédito)

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na


seguinte frase:

a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa


que retrata é uma das características nas quais seus filmes se distinguem.

b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram


para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado
qualquer inclinação.

c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são


chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais
apressado.

d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a


ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.

e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não


mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade
de cuja as pessoas são portadoras.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – O pronome relativo “onde” deve ser utilizado apenas


para LUGARES, enquanto a preposição A também não cabe no contexto, uma
vez que o sujeito (Coutinho) manifesta na perspectiva ética todo o respeito pela
pessoa que retrata. Portanto os pronomes adequados são em que e na qual.

No segundo pronome relativo, a preposição adequada é “por”, uma vez que os


filmes se destacam por um motivo. Cabe nesse caso as expressões por que e
pelas quais.

A perspectiva ética em que/na qual Coutinho manifesta todo o respeito pela


pessoa que retrata é uma das características pelas quais/por que seus filmes
se distinguem.

Alternativa B – Incorreta – Houve um erro na utilização da preposição que


acompanha o pronome “quais”, porque quem se agarra, agarra-se a algo,
portanto utilizamos a que ou às quais.

O pronome relativo “onde” deve ser utilizado apenas para LUGARES.

O paternalismo e o sentimentalismo, posições às quais/a que muitos se


agarram para tratar o outro, não são atitudes por que/pelas quais Coutinho
tenha mostrado qualquer inclinação.

Alternativa C – Incorreta – Os verbos entusiasmar e impressionar pedem a


preposição com (se impressionar com algo/ se entusiasmar com algo). O

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pronome relativo “cujas” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse.

As expressões coletivistas, com que/com as quais Coutinho jamais se


entusiasmou, são chavões com que/com as quais se deixam impressionar as
pessoas de julgamento mais apressado.

Alternativa D – Correta – Tanto o verbo “interessar” como “atrair” pedem a


preposição POR (se interessar por algo/ se atrair por algo).

Alternativa E – Incorreta – A locução “se deixam nortear” pede a preposição


POR (se deixar nortear por algo).

O pronome relativo “cuja” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse. As pessoas são portadoras da singularidade e não ao contrário.

Os paradigmas já mecanizados, pelos quais/por que muitos se deixam


nortear, não mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a
singularidade de que/da qual as pessoas são portadoras.

Gabarito: D

20) FGV/AB/BNB/2014
SEM SOLUÇÃO
Carlos Heitor Cony - Folha de São Paulo
Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a tragédia do Riocentro,
que até hoje não foi bem explicada e, para todos os efeitos, marcou o início do
fim da ditadura militar.
Tampouco ressuscitamos o entusiasmo das festividades, os desfiles e a
tradicional arenga de um ditador que, durante anos, começava seus discursos
com o famoso mantra: "Trabalhadores do Brasil".
De qualquer forma, era um pretexto para os governos de plantão forçarem um
clima de conciliação nacional, o salário mínimo era aumentado e, nos teatros da
praça Tiradentes, havia sempre uma apoteose patriótica com os grandes nomes
do rebolado agitando bandeirinhas nacionais. Nos rádios, a trilha musical era
dos brados e hinos militares, na base do "avante camaradas".
Este ano, a tônica foram as vaias que os camaradas deram às autoridades
federais, estaduais e municipais. Com os suculentos escândalos (mensalão,
Petrobrás e outros menos votados), as manifestações contra os 12 anos de PT,
que começaram no ano passado, só não tiveram maior destaque porque a mídia
deu preferência mais que merecida aos 20 anos da morte do nosso maior ídolo
esportivo.

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Depois de Ayrton Senna, o prestígio de nossas cores está em baixa, a menos


que Paulo Coelho ganhe antecipadamente o Nobel de Literatura e Roberto Carlos
dê um show no Teatro alla Scala, em Milão, ou no Covent Garden, em Londres.
Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia, na
Copa de 1950, mas há presságios sinistros de grandes manifestações contra o
governo e a FIFA, que de repente tornou-se a besta negra da nossa soberania.
A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube a favor da
Argentina.
“A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube...”; se, em lugar
de “o papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade”
deveria ser substituída adequadamente por:
a) Vossa Excelência;
b) Vossa Majestade;
c) Vossa Senhoria;
d) Sua Excelência;
e) Sua Majestade.
Comentários:
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:

• Vossa Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica


na 3ª pessoa)
No entanto, quando em sua ausência, nos referimos à mesma
autoridade, devemos escrever da maneira seguinte:

• Sua Excelência chegou a alguma decisão?


Como no texto não se está na presença do rei da Espanha utilizamos o pronome
Sua Majestade, que é o pronome adequado para nos referirmos a reis e rainhas.

VOCÊ •Informal, familiar


SENHOR(A) •Respeitoso
VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados
VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades
VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes
VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais
VOSSA SANTIDADE •Papa
VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

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Gabarito: E

21) FGV/AFRE-RJ/SEFAZ RJ/2007


Em "exauri-los" e "poder-se-á", construiu-se corretamente a junção do pronome
à forma verbal. Assinale a alternativa em que isso não ocorreu.
a) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos
b) permitireis + os = permiti-los-eis
c) fizestes + lhes = fizeste-lhes
d) encontraram + os = encontraram-nos
e) aprenderás + as = aprendê-las-ás
Comentários:
A banca resolveu testar a sua convicção no seu aprendizado de colocação dos
pronomes oblíquos, juntando as formas mais esquisitas possíveis.
Lembre-se de que no futuro do presente e do pretérito utilizamos a
mesóclise. Vamos lá!
Em formas verbais terminadas em R, S, Z acrescentamos o L antes de o(s), a(s).
Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.

Em formas verbais terminadas em sons nasais AM, EM, ÃO, ÕE acrescentamos


a consoante N antes de o(s), (a)(s).
Exemplos:
• Enrolavam o novelo. / Enrolavam-no.
• Estudarão a aula. / Estudarão-na.
• Põe o livro sobre a mesa e estuda. / Põe-no sobre a mesa e estuda.
NOTE que nesses casos NÃO se corta qualquer letra do verbo!!!
Alternativa A – Correta – Utilizamos a mesóclise para os tempos futuros no
indicativo.
Cortamos o R, acrescentamos o L e acentuamos o A devido à última sílaba
tônica.
Alternativa B – Correta – Utilizamos a mesóclise para os tempos futuros no
indicativo. Cortamos o S e acrescentamos o L.

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Alternativa C – Incorreta – Só cortamos o R, S, Z, quando trata-se dos


pronomes A(s) , O(s).
Alternativa D – Correta - Em formas verbais terminadas sons nasais AM, EM,
ÃO, ÕE acrescentamos a consoante N antes de o(s), (a)(s). Nesses casos
NÃO se corta qualquer letra do verbo.
Alternativa E – Correta - Utilizamos a mesóclise para os tempos futuros no
indicativo. Cortamos o S e acrescentamos o L, acentuamos o “ê” por “aprendê”
ser oxítona e mantém-se o acento no “ás”.
Gabarito: C

22) FCC/TL/ALE-RN/Técnico Legislativo/2013

O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo


pronome correspondente em:

a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos

b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe

c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva


do tempo = adotavam-a

d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo =


preservou-o

e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Como o verbo “enfunar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo AS. A forma verbal “enfunavam” termina em som
nasal, portanto deve receber o N, porém houve erro no gênero do pronome
(enfunavam-nas).

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “sentir” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos
cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (senti-lo).

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “adotar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo AS. A forma verbal “adotavam” termina em som
nasal, portanto deve receber o N, porém houve erro no gênero do pronome
(adotavam-nas).

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “preservar” é transitivo direto,


devemos utilizar o pronome oblíquo AS. Houve erro no gênero do pronome
(preservou-as).

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Alternativa E – Correta - O verbo “cultuar” é transitivo direto, por isso devemos


utilizar o pronome oblíquo O. A forma verbal “cultuavam” termina em som nasal,
portanto deve receber o N (cultuavam-no).

Gabarito: E

23) FUNCAB/Ag Adm (SEMCAS)/Pref RB/2014


Assinale a única opção em que o pronome pessoal oblíquo foi colocado de acordo
com a norma culta.
a) Não preocupe-se tanto com isso.
b) Ninguém esperava-o em casa.
c) Algo avisava-lhe para não sair de casa.
d) Me diga exatamente o que aconteceu.
e) Em se fazendo de bobo, o sueco saiu da sala.
Comentários:
Alternativa A - Incorreta – A palavra “não” atrai o pronome “se”, por isso a
próclise seria a colocação correta nesse caso. “Não se preocupe...”
Alternativa B - Incorreta – A palavra “ninguém” (pronome indefinido) atrai
o pronome oblíquo “o”. As palavras atrativas são: advérbios, pronomes
indefinidos, pronomes relativos, conjunções subordinativas, palavra "só",
palavras negativas. Portanto, esse é um caso de próclise obrigatória.
Alternativa C - Incorreta – Lembre-se que “algo” é pronome indefinido, por isso
atrai o “lhe”.
Os pronomes indefinidos servem para designar algo de forma imprecisa,
vaga, indefinida ou indetermidada, referindo-se sempre à 3 a pessoa. São
exemplos de pronomes indefinidos: alguém, alguma, ninguém, algo, quanto,
certo, vários, todo, tudo, nada, bastante...
Alternativa D - Incorreta – PROIBIDO iniciarmos um período com um pronome
oblíquo átono.
Alternativa E - Correta – Quando o verbo no GERÚNDIO for precedido de
preposição teremos obrigatoriamente PRÓCLISE. Ex. Em se tratando de

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carros, prefiro os importados.

•Ocorrência de palavras de ATRAÇÃO (invariáveis), tais como


advérbios, pronomes indefinidos, pronomes relativos,
Próclise conjunções subordinativas, palavra "só", palavras negativas.
•Ex. Não me abandone. / Nada lhe tira o foco. / Ele é o homem de
quem lhe falei. / Pedi a ele que os avisasse. / Só lhe sobrou uma
alternativa.
• Nas orações: optativas, exclamativas ou interrogativas nas
formas seguintes:
•Ex. Deus o abençoe! / Quanto te maltratas! / Quem se
disponibilizará?
•É PROIBIDO o uso de pronomes átonos no início de períodos, ou
após pausas sem palavra de atração!!!

•Verbo no FUTURO DE PRESENTE ou FUTURO do PRETÉRITO, caso não


haja palavra atrativa.
Mesóclise •Ex. dar-te-ei, fazê-lo-ia

•Regra geral, caso não seja caso de próclise ou mesóclise.


•Ex. Suas palavras deixaram-nos tranquilos. / As pessoas aplaudiam-
no calorosamente.
Ênclise

Gabarito: E

24) CESPE/ATA/MF/2009
O administrador interino
Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não
ganhava muito, mas a mulher gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a
casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era
propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete
de loteria, dez contos de réis. A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o
prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a
mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns
pássaros etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos fundos
da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça,
os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a
casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou
muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata
pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia
chegou a salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.

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O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em


comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou
substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta mudança de
fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou
de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à
mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos
sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna
interinidade. Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o
lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã. Pediu a minha mãe que velasse
pelas infelizes que deixava; não podia sofrer desgraça, matava-se. Minha mãe
falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a coisa nenhuma.
Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias,
mudo, fechado na alcova, − ou então no quintal, ao pé do poço, como se a ideia
da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:
− Joãozinho, você é criança?
Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir a
minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria
matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que
maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma
gratificação a menos, e perder um emprego interino?
Machado de Assis. Dom Casmurro, cap. XVI (com adaptações).
Julgue o item com relação a aspectos gramaticais e ortográficos do texto.
Os pronomes empregados em "quando lhe saiu o prêmio" e "atirou-se às
despesas supérfluas" devem ser interpretados como reflexivos.
Certo
Errado
Comentários:
Na segunda oração, de fato, o pronome “se” é reflexivo, pois refere-se ao
próprio sujeito, tem o significado de “si mesmo”. Na primeira, no entanto,
percebam que o pronome “lhe” tem sentido de posse igualmente ao
pronome possessivo “seu” (“quando saiu o seu prêmio”).
Gabarito: E

Espero que tenham gostado da aula.


Boa sorte a todos!!!

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10 - Lista de Exercícios

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

a) alçar a turma = alçar-lhe

b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos

2) ESAF/AFC/CGU/2002
Quanto à norma culta, em relação aos termos grifados, assinale a opção correta.
Para que a intervenção governamental se justifique é preciso, primeiro,
que se prove a existência de uma distorção que faça com que o mercado não
aloque eficientemente os recursos. Segundo, que se pondere as alternativas
para corrigir aquela distorção à luz de seus custos e benefícios. Pode-se concluir
pela adoção de medidas corretivas, e de que tipo devem ser, somente após esta
análise. Dada a realidade brasileira, é provável que essas tendam a ser muito
mais relativas à natureza da política econômica do que da política industrial.
Esta última ainda precisa ser muito melhor embasada.
(Adaptado de Cláudio Haddad)
a) Todas as ocorrências de "se" admitem mudança de colocação.
b) Em "se justifique", a próclise do "se" está em desacordo com a norma culta.
c) Em "se prove", a norma culta admite a ênclise do "se".
d) Em "se pondere", a próclise do "se" é facultativa.
e) Em "Pode-se", a ênclise do "se" justifica-se por ser início de oração.

3) ESAF/ATRFB/RFB/2012
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical na transcrição do texto
abaixo.
O tipo de investimento estrangeiro que pode ter a melhor acolhida no País é
aquele que (1) representa a implantação de novas unidades de produção, capaz
de criar não só mais empregos, mas aportar um conteúdo tecnológico inovador
e importante. Nesse campo, as necessidades do Brasil são (2) praticamente
ilimitadas. Como se vê, não se trata (3), em absoluto, de recusar investimentos

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estrangeiros que, de qualquer modo, apresentam vantagens, mas de procurar


direcionar-lhes (4) para onde são mais importantes e necessários e de estar
conscientes de que (5) nem todos eles representam a salvação da economia
num momento de dificuldades.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 2/8/2012, com adaptações)
a) (1) aquele que
b) (2) são
c) (3) se trata
d) (4) direcionar-lhes
e) (5) de que

4) ESAF/Advogado/IRB/Jurídica/2006
Assinale a opção em que uma das duas alternativas propostas não preenche as
lacunas do texto de maneira correta e textualmente coerente.
É preciso entender ___(a)___ a cultura, mesmo quando ___(b)___
restritamente ao âmbito das artes, não é simplesmente um campo passivo
___(c)___ forças sociais interagem, um mero reflexo de uma realidade social
ou mesmo uma área sagrada ___(d)___ as empresas simplesmente se
aproveitam em nome de benefícios fiscais e mercadológicos.
___(e)___ no desenvolvimento do mercado da cultura não só diferentes formas
e valores de troca, mas também a diferenciação da própria produção artística
segundo novas formas de comercialização da arte.
(adaptado de Valéria Oliveira e Adriana Casali, Cultura, relações públicas e
ética – uma visão crítica)
a) que / de que
b) referindo-se / se refira
c) onde / em que
d) da qual / de que
e) Identificam-se / São identificadas

5) ESAF/ATRFB/RFB/2009
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.
O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente,
tornando-se (2) um parâmetro de avaliação de políticas públicas na área
social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo
científico.

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No entanto, para além das fi ligranas metodológicas, é preciso não se perder


(3) de vista o ponto fundamental do IDH, que é medir a qualidade de vida para
além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma bem-sucedida
alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno Bruto, no
qual (4) pode camuflar o real nível de bem-estar da maioria da população. Com
o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão ou mais importante
que aferir (5) o mero, e às vezes enganador, desenvolvimento econômico.
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.)
a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)

6) ESAF/ATRFB/RFB/2003
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.
Todo e qualquer processo de reforma ___1___ realiza pela necessidade de
modificar procedimentos___2___ encontrem inadequados ou ultrapassados
diante das finalidades para ____3____foram instituídos. O modelo tributário
brasileiro foi redesenhado na Assembléia Nacional Constituinte de 1988, dentro
de uma visão federativa ___4____ buscava o fortalecimento dos Estados e
municípios. Essa afirmação é comprovada ____5_____observamos o espaço
tributário pertencente à União que foi cedido aos Estados, como a tributação da
energia elétrica, do petróleo e seus derivados, da comunicação e da prestação
do serviço de transporte.
(Adaptado de Lúcio Alcântara, Folha de S.Paulo,01/09/2003)
1 2 3 4 5
a) as se que e sempre que
b) lhe caso quem mas se
c) se que se as quais que quando
d) a os quais cujas quem caso
e) os que quando a qual ao

7) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014

Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma


argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um

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princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma instância


caprichosa.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos


sublinhados por, respectivamente,

a) substituir-lhe – atribuindo-o - tomá-lo

b) substituí-la – atribuindo-lhe - tomá-lo

c) substituí-la – lhe atribuindo - tomar-lhe

d) substituir a ela – atribuindo a ele – lhe tomar

e) substituir-lhe – atribuindo-lhe – tomar-lhe

8) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior.


O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e
atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão
instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os
braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por
algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas
instruções do que para executá-las.
Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo
se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se
desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de
concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e
autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os
hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no
outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas
fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender
um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus,
mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem
de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora
dela.
(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R.
Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13)
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes
necessários, ambos os pronomes foram empregados corretamente em:
a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como
posicioná-los / alcançar-lhes

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b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não


encontraremo-la / negligenciarmo-nas
c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-
nas / como utilizá-la
d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos
/ atingi-la
e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes
acrescentem / elas as trazem

9) CESPE/Analista Judiciário/TRT 10/Administrativa/2013


A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de
geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão
social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais
organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca,
empresas de autogestão e redes de cooperação — que realizam atividades de
produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e
consumo solidário.
A Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e
Emprego, desde sua criação, em 2003, vem elaborando mecanismos de
formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no
Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007
a Secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os
empreendimentos econômicos alternativos.
Internet: <http://portal.mte.gov.br/imprensa> (com adaptações).
Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item.
No trecho “A economia solidária vem-se apresentando”, o deslocamento do
pronome pessoal oblíquo para depois do verbo principal da locução não
prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-se.
Certo
Errado

10) FCC/Aux. Judiciário/TRF 2/Administrativa/2007


A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em qualquer
outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a descobrir. Os
mares parecem guardar as respostas sobre a origem da vida e uma potencial
revolução para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e materiais
para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que
do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conservação e o
conhecimento da biodiversidade, e os especialistas sabem que ela é muitas

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vezes maior do que hoje conhecemos. Das planícies abissais - o verdadeiro


fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfície da Terra - vimos menos
de 1%. Hoje sabemos que essa planície, antes considerada estéril, está cheia
de vida. Nos últimos anos, não só se fizeram novos registros, como também se
descobriram novas espécies de peixes e invertebrados marinhos - como
estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más
notícias. Pesquisadores alertam que diversidade não é sinônimo de abundância.
Há muitas espécies, mas as populações, em geral, não são grandes.
A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversidade dos oceanos é o
Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar
pronto em 2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os micro-
organismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra. Uma pequena
arraia escura, em forma de coração, é a mais nova integrante da lista de peixes
brasileiros. Ela foi coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito
Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espécies marinhas
recém-identificadas, esta também é uma habitante das trevas.
O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no exterior revelaram
numerosas substâncias extraídas de animais marinhos e com aplicação
comercial. Há substâncias de poderosa ação antiviral e até mesmo
anticancerígena. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas
que transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos recém-
descobertos de bactérias são transformados em cremes protetores contra raios
ultravioleta. Vermes que devoram ossos de baleias produzem um composto com
ação detergente. Já o coral-bambu é visto como um substituto potencial para
próteses ósseas.
(Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de março de 2006,
p.1821)
A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de
modo INCORRETO em:
a) parecem guardar as respostas = parecem guardá-las.
b) que ocupa a maior parte da superfície da Terra = que a ocupa.
c) oferece outros tipos de riqueza = oferece-os.
d) revelaram numerosas substâncias = revelaram-nas.
e) produzem um composto = produzem-lhe.

11) CESPE/Técnico/MPU/Administrativo/2010
A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a
perder fôlego. A reação dos indicadores de atividade na zona do euro, que já
não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3%

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em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta que a economia americana


perderá força no segundo semestre. O corte de 125 mil empregos em junho
indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de
trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões
para esse estancamento encontram-se no comportamento do polo dinâmico da
economia mundial, os países emergentes, cujo desenvolvimento econômico
começou a desacelerar − ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a
seguir.
O deslocamento do pronome "se" para imediatamente após a forma verbal
"concretizar" − não deverá concretizar-se − não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado

12) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não


respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão
evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas.

No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos


protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente
coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe.
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número
de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império
Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os
romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do
Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la
caso estejamos passando por ali.

Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre


as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e
participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às
dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente
nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina.

(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)

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Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi


corretamente substituído por um pronome em:

a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono

b) dirige o país = lhe dirige

c) integrando os regimentos = integrando-lhes

d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na

e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo

13) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015


Assinale a opção que indica a frase em que o emprego da forma “mim” contraria
a norma culta da língua.
a) Para mim, assistir às aulas é questão de princípio.
b) Tudo foi feito em segredo, entre mim e a empresa.
c) A mim, ninguém me engana.
d) Tinham receio de mim, após a festa, nunca mais voltar.
e) Desmaiei e demorei a voltar a mim.

14) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos

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tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos

15) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


Especializado/Tecnologia da Informação/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Novas fronteiras do mundo globalizado
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar
que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer
que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à
noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países
em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas

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tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las

16) FCC/AFTE/SEFAZ PE/2014


Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista
cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem
de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas
populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas

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estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -


circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na

17) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010

A frase em total concordância com o padrão culto escrito é:

a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento,


haja bastante precisão quanto aos pontos que quereis ver alterados.

b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes


referência desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça
o mal-entendido.

c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve: − Senhor Reitor,


sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua
atenção.

d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade: − Ponho-me a vossa


disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.

e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

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Gabarito: E

18) FGV/TNS/Assembléia Legislativa BA/Redação e Revisão


Legislativa/Letras/2014
Assinale a opção em que a reescritura da frase inicial está correta.
a) Tu sempre pões o prato sobre a mesa. / Tu sempre põe‐no sobre a mesa.
b) Amemos a nós como aos demais. / Amemos‐nos como aos demais.
c) Respondi aos inquisidores rapidamente. / Respondi‐os rapidamente.
d) Carta de quem quer muito a você. / Carta de quem lhe quer muito.
e) Eu respondi à carta ontem. / Eu lhe respondi ontem.

19) FCC/ACE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Eduardo Coutinho, artista generoso

Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo


Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos
paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a
distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa,
surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada
expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”,
“os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente
enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de
quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está
falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da
Paraíba.

Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro


deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração
prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para
conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não
para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar
à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa
no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
mostra-se, mostra-o, mostra-nos.

(Armindo Post, inédito)

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Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na


seguinte frase:

a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa


que retrata é uma das características nas quais seus filmes se distinguem.

b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram


para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado
qualquer inclinação.

c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são


chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais
apressado.

d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a


ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.

e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não


mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade
de cuja as pessoas são portadoras.

20) FGV/AB/BNB/2014
SEM SOLUÇÃO
Carlos Heitor Cony - Folha de São Paulo
Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a tragédia do Riocentro,
que até hoje não foi bem explicada e, para todos os efeitos, marcou o início do
fim da ditadura militar.
Tampouco ressuscitamos o entusiasmo das festividades, os desfiles e a
tradicional arenga de um ditador que, durante anos, começava seus discursos
com o famoso mantra: "Trabalhadores do Brasil".
De qualquer forma, era um pretexto para os governos de plantão forçarem um
clima de conciliação nacional, o salário mínimo era aumentado e, nos teatros da
praça Tiradentes, havia sempre uma apoteose patriótica com os grandes nomes
do rebolado agitando bandeirinhas nacionais. Nos rádios, a trilha musical era
dos brados e hinos militares, na base do "avante camaradas".
Este ano, a tônica foram as vaias que os camaradas deram às autoridades
federais, estaduais e municipais. Com os suculentos escândalos (mensalão,
Petrobrás e outros menos votados), as manifestações contra os 12 anos de PT,
que começaram no ano passado, só não tiveram maior destaque porque a mídia
deu preferência mais que merecida aos 20 anos da morte do nosso maior ídolo
esportivo.

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Depois de Ayrton Senna, o prestígio de nossas cores está em baixa, a menos


que Paulo Coelho ganhe antecipadamente o Nobel de Literatura e Roberto Carlos
dê um show no Teatro alla Scala, em Milão, ou no Covent Garden, em Londres.
Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia, na
Copa de 1950, mas há presságios sinistros de grandes manifestações contra o
governo e a FIFA, que de repente tornou-se a besta negra da nossa soberania.
A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube a favor da
Argentina.
“A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube...”; se, em lugar
de “o papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade”
deveria ser substituída adequadamente por:
a) Vossa Excelência;
b) Vossa Majestade;
c) Vossa Senhoria;
d) Sua Excelência;
e) Sua Majestade.

21) FGV/AFRE-RJ/SEFAZ RJ/2007


Em "exauri-los" e "poder-se-á", construiu-se corretamente a junção do pronome
à forma verbal. Assinale a alternativa em que isso não ocorreu.
a) cancelaríamos + as = cancelá-las-íamos
b) permitireis + os = permiti-los-eis
c) fizestes + lhes = fizeste-lhes
d) encontraram + os = encontraram-nos
e) aprenderás + as = aprendê-las-ás

22) FCC/TL/ALE-RN/Técnico Legislativo/2013

O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo


pronome correspondente em:

a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos

b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe

c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva


do tempo = adotavam-a

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d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo =


preservou-o

e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no

23) FUNCAB/Ag Adm (SEMCAS)/Pref RB/2014


Assinale a única opção em que o pronome pessoal oblíquo foi colocado de acordo
com a norma culta.
a) Não preocupe-se tanto com isso.
b) Ninguém esperava-o em casa.
c) Algo avisava-lhe para não sair de casa.
d) Me diga exatamente o que aconteceu.
e) Em se fazendo de bobo, o sueco saiu da sala.

24) CESPE/ATA/MF/2009
O administrador interino
Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não
ganhava muito, mas a mulher gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a
casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era
propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete
de loteria, dez contos de réis. A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o
prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a
mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns
pássaros etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos fundos
da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça,
os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a
casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou
muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata
pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia
chegou a salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.
O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em
comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou
substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta mudança de
fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou
de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à
mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos
sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna
interinidade. Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o
lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã. Pediu a minha mãe que velasse

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pelas infelizes que deixava; não podia sofrer desgraça, matava-se. Minha mãe
falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a coisa nenhuma.
Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias,
mudo, fechado na alcova, − ou então no quintal, ao pé do poço, como se a ideia
da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:
− Joãozinho, você é criança?
Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir a
minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria
matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que
maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma
gratificação a menos, e perder um emprego interino?
Machado de Assis. Dom Casmurro, cap. XVI (com adaptações).
Julgue o item com relação a aspectos gramaticais e ortográficos do texto.
Os pronomes empregados em "quando lhe saiu o prêmio" e "atirou-se às
despesas supérfluas" devem ser interpretados como reflexivos.
Certo
Errado

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11 – Gabarito

1 E 7 B 13 D 19 D
2 E 8 C 14 D 20 E
3 D 9 C 15 C 21 C
4 A 10 E 16 E 22 E
5 D 11 C 17 E 23 E
6 C 12 E 18 D 24 E

12 – Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.

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