Uma Grávidez Inesperada - Aline Pádua
Uma Grávidez Inesperada - Aline Pádua
Uma Grávidez Inesperada - Aline Pádua
PLAYLIST
SINOPSE
PARTE I
PRÓLOGO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
PARTE II
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XXI
APEGUE-SE AS MEMÓRIAS
CONTATOS DA AUTORA
NOTA
diferente.
Boa leitura,
Aline Pádua
PLAYLIST
das músicas que inspiraram este livro. Caso não consiga ter acesso, clique aqui
SINOPSE
No meio das voltas que a vida dá, uma noite de prazer os marca. E
a consequência será muito maior que o arrependimento: UMA
GRAVIDEZ INESPERADA.
PARTE I
Tati Bernardi
PRÓLOGO
E deixou assombradas”[1]
MABI
Eu estava cansada.
ninguém além de Leti estaria ali. Ao menos, Leti nem bateria. Então, só
poderia ser Hugo, certo?
— Preciso falar com você, criança. — soltou, e quis socar sua bela
cara pelo apelido ridículo. Revirei os olhos, e me encostei contra o batente
da porta, deixando claro que ele não entraria ali. — Sabe que vão comentar
que estou na sua porta no meio da madrugada, não é?
E assim vai”[2]
MABI
aquilo, não mudara. Mesmo que ele não me enxergasse como tal. Mesmo
porque não era uma pessoa, que simplesmente, aceitava uma resposta
silenciosa. Ao menos, só existia uma pessoa capaz de me entregar apenas
aquilo. Por que diabos eu estava pensando em Inácio?
dedo. Ele pareceu assustado, e assim percebi, que com certeza, não nos
daríamos bem na cama. Talvez, fôssemos péssimos.
cidades. Existia um certo pudor nos caras daquele interior, que me deixava
maluca. Eram peões lindos, fortes e gostosos, mas no fim, sempre
pareciam loucos para manter sua reputação.
manter qualquer fogo. Levantei com o pratinho limpo em mãos e lhe olhei
com o maior deboche que pudera. Contudo, quando meus olhos azuis
bateram nos castanho-escuros a minha frente, soube que o mundo poderia
dar quantas voltas fossem, mas ele sempre parecia parar de frente para
aquele bruto.
Regra dos três segundos. — falei, e deixei o prato sobre o balcão, pegando
— Não começa! — cortei-o, antes que tentasse falar, mais uma vez,
sobre Hugo.
ter o conto de fadas com Hugo. — rebati por fim, e sangue subiu para
minha cabeça. Ao menos, eu ainda estava boa para não o deixar ganhar
alguma discussão.
gelar, e sabia que não poderia responder. Seria lhe entregar mais munição
para me atacar. — Ele desistiu de última hora? Ou foi tão ruim que...
nariz. Diacho!
O vestido que usava colou em todo meu corpo, e o fato de não usar
sutiã, deixou-me praticamente exposta.
olhar então desceu, e se focou em meus seios, que marcavam por completo
o vestido de tecido branco e fino. Os traidores endureceram e pesaram
diante do olhar, e eu fiquei pensando se ainda estava bêbada, ou estava em
meio a um pesadelo.
Antes que eu pudesse falar algo, ele apenas bateu a porta na minha
cara, e pisquei algumas vezes, sentindo-me péssima. Estava toda
encharcada, mas de repente, meu corpo estava completamente quente.
Algo dentro de mim cresceu, e pareceu ainda mais forte, quando ele se
Eu me sentirei em casa
MABI
Ele estava enrolado nos lençóis, os quais eu me joguei com ele por
uma noite, como se a gente... Como se a gente não fosse a gente. Inácio era
o homem que eu detestava. Não era? Ao menos, eu pensava que era.
Nunca conseguimos ter uma simples conversa, de cortesia, e de repente,
estávamos em uma noite quente no carro, contra a porta de entrada da sua
casa, na escada... Diacho!
O sol não estava a pino, e quando olhei para meu celular, percebi
que ainda eram oito da manhã. Minha sorte tinha que funcionar naquela
manhã, e conseguiria sair ilesa dali, sem ninguém na sua enorme e
imponente fazenda, me ver. Sem ser a fofoca da cidade, de que teria
passado a noite com o homem que todo mundo queria casar.
Saí do seu quarto e agradeci aos céus por ele ter uma casa enorme,
e morar completamente só. Sua família era enorme, porém, apenas ele
parecia gostar daquelas terras. Ao menos, era o que diziam por aquelas
bandas.
naquele sonho. Sorri sozinha, como se pudesse sentir meus pais ali.
Contudo, sabia que a vida tivera outros planos para eles, assim como, para
mim. De vez em quando, via-me apenas chegando naquelas terras, que
nem eram mais nossas, e apenas ficando. Sentindo que de alguma forma,
eu conseguiria recuperá-las.
falou, antes que terminasse a minha frase, e tudo pareceu ainda pior. — Eu
te falei sobre isso, da última vez que nos vimos, mas você não quis ouvir.
mostrando que era óbvio. — A gente mal se suporta, Inácio. Como assim
sou a escolha perfeita para um casamento falso? Eu amo outra pessoa,
diacho!
sério. Engoli em seco, mas não o meu orgulho. — Podemos fazer isso
funcionar. É só fingir estar apaixonada e eu, faço o mesmo. Não podemos
trair, porque todos descobririam, mas sabemos, depois da noite de ontem,
que ao menos na cama somos bons.
banco de trás, pode se trocar, que eu vou ficar quietinho aqui, olhando para
o mato. Ar condicionado ligado e vidros totalmente escuros.
Entrei no carro, e era real, tinham roupas ali, e por mais que Lucas
falasse que eram da sua irmã, era óbvio que tinham acabado de sair de uma
Meses depois...
MABI
Positivo.
Olhei e reolhei para o teste, e jurei aos mil céus que estava errado.
Assim como, os outros cinco que indicavam o mesmo resultado. Respirei
uma, duas, talvez milhares de vezes, enquanto encarava aquele pequeno
pedaço de plástico. Vi-me sentada sobre a tampa do vaso sanitário, e
relembrando, talvez pela quinquagésima vez o que acontecera há cerca de
dois meses.
pelas minhas contas rápidas, com quatro meses, sem teto e sem emprego.
Ainda mais, para ela, que sempre foi a pessoa que me segurou. Já
fizera demais quando me emprestou o dinheiro para pagar o primeiro
aluguel que atrasei, e muito mais, quando aparecia do nada, em casa, com
uma compra do mês basicamente dizendo: trouxe algumas coisas que vi no
Ela sabia, que eu apenas adorava ir naquele lugar, e ficar lá, por
algum tempo. Felizmente, era do lado da fazenda de Inácio, o qual era meu
real destino. Mas naquele instante, ela não precisava saber. No fim, ela me
entenderia. Vi-me levando a mão sobre a barriga, e de repente, soube que
eu me sentia mãe. E eu sabia, qual era minha decisão a partir dali.
— Está na sua cara que não está bem. — falou e desviei o olhar. —
Não está sendo sincera, e nem brigou comigo. O que houve, Mabi?
da frente...
apenas sendo guiada pela garotinha, que sequer sabia o nome, e ficando à
sua frente. — Como você está bonita, querida!
anunciei, sem saber o que fazer diante do silêncio de todos, que pareciam
analisar cada ação nossa.
não ficasse zonza ali. Todos bateram palmas e eu, sorri como se entendesse
a piada. Talvez eu fosse a piada? — Bem-vinda, cunhadinha.
Júlio me puxou para si, e eu fui, sem saber de fato, como tudo
acontecia. Apenas... acontecia. O olhar que Inácio me deu, dizia tudo, e de
repente, consegui lê-lo completamente.
MABI
por sorte, não tivera tantos episódios de vômito até o momento. Torcia
do cômodo.
abriu, e notei Daniela e Júlio. A pequena trazia uma rosa de cor vermelha,
e correu em minha direção, entregando-me. Vi-me agachando e tocando
seus cabelos, imaginando como seria, uma parte de mim, correndo por ali,
fazendo o mesmo. De repente, eu estava completamente extasiada com a
ideia.
— Acho que vai ter que brigar por ela, com a sua sobrinha. — Júlio
falou, e o encarei, vendo-o zombar do irmão. — A menina apaixonou por
ela em segundos.
— Oli, cuidado. — a voz de Inácio era doce, mas era claro que ele
estava preocupado. Ela se afastou, e troquei um breve olhar com ele, que
de repente, apenas vi ser puxado pelos irmãos e quase levantado do chão
pelos dois.
mesmo que tinha em minha mente quando pisava nas terras dos meus pais.
O olhar dele, me fazia sentir em casa. Eram os hormônios? Era o
momento? Era a sensibilidade? Não sabia dizer. Apenas me vi, indo até
aquele homem e sua esposa, que me entregava um olhar tão perdido e
amoroso quanto o dele, e sentindo como se fosse o certo.
repente, eu estava no lugar mais errado que poderia, mas ainda assim,
estava onde deveria estar.
CAPÍTULO V
MABI
com Inácio. Ele me encarou preocupado, e quando abriu a boca para dizer
algo, apenas neguei.
para ela?
— Ela não sabe que estou grávida, e eu... Sequer trouxe o celular.
Diacho! — reclamei, e vi-o tirar algo do bolso traseiro da calça. — Sério?
— Não pode.
— Se falar que eu não posso, mais uma vez, e não me disser o que
aconteceu e onde está...
— Eu vou te buscar aí, Mabi. Você usa teu jeito maluco e sai,
porque eu vou passar por cima de qualquer Torres, mas você não vai fazer
essa loucura.
— Mabi.
— Por favor, Leti. — meu tom foi quase um implorar, e ela bufou
do outro lado da linha.
para que ele ouvisse. Então, apenas senti-o me puxando e nossos olhares se
encontraram. — O que está fazendo? — indaguei baixo, sem saber porque
o fazia, e senti uma mão em meu queixo. De repente, os olhos castanhos
pareciam bonitos demais, e eu sabia, que era a bagunça do dia, que estava
Pensei que seus lábios viriam para os meus, mas ele apenas beijou
meu rosto, trazendo seus braços ao meu redor, e me fazendo sentir
amparada e presa a si. Queria apenas negar, mas de repente, era bom. Por
que era bom estar nos braços dele? Nunca o foi.
Sua boca veio para minha testa, dando-me um leve beijo, e fechei
os olhos, buscando a atriz dentro de mim. Precisava aprender,
urgentemente, a ser boa naquilo. Algo no olhar de Inácio me dizia, que eu
não sairia bem daquilo, se não aprendesse. Precisava atuar, muito bem. E
precisava aprender a ler suas atuações, tão bem quanto.
INÁCIO
que fosse entre eu e Maria Beatriz, no fim, era apenas um casamento por
contrato. E se não fosse pela gravidez, duvidava que ela estaria ali.
para ela, e acabei relembrando do apelido que Mabi tinha para comigo. O
qual, ela evitou por todo aquele tempo ali. Talvez, na cabeça dela, nenhum
deles soubesse, que nós dois, vivíamos nos atracando. A realidade era,
quem, naquele fim do mundo, não sabia?
com ela.
cumprimento.
reação daquela mulher. Era o que eu podia ter, e talvez, o mais perto de
estar próximo a ela. — Precisa se mudar para minha casa.
conhecesse tão bem, para saber que me perguntaria algo, que eu jamais,
teria uma resposta. — Por que não sorri?
CAPÍTULO VI
MABI
colocadas bem ali. Sequer percebi, era fato. — Por que parece tão
sorridente e feliz com a sua família, mas longe deles...
mesmo teto que você. — soltei, e por uns segundos, era bizarro pensar que
estávamos noivos.
nosso filho. — falou, como se aquilo explicasse tudo. Ele não percebia o
tom que usava comigo? Ou como sempre parecia pronto para me deixar a
beira de querer socar a cara dele? — Não quero te controlar, a questão é
que precisa ter cuidado.
mesmo.
— Você não me parece triste com o fato de que vai ser mãe, nem
mesmo, por ser a mãe de um filho meu. — sua fala me pegou
completamente despreparada. — Sei que não sou o candidato dos seus
sonhos, criança. — revirei os olhos, porque ali estava ele, trazendo Hugo
compreendia.
— Pode ter o meu corpo, quando quiser. — falou, com seu rosto
bem próximo ao meu, e o encarei como se tivesse perdido sua mente. —
Mas não pense, em momento algum, que vai ter mais que isso.
Contudo, vi-me sorrindo no seu rosto, como se fosse uma piada. Ele me
parecia, naquele instante, uma piada tão boa quanto eu, uma romântica,
grávida e noiva do homem que não amava.
pontuei, e seu olhar permaneceu preso ao meu. — Não espero nada, além
de uma segurança para o meu filho. Então... Esqueça que pode ter o meu
corpo. — sorri, e afastei seu toque do meu. — Vou marcar a consulta com
a doutora Lena e te mando uma mensagem. — vi-me dizendo, e dei-lhe o
meu celular. — Tem algum papel aqui? — perguntei, e ele franziu o
cenho, mas abriu o porta-luvas, e me entregou um bloquinho, assim como,
uma caneta.
— Não tenho o seu número. — falei por fim, e notei que sua
expressão mudou, por alguns segundos. Então, pegou o bloco e escreveu
rapidamente, destacando uma folha, e me dando. Apenas me afastei,
abrindo a porta do carro e descendo.
Não olhei para trás, e abri o portão de minha melhor amiga, que
deveria estar na rede da frente, me esperando. Dito e feito, ela estava. E
quando fechei de fato o portão, vi o Range Rover sair, e uma parte de mim,
perguntou, e quando seu olhar parou no meu, notei seus olhos marejados.
semblante.
Meu coração estava perdido pelo garoto que era apaixonada, pela
primeira vez. Na realidade, ele já era um homem, e aquilo, parecia doer
mais. Hugo beijava uma de nossas colegas de classe, enquanto eu mal
conseguia segurar a bebida doce, e me encostava contra uma das pilastras
da festa que acontecia ao redor. Talvez, ninguém notasse ali, a mulher de
dezoito anos com o coração quebrado e querendo quebrar a cara do cara
que, dias antes, disse que ela era especial.
Especial a ponto de vê-lo com outra?
centro da pista, e notei Hugo sair aos beijos com a nossa colega. Diacho!
A noite seria longa.
— Por que você é cega por um moleque que nunca vai lhe dar
valor? — sua pergunta me acertou em cheio, e não pensei, apenas reagi. A
bebida foi para o seu rosto, e manchou toda a camisa branca que usava.
Contudo, não me arrependi.
quis voar sobre sua cara. Por que de todas as pessoas, de repente, eu
estava desgostando de Inácio? — Devia não ser um velho fuxiqueiro e se
meter na vida alheia. Assim, não levava uma bebida na cara.
para eu não saber para onde Hugo iria. Merda! Merda de velho, diacho!
Assim que entrei na sua casa, dei de cara com Heitor, que sorriu
Apenas o olhei, com todo amor e carinho que sentia, por saber que
Leti vivia seu conto de fadas juntamente com ele. Não consegui dizer nada,
enquanto Leti me levava até o seu quarto, e as lágrimas desceram. Eu tinha
aguentando. Eu tinha dado de forte. Eu o era. Mas ali, de frente para ela,
— Deixa sair.
INÁCIO
conseguisse me afastar.
o porquê eu sempre trazia o cara que ela amava para a nossa conversa.
mulher dez anos mais nova. Não que aquele fosse um problema, era apenas
um fato. O caso era que Mabi sonhava com um príncipe encantado, que já
tinha nome e sobrenome. E eu? Não passava de um peão escondido em
uma fazenda, e feliz por poder estar ao sol.
fundo uma e duas vezes, enquanto dava a volta no carro, e tentava pensar
em carneirinhos fofos cruzando a estrada, enquanto meu corpo todo ardia
por ela.
colo, tirando toda minha razão. Mas mal sabia, que eu sempre, estive por
completo, nas mãos dela.
Poderia não ser a história de princesa que ela tanto esperava e sonhava. Por
mais que quisesse negar, sabia tudo o que poderia sobre ela, até mesmo,
aqueles detalhes.
Porém, mal sabia ela, que mesmo não sendo o príncipe, em busca
dela com um sapatinho de cristal, ela era a minha loucura. No agora, minha
futura esposa e mãe do meu filho. Acima de tudo, a mulher que eu tanto
sonhava.
dias para chegar em casa. Olívia deveria ter um daqueles, mas nem por
reza, lhe pediria emprestado. Ela me atormentaria por uma vida, e com
toda certeza, contaria a Maria Beatriz.
qualquer outra coisa, a tirasse da minha mente. Porém, como aos vinte e
oito, ali estava eu, aos trinta e seis, pensando nela. Sempre nela. E
completamente perdido.
CAPÍTULO VIII
MABI
A primeira coisa que fiz após acordar, foi deixar minha amiga
dormindo e ligar para a médica. Precisava de um encaixe para aquele dia, e
felizmente, o consegui. Vi-me então, parada no meio da sua cozinha,
encostada contra um dos balcões de madeira, digitando uma mensagem
para Inácio. A consulta seria apenas na parte da tarde, mas parecia o certo
já avisá-lo. Talvez ele tivesse algum compromisso e não aparecesse. A
questão era que eu nem sabia o que esperar.
vai ser o fim do mundo me casar com Inácio, e apenas vocês, saberão que
não é de verdade.
— A cidade toda vai dizer que foi golpe. — falou e eu acabei rindo
alto.
— Fico feliz que nunca se importou com essa falação sobre o que
livro?
INÁCIO
caminho até o lago. Encontrei meu pai sentado próximo as árvores, com
óculos escuros, o que me fez voltar a ter dez anos novamente. Era como
costumava ser. De repente, as coisas eram simples, e não tão temerosas.
— Pai...
— Aquela menina sempre foi a menina dos seus olhos, era nítido.
Antes mesmo de Daniela encontrar uma foto dela em seu escritório e
mostrar para a família toda. — fechei os olhos ao me recordar daquele
— Pai, ela está grávida e sabe como as pessoas daqui são. — vi-me
intervindo, de alguma forma, tentando realizar o sonho que ele um dia já
compartilhou comigo. — Não quero que ela seja massacrada pelos
— Vou falar com ela, e... Não tenho como dizer se ela deseja ou
não um casamento grande ou pequeno.
— Prometa que não vai abrir mão de dar o melhor a ela. — pediu e
Era uma vida juntos. Era uma família que eles criaram. Era um
medo que ninguém poderia evitar. O médico deu-lhe no máximo um ano, e
a cada dia, o medo de que o tempo diminuísse, era aterrorizador. E desde o
dia em que soubemos daquilo, vi-me batendo na porta de Maria Beatriz.
Sabia o quanto ele sonhava em me ver casado, e com uma família.
O quanto ele desejava que o seu mais velho, encontrasse o amor que ele
Importava que ele acreditasse que era real, e por mais horrível que
pudesse parecer, eu apenas queria que ele fosse feliz no tempo que restara.
Ou que algum milagre nos acontecesse, e seu corpo aceitasse algum dos
novos tratamentos.
minha. Meus irmãos vinham logo atrás e notei a careta no rosto do mais
novo.
bateu palmas, claramente, não entendendo nada. O apelido terrível que ela
me colocou quando ainda era criança, e que até hoje, me atormentava.
Não sabia muito bem o que dizer, a realidade era que eu não
consegui me aproximar o suficiente de Mabi para tocar o nosso filho. Não
que ele fosse mexer ou algo parecido, contudo, era como se eu necessitasse
daquilo.
Sorri para ela, beijando seu rosto com todo meu amor, e passando
meu braço ao seu redor, enquanto meu pai ainda segurava minha outra
mão. Daniela praticamente correu a nossa frente, deitando-se com a cabeça
MABI
que ele tinha voltado de viagem, mas ali estava ele – Hugo Avelar. Olhos
azuis profundos, cabelos louros escuros e uma barba bem-feita.
Heitor me lançou, como se querendo rir. — Posso tentar não ser a pior
pessoa.
Eu iria?
Ali, eu já não sabia. Minha coragem fora pelo ralo. De repente, não
conseguia sustentar o seu olhar. Não consegui dizer nada, apenas senti o
mente.
Não o vira por dois meses seguidos, e foi fácil lidar com a agonia
que me atingia sempre que me recordava do seu toque e da maneira como
parecia feito para pecar comigo. Contudo, após vê-lo e o turbilhão de
emoções se acalmarem, ali estava eu, presa aquela noite outra vez.
Dizendo a mim mesma que foi apenas uma noite de sexo casual. Ok, nos
levara a uma gravidez e um casamento, mas... ainda assim, fora deixada lá,
no passado.
sua ajuda.
Inácio. Não sei dizer como, mas eu percebi como o olhara. Tinha um quê
de “que homem gostoso esse” e “ele é o pai?”. Sabia que eles tinham
praticamente a mesma idade, no caso, ela deveria ser um ano mais nova,
talvez, 35. De repente, senti-me um pouco perdida com a forma que ela
chamou meu nome, mas não me cumprimentou, foi diretamente para ele,
dando-lhe dois beijos demorados no rosto.
Será que ela não enxergava eu, a mulher com o chapéu daquele
homem na cabeça? Diacho! De onde tal pensamento veio?
o seu chapéu, cowboy... Fica melhor em você. — usei meu melhor tom
meloso e coloquei o chapéu novamente em sua cabeça, agradecendo o fato
de ele se mover um pouco para que eu o alcançasse com perfeição. Vi-me
trazendo sua mão para minha, e as entrelaçando.
Cerca de dois meses, como vimos no exame, e está tudo exatamente como
deveria. — soltei o ar com força, e vi-me buscando com a mão a quem, eu
sequer esperava que estivesse ali. Sem esperar um segundo, a mão de
Inácio encontrou a minha, entrelaçando-a fortemente, e fiquei presa a
imagem borrada, na qual, o nosso bebê estava.
tinha. Por um minuto, fiquei presa a cada tum tum tum que ouvia. Virei-me
para buscar o olhar de Inácio, e notei seus olhos marejados, como se preso
e atingindo aquele sentimento, que nosso filho trazia, da mesma forma que
eu.
MABI
olhos, correndo ao redor. Contudo, não sabia se deveria lhe falar a respeito.
No final, não sabia como agir diante dele.
O que de fato nós seríamos? Teria como ser amiga dele? Por que eu
simplesmente não apenas vivia e parava de pensar sobre?
— Bom, já que vai ignorar essa pergunta como tantas outras que eu
faço... Quero saber sobre o casamento. Será na semana que vem? A sua
Ele era?
perdi ao passá-los por entre meus dedos. Foco, Mabi! — Quer dizer,
colorida.
Porém, por que eu não me sentia bem por estar em casa? A presença dele
me confundia. — Então, sobre o casamento...
— Não pode parecer falso para minha família, e bom, nem para
— Leti e Heitor, mas eles não vão falar para ninguém. — respondi,
e ele assentiu, como se compreendesse. — Eles não acreditariam se
dissesse que era um casamento de verdade.
Ele pareceu querer dizer algo, mas fechou a boca, no segundo
seguinte. O silêncio se estendeu, e não era pesado porque era ruim, mas
isso não destruir o seu sonho de o viver ao lado do homem que ama.
— suas palavras eram certeiras, e meu coração se apertou ainda mais. Ele
parecia... apenas sincero, mas mesmo assim, a dor estava ali, cravada em
cada uma. — Não quero suas perguntas sobre isso tudo, mas... Se puder
convencer a eles que não deseja nada demais, como algo no cartório,
— Posso fazer isso. — sua mão veio para a minha e quando pensei
que a apertaria, ele a afastou de si. — Não quero nada em troca, Inácio.
Sua família me lembra a minha, e estar próxima a eles, é mais do que o
bastante.
— Eles podem ser uma parte minha, se quiserem. Nem você, nem
ninguém, além deles, pode me dizer o que vai acontecer sobre. São os tios
do meu filho, os avós, a prima... Uma família vai muito além de um
casamento. — ele assentiu, e o vi pegar o chapéu em mãos. — Eles vão
ficar por quanto tempo na cidade?
sinal de rendição.
frente. Vi-me levantando, como se não pudesse ser intimidada, mas fora
um erro. Ele estava próximo demais.
Desviei de seu corpo, como se fosse uma ninja, mas antes que
estivesse a salvo, sua mão veio para meu braço e me puxou levemente.
Olhei-o sem entender, e notei a forma como seu maxilar estava cerrado. Eu
mexo com você, velho! Molhei propositalmente meus lábios e seu olhar
eu dava de ombros.
Ele tinha cheiro de hortelã, e me lembrava que seu gosto, bem ali,
também era o mesmo. Merda! Por que eu amava chá de hortelã mesmo?
— Não vai querer fazer esse joguinho. — falou, seu olhar preso ao
meu, enquanto a minha boca praticamente estava na sua. — Não sabe com
quem está lidando, Maria Beatriz. Não vai querer entrar em uma queda de
braço, que vai perder.
minha. — Assim como não implorei para me casar com você, não vai
conseguir me fazer nada que eu não queira. — deixei claro, e um leve
vislumbre de sorriso apareceu em seu rosto. Por que ele não me dava
aqueles lindos dentes por completo? Diacho de homem fechado!
Era uma queda de braço, a qual, eu não podia perder. E eu não, não
imploraria por ele. No caso, já o tinha feito antes. Oh destino do carma!
Reclamei internamente, indo para meu quarto, e evitando olhar para sua
calça e ter a certeza de que ele estava tão maluco com tudo aquilo como
eu. Porém, ele era centrado e controlado. Já eu? Eu era maluca quando
Merda!
PARTE II
MABI
lábios dele. Pareciam tão perto de sorrir, e existia uma magia inexplicável
no fato que já o vira fazer. Mas não fora de sua família. Não em qualquer
lugar. Por que, Inácio? Por que você só não é um cara qualquer?
Senti o exato momento que o carro parou, mas antes que Inácio
ousasse desligá-lo ou qualquer coisa, coloquei uma mão à frente da dele, e
tive que terminar o meu show particular. Seus olhos sobre mim, e mesmo
assim, não me importei. No fim, apenas cantei, olhando para ele. E de
repente, não fora ruim. Nada ali, naquele momento, era ruim. Éramos
apenas nós, em um carro, e eu colocando a voz não tão afinada assim para
fora.
noção da tensão que se espalhou por todo o ambiente fechado, com apenas
nós. Aquele lugar. Fechei os olhos, sem conseguir evitar, e jogando meu
raciocínio um tanto longe.
Os dei para ele, e meu coração falhou uma batida, enquanto o certo
e errado já foram praticamente jogados pela janela.
— E você? — perguntei, a minha mão descendo pelo seu peito, e
parando exatamente em seu cinto, perigosamente ali. Ele engoliu em seco,
Não demorou mais nada, para os seus lábios virem para os meus,
mas me surpreendendo, ele não me beijou, apenas quase nos encostou e me
— Isso não acaba aqui. — falou, e puxou meu lábio inferior com os
dentes, quase me fazendo gemer, mas me segurei mais do que qualquer
outro ser humano seria capaz.
— Eu dei a ideia, mas daí, teríamos que correr e pegar todos aqui, e
correr pro cartório. — respondi, e ele sorriu abertamente, como se gostasse
da ideia. — Por que você não me ajuda com isso?
e não sei por que não me arrependi no momento seguinte. Ele me encarou
curioso. — O que minha mãe usou, e eu guardei para esse momento.
— Juro, que por um momento, achei que era mentira dele, quando
falou que tinha uma noiva e que não duvidaríamos dele... Mas vendo
vocês, é nítido.
— Ele está dizendo que eu quero me casar com seu filho, senhora
Torres. E queria muito, que pudesse ser com todos vocês juntos.
minha direção. — Por que Bruno está fazendo um escarcéu sobre algo que
já temos certeza?
pode não ser nada, mas... Ter todos ao redor, e fazer isso de um jeito que
me parece certo, significa muito para mim.
Vi então, Heloísa Torres ir até o marido, e falar algo baixo com ele.
Meu coração disparou no peito, e senti a mão de Inácio ainda mais forte
em minha cintura. No segundo seguinte, ele puxou a sobrinha de meu colo,
como se me poupando do peso, e quando pensei em questioná-lo, apenas
senti a aproximação de seus pais.
— Senhora Torres...
veio até o irmão e tirou a filha do colo dele. — Sua sogra, e parte da sua
família, a partir de agora.
— Eu não posso...
— Eu...
família... Hoje, você se torna parte da nossa. E eu espero que se sinta parte,
porque o é. Porque quando se casa com um Torres, não é apenas com ele,
minha querida. É com a família toda.
que me tocara ali, com tanto carinho e amor, que eu soube, naquele
instante, que não faltaria aquilo ao nosso filho. Por um momento, em meu
âmago, questionei-me: e eu?
minha mão esquerda para seus lábios e deu um leve beijo, fazendo-me
tremer diante do toque. Ele percebia o que estava fazendo? Por que ele
tinha que ser tão bom assim? — Aceita ser minha, e parte de mim, hoje e
sempre?
Senti seu corpo me puxar para o seu, e sua boca bem próxima a
minha. Era como se ele me pedisse permissão, mas mal sabia ele, que não
precisava. Perdida nas sensações, vi-me levando a mão ao seu rosto, e
fechei os olhos, tamanha a intensidade. Ele não sabia, mas eu implorei
internamente, por aqueles lábios, assim como, naquela noite.
MABI
um bolo, que deveria ter comprado na padaria. Por que Leti estava
trazendo comida?
assim como Leti diante do anel em meu dedo anelar esquerdo. Era de fato,
uma das joias mais lindas que já colocara os olhos. Sequer sabia se era de
fato joia, mas o significado parecia maior do que qualquer coisa. —
Naquela noite bêbadas após o bar...
voz do irmão mais velho de Gabi, que trocou um olhar com Antônio – seu
melhor amigo e noivo da irmã – que caminhava com Ane ao seu lado, e
que era a melhor amiga dela. Sorri do momento em que ela cutucou a
barriga dele, em uma clara negativa. — Um homem pode sonhar.
naquele olhar que ele lhe entregava, o mesmo o qual me entregou, minutos
antes.
dela em TOP1 da Amazon Brasil. Olhem só! — falou, e pegou seu celular.
Todo mundo praticamente correu ao redor dela, e olharam para a pequena
tela.
— Ei. — a voz de Inácio soou sobre mim, e meu olhar subiu para o
seu. Ele tocou levemente meu rosto, e poderia jurar que tudo, novamente,
silenciou. — Parabéns pelo sucesso. — ele estava claramente sendo
sincero, e eu quis lhe contar sobre como foi o processo do livro, o que era
o Kindle e o que tinha escrito. Por que eu queria fazer aquilo? — Pode me
mostrar mais tarde?
Mais tarde?
mais tarde. Meu corpo esquentou e era como se no olhar dele, notasse o
quanto eu o era transparente.
canta.
Violão? Inácio?
Se você quiser
Ela me olhava tão profundamente, que era como se tudo fosse real.
Como se nós dois, tendo a nossa primeira dança como um casal, fosse
apenas o certo. Suspirei fundo, e não pude evitar subir uma mão para o seu
rosto, e quase trazê-la para os meus lábios. Aquela mulher não tinha a vaga
ideia do que poderia fazer de mim. Mal sabia ela, que aquela música me
expunha por inteiro.
“E vai saber se um dia seremos nós
Se estamos sós
Se você quiser
MABI
Leti me deu um olhar, como quem sabia de tudo, mas ainda assim,
queria dizer mais.
daquele homem sem qualquer roupa. Aquela imagem que se repassara por
minha mente, dias e mais dias após aquela noite. O homem era um pecado.
— Disse que não tava com frio. — Ane zombou e Leti revirou os
olhos.
acontecendo?
isso... Ele é um deus na cama, isso é fato. Porém, isso não é amor, é?
ofensa ao seu. — deixei claro e ela sorriu. — Ele é apenas o pai do meu
filho, que eu vou me divorciar e ainda, levar dinheiro no meio do
caminho... Isso tudo é uma bagunça muito grande.
minhas mãos. — Não pense sobre nada disso agora. Não pense se é
verdade ou mentira. Deixa acontecer, Mabi. Regra número 1 do romance
que você mesma escreveu, lembra?
homem pode ser o tanto fechado que for, mas está nítido o cuidado que ele
tem com você. Ele não vai te machucar.
direção, e notei o sorriso no rosto de meu sogro, que estava a alguns passos
dali, sentado em uma poltrona, assim como minha sogra, que os filhos
colocaram do lado de fora. Porém, eu senti o olhar que buscava, queimar
sobre cada dedo meu, e pela primeira vez, soube que cantaria para alguém,
que nunca imaginei, que o faria.
E eu eu eu gosto...”
o violão até ele, e vê-lo tocar. Existia tanto nele para eu descobrir, que me
MABI
Silêncio.
Assim que cheguei na mesma, estava com as mãos suando e meu coração
quase na boca. Eu tinha tanto para dizer. Eu tinha tanto para perguntar. Eu
tinha tanto para tentar entender.
— O que...
estava havendo? Onde foi parar a conexão que criamos? Ela parecia ter
desaparecido, como se fosse nada.
— Sei que tudo foi rápido e minha família pode ser demais as
vezes. Intensa demais, quero dizer. — soltou o ar com força. — Eu tenho
os papéis do contrato guardados no escritório, de quando falei com o
advogado e pensei em como seria feito de forma sigilosa. Claro que
preciso que leia, e que seu nome seja incluso, e enfim, trâmites e mais
trâmites.
era uma estúpida, no fim. — Não nos casamos no papel, e então, estamos
falando do contrato das terras, não é?
falou, e não sabia dizer porquê, mas aquele tom duro, pela primeira vez,
me machucou.
perguntei, sem saber de onde saíra tamanha raiva em minhas palavras. Ele
não me encarou, e afastei meu dedo de seu peito, como sempre, tendo nada
como resposta.
Assim que me virei para sair, senti sua mão em meu braço e ele me
puxou.
— Vamos ter contato pela vida toda, e quero que isso seja, ao
INÁCIO
Eu queria, loucamente.
Mas aconteceu
me entregou quando pedi para ser minha. Da forma como cantou e pareceu
que cada palavra era nossa. Da maneira como que por mais que fosse
apenas uma atuação, ela parecia tão entregue. Era a ilusão mais bonita. O
mais perto do amor com ela, que eu chegaria. Guardaria cada memória
Sabia que poderia ficar horas e mais horas ali, apenas perdido em
meu violão e imaginando os lindos olhos azuis nos meus.
Por que não sorri? Era a pergunta que ela me fizera, e eu não tinha
uma resposta exata. A questão era que não me controlava para não o fazer,
apenas, não acontecia em muitas vezes. Mas se ela soubesse... Que apenas
por pensar sobre ela, um sorriso estava em meu rosto.
me ter.
me esconde algo. — Que eu te amo... foi o que pensei e quase quebrei por
saber que ela não poderia entender. — Pode escolher ficar longe, ou ao
menos, tentarmos ser felizes enquanto estivermos juntos.
pudesse passar pela porta de entrada, ela esbarrou em mim, e entrou como
um furacão, como se fosse capaz, de derrubar tudo pelo caminho. No meio
dos destroços, mal sabia ela, que estava o meu coração.
Não há nada que eu odeie mais do que o que não posso ter
MABI
Foi uma noite quase insone. Meu corpo todo queimando pelo dele.
Minha cabeça toda perdida em quem éramos. Minha alma completamente
confusa com a situação. Inácio Torres, de repente, estava em todos os
meus limites, e eu não conseguia compreender. Nem sabia dizer, como o
faria.
Desci as escadas, com um vestido de alças finas e de cor branca.
Prendi meu cabelo no alto, e tentei pensar que estava sexy o bastante para
Peguei uma maçã sobre a fruteira e levei até a pia, lavando-a. Logo
trouxe-a a boca, e fiz um esquema mental de como dividiria meu dia.
Comeria a maçã enquanto caçava Inácio e na parte da tarde, sentaria para
analisar tudo sobre o meu lançamento. Eu era mesmo uma best seller? Ri
não era mais nosso – e ficava do outro lado da cerca. Sem pensar muito,
fui até lá, e fiquei alguns segundos, apenas olhando para o buraco na cerca.
Como uma propriedade daquele tamanho e segurança, deixava aquilo ali?
Inácio viu aquele dia, e sequer consertou. Algo em tudo aquilo que
vivíamos não batia. Nada de fato batia. Nem mesmo eu andava batendo
bem da cabeça. Senti meu celular vibrar e agradecida era, pelos vestidos
com bolsos nas laterais. O tirei dali, e sorri ao olhar a mensagem de minha
melhor amiga, com: Me diz que cavalgou no peão e tirou uma declaração
dele porque o gosto que tive naquela noite me atormentava ainda? Diacho!
homem ia me fazer gozar ali? Nas suas mãos? Sobre seu colo? Dentro do
carro?
Nem nos meus sonhos mais molhados, me imaginei assim com ele.
Não sei ao certo como, mas ouvi o exato segundo em que ele
peito, enquanto não conseguia parar de descer sobre ele. Suas mãos
castigavam minha bunda, ditando o ritmo frenético, e eu estava por um
fio.
ali, intocável.
bolsos e queria odiar o fato de ele ser tão bonito. O mocinho perfeito de
uma novela.
dia anterior, mas ali, ignorando-me, nada mudava. — Sabe, o livro que
disse que tinha interesse, mas depois, sequer perguntou. — por que eu
parecia tão magoada? — Enfim, bom dia e bom trabalho.
Ele apenas me deixou ir, e a resposta talvez fosse aquela: nada. Ele
estava apenas facilitando para nós, no fim. Que fôssemos o casal do
casamento quando alguém estivesse por perto. Que fôssemos nada, quando
não tivéssemos ninguém ao redor.
MABI
pessoal que escolhi fazer na vida dele até que confessasse sua dualidade.
pago o aluguel, tinha tempo o suficiente para levar as coisas aos poucos e
vender o que não precisaria durante aquele ano. Era uma boa ideia, vender
alguns móveis e já ter dinheiro guardado, ou quem sabe, usar o dinheiro
para investir no próximo livro. Maria Beatriz empreendedora vinha aí!
até pudesse ter realmente sentido algo mais profundo, contudo, se fosse
real, não seria tão fácil apenas deletá-lo. Não seria tão fácil apenas não o
ter por perto. Esperei e esperei, achando que o encontraria, em alguma
esquina na vida e seríamos felizes para sempre. Ironicamente, ali estava
ele, a minha frente por livre e espontânea vontade, e eu, não sentia
absolutamente nada. Sequer poderia imaginar um futuro com ele pós
casamento com Inácio. Quem te viu quem te vê, Maria Beatriz! Caçoei
internamente.
complementei, revirando os olhos, sem ter ideia do que ele fazia ali. Tudo
o que desejava, meses antes era ver aquele homem, mas de repente, era
simplesmente inútil vê-lo. A ironia da vida era tamanha que sequer sabia
como reagir.
Antes que ele continuasse, apenas vi minha mão que estava no seu
peito, ir parar diretamente no seu rosto, em um tapa que estalou tão alto,
que deixaria marcas.
— Primeiro de tudo: não sou louca por você. Posso ter sido um dia,
mas por favor, supere. — falei, e forcei um sorriso. — Segundo: não ouse
falar do meu filho dessa forma, e muito menos, achar que sabe algo sobre o
meu casamento. — ele me encarou perplexo. — Não sabe de nada,
moleque. — pontuei, e de repente, tive que concordar com todas as vezes
que Inácio falou exatamente daquela forma sobre ele.
— Mabi...
amava Hugo Avelar, e ele era um moleque. Sorri sozinha e encarei minha
roupa toda cheia de marcas, odiando o fato de ter descontado parte do meu
nervosismo nela.
poderia ser ele. A pessoa que eu menos esperava ver naquele dia, já que
corria de mim como o diabo foge da cruz, durante todos os últimos.
— Porque me distrai vir aqui e falar sozinha. Por que ficar numa
casa enorme que nem é minha, falando com a poeira ou os bichos da
Não questione!
Ou seja... ele amava alguém. Filho da... mãe muito boa, dona
Heloísa era incrível!
dentro, apenas pela ideia, de que ele estava levando flores para outra
mulher. Fechei os olhos e toquei o topo do nariz, tentando encontrar minha
noção. As coisas só iam ladeira abaixo. Então, comecei a tentar fazer uma
contagem, enquanto rezava para chegar logo à fazenda.
Cinco: Não eram para sua família, porque sabia que eles não viriam
naquela semana.
Seis...
— Isso só você sabe. Como eu vou saber para que mulher você
compra flores? — a pergunta saiu como um grito, e apenas dei-lhe as
costas, caminhando até a casa. Porém, travei, e me virei, olhando-o com
raiva. — Estava certo em escolher me ignorar e não sermos nada. Vai ser
mais fácil. — falei, e a passos duros e com meu coração em mãos, apenas
saí dali.
Diacho!
MABI
Ali, com seu olhar preso ao meu, eu sabia meu nome, mas no
momento, ele tinha um leve acréscimo, mesmo que não nos papéis. Por
que eu me sentia parte dele? Por que?
— CHEGAMOS!
— Tenho uma coisa para resolver nos estábulos, mas sabem que
aqui...
falava, sobre como estava na cidade grande, e que sentia falta de ficar mais
tempo no interior. Contudo, assim como os outros irmãos Torres, ela
parecia gostar mais de estar em cidades maiores do que em nosso pequeno
fim de mundo.
Tudo bem que eles tinham fazendas por várias outras cidades
vizinhas, mas ainda assim, era claro que se dividiam também, para
acompanhar o tratamento do pai. Sabia por cima, que Inácio viajava a cada
quinze dias para a capital, apenas para estar com ele. Era uma situação
delicada, e mesmo sendo tão novo, me doía vê-los assistir o pai naquela
situação.
— Mas é claro que sim, mulher! E eu preciso dizer, que tudo o que
desejo é um homem que me ame como Renan ama Marcela. — falou, e
suspirou profundamente, e poderia jurar, que em algum momento, durante
a escrita, fiquei exatamente como ela – sonhando acordada. — E eu já
quero a história dos melhores amigos! E uma história de CEO!
veio até mim. Sem me olhar, tirou o chapéu branco da cabeça e o colocou
na minha. Ajeitou-o rapidamente, e finalmente, me encarou. Tinha de tudo
ali, no castanho dos seus olhos.
— Há uma história sobre esse chapéu, que acredito que ele não te
contou. — Júlio falou, com Daniela no colo, que parecia mais do que
animada, enquanto nos encaminhávamos para perto dos estábulos. Olhei-o
sem entender, e ele sorriu para a irmã. — Ele nunca deixa ninguém tocar
nesse chapéu.
conhecemos.
que o fosse.
Ele chegou próximo a Lucas, que trazia consigo outro cavalo, que
eu já reconhecia – era Thunder, o cavalo de Inácio. Ele subiu no mesmo, e
eu fiquei ali, por alguns segundos, apenas o observando. Tão óbvia quanto
eu nunca fui. Tão pronta para cair como nunca esperei.
— Vamos, tia!
O grito de Daniela deveria me despertar, porém, não fez
exatamente aquilo. Tudo o que acontecera até ali, finalmente, me dando à
luz que eu tanto buscava. Ele era sua própria contradição e mistério. Já em
mim, não existia mais bagunça ou dúvida. Ali, parada no meio da fazenda,
olhando-o conversar com o melhor amigo, eu soube.
existia algum sentido. Que de todas as vezes que tirou o pior de mim, ele
sempre, me enervava a ponto de não poder conter. Que talvez algo, me
levava diretamente para ele, e para aquele momento. No fim, não
importava de fato, a questão era, que por mais contraditória que pudesse
parecer naquele exato momento, eu sabia. Sabia que não tivera escolha, e
de alguma forma, talvez não quisesse escolher.
angústia, meu desespero, minha ânsia... Era por aquilo que sua indiferença
e frieza me acertava em cheio. Eu estava apaixonada por Inácio.
CAPÍTULO XVIII
INÁCIO
pegar um voo na cidade mais próxima. — foi até ela, abraçando-a com
força e como sempre acontecia, meu coração se encheu com a cena. —
Voltamos de surpresa, assim que der.
direção.
— Ela vai ser uma ótima mãe. — meu irmão falou e eu assenti,
aceitando seu abraço. — Cuide bem dela, irmão.
banco de trás e a mãe passava o cinto ao redor dela. — Vão visitar a gente!
— Não conte com essa sorte, pequena. — Olívia falou, pois sabia
que eu não era um grande fã da cidade grande. No caso, só ia até lá, por
conta de nosso pai, mas antes de sua doença, raras vezes acabava por
Assim que o carro saiu, vi o silêncio recair como quilos sobre nós,
e ouvi um suspiro de Mabi.
— Maria Beatriz...
— Não quis falar todo esse tempo, então... Não precisa. — cortou-
me, e seu olhar parou no meu. Ela não parecia mais acuada ou assustada
como cedo. Ela apenas parecia certa do que fazia. O olhar azul inundando
todo o meu. — Eu não sei como, mas todo mundo parece saber mais do
que eu nessa história toda. Até mesmo, a sua sobrinha de sete anos.
— Tudo tem uma explicação, Mabi.
— Pensei que poderia ter batido a porta na cara dele. — fui sincero,
e respirei profundamente. — O mesmo que fez comigo, meses antes.
— Eu sei que não, e por isso, não posso ser o que espera de mim.
— falei, e desviei o olhar. — É mais fácil apenas fingirmos que não nos
desejamos, sabendo que temos um prazo...
— O que eu espero de você? — perguntou, e eu me calei. Deu
alguns passos em minha direção e parou bem próxima. — O que acha que
eu espero?
A tensão entre nós ainda maior, como se fosse possível ser cortada
com uma faca. Percebi ali, que ela estava entregando tudo o que tinha de
si. Tudo que era dela para ser meu. E por mais que pudesse ser a minha
mente ilusória, não pude mais apenas ignorar. Eu queria enxergar aquilo
nos seus olhos. Eu queria que ela me enxergasse.
MABI
a todo custo. Não queria dizer mais nada. Não queria mais pensar em nada.
Eu só queria, poder tê-lo, mais uma vez. Eu só queria, poder ser dele, outra
vez.
castigar cada parte do seu peito quase totalmente exposto, com minhas
unhas. Outra camisa dele arrebentada, jogada em direção qualquer. Todo
meu corpo clamando para ser adorado pelo dele, e eu soube, que poderia
surtar a qualquer momento, se ele não continuasse.
da imagem dele, sem camisa, o cinto quase fora, a calça jeans apertando-se
contra a ereção.
lábio inferior, ficando ainda mais quente, e uma de suas mãos prendeu as
minhas, acima da cabeça. — Inácio... — reclamei, quando seus lábios
começaram a descer por meu corpo e eu soube que morreria de tesão, se
ele não acabasse com a minha agonia. — Pode me matar de prazer depois,
em toda sua glória, era o meu ponto fraco por completo. Não era à toa que
eu perdia a racionalidade diante dele. Era um verdadeiro deus a minha
frente, e todo meu. Nos meus sonhos, mas que se danasse. Era meu.
Não era a primeira vez que eu fazia amor com o homem que
amava, e a realidade me acertara em cheio. Porque era ele. Porque sempre
foi ele. Porém, era a primeira vez que eu fazia amor com ele, sabendo que
E a cidade costeira
MABI
atingia por inteira. Toquei sua barba com cuidado para não o acordar, e
fiquei apenas ali, por alguns segundos.
poderia resistir. Não o fazia quando lhe respondia a altura. Não o fiz
quando nos entregamos ao desejo enlouquecedor naquele carro. Não o
faria enquanto o meu coração batesse tão freneticamente por ele.
de ele apenas entrando ali, todas as manhãs, para pegar as suas roupas e
sair, me machucava. Porque eu não queria apenas a sua presença, distante
e intocável. Eu o queria.
Olhei com atenção, como não fizera durante os outros dias, já que
estava com tamanha raiva, que sequer conseguia fuçar tanto, antes de não
querer apenas amassar a roupa e atirá-la pela janela. Sorri sozinha, porque
finalmente entendia a razão de ele tirar toda minha raiva, racionalidade e
angústia. Ele conseguia despertar o que quisesse em mim. Ele tinha o meu
amor.
estava lascado com pais tão complicados, mas lá no fundo, eu sabia, que
guardá-la, senti algo sob meu pé esquerdo. Franzi o cenho e notei que era
uma fotografia. No segundo em que a peguei, meu coração disparou tão
fortemente, e minha mente girou. Era uma foto minha. Uma foto que eu
nunca revelei. A postara no facebook há alguns meses, e lembrava que
adorava o fato de meus olhos estarem em evidência.
Mas...
— No que está mexendo, criança? — a pergunta soou, e meu corpo
todo reagiu a sua voz, enquanto a pergunta que não queria calar, me
atingia. Eu estava de costas para ele, o que não permitia que me visse com
a foto em mãos, então, quando me virei, notei seu olhar mudar.
anos de ele ao meu redor. A forma como ele nunca deixava de estar por
perto. A forma como ele sempre trazia Hugo como uma questão entre nós.
Porque no fim, o era para ele. — Desde quando me ama?
“Posso não ser ele. Mas posso ser seu, por completo. Basta me
querer, Maria Beatriz.” Sua fala de mais cedo, repassando em minha
mente.
— Tirou a minha raiva, já que pensou que não poderia ter o meu
ele franziu o cenho, claramente confuso. — Você é cego como eu, Inácio.
minha bolha... eu te veria ali. E eu ia saber, que não era raiva, ódio ou
qualquer outra coisa. Ainda me irritaria, mas... sempre teve um mais ali.
— Não precisa...
pudesse escolher amar alguém, seria você. — admiti, deixando tudo sair, e
sem querer correr. Era aquilo. Aquela intensidade. Aquela era eu. E
mesmo morrendo de medo de que ele se assustasse diante do meu
sentimento, não minimizei nada. Apenas lhe dei tudo.
Era ele.
Sempre ele.
Desgrama! Eu o amava.
Sabia que mais uma camisa dele seria destruída no processo, mas
valia a pena. De fato, nós dois juntos, continuávamos sendo uma bagunça
certeira. Não tinha como não ser atingido quando estávamos juntos. Era
uma explosão. Era o certo. Era o amor que se esperava a vida toda para ter,
e não se poderia fugir.
MABI
levantou, vindo até mim. — Simplesmente, as vezes não sai. Vai ter que se
acostumar com o meu lado fechado, quieto e controlado fora do nosso
próprio momento.
quarto de hóspedes. — assumi e ele veio até mim, passando uma mão em
minha cintura e beijando minha testa.
Mas, nela, eu fico quando você está perdido e eu estou com medo e você
está se afastando
— Eu não me lembro direito, mas pode ter parecido que eu não te queria,
não é? — indaguei, e ele assentiu, como se concordasse. — Por isso se
fechou? Por isso a nossa noite foi um caos e a semana...
Simples assim.
INÁCIO
Tudo bem, que no fim, me tornara aquilo para ele. Mas Lucas me
chamava de tal maneira, desde quando éramos moleques. Segundo ele
porque eu era cheio da grana. No fim, ele achava que era engraçado,
apenas achava mesmo.
— Não veio aqui só para me dizer que ela te ama, ou veio? Aliás,
agora eu entendi porque simplesmente tirou o dia de folga. — inspecionou-
me e era a verdade. Passara o dia perdido com ela, apenas podendo amá-la
e esquecer do mundo. Falando sobre tudo, e as vezes, sobre nada. Nós
merecíamos aquilo. — Já sei! Vai admitir abertamente, para mim, que eu
já sabia, que você ama a sua senhora Torres?
— Lucas!
— Nem vem com a história de que não é o cara certo para ela e blá
blá blá. — revirou os olhos. — Sabemos que pode ser um bruto, mas o teu
coração é uma geleia!
Merda!
Uma vida escondendo o que sentia. Uma noite que mudara tudo.
Um dia que ela via cada rachadura minha.
considerável distância. O que me fazia querer brigar com ela por ter
andado tanto até ali, mas não consegui. Apenas me calei, ao ajudá-la a
subir para o banco do passageiro, e passar o cinto sobre si. Ela sorriu
docemente, e eu estava perdido.
MABI
— Meus pais contam até hoje, que nunca virão casal tão
apaixonado. — falou, e eu virei a lanterna para o seu peito, tomando
cuidado para não acertar seus olhos. — Eu sinto muito, de verdade.
— Mabi...
— Eu quase tive um treco passando por esses dias de confusão
nossos. Não posso imaginar como foi para você acreditar nesse amor, e me
— Mabi...
gente era um cafona tão bonito, que eu poderia ficar presa aquele momento
para sempre.
— Não vou ser mais fácil, só porque é cafona como eu. — brinquei
e ele sorriu para mim.
aqui estamos. — sorri, e ele fez o mesmo. — O que foi? Tem mais alguma
surpresa? Não vale! — falei, e bati levemente em seu ombro. — Não vale
superar a minha.
Fiquei incrédula e vi que a vida dele, parecia tão junto a minha, que
rosto. No meio do nada que era meu tudo. No meio da escuridão em meio
a pouca luz. No meio de onde tudo pareceu começar, e de forma alguma,
poderia terminar.
Porque era aquilo. Porque éramos nós. Porque era o meu conto de
fadas. E Inácio Torres, era o amor que tanto sonhei.
APEGUE-SE AS MEMÓRIAS
Meses depois...
ele descobriu. Tudo relacionado a ela, parecia simples para ele. E o era.
encontrasse ali.
Sabia que ela estava assim, por ser uma romântica incurável, e
porque, queria quebrar todas as inseguranças dele. Por mais que ele
dissesse que já o fizera, ela parecia determinada a continuar. E mesmo
tentando, não conseguia convencer a mulher da sua vida, grávida e
determinada.
mesma. A cada dia que passava, Inácio sentia ainda mais o medo de perder
o pai, e não sabia dizer como Maria Beatriz conseguira passar pela perda
de tudo, quando mais nova. No caso dele, ainda tinha uma esperança, já
que um novo tratamento, passara a fazer efeito, e quem sabe, as coisas se
encaminhariam. Era pelo que todos eles torciam. Já Maria Beatriz, perdera
tudo, e via-a todos os dias, falar de como o pinguinho deles, era o seu tudo.
O era, a ponto de ela não saber lidar com o fato de que seria uma
boa mãe. O era, a ponto de Inácio tentar todos os dias lhe dar o apoio e
sorrindo.
calma. Depois de longos meses de medo, ali, ela soube que estava pronta.
Talvez, sempre estivesse, para dar à luz ao seu filho.
nascer.
ali, pronto para tirar tudo dela. Lorenzo foi a gravidez inesperada que os
unira no momento certo, mas eles estavam destinados, muito antes daquilo.
enxergou de fato e viu, que aquele chapéu branco, só poderia ser dela.
pediram por eles. Um casal que traz consigo vários clichês, mas que no
fim, são apenas pessoas reais, com medos, inseguranças, amores e desejos.
Eu já estou com saudade, mas posso dizer, que parte dela, será sanada
quando conhecermos as histórias dos outros Torres. Isso mesmo! Teremos
Com amor,
Aline
O melhor amigo do meu irmão (A REJEIÇÃO)
clique aqui
Sinopse: Gabriela Moraes era apaixonada pelo melhor amigo do irmão mais
velho desde os quinze anos. Antônio era mais do que o seu sonho de consumo, ele
também era a pessoa com quem ela sempre pode contar. O que ela não imaginava, era
que no seu aniversário de dezoito anos, ela seria rejeitada da forma mais fria por ele.
Ela queria não sentir nada, e não sabia o que ele fazia ali. Porém, sabia que,
clique aqui
Sinopse: Ane Sousa nunca quis se apaixonar por ninguém, muito menos, pelo
irmão mais velho da sua melhor amiga. Fábio Moraes era um amigo, no fim, mesmo que
a cada sorriso ela se visse sorrindo também. Era inevitável desejá-lo. Quando aqueles
lábios se tornam seus, por alguns segundos, Ane pensa que talvez estivesse errada.
Porém, a forma como ele reage, lhe mostra, que o certo, sempre foi correr do
sentimento.
Instagram: @alineapadua
Wattpad: @AlinePadua
[6] Trecho da canção intitulada ‘tis the damn season da artista norte-americana
Taylor Swift – álbum: evermore, data de lançamento: 2020.
[9] Trecho da canção intitulada This Town do artista britânico Niall Horran –
álbum: Flicker, data de lançamento: 2017.
principalmente, ler livros digitais, jornais, revistas, e outras mídias digitais via rede sem
[18] Trecho da canção intitulada Dancing With Our Hands Tied da artista norte-
americana Taylor Swift – álbum: Reputation, data de lançamento: 2017.
[22] Trecho da canção intitulada Dia, lugar e hora do artista brasileiro Luan
Santana – álbum: 1977, data de lançamento: 2016.
[28] Trecho da canção intitulada gold rush da artista norte-americana Taylor Swift
– álbum: evermore, data de lançamento: 2020.
[32] Trecho da canção intitulada Call It What You Want da artista norte-
americana Taylor Swift – álbum: Reputation, data de lançamento: 2017.