Trabalho Fornos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

FRANCISCO ALFONSO D’OLIVEIRA BRAZ

FORNOS DE FUNDUNDIÇÃO
OS FONOS DA INDÚSTRIA

Juiz de Fora
2021
1. Introdução 3
2. Objetivo 4
3. Forno elétrico a arco 5
4. Forno por indução elétrica 6
5. Forno cubilô 7
6. Forno de cadinho 8
7. Referência 9
1. Introdução
Na produção dos metais nas industrias, os fornos tem papel fundamental. No
mercado existem tipos diferentes de fornos industriais, cada um com qualidades e
indicações para cada tipo de uso, nem sempre o forno mais sofisticado e tecnológico vai
ser o mais vantajoso para todo serviços. Fatores como custo e qualidade do produto final
são levados em conta por cada empresa a fim de maximizar os lucros.
Fornos elétricos, de arcos ou por indução, fornos cubilô e cadinhos são os utilizados
nas indústrias como um todo, eles atendem desde chapas para produção automóveis a
panelas.
2. Objetivo
Esse trabalho irá especificar os fornos mais comuns nas indústrias, bem como
explicar sua construção e funcionamento, além de falar ainda sobre seus vantagens e
desvantagens. Será comentado também sobre as paradas e limpeza de cada tipo de forno.
3. Forno elétrico a arco
Os fornos elétricos a arco são indicados para a fusão de grande quantidade de aço,
eles são também os com maior potência. Os arcos elétricos, sua fonte de calor, são uma
coluna de potência radiante, com flexibilidade física, cujos diâmetros e comprimentos são
fixados pelos parâmetros elétricos da alimentação ditados pelo mecanismo regulador dos
eletrodos e pela natureza dos materiais envolvidos (OLIVEIRA, 2014).
Nesses fornos sistema sempre repousa na produção do arco formando entre a massa
de metal e eletrodos de carvão, eles são suspensos rigidamente a suportes-guias que são
comandados pelo mecanismo que mantém a distância correta do eletrodo com respeito ao
material e à estabilidade do arco. Sua carcaça é feita em chapas de aço de no mínimo 20
mm, formando um recipiente cilíndrico de fundo geralmente abaulado com diâmetro
variando de 400 mm até 1000 mm, seu interior é todo revestido painéis refrigerados na
parte superior e de materiais refratários na parte inferior cuja função é suportar as altas
temperaturas de fusão, garantindo assim estabilidade operacional além de manter a
temperatura do banho (REIS, 2017). Os eletrodos responsáveis, juntamente com a carga
metálica, pela formação do arco elétrico estão na parte superior do forno. A carga deste
forno é constituída, basicamente, de sucata e fundente (cal). Nos fornos de revestimento
ácido, a carga deve ter mínimas quantidades de fósforo e enxofre. Nos fornos de
revestimento básico, a carga deve ter quantidades bem pequenas de silício.

Imagem 1: esquema de um forno a arco elétrico.

As vantagens desse forno é a alta produção de metal, além da dinâmica da produção.


O processo e rápido e simples, não há ventiladores, combustível, cinzas nem escórias, seu
funcionamento é iniciado apenas pro uma chave elétrica e não é alterado quimicamente
por gases nem por algum produto da combustão, além disso, por poder usar sucata para
produção, há uma vantagem ambiental, visto que elimina e reaproveita algo que seria
descartado na natureza. Sua principal desvantagem é o alto consumo de energia para a
produção, que acaba sendo bem custoso, sendo assim dependendo da complexidade e
quantidade de produção ele pode n ser o ideal para a empresa.

4. Forno por indução elétrica


Os fornos por indução são os mais sofisticados no que se refere a qualidade do
material produzido, há um alto controle no processo de fusão, podendo haver um controle
de temperatura quase que de grau em grau, ele é o estado da arte no que se refere a fornos
de fundição (OLIVEIRA, 2014).
Esse forno é indicado para a fusão de qualquer metal, pois sua regulação lhe permite
a fusão desde a platina até o chumbo, que é um dos metais com ponto de fusão mais baixo.
O forno consiste basicamente num transformador com o próprio forno sendo o secundário
do transformador, constituído apenas por uma espira (OLIVEIRA, 2014).

Imagem 2: esquema do forno por indução elétrica.

É constituído por um transformador com núcleo de ferro e pode ser usado para a
frequência da rede. Outros tipos não utilizam núcleo de ferro e podem ser usados para
frequências mais altas.

Imagem 3: esquema de um forno q não utiliza núcleo de ferro.


Esse tipo de forno tem grande versatilidade e empresas grandes tendem a preferi-lo.
FIAT, localizada em Betim-MG e METSO em Sorocaba-SP utilizam fornos desse tipo
(OLIVEIRA, 2014).
Suas principais vantagens são o controle do processo de fundição, a temperatura pode
ser facilmente regulada por um operador remoto, e o fato de que não é preciso ventilador
nem combustível. Já sua principal desvantagem é o alto custo de instalação tanto do forno
quanto da rede elétrica alimentadora.

5. Forno cubilô
O forno cubilô é um forno simples, usado para fundir gusa e sucata de ferro, eles
podem ser fabricados de diversos tamanhos: de 1,2 m a 2,8 m de diâmetro externo e
podem variar de 1 a 3 m de altura, podendo produzir de 5 a 25t/h (OLIVEIRA, 2014).
Ele funciona sob o princípio da contracorrente, ou seja, a carga metálica e o coque
descem e os gases sobem, o metal fundido deposita-se no fundo, onde é escoado pela
bica, uma calha de vazamento. Ele deve ser preparado e aquecido para evitar danos. O
forno é uma carcaça cilíndrica, vertical de aço, revestida internamente com tijolos
refratários, e esse revestimento é reparado ou substituído quando necessário.
O forno cubilô é um grande atrativo para empresa quando se busca produtividade,
versatilidade e baixo custo de instalação seu principal ponto negativo é o controle de
temperatura e composição química do metal.
Imagem 4: esquema de um forno cubilô.

6. Fornos de cadinho
O forno de cadinho é o mais simples dos fornos, ele tem baixo controle metalúrgico
e baixa produção, porém acaba sendo o ideal para pequenas fundições. Utilizados em
pequenos empreendimentos como fábricas de panelas de alumínio, em fundições de peças
de reposição para indústria pesqueira artesanal, estes fornos são empregados na fundição
de ligas não ferrosas tais como chumbo, alumínio, bronze.
Possui um formato cilíndrico, construído de material refratário revestidos na parte
externa por chapas metálicas. Sua construção é bem simples, possui uma versatilidade em
relação a produção, já que para aumentá-la basta aumentar também o tamanho do cadinho.

Imagem 5: esquema de um pequeno forno a cadinho.

Sua principal vantagem e o investimento inicial, muito pequeno, além da


versatilidade de produção e de combustível, pode-se usar óleo queimado, gás liquefeito,
óleo diesel e até óleo de cozinha. Sua desvantagem é a limitação geral na produção, tanto
de quantidade quanto de qualidade do metal produzido.
7. Referências

Conhecendo o forno elétrico a arco. Gerdau. Disponível em:


<https://www2.gerdau.com.br/blog-acos-especiais/conhecendo-o-forno-eletrico-a-
arco>. Acesso em: 15 nov. 2021.
MATTEDE, Henrique. Arco elétrico, o que é? Como é formado? Mundo da elétrica.
Disponível em: < https://www.mundodaeletrica.com.br/arco-eletrico-o-que-e-como-e-
formado/>. Acesso em: 15 nov. 2021.
OLIVEIRA, Bruno Ferraz de. Fundição. Belém, PA: Rede e-Tec Brasil, 2014.
REIS, Klissian Chinaider dos. APLICAÇÃO DA FERRAMENTA MASP PARA
REDUÇÃO DO CONSUMO DE AREIA EBT NO FORNO ELÉTRICO A ARCO
DE UMA SIDERÚRGICA. Orientador: Prof. Dr. Luiz Henrique Dias Alves. 2017. 67
f. TCC (Graduação). Curso de Graduação em Engenharia de Produção. Universidade
Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora. 2017. Disponível em:
<https://www.ufjf.br/engenhariadeproducao/files/2016/12/KLISSIAN-CHINAIDER-
DOS-REIS-VERSÃO-FINAL.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2021.

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