(Cliqueapostilas - Com.br) Maquinas e Aparelhos Mecanicos PDF
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MÁQUINAS E APARELHOS
MECÂNICOS
Ponta Grossa
1999
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ÍNDICE
CAPÍTULO 1– PRINCÍPIOS BÁSICOS DE TERMODINÂMICA ....................................................................... 1
1.1 - CONVERSÃO DE UNIDADES ............................................................................................................................. 1
1.2 - CONCEITOS BÁSICOS DE TERMODINÂMICA..................................................................................................... 2
1.2.1 Definições de Propriedades: ................................................................................................................. 4
1.3 - EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2- TROCADORES DE CALOR ......................................................................................................... 15
2.1 - DEFINIÇÃO.................................................................................................................................................... 15
2.2 - CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................................................ 15
2.2.1 Trocadores de Calor de Aquecimento ................................................................................................. 15
2.2.2 Trocadores de Calor de Resfriamento ................................................................................................. 15
2.2.3 Intercambiadores de Calor .................................................................................................................. 15
2.3 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO SENTIDO DO FLUXO .......................................................................................... 16
2.3.1 Trocadores Paralelos .......................................................................................................................... 16
2.3.2 Trocadores de Contracorrente ............................................................................................................ 16
2.4 - TROCADORES DE TAMPA FLUTUANTE .......................................................................................................... 18
2.5 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ................................................................................................................... 19
2.6 - ESPAÇAMENTO DOS TUBOS .......................................................................................................................... 19
2.7 - BALANÇO ENERGÉTICO ................................................................................................................................ 20
2.8 - MATERIAIS EMPREGADOS NOS TROCADORES DE CALOR .............................................................................. 20
2.9 - EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 21
CAPÍTULO 3- GERADORES DE VAPOR ............................................................................................................ 23
3.1 - DEFINIÇÃO E HISTÓRICO ............................................................................................................................... 23
3.2 - APLICAÇÕES ................................................................................................................................................. 23
3.3 - COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS ......................................................................................................................... 23
3.4 - CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................................................ 24
3.5 - COMPONENTES DE GERADORES DE VAPOR .................................................................................................. 25
3.6 - FUNCIONAMENTO DE UMA CALDEIRA........................................................................................................... 25
3.7 - FORNALHAS.................................................................................................................................................. 26
3.7.1 Fornalha de Queima em Suspensão .................................................................................................... 27
3.7.2 Fornalha de Queima em Grelha .......................................................................................................... 27
3.7.3 Queima em Leito Fluidizado ............................................................................................................... 28
3.8 - CALDEIRA AQUOTUBULAR ........................................................................................................................... 28
3.9 - CALDEIRA FLAMOTUBULAR.......................................................................................................................... 30
3.10 - CALDEIRAS ELÉTRICAS ............................................................................................................................. 31
3.11 - SUPERAQUECEDOR ................................................................................................................................... 31
3.12 - ECONOMIZADOR ....................................................................................................................................... 32
3.13 - AQUECEDOR DE AR................................................................................................................................... 32
3.14 - EXERCÍCIOS .............................................................................................................................................. 33
CAPÍTULO 4- COMBUSTÍVEIS E COMBUSTÃO ............................................................................................. 35
4.1 - COMBUSTÍVEIS ............................................................................................................................................. 35
4.1.1 Definição ............................................................................................................................................. 35
4.2 - CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................................................ 35
4.2.1 Quanto à fase: ..................................................................................................................................... 35
4.2.2 Quanto à origem: ................................................................................................................................ 35
4.3 - COMPOSIÇÃO BÁSICA DO COMBUSTÍVEIS ..................................................................................................... 36
4.4 - COMBUSTÃO................................................................................................................................................. 39
4.5 - EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 43
CAPÍTULO 5- BOMBAS HIDRÁULICAS ............................................................................................................ 45
5.1 - DEFINIÇÃO.................................................................................................................................................... 45
5.2 - APLICAÇÃO .................................................................................................................................................. 45
5.3 - CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................................................ 45
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Unidades Básicas do SI
Comprimento metro m
Massa quilograma Kg
Tempo segundo s
Corrente Elétrica Ampère A
Temperatura Termodinâmica Kelvin K
Quantidade de Substância mol mol
Intensidade Luminosa candela cd
Prefixos:
101 - deca da 10-1 - deci d
102 - hecto h 10-2 - centi c
103 - quilo k 10-3 - mili m
106 - mega M 10-6 - micro µ
109 - giga G 10-9 - nano n
1012 - tera T 10-12 - pico p
1015 - peta P 10-15 - femto f
1018 - exa E 10-18 - atto a
Conversões:
Comprimento:
1 in = 25,4 mm (polegada)
1 mi = 1609 m (milha)
1 ft = 0,3048 m (pé)
1 A = 10-10 m (Angstron)
Volume
1 l = 1000 cm3
Massa
1 slug = 14,59 kg
1 u.m.a. = 1,660 x 10-27 kg
Força
1 dyn = 10-5 N
1 lb = 4,448 N (libra)
1 kgf = 9,807 N
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Pressão
1 atm = 1,013 x 105 Pa = 760 mmHg
1 bar = 105 Pa
1 lb/in2 = 6,895 x 103 Pa
Potência
1 kW = 1000 W
1 HP = 745,7 W
1 CV = 735 W
1 cal/s = 4,186 W
[01]
[01]
[03]
VOLUME ESPECÍFICO[01]
MASSA ESPECÍFICA[01]
m / V 1/ v (kg/m3) [02]
DENSIDADE[01]
v padrão
d [03]
padrão v
PRESSÃO[01]
A pressão pode ser definida como uma força aplicada a uma
superfície.[01]
P F/ A (N/m2) [04]
TEMPERATURA
É a propriedade que caracteriza a existência e o sentido do fluxo de
calor.[03]
ESCALAS DE TEMPERATURA[01]
Celsius C
Fahrenheit F
Kelvin K
Rankine R
K oC 273,15 [05]
5
o
C ( oF 32) [06]
9
o
R F 460
o
[07]
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SUBSTÂNCIA PURA
É aquela que tem composição química invariável e homogênea. Pode
existir em mais de uma fase. Às vezes uma mistura de gases, tal como o ar, é
considerada uma substância pura, se não houver mudança de fase. [01]
DIAGRAMA T-v
T N
. d
a – estado inicial
a-b – líquido sub-resfriado
b – líquido saturado
b-c – líquido-vapor
c – vapor saturado
b c c-d – vapor superaquecido
N – ponto crítico da água
T = 374 oC
a P = 225,4 kgf/cm2
v = 0,0032 m3/kg
v
Diagrama T-v para a água.[01]
GRAU DE SUPERAQUECIMENTO
Diferença de temperatura entre o vapor superaquecido e o vapor
saturado.
PV
K constante (Lei de Charles - Gay Lussac) [08]
T
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PV nRT [09]
ENERGIA CINÉTICA
Energia armazenada em virtude do movimento relativo dos corpos que o
compõe.[03]
mv 2
K [10]
2
ENERGIA POTENCIAL[03]
U mgh [11]
TRABALHO[03]
Força aplicada a uma distância.
W Fx [12]
CALOR (Q)
Forma de energia transferida através da fronteira de um sistema, numa
determinada temperatura, a um outro sistema (ou meio), numa temperatura
inferior, em virtude da diferença de temperatura entre eles.
Um processo no qual não haja troca de calor é chamado processo
adiabático.[01]
CAPACIDADE TÉRMICA
Quociente entre a quantidade de calor fornecida a um corpo e o
correspondente acréscimo de temperatura.[02]
dQ
C [13]
dT
CALOR ESPECÍFICO
Capacidade térmica por unidade de massa de um corpo. [02]
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C 1 dQ
c [14]
m m dT
Q m c T [15] Q m L [16]
TRABALHO DE UM GÁS[02]
vf
W P dv P V
vi
[17]
U Q W [19]
U W [20]
P P
.2
. 2
. 1
.1
v v
Compressão Instantânea Compressão Lenta
(Irreversível) (Reversível)
MÁQUINA TÉRMICA
É um sistema que, funcionando cíclica e continuamente, só troca calor e
trabalho com o exterior.[03]
Também pode ser definida como um dispositivo que, operando segundo
um ciclo termodinâmico, realiza um trabalho líquido positivo à custa de
transferência de calor de um corpo em temperatura elevada para um corpo
em temperatura baixa.[01]
T1
Q1
W
M
Q2
T2
W
(rendimento de uma máquina térmica) [21]
Q1
QL
QH
Q
H
Gerador de Vapor
Trabalho
Bomba Turbina
Condensador
QL Fronteira
Esquema de motor térmico de regime permanente [01]
1.3 - Exercícios
2. No seguinte processo:
10
b:
b c
b-c:
a
c:
v c-d:
J
5. A constante universal dos gases no SI vale R = 8,314 . Sabendo que a
mol K
lbf ft
unidade no sistema técnico inglês é . Calcule o valor de R nesse sistema.
lbmol o R
Mostre o desenvolvimento.(1 mol = 10-3 kg.mol)
11
8. Um tanque contendo fluido é agitado por uma roda de pás. O trabalho aplicado à
roda de pás é de 1280 kcal. O calor transferido do tanque é de 378 kcal.
Considerando o tanque e o fluido como sistema, determinar a variação da energia
interna do sistema.
m V22 V12
1 Q2 U 2 U 1 m g h2 h1 1W2
2
ft lb
10.A constante gc no sistema técnico inglês vale 32,2 . Quanto valeria em
lbf s 2
m kg
? Mostre o desenvolvimento
N min 2
12
x m1
x dx m 1
m
13.Qual o valor do trabalho realizado pelo gás no gráfico abaixo? Note que o trabalho é
positivo.
Acirculo+ = R2
13
x m1
x dx m 1
m
17.Qual o valor do trabalho realizado pelo gás no gráfico abaixo? Note que o trabalho é
positivo.
kmol bar
20.Se uma determinada constante vale 50,2 . Qual seria seu valor em
o
R Btu slug
lb mol mmHg
?
K cal kg
14
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15
2.1 - Definição
É um equipamento onde dois fluidos, com temperaturas diferentes trocam
calor através de uma interface metálica.
2.2 - Classificação
Os trocadores de calor classificam-se de acordo com o fim a que se destinam,
que seja :
16
Fluxo
Quente
Fluxo Frio
Fluxo
Quente
Fluxo Frio
17
T1
T1
t2 T2
t2
T2
t1 t1
Contracorrente Paralelo
t1 T2
t2 T1
18
1
2
3 6
7
T1
t2 4 5 Fluido quente
t1
T2 Fluido frio
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19
20
Q m c t , onde:
c T m
CASCO OU CARCAÇA
Pode ser construído a partir de tubos de 24” de diâmetro nominal ou, de chapas
calandradas e soldadas a partir de 13” de diâmetro. Feitas normalmente com aço
carbono, podendo ser encontradas ainda em aços liga e ligas de alumínio quando de
tubo, e em aços liga, de níquel e de cobre quando de chapa.
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21
2.9 - Exercícios
1. Defina Trocadores de calor.
8. Uma vazão de água de 0,5 m3/min deve ser resfriada de 100 oC para 20 oC. Considerando
que o calor específico da água é 4,18 J/kg.K, e sabendo que o fluido que resfriará a água é
o ar (calor específico = 1000 J/kg.K, numa vazão de 2,10 Kg/min. Calcule a temperatura de
saída do ar, sabendo que a temperatura de entrada do mesmo é 5 oC.
água=1000 kg/m3
22
10.Precisamos resfriar 15 kg/s de mercúrio 8 oC. Para isso temos uma bomba que permite
uma vazão mássica de 0,5 kg/s de refrigerante, e temos uma limitação técnica de que o
fluido refrigerante entre necessariamente a 5 oC e saia a mais ou menos 20 oC. Baseado na
tabela abaixo, que fluido você escolheria e qual seria a temperatura exata de saída do
fluido?
11.Que modelo de trocador de calor abaixo você escolheria para resfriar óleo lubrificante de 50
para 15 oC, sendo que a vazão de óleo é de 1,55 m3/h?
Trocador Capacidade
nominal (Kcal/h)
EST-6 6000
EST-7 9000
EST-8 12000
EST-9 15000
EST-10 22000
fonte: catálogo da APEMA
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3.2 - Aplicações
O vapor d’água é utilizado em larga escala para aquecimento, limpeza e
acionamento mecânico. Encontra aplicações diversas nas indústrias alimentícia, de
bebidas, papel, têxtil, metalúrgica, química, etc. Em muitas regiões, o uso de vapor é
imprescindível na geração de energia elétrica. O vapor pode ser utilizado tanto saturado
como superaquecido, dependendo da aplicação. A maioria dos processos industriais usa
vapor saturado com pressões inferiores a 10 bar. Por outro lado, serviços de acionamento
mecânico envolvem o emprego de vapor superaquecido e pressões de trabalho maiores.
Existem centrais termelétricas operando com pressões da ordem de 250 bar.
24
3.4 - Classificação
Os geradores de vapor podem ser classificados quanto à fonte geradora de calor
em:
De Recuperação: aproveita o calor de outros processos industriais, de gases de
escape de turbinas e motores de combustão interna.
De Combustão Própria: quando a fonte de calor se situa na própria caldeira. É o
tipo de caldeira mais comum.
Saída de Chaminé
Vapor
Nível
Tubos
de aço
Fornalha
Saída de
vapor
Circulação
Fornalha
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25
26
Ar 11
6
10
5
3 9
4
8
7
1
2
Água de
alimentação
3.7 - Fornalhas
A fornalha ou câmara de combustão é o local onde se desenvolve a queima de
combustível. Durante o processo de combustão, as cinzas pesadas caem por gravidade no
fundo da fornalha, em um selo de água. As cinzas leves são arrastadas pelos gases para
cima, em direção ao topo da fornalha. As temperaturas no interior da câmara de
combustão variam na faixa de 900 a 1400 oC.
As paredes da fornalha são revestidas com tijolos refratários e isolantes térmicos
como lã de vidro, plásticos, amianto e cortiça. Externamente ainda são colocadas chapas
de aço para garantir a sustentação do conjunto.
De acordo com o tipo e a qualidade do combustível disponível, os projetos de
fornalhas se alternam entre fornalhas para queima em suspensão, queima em grelha ou
queima em leito fluidizado. As primeiras são as mais utilizadas, podendo queimar óleos,
carvão pulverizado, gás natural, serragem, cascas de arroz e resíduos industriais. As
fornalhas com grelha ou leito fluidizado têm aplicação restrita a unidades de pequeno e
médio porte e são projetadas para consumo de combustíveis sólidos.
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27
As grelhas podem ser fixas (unidades de menor porte) ou móveis (esteiras), estas
assegurando uma melhor alimentação do combustível e remoção automática das cinzas.
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28
29
30
O fluxo de gases pode ser melhor visualizado na figura a seguir, que mostra 3
passes dos gases numa caldeira.
O diâmetro das fornalhas pode variar entre 400 e 1300 mm. Estas podem ser feitas
com paredes corrugadas, pelo fato de admitirem maiores pressões de trabalho e
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31
As caldeiras com resistência têm potência limitada, na ordem de 2,5 MW, podendo
operar com voltagens variáveis na faixa de 200 a 500 V.
Caldeiras de eletrodos submersos são usadas quando se necessita de maior
potência, operando com voltagens entre 3,8 e 13,8 kV.
As caldeiras elétricas têm aplicação restrita às regiões onde a energia elétrica é
abundante e a custos relativamente baixos. Muitas vezes, a opção por caldeiras elétricas é
justificada pela ausência de poluição ambiental, ou porque o local não é apropriado ao
manuseio de combustíveis industriais.
3.11 - Superaquecedor
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32
3.12 - Economizador
Economizadores são trocadores de calor determinados a elevar a temperatura da
água de alimentação de uma caldeira, mediante o aproveitamento de uma parcela da
energia residual, ainda disponível nos gases de combustão.
Normalmente são instalados depois dos superaquecedores e antes dos
aquecedores de ar. São geralmente construídos em tubos de aço carbono com 40 a 80
mm de diâmetro externo. Para pressões inferiores a 30 bar, também são empregados
tubos de ferro fundido.
Naturalmente, a presença do economizador é vantajosa, uma vez que aumenta o
rendimento térmico da unidade geradora de vapor. Entretanto, por questões de ordem
técnica ou econômica, sua aplicação é restrita a unidades de maior porte. Em termos
técnicos, há que se investigar a presença de SO3 nos gases de combustão e a eventual
formação de ácido sulfúrico sobre as superfícies frias do economizador.
3.13 - Aquecedor de ar
Aquecedores de ar são trocadores de calor destinados a elevar a temperatura do ar
utilizado na combustão. Geralmente se localizam no final do trajeto dos gases de
combustão, após o economizador.
O aquecimento do ar, além de reduzir o consumo de combustível, aumenta a
velocidade de combustão e contribui para que a queima ocorra de forma uniforme e
estável, representando uma economia de 5 a 10% no processo.
Os aquecedores de ar podem ser recuperativos ou regenerativos.
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33
3.14 - Exercícios
1. Cite 5 tipos de combustíveis normalmente utilizados em geradores de vapor.
5. Esquematize uma caldeira aquotubular, explicando qual a principal diferença para uma
caldeira flamotubular.
34
9. Cite 3 razões para a utilização de vapor d’água com fluido de trabalho em geradores de
vapor.
12.Cite 2 vantagens e uma desvantagem de uma caldeira elétrica em relação aos outros tipos.
14.Cite duas vantagens da água sore os outros fluidos usados em geração de vapor.
35
4.1 - Combustíveis
4.1.1 Definição
4.2 - Classificação
36
37
38
Carbono - 83 %
Hidrogênio - 10 %
Enxofre - 6 %
Outros - 1 %
Metano (CH4) - 73 %
Etano (C2H6) - 14 %
Propano (C3H8) - 3 %
Butano (C4H10) - 2 %
Nitrogênio (N2) - 7 %
Dióxido de Carbono (CO2) - 1%
39
4.4 - Combustão
Todo processo de combustão deve atender princípios fundamentais que
assegurem alta eficiência na queima de combustível. Mesmo em condições normais de
operação, os processos de combustão não garantem aproveitamento total da energia
disponível no combustível. Ima parcela significativa de energia é perdida para o meio
ambiente, seja com os gases pela chaminé, com as cinzas, pelas paredes do
equipamento, ou mesmo pela ocorrência de combustão incompleta. No sentido de
minimizar estas perdas que um trabalho de otimização deve sempre observar:
- Suprimento adequado de ar
- Mistura ar/combustível
- Temperaturas compatíveis
- Tempo suficiente de combustão.
onde:
e = coeficiente de excesso de ar
mar* = massa de ar estequiométrica (kg/ kg comb)
mar = massa real de ar (kg/ kg comb)
Var* = volume estequiométrico de ar (m3/kg comb)
Var = volume real de ar (m3/kg comb)
onde:
mO2* = massa mínima de oxigênio para queimar o combustível
mO2 (C) = massa mínima de oxigênio para queimar o carbono
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40
C + O2 CO2
onde 12 kg/kmol de carbono reagem com 32 kg/kmol de oxigênio para formar gás CO 2,
na proporção de:
2H2 + O2 2 H2O
S + O2 SO2
onde:
onde:
c = Teor de carbono (kg de carbono/ kg comb.)
h = Teor de hidrogênio (kg de hidrogênio/ kg comb)
s = Teor de enxofre (kg de enxofre/ kg comb)
o = Teor de oxigênio (kg de oxigênio/ kg comb)
O mesmo procedimento deve ser adotado para calcular a massa ou volume dos gases
formados na combustão. Para combustíveis sólidos e líquidos temos:
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41
tem-se:
Similarmente:
42
e = %CO2*/%CO2
onde:
%CO2* = Porcentagem máxima de CO2 em condições de queima ideal
%CO2 = Porcentagem medida de CO2 na base da chaminé.
%CO2* = [2240/12]c/Vgs*
43
4.5 - Exercícios
1. Assinale comum X dentro dos parênteses as alternativas corretas.
( )Quanto à origem, os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.
( ) Bagaço de cana e serragem são exemplos de combustíveis sólidos naturais.
( )Óleo combustível pesado é um combustível líquido natural.
( )Os combustíveis gasosos são muito empregados em caldeiras.
( )Combustíveis nucleares produzem energia através da reação com o oxigênio do ar.
( )Volumes de ar estequiométricos são calculados para condições ideais de combustão.
4. Mostre a equação de reação do metano (CH4) com o oxigênio, que produz 55500 kJ/Kg
comb.
5. A reação do metano (CH4) libera 55500 kJ/kg. Escreva a sentença de combustão do metano
com o oxigênio.
7. A composição do gás de gasogêneo possui (em volume) cerca de 12% H, 26% CO, 1% de
metano, 54% de N e 7% SO2. Porque recebe a denominação de gás pobre?
8. Some os números entre parênteses das alternativas corretas e marque este resultado no
quadrado abaixo da questão:
[01] Em condições normais de operação, os processos de combustão garantem
aproveitamento total da energia disponível no combustível.
[02] Deve-se observar que haja tempo suficiente para a combustão
[04] Massa de ar estequiométrica é a massa de ar teórica para uma dada reação química.
[08] A manutenção de temperaturas elevadas na fornalha desfavorece a combustão
[16] A presença de monóxido de carbono na chaminé é consequência de temperaturas
baixas
44
10.Calcule o volume real do ar de combustão para um gás que tenha a seguinte composicão
(em volume), sabendo que a porcentagem de dióxido de carbono na chaminé é de 25%,
enquanto que teoricamente deveria ser de 32 % :
Metano (CH4) : 65%
Butano (C4H10) : 12%
Nitrogênio (N2) : 4%
Monóxido de Carbono (CO) : 6%
Dióxido de Carbono (CO2) : 5%
Oxigênio (O2) : 2%
Argônio (Ar) : 2%
12.Calcule o volume real do ar de combustão para um gás que tenha a seguinte composicão
(em volume), sabendo que a porcentagem de dióxido de carbono na chaminé é de 25%,
enquanto que teoricamente deveria ser de 32 % :
Metano (CH4) : 65%
Butano (C4H10) : 12%
Nitrogênio (N2) : 4%
Monóxido de Carbono (CO) : 6%
Dióxido de Carbono (CO2) : 5%
Oxigênio (O2) : 2%
Argônio (Ar) : 2%
45
5.1 - Definição
São equipamentos mecânicos empregados para transferência de líquidos de um
ponto a outro, fornecendo-lhes um acréscimo de energia.
Existem dois meios principais de aumentar a energia de um fluido:
a) Prendê-lo em uma câmara e diminuir o volume desta, obrigando o fluido a
seguir um caminho determinado. Bombas que utilizam este princípio de
trabalho são chamadas bombas de deslocamento volumétrico ou bombas
volumétricas.
b) Fornecer grande velocidade ao líquido, através de um conjunto de pás
rotativas (rotor ou impulsor) ou através de um outro líquido com velocidade
superior. A energia cinética adquirida é transformada em pressão em
elementos fixos (difusores).
Além destas duas formas, podem ser usados ainda outros meios para se
aumentar a energia de um líquido, como o aumento da pressão por desaceleração
súbita do líquido, emulsificação com ar ou outro gás e eletromagnetismo.
O líquido penetra na bomba com uma pressão P1 e velocidade V1 e sai com
pressão P2 e velocidade V2. A variação de pressão é dada por um trabalho, para o
qual a bomba necessita de energia (potência). Não se podem esquecer as perdas.
5.2 - Aplicação
As bombas hidráulicas são empregadas em uma diversidade de campos, dos
quais destacam-se:
Serviços de abastecimento de água.
Sistemas de esgoto.
Centrais de refrigeração
Sistemas de combate a incêndio
Uso domiciliar.
5.3 - Classificação
De maneira simplificada, as bombas são classificadas em:
Cinéticas: Centrífugas ou Regenerativas
Volumétricas ou de : Alternativas ou Rotativas
Especiais: Carneiro Hidráulico, Hidropneumática
Eletromagnética
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46
47
5.5.1 Vantagens
5.5.2 Desvantagens
5.5.3 Classificação
48
Carcaça
Eixo
Rotor
Mancais
Pedestais
5.5.5 Funcionamento
5.5.6.1 Carcaça
A principal função da carcaça é a de reduzir progressivamente a velocidade do
fluido, convertendo parte dessa energia em energia de pressão. São dotadas de dois
bocais:
De sucção, onde o líquido é dirigido para a parte central do rotor.
De descarga ou de Recalque, onde o líquido é dirigido para fora da bomba.
Em geral o diâmetro do bocal de sucção é maior do que o de descarga.
Alguns fabricantes que constróem bombas centrífugas de simples estágio
destinadas a líquidos bastante sujos e lameados, dotam a carcaça de bocas de visitas
para inspeção e limpeza periódica.
As carcaças podem ser classificadas pelo formato em:
Voluta
Dupla Voluta
Concêntrica
Difusor
E podem ser classificadas quanto à partição em:
Partida radialmente
Partida axialmente
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49
5.5.6.1.1 Voluta
Tem o formato espiralado, apresentando seções transversais crescentes em
volta do rotor. É do tipo mais empregado nas bombas de simples estágio, por ser
simples e de baixo custo de fabricação.
5.5.6.1.3 Concêntrica
Têm o formato circular, apresentando seções transversais iguais em volta do
rotor. A carcaça e rotor tem um centro comum.
Nestes tipos de carcaça há pequena variação de pressão ao redor de sua
circunferência, originando, portanto, reduzido empuxo axial.
5.5.6.1.4 Difusor
É dotado de pás guias estacionárias formando canais com seções
gradativamente crescentes. Essas pás têm a finalidade de receber e guiar
convenientemente o líquido que abandona o rotor.
No difusor ocorre a transformação de parte da energia cinética do líquido em
energia de pressão.
É utilizado imprescindivelmente nas bombas multiestágios, devido, devido à
necessidade do fluido de escoar de um rotor para outro com velocidade reduzida e
com o mínimo de perda de energia.
Não apresentam empuxo radial, pois as pressões hidráulicas são distribuídas
uniformemente em torno do rotor.
50
É a peça mais importante da bomba, e por esta razão, merece uma atenção
toda especial.
O número de rotores de uma bomba centrífuga é que determina o número de
estágios dessa bomba.
As partes componentes são:
Olhal de Sucção - É por onde o líquido penetra no rotor.
Palhetas - Guiam convenientemente o líquido dentro do rotor.
Paredes - Evitam a fuga dispersa do líquido no rotor.
Cubo - Prende o eixo no rotor.
51
5.5.6.5 Vedação
A finalidade de vedação em uma bomba é a de impedir a entrada de ar ou a
saída do líquido a ser bombeado, dependendo dos valores de pressão existentes em
seu interior. Se a pressão no seu interior for menor que a atmosférica, haverá
possibilidade da entrada de ar. Os tipos de vedação são gaxetas e selo mecânico.
5.5.6.5.1 Gaxeta
São colocadas em formas de anéis em torno do eixo. O cilindro oco, onde ficam
alojados estes anéis é chamado de caixa de gaxetas, e a peça responsável pelo aperto
dos mesmos chama-se sobreposta.
As gaxetas são elementos de estrutura mole, e apesar de ter a função primordial
de evitar a saída do líquido em operação, seu objetivo prático é permitir um pequeno
vazamento (de 30 a 60 gotas por minuto), restringindo-o a limites aceitáveis. Este
vazamento tem a finalidade de refrigerar e lubrificar os anéis de gaxeta.
Um aperto excessivo na sobreposta aumenta demasiadamente o atrito entre o
eixo e os anéis de gaxeta, implicando em maior geração de calor, podendo até trancar
a bomba.
Os materiais usados na fabricação de anéis de gaxeta são: algodão, alumínio,
etc. Nesses materiais são colocados aglutinantes como sebo, óleo, graxa, parafina,
silicone, grafite, etc., a fim de torná-la autolubrificante.
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52
5.5.6.5.2 Sobreposta
É o órgão da bomba que tem a função de regular o aperto nos anéis da gaxeta.
Geralmente tem o formato losangular ou elíptico.
53
5.6 - Escorva
Como foi inicialmente dito, as bombas centrífugas têm restrições quanto à
aspiração. Será preciso sempre que o corpo da bomba, bem como a rede de
aspiração, estejam completamente cheios do fluido a ser aspirado, para que possa
executar o bombeamento com sucesso. Para isso será preciso que utilizarmos
recursos que possibilitem o enchimento destes espaços, caracterizando a escorva.
54
profundidade em pes
P (lbf / in2 )
2,31
55
É a pressão necessária para elevar a água de um certo ponto a uma dada altura
de vencer toda a resistência de atrito. O limite prático da altura de sucção no
funcionamento de uma bomba varia entre 20 e 25 pés. Este limite prático é reduzido
por longas linhas de sucção, por um número maior de curvas, por tubos de pequenos
diâmetros.
O termo sucção negativa é aplicado quando o nível de água de alimentação é
mais alto que a entrada da bomba, ou é também a distância vertical do nível da água
de alimentação até a entrada da bomba que se encontra numa cota inferior.
56
D 13
, Q 4 X , onde:
D - Diâmetro em metros
Q - Vazão em m3
e X - razão de utilização da bomba
57
VÁLVULA DE PÉ E CRIVO
SAÍDA DA CANALIZAÇÃO
VÁLVULA DE RETENÇÃO
VÁLVULA DE RETENÇÃO
TE PASSAGEM DIRETA
TE SAÍDA BILATERAL
TE SAÍDA DE LADO
ÂNGULO ABERTO
GAVETA ABERTO
GLOBO ABERTO
COTOVELO 90 0
COTOVELO 90 0
COTOVELO 90 0
COTOVELO 45 0
REGISTRO DE
REGISTRO DE
REGISTRO DE
R/D = 1 ½
RAIO LONGO
TIPO PESADO
RAIO MÉDIO
RAIO CURTO
CURVA 45 0
CURVA 45 0
CURVA 45 0
DE BORDA
TIPO LEVE
R/D = 1
ENTRADA
ENTRADA
NORMAL
Diâmetro
mm pol.
13 ½ 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 0,4 1,1 1,6
19 ¾ 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 0,5 1,6 2,4
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,3 0,7 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 0,7 2,1 3,2
32 1¼ 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,4 0,9 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10,0 0,9 1,7 4,0
38 1½ 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 1,0 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11,6 1,0 3,2 4,8
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 0,7 1,5 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14,0 1,5 4,2 6,4
63 2½ 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,9 0,4 21,0 10,0 1,3 4,3 4,3 17,0 1,9 5,2 8,1
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,1 2,2 0,5 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2 20,0 2,2 6,3 9,7
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 1,6 3,2 0,7 34,0 17,0 2,1 6,7 6,7 23,0 3,2 6,4 12,9
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,0 4,0 0,9 43,0 21,0 2,7 8,4 8,4 30,0 4,0 10,4 16,1
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 2,5 5,0 1,1 51,0 26,0 3,4 10,0 10,0 39,0 5,0 12,5 19,3
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 3,5 6,0 1,4 67,0 34,0 4,3 13,0 13,0 52,0 6,0 16,0 25,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 4,5 7,5 1,7 85,0 43,0 5,5 16,0 16,0 65,0 7,5 20,0 32,0
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,8 2,2 5,5 9,0 2,1 102,0 51,0 6,1 19,0 19,0 78,0 9,0 24,0 38,0
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 6,2 11.0 2,4 120,0 60,0 7,3 22,0 22,0 90,0 11,0 28,0 45,0
Tabela 2
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58
Q HMT
BMP , onde:
75
5.14 - Exercícios
1. Explique o princípio de funcionamento de uma bomba centrífuga, explicando como a
energia é adquirida pelo líquido.
59
10. Indique os valores das alturas estáticas de sucção, descarga e total para a situação abaixo:
2,0
2 4
3
1,0
2 1,5
4
5 5 6 7,5
0,5
0,5 2 2
0,5 7
0,2 1,5
1- Válvula de pé e crivo
0,5 2 0,5 2- Cotovelo 90o raio curto
1 5 3- Registro de globo aberto
1,0 5 0,5 0,5 2,0 1,0 4- Curva 90o R=1,5 D
2 5- Cotovelo 90o raio grande
6- Registro de gaveta aberto
0,3 2 2
7- Válvula de retenção tipo leve
11. Calcule os comprimentos totais equivalentes (de sucção e recalque) e a perda total de
pressão para a situação anterior. A vazão é de 50 m3/h.
12. Utilizando um motor de 1750 RPM, dimensione a bomba (utilizando apenas o primeiro
fabricante da apostila)e a potência do motor de acionamento para a situação da questão
anterior.
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60
Capítulo 6 - Compressores
6.1 - Compressão do ar
Muita energia é gasta no trabalho de comprimir o ar. Parte dessa energia
aparece na forma de calor e geralmente não se presta a fim algum, necessitando-se,
às vezes, de dispendiosas instalações para retirá-lo.
O ar comprimido é conduzido, através de tubulações até as partes de aplicação
onde executa um trabalho, seja por expansão ou por aplicação direta de força, e em
seguida é expulso para a atmosfera.
A produção do ar comprimido é regida pelos processos de compressão do ar.
61
62
Este processo de compressão tanto pode receber como ceder calor para o
exterior. O caso onde existe fornecimento de calor para o exterior, chamado
politrópico.
63
P
Politrópica
Isotérmica
v
6.3 - Compressores
6.3.1 Definição
É uma máquina de fluido que aspira gás (inclusive o ar) a uma determinada
pressão e o comprime até uma pressão e o comprime até uma pressão mais elevada,
desejada em uma atividade industrial qualquer.
64
6.4.1.1 Ejetor
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65
Consiste de um tubo de jato a alta pressão, que usa como propulsor vapor ou
gás, descarregando um jato de alta velocidade através da câmara de aspiração para o
interior do difusor, em forma de um venturi.
O gás, que fará aumentar a pressão, é arrastado pelo jato para a câmara de
aspiração. A mistura, neste ponto, tem uma velocidade e está na pressão do gás
induzido. A compressão aumenta à medida que a energia de velocidade se transforma
em pressão dentro do difusor.
Os ejetores são usados principalmente para produzir pressões abaixo da
atmosférica (vácuo). Eles podem , no entanto, abranger a compressão até a pressão
de admissão próxima a atmosférica, a um nível mais alto. São chamados
compressores térmicos.
66
Cada par formado por um conjunto de palhetas móveis e outro de palhetas fixas
se constitui num estágio da compressão. As palhetas móveis possuem uma
conformação capaz de transmitir ao gás a energia proveniente do acionador. As
palhetas fixas são projetadas de forma a produzir uma deflexão no escoamento,
forçando a difusão.
A elevação de pressão por estágio é pequena, e o escoamento se desenvolve
segundo uma trajetória hélico-axial envolvendo o tambor.
67
68
69
70
71
72
73
6.6.1 Cilindro
6.6.2 Cabeçote
74
6.6.4 Pistão
É normalmente oco e construído numa liga de alumínio, para ter seu peso
reduzido. Possui anéis de segmento de compressão, para evitar fuga de pressão e de
óleo, para permitir a lubrificação das superfícies em contato.
6.6.5 Biela
75
Gs Ga i a n / 60 (kg/s), onde:
Gs - Capacidade em kg/s.
Ga - Quantidade de gás aspirado por rotação.
i - número de efeitos.
a - número de cilindros por estágio.
n - rotação da polia do compressor em RPM
Ga Rg Gc
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76
Gc Vc
60 Gs
Vc (m3)
Rg i a n
Ga Pd Ti
1/ n
Rg 1 e e f , onde:
Gc Pa Ta
n 1
n
Pa
1
Pd
Ti
Ta 2
d2 l
Vc , onde:
4
d - diâmetro do pistão
l - curso do pistão
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77
EXPOENTE POLITRÓPICO
Fluido Refrigeração n
ar água 1,15
ar ar 1,25
freon ----- 1,13
amônia água 1,15 -1,25
amônia ar 1,25-1,30
Pt
Rendimento Teórico: T
Pi
Pi
Rendimento Mecânico: M
Pe
Pt
Rendimento Global: G
Pe
Pi Lu Gs
Pe (CV)
M 75 M
78
6.8 - Exercícios
1. Qual seria o processo ideal de compressão de ar?
1
2
3
79
17.Operam apenas com fluidos bem específicos, sucção e descarga quase constantes. São
os:
( )Compressores de ar para serviços ordinários
( )Compressores de ar para serviços de vácuo
( )Compressores de gás ou de processo
( )Compressores de ar para serviços industriais
( )Compressores de refrigeração.
80
7.1 - Ar Condicionado
O condicionamento de ar é um processo que visa o controle simultâneo da pureza,
umidade, temperatura e movimentação de ar em um ambiente delimitado. Estes fatores
exercem influência sobre o indivíduo e sobre sua capacidade de trabalho, afetando
também equipamentos, peças e instrumentos, como no caso de laboratórios de mecânica
fina e de equipamentos de precisão.
O ar condicionado pode ser utilizado em uma infinidade de aplicações na indústria,
algumas das quais são apresentadas a seguir:
Processos de manufatura que exigem umidade, temperatura e pureza do ar
controlados, tais como fabricação de produtos farmacêuticos e alimentícios, salas
de impressão em cores.
Ambientes de trabalho, visando aumentar o conforto pessoal, e
consequentemente, a produtividade.
Ambientes onde se exige segurança, isto é, onde se operam produtos
inflamáveis ou tóxicos.
Ambientes onde se processam materiais higroscópicos.
Etapas de produção que exigem controle das reações químicas (cristalização,
corrosão de metais, ação de microorganismos.
Locais onde é preciso eliminar a eletricidade estática para prevenir incêndios e
explosões
Usinagem de ultraprecisão.
Laboratórios de controle e teste de materiais.
Uma característica importante para o condicionamento de ar é que o mesmo serve
de meio de transporte de calor, água, fumaça, vapores, poeira, odores e som. Desta forma
podemos definir o condicionamento de ar como o controle dos seguintes fatores
fundamentais:
Calor
Umidade
Filtragem
Circulação
Ventilação
81
7.1.1 Ciclo do Ar
O ciclo de ar começa com o ventilador, que servirá para impelir o ar através do ciclo,
enviando-o através de um duto que o conduz até as aberturas de entrada localizadas no
ambiente a ser condicionado. Estas aberturas são normalmente denominadas de saídas,
orifícios de descarga ou terminais.
O ar, entrando no ambiente, resfria ou aquece conforme as necessidades de
projeto. Partículas de pó provenientes do ambiente passam a integrar o fluxo de ar, sendo
levadas por ele.
O fluxo de ar proveniente do ambiente entra em um duto de retorno, entrada ou
retorno de ar, onde as partículas são separadas por um filtro. Depois de limpo, o ar pode
ser aquecido ou resfriado conforme as necessidades projetadas para o ambiente
condicionado, sendo reabsorvido pelo ventilador, e reiniciando o ciclo.
filtro
serpentina
ventilador
7.1.2.1 Ventilador
82
calculada de forma que não ocorra tiragem excessiva ou escassa de ar que nele é
introduzido.
7.1.2.7 Filtros
Têm a função de limpar o ar insuflado no recinto e normalmente são colocados em
algum lugar no duto de ar de retorno. São fabricados conforme diversas condições,
podendo ser do tipo seco, espuma de vidro ou de composições plásticas, ou eletrostático,
que opera atraindo as partículas de pó ou sujeira mediante o uso da eletricidade.
83
São as quantidades de calor sensível e latente, expressas em kcal/h, que devem ser
retiradas do recinto para manter as condições de temperatura e umidade. São elas: calor
do sol, infiltrações, umidade e fontes de calor internas.
O calor do sol penetra no ambiente de duas formas: radiação e condução. O calor
por radiação é imediatamente absorvido pelo espaço condicionado, enquanto que o por
condução dependo do tipo de material de construção usado, podendo levar várias horas
para ser percebido. O efeito solar em cada problema deve ser baseado no trajeto do sol
durante o tempo em que o sistema de ar condicionado estiver em funcionamento. O efeito
do sol deve ser considerado somente nas paredes em que haja incidência solar.
Infiltrações ocorrem devido à diferença de pressão entre o interior e o exterior,
causada pelos ventos ou diferenças de temperatura. Tal diferença de pressão cria uma
circulação do ar quente para dentro do ambiente através das frestas, portas, pisos, forros e
dutos de ar.
Umidade penetra no ambiente pelas infiltrações tendendo a se condensar,
fornecendo calor.
As fontes de calor internas são constituídas por pessoas, luzes, motores, aparelhos
elétricos, máquinas, etc.
84
7.2 - Refrigeração
7.2.1.1 Evaporador
85
7.2.1.2 Compressor
86
7.2.1.3 Condensador
87
7.2.3 Refrigerantes
88
7.2.4 Isolantes
89
O cálculo do calor que entra pelas paredes é dado através da seguinte expressão:
Qd K A T , onde:
Qd - calor em BTU/h
K - coeficiente de condutibilidade térmica em BTU/pé2.h.K. Este coeficiente é tabelado e
depende do tipo e espessura da parede
A - área da parede em pé2
T- Diferença de temperatura entre o interior e o exterior em K
Qp m c T , onde
Qp - calor em BTU.
m - massa dos produtos em lb.
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90
Este cálculo é afetado por tantos fatores que não pode ser obtido com qualquer
precisão, Uma estimativa pode ser feita utilizando-se de uma tabela, fornecida pela ASRE
(American Society of Refrigeration Engineering), que apresenta os chamados fatores de
uso (Fu). O fator de uso é uma constante, cuja unidade é o BTU/24h.pé3, que depende da
diferença de temperatura, do volume interno e do tipo de serviço (normal ou pesado).
o
Volume Tipo de Diferença de temperatura F
3
interno (pé ) serviço (Temperatura interna menos temperatura do refrigerador)
40 45 50 55 60 65 70 75 80
15 Normal 108 122 135 149 162 176 189 203 216
Pesado 134 151 168 184 201 218 235 251 268
50 Normal 97 109 121 133 145 157 169 182 194
Pesado 124 140 155 171 186 202 217 233 248
100 Normal 85 96 107 117 128 138 149 160 170
Pesado 114 128 143 157 171 185 200 214 228
200 Normal 74 83 93 102 111 120 130 139 148
Pesado 104 117 130 143 156 169 182 195 208
300 Normal 68 77 85 94 102 111 119 218 136
Pesado 98 110 123 135 147 159 172 184 196
400 Normal 65 73 81 89 97 105 113 122 130
Pesado 95 107 119 130 142 154 166 178 190
Qt Fu Vi , onde:
Qt - calor em BTU/24h
Fu - fator de uso em BTU/24h.pé3
Vi - volume interno da câmara em pé3.
Podem ser avaliadas as cargas das lâmpadas e dos motores elétricos. Sabendo-se
que 1W = 3,415 BTU/h, pode-se calcular as cargas variadas pela expressão:
Qv P 31415
, N , onde
Qv - calor em BTU/24h
P - Potência em W do equipamento.
N - número de horas de funcionamento diário do equipamento.
91
Q Qd Qp Qt Qv
7.3 - Exercícios
1. Cite 3 aplicações industriais do condicionamento de ar
2. Em que altura (alto ou baixo) você instalaria um ar condicionado destinado a operar apenas
no inverno?
4. Quais as duas formas de cargas térmicas de aquecimento advindas do calor do sol e qual a
diferença de tratamento que deve ser aplicado a elas?
6. O que significa dizer que um equipamento possui uma capacidade de uma tonelada de
refrigeração?
92
93
8.1 - Definição
São máquinas térmicas de fluxo que convertem energia química de um
combustível em energia mecânica utilizável.
8.2.1.1 Cilindros
São de ferro fundido, cuja fundição fácil permite executar as mais variadas
formas do bloco, das câmaras d’água, da sede das válvulas, dos canais de admissão e
de escape. Um bloco de cilindros pode ter camisas.
As camisas denominam-se SECAS quando a sua superfície exterior não estiver
em contato com a câmara de ar de arrefecimento. As camisas denominam-se ÚMIDAS
quando formam a parede interna da câmara d'água. Neste caso, o seu colarinho deve
ser perfeitamente vedado para evitar uma infiltração de água no cárter do motor.
É no cilindro onde o êmbolo se desloca com movimento retilíneo alternativo.
8.2.1.2 Cabeçote
Colocado na extremidade superior do cilindro, o cabeçote fecha este último
formando a câmara de compressão e de explosão. Ela comporta sempre a sede das
válvulas de ignição.
O cabeçote é aplicado no bloco de cilindros por intermédio de uma junta
metaloplástica ou por vezes por uma junta de cobre recozido muito fina.
8.2.1.3 - Cárter
O cárter forma a principal parte do bloco do motor e contém o virabrequim, o
eixo de cames e a bomba de óleo. A sua parte inferior forma depósito de óleo.
8.2.2.1 Pistões
Elemento móvel situado no interior do cilindro responsável pela transmissão da
força de impulsão resultante da pressão criada no interior da câmara de combustão.
São de fundição maleável, de liga de alumínio ou de aço. Estes dois últimos metais
permitem fazer pistões mais leves.
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94
8.2.2.4 Bielas
Responsáveis pela transformação de movimenta alternativo do pistão em
movimento rotativo do eixo de manivelas. São feitas de aço-liga, estampado e por
vezes de liga de alumínio.
8.2.2.6 Volante
Destina-se a regularizar a rotação do virabrequim. No momento da explosão, o
volante absorve a energia desenvolvida e restitui-a nos tempos não motores.
95
VÁLVULA
PISTÃO
BIELA
VIRABREQUIM
96
TEMPO 1 – ADMISSÃO
97
TEMPO 2 – COMPRESSÃO
TEMPO 3 – EXPANSÃO
TEMPO 4 – ESCAPE
TEMPO 1
Quando o pistão está no PMI, os canais são destampados e os gases
queimados escapam do cilindro enquanto a nova mistura entra nele sob pressão pelo
canal de admissão. Estes novos gases são dirigidos para a cabeçote a fim de evitar
que se misturem com os gases queimados e que saiam prematuramente.
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98
TEMPO 2
Na final da compressão, os gases são inflamados e a alta pressão obtida volta a
empurrar o pistão para o seu ponto morto oposto; este é o TEMPO MOTOR. Um
pouco antes de atingir a PMI, o pistão destampa primeiramente os canais de escape e
em seguida os de admissão. Os gases queimados escapam do cilindro enquanto que
uma nova carga de ar penetra nele. Começa um novo ciclo.
99
10
0
PMS - Ponto morto superior. É a posição em que o êmbolo se encontra o mais próximo
possível do cabeçote.
PMI - Ponto morto inferior. E a posição em que êmbolo se encontra o mais afastado
possível do cabeçote.
V2 - Espaço morto. Volume limitado pela face do êmbolo e a parte superior do cilindro
quando em PMS.
C = V1 – V2
rc = V1 - V2
Rti Wi
Pc
Rm We
Wi
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10
1
Rte We
Pc
Das expressões acima pode-se tirar outra relação para o rendimento térmico
efetivo em função dos rendimentos térmico indicado e mecânico:
Rte Rti Re
32% - transferida sob forma de calor gasto pelo sistema de arrefecimento dos cilindros;
35% - cedida ao ambiente, sob forma de calor, através dos gases de escape;
PC – Kcal/kg.
A ma
C mf
Onde: ma – massa de ar
mf – massa de combustível
10
2
POTÊNCIA INDICADA = Wi
t
POTÊNCIA EFETIVA = We
t
Wi p A L
onde: p – Pressão dos gases sobre a face do embola.
A – Área do êmbolo
L – Curso do êmbolo.
10
3
ÁREA( 1234 )
pmi
V1 V 2
A área do diagrama do indicador é medida com um planímetro. O valor desta
área, dividido pelo comprimento do diagrama, dará. a altura do retângulo de área
equivalente. Esta altura, multiplicada pela escala da mola do indicador, dará o valor de
Pi.
Tem-se, portanto:
Wi pmi A L
Pi pmi L A n i
onde: n – RPM
i – Número de cilindros.
pmi L A n i
Pi (CV)
4500
pmi L A n i
Pi (HP)
33000
10
4
Pm Pi Pe
2 R F n
Pe (CV)
4500
4500 Pe
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2 n
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Apêndice