Relatório Trocadores de Calor - Final

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI

Campus Alto Paraopeba


Engenharia Química
Laboratório de Engenharia Química II

Trocadores de Calor

Aberlado Lucas, André Felipe, Alícia Dias, Cecília Nogueira, César Augusto

Resultados e Discussão Figura 1: Trocador de calor casco e tubo


operando em contracorrente.
Esse experimento tem como objetivo a análise de
dois trocadores de calor, o de casco e tubo e o de placas
paralelas. Para realizar essa análise, foi calculado a troca
de calor entre os dois fluidos de trabalho (vapor e água) e
montou-se um gráfico de calor trocado em função da vazão
de água. Além disso, também foi feita a discussão a
respeito de algumas peças fundamentais para o
funcionamento do experimento. Fonte: USP[2].
Em muitas aplicações de engenharia, o processo
de troca de calor entre dois fluidos que estão em diferentes Figura 2: Trocador de calor de placas paralelas
temperaturas se faz necessário. Esse processo ocorre operando em contracorrente.
dentro de um equipamento que separa os dois fluidos por
uma parede sólida e é chamado de Trocador de Calor.
Existem vários tipos de trocadores de calor e, dentre eles,
os mais comuns de serem encontrados são os trocadores de
calor de casco e tubo, que pode ter um ou mais passes nos
tubos e no casco, e os trocadores de calor compactos,
também chamados de trocadores de calor de placas
paralelas[1]. (Incropera) Uma imagem desses trocadores
pode ser vista nas figuras 1 e 2 que mostram um trocador
de calor casco e tubo e um de placas paralelas, Fonte: Núcleo do Conhecimento[3].
respectivamente.
As formas específicas nos trocadores de calor
casco e tubo se diferem pela quantidade de passes no casco
e nos tubos. A mais simples dessas configurações é a que
usa apenas um passe no casco e nos tubos, mas isso pode
variar, por exemplo, até dois passes no casco e quatro nos
tubos[1]. (Incropera) No experimento foi utilizado um Assessórios da tubulação de vapor
trocador com 2 passes no casco e 14 nos tubos.
• Purgador
Nos trocadores de placas, os fluidos escoam
Figura 4: Purgador.
através de canais que são inseridos nas paredes das placas,
onde o fluido quente e o frio trocam calor em
contracorrente, ou seja, um fluido ascendente enquanto o
outro descendente, em lados opostos da mesma placa[1].
(Incropera) No trocador usado neste experimento, utilizou-
se 4 placas para o trocador.
Além disso, outro fator a ser considerado desses
equipamentos é que ambos usam o escoamento em
contracorrente, ou seja, o fluido frio entra por um lado e o
quente entra pelo outro, sendo assim, o fluido frio sai pelo
Fonte: Material disponibilizado pelo professor.
mesmo lado que o fluido quente entrou e vice-versa. Essa
escolha se dá pela maior efetividade de troca de calor,
O purgador é uma válvula autônoma que drena o
como pode ser visto pela figura 3 que compara as
condensado automaticamente de um invólucro que
temperaturas de entrada e saída usando cada um dos dois
contenha vapor e que ao mesmo tempo permaneça vedado
tipos de escoamento, paralelo e contracorrente.
para o vapor vivo, ou se necessário, que permita que o
vapor flua à uma taxa controlada ou estabelecida. Ou seja,
Figura 3: Comparação da operação em fluxo
ele serve para separa o condensado de uma determinada
paralelo e contracorrente.
tubulação do vapor que está presente nela.
O vapor é um gás que é formado quando a água
está em temperaturas altas e sob altas pressões, mas quando
seu trabalho está finalizado, ou seja, forneceu seu calor
latente, o vapor se condensa e se torna condensado.
Quando isso acontece, o condensado não tem a capacidade
de fazer o trabalho que o vapor faz. E é por causa disso,
seja em uma tubulação de transporte de vapor ou em um
trocador de calor, que o condensado deve ser objeto de
Fonte: Leonel Edward Beckedorff, UFSC[4].
rápida remoção[5].

Para o funcionamento dos trocadores de calor, é


necessária a utilização de diversos acessórios no sistema
de tubulações do equipamento. Alguns desses acessórios e
o motivo de sua aplicação são descritos abaixo.
rotâmetro é um equipamento usado na tubulação para
• Manômetro medir o fluxo que passa por ele.
Figura 5: Manômetro.
• Válvula de segurança
Figura 7: Válvula de segurança.

Fonte: Material disponibilizado pelo professor.

Esse equipamento é um dos mais utilizados em Fonte: Material disponibilizado pelo professor.
tubulações industriais, e até mesmo tendo aplicações não
industriais, e é utilizado para aferir a pressão manométrica Esse equipamento é um tipo de válvula para alívio
dentro de uma tubulação[6]. de pressão. Essas válvulas são dispositivos de alívio de
pressão automáticos desenvolvidos para abrir quando as
• Rotâmetro condições de operação normais forem excedidas e
Figura 6: Rotâmetro. fecharem novamente quando as condições voltarem ao
normal. Porém, a válvula de segurança é projetada para
abrir totalmente, ou estourar, com apenas uma pequena
quantidade de pressão acima do limite nominal para a
válvula. Elas são úteis pois minimizam os efeitos da
pressão a jusante[7].

• Filtro Y
Figura 8: Filtro Y.

Fonte: Material disponibilizado pelo professor.

Um rotâmetro consiste em um tubo vertical com


um furo cônico no qual uma boia muda de posição com a
vazão que atravessa o tubo. Para uma dada vazão, o
flutuador permanece estacionário, uma vez que as forças
verticais de pressão diferencial, gravidade, viscosidade e
flutuabilidade são equilibradas[7]. Em outras palavras, um Fonte: Material disponibilizado pelo professor.
Figura 10: Visor retentor de fluxo.
Esse equipamento é considerado uma válvula e,
como o próprio nome sugere, ele é colocado na tubulação
para filtrar o fluido que passa por ela. O meio filtrante em
um filtro Y é, basicamente, uma placa de aço inoxidável
perfurada, e o objetivo do filtro é retirar as impurezas mais
simples e que podem se prender nas paredes do tubo e
atrapalhar o escoamento[8].

• Purgador de boia Fonte: Material disponibilizado pelo professor.


Figura 9: Purgador de boia.
Esse equipamento é montado logo depois dos
purgadores, em sistemas de vapor, e
proporcionam o monitoramento visual de todo o
fluxo condensado, utilizando uma linha que
indica se esse purgador está trabalhando
adequadamente. |Além disso, simultaneamente,
ele desempenha o papel de válvula de retenção
impedindo o contrafluxo na corrente[9].

Fonte: Material disponibilizado pelo professor.


• Quebra vácuo
Figura 11: Quebra vácuo.
O purgador de boia é um purgador do tipo
mecânico. Nos purgadores mecânicos, o orifício (sede)
abre e fecha devido ao movimento da boia que flutua de
acordo com o fluxo do condensado. Existem dois projetos
básicos usados para purgador de boia: boia com alavanca e
boia livre. No projeto do purgador com boia e alavanca, a
boia é acoplada a uma alavanca que controla a sede.
Quando o condensado entra no purgador, a boia torna-se Fonte: Material disponibilizado pelo professor.
flutuante e move a alavanca ocasionando a abertura da
sede. Nos purgadores com boia livre, a boia não está ligada A válvula quebra vácuo é usada para eliminar o
a alavanca, e a própria boia serve como obturador para o vácuo existente quando se tem uma pressão interna menor
purgador. Esse equipamento tem a mesma função que um que a pressão atmosférica, de maneira a evitar que surjam
purgador comum, separar o condensado do vapor[5]. problemas nos tanques, ou em qualquer outro
equipamento, como rachaduras ou mesmo o colapso de
• Visor retentor de fluxo todo o sistema. Ela é um equipamento que alivia
automaticamente uma condição de vácuo indesejada em
diversos modelos de sistema, de maneira que restaura com Tabela 2: Dados experimentais para o trocador de calor de
[10]
grande eficiência a pressão atmosférica do local . placas paralelas.
Temperaturas de Vazão Temperatura Temperatura
entrada e Pressão de água de saída do de saída da
-1
• Eliminador de ar manométrica (L.min ) vapor (ºC) água (ºC)

Figura 12: Eliminador de ar. Vapor = 90ºC 1 39 39


Água = 22ºC 1,5 40 36
𝑃𝑚𝑎 = 1,02𝐾𝑔𝑓. 𝑐𝑚 −2 2 37 33

Além desses dados, a tabela 3 mostra o tempo de


retenção de cada trocador e as massas iniciais e finais
(massa inicial somada ao condensado do vapor) para os
dois trocadores de calor.

Fonte: Material disponibilizado pelo professor.


Tabela 3: Dados experimentais de tempo e massa
Esse equipamento, como o próprio nome sugere,
para os trocadores de calor casco e tubo e placas paralelas.
é utilizado para eliminar o ar que possa entrar na tubulação
Caso e tubo Placas paralelas
em decorrência de uma falha na sucção dos tanques, entre
Tempo 13 min e 20 segundos 8 min e 6 segundso
outras falhas. Ele funciona com um sistema de boias que
Massa inicial 0,234 Kg 0,234 Kg
impedem a passagem de ar, parecido com o que faz um
Massa final 0,868 Kg 0,708 Kg
purgador[11].

Resultados e Discussões A partir desses dados e utilizando a equação 2,


descrita no memorial de cálculo, foi possível calcular a
As tabelas 1 e 2, abaixo, mostram os dados
vazão de vapor para cada um dos trocadores. Foi
coletados durante o experimento para o trocador de casco
encontrado o valor de 8,01 . 10−4 𝑘𝑔. 𝑠 −1 para a vazão de
e tubo e para o trocador de placas paralelas,
vapor do trocador de calor casco e tubo e o valor de
respectivamente.
9,75 . 10−4 𝑘𝑔. 𝑠 −1 para o trocador de calor de placas
paralelas.
Tabela 1: Dados experimentais para o trocador
Outro fator importante para continuidade dos
de calor casco e tubo.
cálculos é a pressão absoluta, expressa pela equação 3.
Temperaturas de Vazão de Temperatura Temperatura
Para o sistema experimental, o valor dessa pressão foi de
entrada e Pressão água de saída do de saída da
1,02 𝑘𝑔𝑓. 𝑐𝑚−2 para o trocador de casco e tubo e de
-1
manométrica (L.min ) vapor (ºC) água (ºC)
2,02 𝑘𝑔𝑓. 𝑐𝑚−2 para o trocador de placas paralelas.
Vapor = 91ºC 1 42 36
Com essas informações, é possível calcular os
Água = 23ºC 1,5 40 34
valores de calor fornecido pelo vapor à água e de calor
𝑃𝑚𝑎 = 0,02𝐾𝑔𝑓. 𝑐𝑚−2 2 38 33
recebido da água pelo vapor, usando as equações 4 e 7.
Para cada vazão de água fornecida, é necessário um cálculo
do calor fornecido e recebido. Os resultados estão Os gráficos das figuras 13 e 14 foram plotados
dispostos nas tabelas 4 e 5, para trocador de calor casco e usando os dados das tabelas 4 e 5, respectivamente, e
tubos e placas paralelas, respectivamente. permitem a comparação visual do fenômeno descrito
acima.
Tabela 4: Quantidade de calor fornecido e
recebido em função da vazão para o trocador de calor casco Figura 13: Gráfico de calor fornecido pelo vapor
e tubo. e recebido pela água versus a vazão de água no trocador
Quantidade de Quantidade de casco e tubo.
Vazão de água calor fornecido calor recebido
(𝐿. 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 −1 ) pelo vapor pela água
−1
(𝐾𝐽. 𝑠 ) (𝐾𝐽. 𝑠 −1 )
1 2,2946 0,9056
1,5 2,3013 1,1495
2 2,3080 1,3926

Tabela 5: Quantidade de calor fornecido e


recebido em função da vazão para o trocador de placas
Fonte: Os autores.
paralelas.
Quantidade de Quantidade de
Figura 14: Gráfico de calor fornecido pelo
Vazão de água calor fornecido calor recebido
vapor e recebido pela água versus a vazão de água no
(𝐿. 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 −1 ) pelo vapor pela água
trocador de placas paralelas.
(𝐾𝑐𝑎𝑙. ℎ−1 ) (𝐾𝑐𝑎𝑙. ℎ−1 )
1 2,8023 1,1843
1,5 2,7982 1,463
2 2,8104 1,5326

Como é possível perceber, através dos resultados


encontrados, existe uma diferença entre a quantidade de
calor fornecido e a quantidade de calor recebido. Tanto no
trocador de calor de casco e tubos, quanto no trocador de Fonte: Os autores.
calor de placas paralelas, a quantidade de calor recebida
pela água foi menor que a quantidade de calor fornecido. Por fim, utilizando todos os dados e resultados
Isso significa que o fluido frio não irá absorver todo calor encontrados e a equação 8 do memorial de cálculo, é
que o fluido quente fornece. Isso pode ser explicado devido possível fazer o cálculo dos coeficientes globais de
a possíveis incrustações nos equipamentos ou devido a transferência de calor médio para os dois trocadores de
perdas de energia para o ambiente. calor. O resultado encontrado para o trocador de casco e
tubo foi de 1251,24 𝐾𝐽. ℎ−1 . 𝑚−2 . º𝐶 −1 e para o trocador
de calor de placas paralelas foi de <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/1234567
−1 −2 −1
267,8783 𝐾𝐽. ℎ . 𝑚 . º𝐶 . 89/181563/TCC_Leonel_Beckedorff.pdf?sequence=3
&isAllowed=y>
Conclusão 5. Como funcionam os purgadores mecânicos: um
Dessa forma, foi possível, através das olhar para seus mecanismos e métodos. Disponível
informações experimentais e das relações matemáticas, em:
realizar os cálculos necessários para saber os valores de <https://www.tlv.com/global/BR/steam-
calor fornecido pelo vapor e do calor recebido pela água theory/mechanical-steam-traps.html>
utilizando os dois tipos de trocadores de calor, casco e 6. Manômetros de pressão: tipos, funcionamento,
tubos e placas paralelas, e montar um gráfico que mostra a aplicação e tudo mais!. Disponível em:
relação dessas duas grandezas, em função da vazão da água <https://automacaoecartoons.com/2018/03/06/mano
no sistema. A partir desses resultados, foi possível perceber metro-de-pressao/>
a importância de uma boa calibração dos equipamentos e 7. PERRY, R. H.; GREEN, D. W. Perry’s Chemical
de uma observância em relação ao regime permanente, Engineering Handbook, McGraw-Hill, 6th ed.,
uma vez que, caso isso não seja cumprido, pode influenciar 1997.
de forma significativa no resultado. Conclui-se, portanto, 8. Filtro Y. O que é? Pra que serve? Saiba mais sobre
que ambos os tipos de trocadores são úteis e devem ser o filtro Y. Disponível em:
utilizados da forma mais correta possível, para que possam <https://www.dulong.com.br/blog/filtro-y-o-que-e-
realizar sua função. para-que-serve/>
9. Visor retentor de fluxo. Disponível em:
Referências
<https://www.idealrv.com.br/visor-retentor-fluxo>
10. Válvula quebra vácuo. Disponível em:
1. INCROPERA, F. P.; DEWITT, D. P.; BERGMAN, T.
<https://www.emmeti.com.br/valvula-quebra-vacuo>
L.; LAVINE, A. S. Fundamentos de transferência
11. Válvulas antiar. Disponível em:
de calor e massa. LTC, 6ª ed. Rio de Janeiro, 2008.
<https://www.sindiconet.com.br/informese/valvulas-
2. RACT, J; ISHII, M; Trocadores de calor. 2018, USP.
antiar-manutencao-valvulas-eliminadoras-de-ar>
Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4423108/ Memorial de cálculo
mod_resource/content/1/Trocadores%20de%20calor
• Cálculo da vazão mássica:
%202018.pdf>.
3. Construção de um trocador de calor tubular em Para o trocador de calor de casco e tubos:

espiral. Disponível em: Massa inicial do recipiente: 0,234Kg


<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenh
aria-quimica/tubular-em-espiral> Massa final (recipiente + condensado de vapor): 0,868Kg

4. BECKEDORFF, L. E. Má distribuição de vazão em Para o trocador de calor de placas paralelas:


trocadores de calor tipo placas. Joinville 2017,
Massa inicial do recipiente: 0,234Kg
UFSC. Disponível em:
Massa final (recipiente + condensado de vapor): 0,708Kg
𝑚 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (1) 𝑄𝑠1 = 𝑊𝑠 . ℎ1𝑉 [𝐾𝐽. 𝑠 −1 ] (5)

𝑚 Onde,
𝑊𝑠 = (2)
𝑡 𝑊𝑠 = Vazão de vapor do condensado [𝐾𝑔. 𝑠 −1 ];
Onde,
ℎ1𝑉 = Entalpia específica [𝐾𝐽. 𝐾𝑔−1 ];
𝑊𝑠 = Vazão de vapor [𝐾𝑔. 𝑠 −1 ]; O ℎ1𝑉 é obtido através da tabela de vapor de água saturada,
t = Tempo [s]; na temperatura de entrada do vapor no trocador. Sendo
m = Massa de condensado [𝐾𝑔] assim, as entalpias encontradas foram:
Sendo assim, obtém-se a vazão de vapor para o trocador ℎ1𝑉𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 𝑒 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠 = 2661,7 𝐾𝐽. 𝐾𝑔−1
de calor de Casco e Tubos e de Placas, respectivamente: ℎ1𝑉𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 = 2660,1 𝐾𝐽. 𝐾𝑔−1
0,634 𝐾𝑔 Logo, para o trocador de calor casco e tubos:
𝑊𝑠𝐶𝑎𝑠𝑐𝑜 𝑒 𝑇𝑢𝑏𝑜𝑠 = = 0,000801 𝐾𝑔. 𝑠 −1 =
792 𝑠 𝑄𝑠1𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 𝑒 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠 = 0,000801 𝐾𝑔. 𝑠 −1 . 2661,7 𝐾𝐽. 𝐾𝑔−1
0,474 𝐾𝑔
𝑊𝑠𝑃𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 = = 0,000975 𝐾𝑔. 𝑠 −1 𝑄𝑠1𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 𝑒 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠 = 2,13 𝐾𝐽. 𝑠 −1
486 𝑠
E para o trocador de calor placas paralelas:
𝑄𝑠1𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 = 0,000975 𝐾𝑔. 𝑠 −1 . 2660,1 𝐾𝐽. 𝐾𝑔−1
• Cálculo da pressão absoluta
𝑄𝑠1𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 = 2,594 𝐾𝐽. 𝑠 −1
Sabe-se que:
Para o cálculo do calor sensível do condensado, tem-se:
𝑃𝑎𝑏 = 𝑃𝑚𝑎 + 1 [𝐾𝑔𝑓 𝑐𝑚−2 ] (3)
𝑄𝑠2 = 𝑊𝑠 . 𝐶𝑝. (𝑇1 − 𝑇2 ) [𝐾𝐽. 𝑠 −1 ] (6)
Onde,
Onde,
𝑃𝑚𝑎 = Pressão manométrica [𝐾𝑔𝑓 𝑐𝑚−2 ];
𝐶𝑝 = Calor específico do condensado [𝐾𝐽. 𝐾𝑔−1 . °𝐶 −1 ];
𝑃𝑎𝑏 = Pressão absoluta [𝐾𝑔𝑓 𝑐𝑚 −2 ]. 𝑇1 = Temperatura de entrada do vapor [°C];
Assim, para o trocador de casco e tubos, tem-se: 𝑇2 = Temperatura de saída do vapor condensado [°C].
𝑃𝑎𝑏 = 0,02 + 1 = 1,02 𝐾𝑔𝑓 𝑐𝑚−2 O calor específico do condensado (água) utilizado foi de
E para o trocador de placas paralelas: 4,18 𝐽. 𝐾𝑔−1 . °𝐶 −1 . Este pode ser utilizado, pois não sofre
𝑃𝑎𝑏 = 1,02 + 1 = 2,02 𝐾𝑔𝑓 𝑐𝑚−2 grandes variações de acordo com a temperatura. Sendo
assim, deve-se calcular o calor sensível do condensado
• Cálculo do calor fornecido para cada vazão, utilizando a equação (6). Sendo assim, os
Sabe-se que o calor fornecido pelo vapor é a soma do calor resultados encontrados estão dispostos na tabela 6, abaixo:
latente do vapor e do calor sensível do condensado, como
mostrado a seguir: Tabela 6: Calor sensível de cada tipo de trocador
em função da vazão.
𝑄𝑠 = 𝑄𝑠1 + 𝑄𝑠2 (4) 𝑄𝑠2 (𝐾𝐽. 𝑠 −1 )
Onde, Casco e Tubos Placas Paralelas
−1
𝑄𝑠 = Calor fornecido pelo vapor [𝐾𝐽. 𝑠 ]; 1 𝐿. 𝑚𝑖𝑛 −1
0,163959 0,207916
−1
𝑄𝑠1 = Calor latente do vapor [𝐾𝐽. 𝑠 ]; 1,5 𝐿. 𝑚𝑖𝑛 −1 0,170652 0,20384
−1
𝑄𝑠2 = Calor sensível do condensado [𝐾𝐽. 𝑠 ]. 2 𝐿. 𝑚𝑖𝑛 −1
0,177344 0,21607
Para o cálculo do calor latente do vapor, tem-se:
Dessa forma, para o cálculo do calor fornecido, deve-se 𝑊𝑤3 = 0,0333 𝐾𝑔. 𝑠 −1
utilizar a equação (4), e os resultados em função de cada
vazão, para cada tipo de trocador, podem ser encontrados Dessa forma, o calor recebido pela água para cada vazão
na tabela 7, abaixo: pode ser calculado, utilizando a equação (7). Os resultados
estão mostrados na tabela (8), de acordo com o tipo de
Tabela 7: Calor fornecido de vapor para cada tipo trocador, em função da vazão.
de trocador, em função da vazão.
𝑄𝑠 (𝐾𝐽. 𝑠 −1 ) Tabela 8: Calor recebido pela água para cada tipo
Casco e Tubos Placas Paralelas de trocador, em função da vazão.
1 𝐿. 𝑚𝑖𝑛−1 2,2946 2,8023 𝑄𝑤 (𝐾𝐽. 𝑠 −1 )
1,5 𝐿. 𝑚𝑖𝑛−1 2,3013 2,7982 Casco e Tubos Placas Paralelas
2 𝐿. 𝑚𝑖𝑛−1 2,3080 2,8104 1 𝐿. 𝑚𝑖𝑛−1 0,9056 1,1843
−1
1,5 𝐿. 𝑚𝑖𝑛 1,1495 1,463
• Cálculo do calor recebido 2 𝐿. 𝑚𝑖𝑛−1 1,3933 1,5326

𝑄𝑤 = 𝑊𝑤 . 𝐶𝑝. (𝑡2 − 𝑡1 ) [𝐾𝐽. 𝑠 −1 ] (7)


Onde,
• Cálculo do coeficiente global de transferência
𝑄𝑤 = Calor recebido pela água [𝐾𝐽. 𝑠 −1 ];
de calor
𝑊𝑤 = Vazão da água [𝐾𝑔. 𝑠 −1 ];
𝐶𝑝 = Calor específico do condensado [𝐾𝐽. 𝐾𝑔−1 . °𝐶 −1 ]; Para o cálculo do coeficiente, usa-se a seguinte
𝑡1 = Temperatura de entrada da água [°C]; equação (8):
𝑡2 = Temperatura de saída da água [°C]. 𝑄
𝑈 = 𝐴.∆𝑇𝑤 [𝑘𝐽. 𝑠−1 𝑚−2 °𝐶−1 ] (8)
𝑀𝐿

A vazão de água (𝑊𝑤 ) é observada no rotâmetro. De acordo


Onde,
com os dados fornecidos, a unidade da vazão está em
U = coeficiente global de transferência de calor
𝐿. 𝑚𝑖𝑛 −1 . Sendo assim, é necessário converter para
[𝑘𝐽. 𝑠 −1 𝑚−2 °𝐶 −1 ];
𝐾𝑔. 𝑠 −1 . Para isso, pode-se utilizar a massa específia da
água (1𝐾𝑔. 𝐿−1 ). Logo: A = área total de troca de calor [𝑚2 ];

∆𝑇𝑀𝐿 = media logarítmica da diferença de temperatura


1𝐾𝑔 1𝐿 1𝑚𝑖𝑛
𝑊𝑤1 = . . [°C].
𝐿 𝑚𝑖𝑛 60𝑠
𝑊𝑤1 = 0,0166 𝐾𝑔. 𝑠 −1 A área de troca térmica do trocar de placas paralelas pode
ser calculada da forma a seguir:
1𝐾𝑔 1,5𝐿 1𝑚𝑖𝑛
𝑊𝑤2 = . . 𝐴 = (𝑛𝑝 − 2). 𝑆𝑝 (9)
𝐿 𝑚𝑖𝑛 60𝑠
𝑊𝑤2 = 0,025 𝐾𝑔. 𝑠 −1
Onde,
𝑛𝑝 = número de placas utilizadas no trocador;
1𝐾𝑔 2𝐿 1𝑚𝑖𝑛
𝑊𝑤3 = . .
𝐿 𝑚𝑖𝑛 60𝑠
𝑆𝑝 = Área de uma placa fornecida pelo fabricante. 𝑈 = 0,3476 𝑘𝐽. 𝑠 −1 𝑚−2 °𝐶 −1
𝑈 = 1251,6378 𝑘𝐽. ℎ−1 𝑚−2 °𝐶 −1
O trocador de calor que foi realizado os testes tem 4
placas, e a área de uma placa fornecida pelo fabricante é
Os mesmos cálculos devem ser feitos para encontrar o
de 0,3𝑚2 . Sendo assim:
coeficiente de transferência de calor para o trocador de
𝐴 = (4 − 2). 0,3 placas paralelas, e os resultados estão mostrados na tabela
10, a seguir:
𝐴 = 0,6𝑚2

Já a área de troca térmica de trocador de calor de casco e Tabela 10: Resultados dos coeficientes de transferência de
tubos é a fornecida pelo fabricante, que é de 0,1𝑚2 . calor em função da vazão para o trocador de calor de placas
paralelas.
Para se encontrar o ∆𝑇𝑀𝐿 , utiliza-se a fórmula a seguir:
∆t1 ∆t 2 ∆𝑇𝑀𝐿 𝑈
∆t1 −∆t2
∆𝑇𝑀𝐿 = ∆t (10) (°𝐶) (°𝐶) (°𝐶) −1
(𝑘𝐽. 𝑠 𝑚−2 °𝐶−1 ]
𝑙𝑛( 1 )
∆t2
1L/min 51 17 30,95 229,61
Para um escoamento em contracorrente, sabe-se que: 1,5L/min 54 18 32.77 267,88

∆t1 = 𝑇1 − 𝑡2 2L/min 57 15 31,46 291,30

∆t 2 = 𝑇2 − 𝑡1 Sendo assim, para encontrar o coeficiente médio do


trocador de placas, basta fazer a média dos coeficientes

Os valores do ∆t1 , ∆t 2 , ∆𝑇𝑀𝐿 e do coeficiente global de encontrados de acordo com sua vazão. Logo:

transferência de calor (U) para o trocador de calor de casco


e tubos, em função da vazão, estão mostrados na tabela 9, 𝑈 = 0,0744 𝑘𝐽. 𝑠 −1 𝑚−2 °𝐶 −1

a seguir: 𝑈 = 267,8783 𝑘𝐽. 𝑠 −1 𝑚−2 °𝐶 −1

Tabela 9: Resultados dos coeficientes de transferência de


calor em função da vazão para o trocador de calor casco e
tubos.
∆t1 ∆t 2 ∆𝑇𝑀𝐿 𝑈
(°𝐶) (°𝐶) (°𝐶) (𝑘𝐽. 𝑠−1 𝑚−2 °𝐶−1 ]
1L/min 55 19 33,87 0,2673
1,5L/min 57 17 33,06 0,3476
2L/min 58 15 31,80 0,4382

Sendo assim, para encontrar o coeficiente médio do


equipamento, basta fazer a média dos coeficientes
encontrados de acordo com sua vazão. Logo:

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