O PAPEL DO ENFERMEIRO NA AVALIAÇÃO de Feridas

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153)

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO


DAS LESÕES POR PRESSÃO

THE ROLE OF THE NURSE IN THE PREVENTION, EVALUATION AND


TREATMENT OF PRESSURE INJURIES

Fernanda Janaína Lacerda FAVRETO1


Susanne Elero BETIOLLI 2
Francine Bontorin SILVA3
Adriana CAMPA4
________________________________________________________________________________________________________________________

RESUMO
Este trabalho se trata de uma revisão bibliográfica referente a atuação do enfermeiro no tocante das lesões
por pressão devido a complexidade da avaliação, tratamento e prevenção. Foram utilizados artigos dos
últimos 12 anos que abordam assuntos relacionados diretamente as lesões por pressão. Os resultados e
discussões obtidos revelam que o enfermeiro deve ter um amplo conhecimento relacionado ao tema para
propiciar um melhor tratamento, visando um menor custo financeiro tanto para o paciente quanto para as
instituições públicas e/ou privadas. Devem também proporcionar um tempo menor de tratamento com o
máximo de conforto ao paciente, sensibilizando a equipe a trabalhar com o mesmo objetivo, ressaltando a
prevenção e classificação de risco como parte do protocolo de avaliação e tratamento. Conclui-se que
enfermeiro tem papel fundamental na prevenção, avaliação e tratamento dos pacientes portadores de lesão
por pressão, treinando a equipe com relação a novas técnicas resultando no melhor tratamento possível.

PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, ferimentos e lesões, avaliação em enfermagem terapêutica

ABSTRACT
This work aims at a bibliographical review regarding the nurses' performance in relation to pressure injuries
due to the complexity of evaluation, treatment and prevention. We used articles from the last 12 years that
deal with issues related directly to pressure injuries. The results and discussions show that the nurse should
have a wide knowledge related to the subject to provide a better treatment, aiming at a lower financial cost
for both the patient and the public and / or private institutions and also to provide a shorter treatment time
with The maximum comfort of the patient, sensitizing the team to work with the same objective,
emphasizing the prevention and classification of risk as part of the protocol of evaluation and treatment. It
was concluded that nurses have a fundamental role in the prevention, evaluation and treatment of patients
with pressure injuries, training the team in relation to the new treatment techniques in order to achieve the
best possible treatment.

KEY WORDS: Pressure ulcer, woundsand injuries, nursingassessment, therapy

1
Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Herrero.
2
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora no curso de graduação em Enfermagem UFPR. Gerente do Grupo
Multiprofissional de Pesquisa sobre Idosos (GMPI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
3
Mestre em Microbiologia, Patologia e Parasitologia e Doutora em Engenharia Florestal (UFPR).
4
Enfermeira. Orientador do Trabalho de Conclusão de Curso, Especialista em Crianças e adolescentes.
*e-mail: [email protected]
Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 38

1. INTRODUÇÃO

Tratar feridas é uma atividade cotidiana do enfermeiro, porém esse cuidado confronta a
autonomia das atividades desse profissional frente aos pacientes portadores de feridas 1.
Por muitos séculos, o tratamento de feridas pretendia alcançar resultados cicatriciais em
menor tempo possível. Na pré-história eram utilizados agentes como: extratos de plantas, água,
neve, gelo, frutas e lama que eram colocados nas feridas. Na Mesopotâmia, elas eram lavadas com
água ou leite e o curativo era realizado com mel ou resina. Lã de carneiro, folhas e cascas de árvore
eram utilizadas para sua cobertura. Os egípcios diziam que uma ferida fechada cicatrizava mais
rápido do que aberta, por isso, utilizavam tiras de pano para manter unidas as margens da lesão.
Hipócrates sugeria que as feridas contusas fossem tratadas com calor e pomadas para promover a
supuração, remover material necrótico e reduzir a inflamação. No início da era cristã, se
preconizava o fechamento primário das feridas recentes e desbridamento das contaminadas para
posteriormente poderem ser suturadas. Com o passar do tempo estudos quanto ao tratamento de
feridas foram evoluindo, com o avanço da química que descobriu os compostos de cloro e iodo que
foram utilizados para limpeza do material e da pele nos séculos XVIII e XIX. Hoje pretende-se
interferir na biologia molecular, abordando a síntese de substâncias envolvidas nos fenômenos
cicatriciais 2.
Devido ao avanço tecnológico houve uma ascensão quanto aos produtos e métodos
utilizados na área do tratamento de feridas, tratar uma ferida não é apenas fazer com que ela
cicatrize, é preciso ir mais a fundo, saber a causa, e tratar as comorbidades presentes que
contribuem para a piora ou para o surgimento de novas lesões 1.
A pele é o maior órgão do corpo humano tendo como principais funções: proteção contra
infecções, lesões ou traumas, raios solares, controle da temperatura corporal e função sensorial. É
composta por três camadas: epiderme, derme e hipoderme 3.
As lesões, úlceras ou feridas que ocorrem, podem atingir não apenas a pele em uma ou mais
camadas, mas também tecido muscular, tendões, nervos e ossos. Uma ferida é representada pela
interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou em menor extensão, causada por
qualquer tipo de trauma físico, químico, mecânico ou desencadeada por uma afecção clínica, que
aciona as frentes de defesa orgânica para o contra ataque 2.
Lesão por pressão é qualquer alteração da integridade da pele decorrente da compressão não
aliviada de tecidos moles entre uma proeminência óssea e uma superfície dura. É classificada
conforme o grau de dano observado nos tecidos (pele, subcutâneo, músculos, articulações, ossos) 4.
O cuidado de enfermagem com as lesões de pele necessita atenção especial por parte dos
profissionais da saúde, destacando-se o papel do enfermeiro, que busca novos conhecimentos para
fundamentar sua prática. Algumas lesões podem tornar-se crônicas, cuja incidência aumenta
gradativamente em todo o mundo, gerando um impacto negativo sobre a qualidade de vida dos
pacientes, pois causam dor em diferentes níveis, afetam a mobilidade e possuem caráter repetitivo.
Fazendo necessária a sistematização do cuidado com esses pacientes, constituindo, a avaliação da
ferida, fator determinante para a terapêutica adequada 5.
Os enfermeiros exercem importante papel no tratamento das lesão cutâneas e devem estar
sempre em busca de novos conhecimentos, desafiando seu conhecimento técnico científico. Porém,
muitas vezes encontram dificuldades para identificar a fase correta da cicatrização e confundem as
características normais e anormais associadas a esse processo 6.
Como o profissional de enfermagem está diretamente relacionado ao tratamento de feridas,
seja em serviços de atenção primária, secundária ou terciária, é importante manter a observação
contínua com relação aos fatores locais, sistêmicos e externos que condicionam o surgimento da
ferida ou interfiram no processo de cicatrização. Para tanto, é necessária uma visão clínica que

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 39

relacione alguns pontos importantes que influenciam neste processo, como o controle da
patologia de base (hipertensão, diabetes mellitus), aspectos nutricionais, infecciosos,
medicamentosos e, sobretudo, o rigor e a qualidade do cuidado educativo. É importante ressaltar a
associação dos curativos que serão aplicados de acordo com os aspectos e evolução da ferida 7.
Esta pesquisa teve por objetivo revisar artigos que destacam o papel do enfermeiro na
avaliação, classificação e tratamento de pacientes portadores de lesão por pressão, pois hoje a
prática de cuidados a pacientes portadores de feridas é uma especialidade da enfermagem que
requer conhecimento específico 1, e justifica-se devido a dificuldade apresentada pelos profissionais
de enfermagem na avaliação e classificação das lesões por pressão que os pacientes apresentam,
pois desta avaliação depende o correto tratamento e evolução dessas lesões.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão bibliográfica que selecionou artigos dos últimos 12 anos nas bases
de dados Scielo e Google Acadêmico. A pesquisa foi desenvolvida a partir da análise do material
conforme atendia o objetivo do estudo. Em uma busca inicial foram encontrados 56 artigos, como
critérios de inclusão foram selecionados 25 artigos publicados a partir de 2004 pois relata a
evolução dos tratamentos de lesões, artigos em português e que correspondiam as necessidades do
estudo, excluímos 31 artigos para isso os critérios utilizados foram os artigos em inglês e os que não
apresentaram assuntos relacionados à temática. Foi realizada a leitura e análise dos textos que então
foram utilizados de acordo com sua colocação no desenvolvimento do trabalho. Utilizamos os
descritores lesão por pressão, ferimentos e lesões, avaliação em enfermagem e terapêutica.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Lesão
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano e tem como funções a proteção contra
infecções, lesões ou traumas, raios solares, controle da temperatura corporal e função sensorial. É
composta por três camadas: epiderme, derme e hipoderme 3.
A integridade da pele prejudicada é referida como um estado no qual o indivíduo apresenta
lesão em mucosa, córnea e tecido cutâneo, tendo como características definidoras a solução de
continuidade da pele, destruição das camadas da pele e a invasão de estruturas do corpo 8. As
feridas são representadas não apenas pela rotura da pele e do tecido celular subcutâneo, mas
também por lesão em músculos, tendões e ossos. As feridas podem ser classificadas quanto a
etiologia, complexidade e tempo de existência 9.
Essas lesões acometem a população de maneira geral, independente de sexo, idade ou etnia,
e determina um alto índice de pessoas com alterações na integridade da pele, constituindo um sério
problema de saúde pública. Porém não existem dados estatísticos a nível nacional que comprovem
este fato, devido aos registros desses atendimentos serem escassos. Sabemos que o surgimento de
feridas onera os gastos públicos e prejudica a qualidade de vida da população. Diante desses fatos
existe a necessidade do saber avaliar e acompanhar, para tratar adequadamente as pessoas
portadoras de lesões de pele 7.
As feridas causam a seus portadores e familiares problemas como: dor permanente,
incapacidade, sofrimento, perda da autoestima, isolamento social, gastos financeiros, afastamento
do trabalho e alterações psicossociais 10.
Lesão por pressão é definida como uma área de morte celular localizada devida a pressão de
tecidos moles por longos períodos, de uma proeminência óssea sobre uma superfície dura 11.
Os cuidados com as lesões exigem atuação interdisciplinar, adoção de protocolo,
conhecimento específico, habilidade técnica, articulação entre os níveis de complexidade de
assistência do Sistema Único de Saúde (SUS) e participação ativa dos portadores dessas lesões e

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 40

seus familiares, dentro de uma perspectiva holística. Neste contexto Dantas, Torres e Dantas 10,
afirmam ser fundamental no tratamento do portador de feridas a assistência sistematizada pautada
em protocolo, que contemple avaliação clínica, diagnóstico precoce, planejamento do tratamento,
implementação do plano de cuidados, evolução e reavaliação das condutas e tratamento, além de
trabalho educativo permanente em equipe envolvendo os portadores de lesão, familiares e
cuidadores 10.
A lesão por pressão é comum em proeminências ósseas, proveniente de pressão, fricção e
cisalhamento e de fatores internos ao paciente que produzem lesão tissular de pele e/ou tecido
subjacente, não cicatriza facilmente, causa dor e desconforto, e requer abordagem multiprofissional
no cuidado 12.
A etiologia inclui fatores internos do paciente, tais como: extremos de idade, comorbidades,
estado nutricional, hidratação, condições de mobilidade e nível de consciência; e externos, como:
pressão, cisalhamento, fricção e umidade. A lesão por pressão é um problema para os serviços de
saúde, envolvendo a equipe multidisciplinar. Sua prevalência, segundo a literatura internacional, em
pacientes internados é de 3 a 14%. Diante da complexidade do problema é imperativo que medidas
preventivas sistematizadas e de caráter institucional com envolvimento de toda a equipe de
enfermagem sejam adotadas 4.
A qualidade e a segurança são imprescindíveis nos serviços de saúde, por este motivo as
instituições tem implementado políticas de qualidade, visando atender as necessidades e exigências
de seus clientes. Para avaliar a qualidade é utilizado um indicador que nos mostre as deficiências do
sistema, para então trabalharmos na correção destas falhas. Os indicadores são dados numéricos
estabelecidos através de um ou mais eventos, isolados ou não como por exemplo a prevalência
(número total de casos) de lesões por pressão em instituições hospitalares no Brasil, a lesão por
pressão é um indicador de qualidade para a enfermagem, e esses indicadores devem ser revistos
periodicamente 10.
Meleiro et al 13, diz que a prevalência geral de lesão por pressão foi de 19,5% dos 3.701
pacientes do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo em SP. Matos, Duarte, Minetto
14
, dizem que a prevalência de lesão por pressão foi de 57,89% dos 19 pacientes que estiveram
internados por mais de 24 horas no CTI do Hospital Público do Distrito Federal em MG.
Lima, Guerra 10, afirmam que a prevalência de lesão por pressão foi de 22% dos 62
pacientes internados na Clínica Neurocirúrgica do Hospital da Restauração de PE. Desta forma,
podemos observar que do universo de 3.782 pacientes observados nos trabalhos anteriormente
citados, 1.510,72 pacientes (em média) apresentaram algum tipo de lesão por pressão, o que
representa cerca de 39,95% do total. Observando os dados vemos que é grande o número de
pacientes que desenvolvem lesão por pressão em instituições hospitalares, e isso gera aumento nos
gastos. Usar de maneira consciente materiais médico hospitalares é de extrema importância à
administração dos recursos das instituições, pois as despesas são crescentes e em contrapartida os
recursos são escassos. No Brasil a política de saúde é do tipo assistencialista, e o direito a saúde é
definido como dever do Estado na Constituição Federal. Porém essa política se torna muito onerosa
devido o crescimento populacional, a problemas administrativos e desperdícios.
Os gastos com o tratamento de lesão por pressão em instituições públicas acabam sendo
maior se comparados a instituições privadas pois não existe um controle efetivo desse tipo de
material, já na privadas os recursos são restritos e mesmo os que são cobertos pelos convênios não
são liberados facilmente. O uso de coberturas para o tratamento das lesões é comum, e não existem
comparações o a respeito da eficácia/efetividade e dos custos no tratamento. Levando em
consideração os custos com as coberturas, materiais e profissionais, variam entre R$ 16,41 à R$
260,18, dependendo do tipo de cobertura e tempo de tratamento devido a evolução da lesão 15.
Segundo Costa et al 16, o reconhecimento dos custos é indispensável para levantar os gastos
para o adequado planejamento da assistência. Assim, o custo benefício do tratamento das úlceras
deve ser avaliado pelo profissional de enfermagem no momento da prescrição, de modo que este

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 41

escolha a melhor indicação com o menor custo e promova a adesão ao tratamento de forma
contínua.
Diante da complexidade do tema e da identificação de que a lesão por pressão é um
problema evitável na maioria das vezes, consideramos que a prevenção é fundamental, e se torna
imperativa a reavaliação dos processos de cuidado prestados pela equipe de enfermagem na
instituição. Uma forma de sistematizar esse cuidado é o estabelecimento de protocolos que incluam
avaliação de risco, medidas preventivas e terapêuticas. O reconhecimento dos indivíduos em risco
de desenvolver lesão por pressão não depende somente da habilidade clínica do profissional, mas
também é importante o uso de um instrumento de medida, como uma escala de avaliação que
apresente adequados índices de validade preditiva, sensibilidade e especificidade 4.
Uma lesão por pressão pode se tornar um problema judicial para a instituição e para o
Enfermeiro. A portaria nº 529/2013 do Ministério da Saúde, instituiu o Programa Nacional de
Segurança do Paciente (PNSP), onde em seus art. 6º e 7º tem por finalidade promover ações que
visem à melhoria da segurança do cuidado em saúde através do processo de construção consensual
entre os diversos atores que dele participam, e de propor e validar protocolos, guias e manuais
voltados a segurança do paciente em diferentes áreas, tal como: lesões por pressão, portanto é de
responsabilidade do enfermeiro evitar que essas lesões aconteçam 17.
O gerenciamento de risco, atividade prevista na Lei do Exercício Profissional de
Enfermagem, assume papel preponderante, pois a segurança do paciente no tratamento se refere às
iniciativas que visam prevenir e reduzir eventos adversos decorrentes do cuidado à saúde, a fim de
prevenir esses eventos que podem causar danos, tais como as lesão por pressão. O artigo 11° da
referida lei dispõe a prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela
durante a assistência de enfermagem. Além disso, o Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem (CEPE), em seu artigo 12° traz como dever e responsabilidade do profissional de
enfermagem assegurar a pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência e imprudência 12.
3.2 Avaliação
A avaliação da lesão é a etapa de importância fundamental para o tratamento adequado do
paciente, uma avaliação equivocada pode causar muita dor, aumentar a lesão e elevar o custo e o
tempo de tratamento. Devido a importância da avaliação e classificação para a aplicação do correto
tratamento das feridas, é necessário investigar quais os aspectos são considerados na avaliação de
feridas pelos enfermeiros assistenciais em pacientes hospitalizados, haja vista que o tratamento
depende de avaliações constantes, de acordo com cada momento da evolução do processo de
cicatrização 7.
O ideal é que os pacientes sejam acompanhados pela equipe de saúde e avaliados
continuamente acerca do estado geral de saúde, orientados a adquirir novos hábitos de vida, por
meio de consultas frequentes e sucessivas sessões de trocas de curativos 18.
Santos et al 19, diz que:
“A avaliação de feridas, quanto aos mais diversos aspectos, é fundamental
para a prescrição de um tratamento adequado, envolvendo desde a etiologia
até as características clínicas do leito da lesão e área circundante, bem como
as doenças de base do cliente. O olhar especializado da enfermagem é
fundamental e indispensável para a determinação de um tratamento
apropriado das feridas e que ao se analisar que a pele, além de ser o cartão
de apresentação, é o maior órgão do ser humano, torna-se evidente a
responsabilidade, principalmente do profissional enfermeiro, em promover e
cooperar com o organismo para uma perfeita reconstrução tecidual, porém
entender a cicatrização como um processo endógeno não implica em
descuidar do tratamento tópico.”

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 42

O processo de cicatrização tem a finalidade de cura das feridas e pode ser dividido
didaticamente em três fases que se superpõem: inflamatória, proliferativa e de remodelação.
Durante a primeira fase, ocorrem hemostasia, migração de leucócitos e início da cascata de
reparação tecidual. O segundo estágio do processo de cicatrização é a fase de proliferação, que se
caracteriza por fibroplasia, angiogênese e reepitelização. A última fase do processo de cicatrização
é responsável pelo aumento da resistência do leito danificado. Os fenômenos anteriormente
descritos referem-se ao processo de cicatrização fisiológica, porém há situações em que ocorre
diminuição da resposta do organismo, como no diabetes mellitus e/ou na exposição excessiva à
radiação, formando-se, assim, úlceras que traduzem a falta de cicatrização. Pode, também, ocorrer
aumento dessa resposta, como nos casos de cicatriz queloidiana ou cicatriz hipertrófica que se
apresentam como cicatrizes exuberantes 20.
Santos et al 19, diz que:
“Na avaliação, deve-se verificar se há fatores locais que alteram a evolução
fisiológica da cicatrização. Atentar para os sinais (exsudação purulenta;
hipertermia; eritema; dor e calor local e edema) que indicam a presença de
infecção, pois a mesma provoca destruição tecidual, retarda a síntese de
colágeno e impede a epitelização. A avaliação e a verificação da ferida
devem ser realizadas a cada troca de curativo.”
Avaliar uma ferida pode ocasionar interpretações variadas devido a sua diversidade quanto à
natureza, forma e localização, além da percepção própria de cada enfermeiro, tendo em vista a
diferença de conhecimentos que existe entre os profissionais que realizam essa prática. Uma mesma
ferida pode ser avaliada e ter diferentes registros, podendo gerar interpretações divergentes ou
conflitantes. Para garantir a confiança interobservadores, faz-se necessário que o parecer de um
profissional coincida com o de seus colegas. Essa confiabilidade pode ser garantida por meio de
instrumentos precisos, com padrões e critérios definidos, dentre eles a localização anatômica,
tamanho da lesão, cor, tipo de tecido lesado e sua extensão, presença de corpos estranhos, fístulas,
túneis e cistos, condição da pele ao redor e característica do exsudato devem seguir um mesmo
padrão de descrição entre profissionais da mesma equipe 6.
Como o processo cicatricial evolui constantemente, se faz necessária constante avaliação
pois certos curativos podem deixar de ser a melhor indicação após alguns dias, assim como podem
não apresentar o resultado esperado necessitando ser substituído antes do tempo previsto, os
pacientes podem reagir de forma diferente, mesmo que apresentem feridas semelhantes. O
acompanhamento adequado é fundamental e deve ser feito por profissional capacitado 21.
A avaliação tem diferentes etapas, avaliamos uma ferida com relação a sua localização,
extensão (comprimento e largura, profundidade ou túnel), exsudato (quantidade, aspecto, odor),
leito (tipo de tecido exposto, classificação quando aplicável), margem (regular ou não, macerada,
hiperqueratose, epitelização), pele perilesional (integra, lesionada, ressecada, hiperpigmentada,
hiperemia, flictemas) e quanto a dor 3.
Em abril de 2016 a Associação Brasileira de Estomaterapia – SOBEST 22 divulgou a
atualização das descrições de lesão por pressão e na classificação dessas lesões segundo o National
Pressure Ulcer Advisory Panel - NPUAP e descrita a seguir:
“Lesão por pressão: Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou
tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou
relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato.
Estágio 1: Pele íntegra com área localizada de eritema que não
embranquece.
Estágio 2: Perda parcial da pele, com exposição da derme, de coloração
rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha
intacta ou rompida.

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 43

Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é


visível, apresenta tecido de granulação, pode ocorrer descolamento e túneis.
Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total com exposição direta da
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso, esfacelo e/ou escara
pode estar visível, pode apresentar túneis.
Lesão por pressão não classificável: Perda da pele em sua espessura total e
perda tissular na qual a extensão do dano não pode ser confirmada porque
está encoberta pelo esfacelo ou escara.
Lesão por pressão tissular profunda: Pele intacta ou não, com área de
descoloração, vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece
ou bolha com exsudato sanguinolento.
Lesão por pressão relacionada a dispositivo médico: Esta relacionada a
dispositivo médico, geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo.
Lesão por pressão em membranas mucosas: Essa lesão ocorre devido o
uso de dispositivos médicos no local do dano, essas lesões não podem ser
categorizadas” 22.
3.3 Prevenção
Falamos muito em como avaliar e classificar corretamente as lesões por pressão para poder
tratá-las adequadamente, porém sabemos que a prevenção da lesão por pressão é mais importante
que as propostas de tratamento, visto que o custo é menor e o risco para o paciente é praticamente
inexistente. Porém, este processo deve envolver uma equipe multidisciplinar integrada para a
obtenção dos melhores resultados. O conhecimento e entendimento da definição, causas e fatores de
risco por parte dos profissionais da saúde se faz necessário, a fim de se implantar medidas de
prevenção e tratamento mais eficazes. As ações preventivas dos cuidados referem-se à atenção
constante às alterações da pele; identificação dos pacientes de alto risco; manutenção da higiene do
paciente e leito; atenção a mudança de decúbito, aliviando a pressão e massagem de conforto, além
de outras medidas como a movimentação passiva dos membros, deambulação precoce, recreação,
secagem e aquecimento da comadre antes do uso no paciente, dieta e controle de ingestão líquida e
orientação ao paciente e família quanto às possibilidades de lesões por pressão 23.
De acordo com Malicia et al 24, as lesões por pressão são consideradas como eventos
adversos ocorridos no processo de hospitalização, que refletem de forma indireta a qualidade do
cuidado prestado. Para avaliar o risco que um paciente apresenta em desenvolver lesão por pressão
é utilizada a escala de Braden (quadro 1), de acordo com esta escala, são avaliados os seguintes
fatores de risco:

Quadro 1. Escala de Braden

Fonte: adaptado pela autora (2017) 25.

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 44

Dentre todas as ações que foram descritas a que tem fundamental relevância é a prevenção
das lesões por pressão, sabemos que avaliar adequadamente é necessário para que seja tratada
corretamente, porém evitarmos que essas lesões ocorram é muito melhor do que tratá-las
posteriormente, por isso é importante que seja efetiva a mudança de decúbito e a adoção de medidas
preventivas como, equipar as unidades hospitalares com material que proporciona alívio de zonas
de pressão, monitorizar o grau de risco, incidência e prevalência, sensibilizar as equipes para a
problemática, pois utilizando desses meios é possível evitar os grandes gastos com materiais para
curativos especiais 26.
3.4 Curativo
O curativo deve ser um meio de facilitar a cicatrização e não de impedi-la, porém se mal
escolhido pode não somente retardar sua cicatrização como também agravar sua condição ainda
mais. O curativo ideal deve ser capaz de manter alta umidade entre a sua interface e a da ferida,
remover o excesso de exsudato, permitir a troca gasosa, fornecer isolamento térmico, ser
impermeável a bactérias, ser isento de contaminação externa à ferida e permitir sua remoção sem
causar trauma na lesão 17.
Curativo ou cobertura é definido como um meio terapêutico que consiste na limpeza e
aplicação de material sobre uma ferida para sua proteção, absorção e drenagem, com o intuito de
melhorar as condições do leito da ferida e auxiliar em sua resolução. Curativos podem ser, em
algumas ocasiões, o próprio tratamento definitivo; em outras, apenas uma etapa intermediária para o
tratamento cirúrgico. Há no mercado mundial diversos materiais de curativo que podem ser
utilizados nas diferentes etapas de tratamento das feridas, a saber: higienização, desbridamento,
diminuição da população bacteriana, controle do exsudato, estímulo à granulação e proteção da
reepitelização 9.
De acordo com Franco, Gonçalves 21, para incisões cirúrgicas, a oclusão deverá ser por 24 a
48 horas mantendo o curativo seco. Nas feridas abertas, a antiga controvérsia entre curativo seco e
curativo úmido deu lugar a uma proposta atual de oclusão e manutenção do meio úmido. A
cicatrização através do meio úmido tem as seguintes vantagens quando comparadas ao meio seco:

ar a angiogênese; estimular a epitelização e a formação do tecido de granulação;

dos;

O avanço da tecnologia do cuidar, a padronização de um método e sua aplicabilidade correta


garantem a melhora mais rápida do paciente e o reconhecimento do trabalho prestado pelo
enfermeiro. O protocolo é o plano exato e detalhado para um esquema terapêutico. O protocolo
promoverá orientação para a equipe de enfermagem, estado de saúde do cliente e características que
proporcionarão ao mesmo um tratamento eficaz e uma reabilitação completa. Ao avaliar uma ferida
deve-se identificar a influência direta da “história da ferida”. Como causa, tempo de existência,
presença ou ausência de infecção. Além disso, deve ser avaliada a dor, edema, extensão e
profundidade da lesão às características do leito da ferida. A sua classificação constitui importante
forma de sistematização, necessária para o processo de avaliação e registro que podem se classificar
pela origem ou pelo tipo de agente causal. O profissional deve avaliar o grau de contaminação, que
possui um importante fator na escolha do tratamento 27.
Os enfermeiros, tem a responsabilidade de prever e prover recursos humanos, materiais e
estruturais, utilizando dados científicos para implantar medidas preventivas de lesão por pressão.
Porém quando o desenvolvimento de lesão por pressão é inevitável, é necessária a adoção de ações
terapêuticas adequadas a fim de minimizar as suas consequências e evitar a evolução de sua
gravidade. Sendo assim os enfermeiros precisam além do conhecimento técnico científico, possuir

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 45

informações sobre os custos decorrentes dos cuidados de enfermagem para o tratamento de lesão
por pressão a fim de direcionar o uso racional e eficiente de recursos escassos, contribuindo,
efetivamente, com o gerenciamento dos custos associados 28.
De acordo com o novo consenso estabelecido em 13 de abril de 2016 pelo National Pressure
Ulcer Advisory Panel (NPUAP), entidade que trata e previne as lesões por pressão, foi anunciada
uma mudança na terminologia de úlcera de pressão. Agora, o termo “lesão por pressão” deve ser
utilizado por todo os profissionais de saúde, pois descreve com mais precisão as lesões em peles
intactas e ulceradas. No sistema anterior, o estágio 1 era descrito de uma forma, e as outras
categorias eram descritas de outra o que poderia gerar confusão, pois a definição de cada estágio se
referia às lesões como “úlceras de pressão”. Além da mudança de terminologia, agora devemos
utilizar números arábicos no nome das fases, em vez de algarismos romanos. Ainda, alguns termos
foram removidos e outros adicionados as definições de ferimento 29.
Alguns artigos utilizados nesta pesquisa são anteriores a esta data, portanto onde se lia
úlcera por pressão lê-se lesão por pressão.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esta revisão literária analisou 25 artigos que tratam de assuntos que envolvem a avaliação,
classificação, tratamento, prevenção, incidência, prevalência, gastos e sobre o papel do enfermeiro
na assistência e educação em saúde prestada ao paciente portador de lesão por pressão.
Essas lesões acometem muitas pessoas e isso ocorre independente de sexo, idade ou etnia,
constituem um grave problema de saúde pública e devido a ausência de registros desses
atendimentos não é possível mensurar dados estatísticos a nível nacional que comprovem isso. O
fato é que o surgimento dessas lesões oneram os gastos e prejudicam a qualidade de vida da
população. Então isso nos leva a crer que a correta avaliação é imprescindível para tratar
adequadamente as pessoas portadoras de lesões de pele 7.
Verificamos que é de fundamental importância que o enfermeiro tenha conhecimento sobre
todo o processo que envolve o tratamento do paciente, o desenvolvimento de um protocolo que siga
uma ordem na avaliação, classificação, escolha do curativo adequado, acompanhamento e
reavaliação da lesão, pois a avaliação da ferida é fator determinante para a terapêutica adequada,
deve ser aplicada também a utilização de padrões de classificação de risco para auxiliar na
prevenção 5.
O protocolo é um esquema terapêutico que orienta a equipe quanto a avaliação e aplicação
do tratamento mais adequado para a reabilitação integral do paciente. A avaliação deve levar em
conta a causa, tempo de existência, presença ou ausência de infecção na lesão(26), e deve seguir
uma ordem lógica de classificação, escolha do curativo adequado, acompanhamento e reavaliação
da lesão, bem como a utilização de padrões de classificações de riscos que auxiliam na prevenção
da ocorrência dessas lesões, que não podem ser tratadas apenas pelo que é possível ver,
comorbidades e alterações fisiológicas devem ser corrigidas em conjunto com o tratamento local.
Os enfermeiros tem o papel fundamental na avaliação e no tratamento dessas lesões e devem
sensibilizar, incentivar e treinar a equipe para que sigam padrões definidos de tratamento, tem
também a responsabilidade de prever e prover recursos humanos, materiais e estruturais, e de
implantar medidas preventivas para que assim tenhamos melhores resultados 27.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho concluiu que o enfermeiro tem papel crucial tanto no tratamento das lesões por
pressão, onde depende da correta avaliação e classificação, quanto para a escolha do tratamento
mais adequado, e na aplicação de medidas de prevenção dessas lesões. O avanço da tecnologia do

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 46

cuidar, a padronização de um método e sua aplicabilidade correta garantem a melhoria mais


rápida do paciente e o reconhecimento do trabalho prestado pelo enfermeiro.
Quanto aos pacientes, estes devem ser acompanhados e avaliados continuamente acerca do
estado geral de saúde, passar por consultas sempre que necessário e adotar hábitos saudáveis.
É de extrema importância que o enfermeiro tenha conhecimento sobre todo o processo que
envolve o tratamento do paciente e que desenvolva um protocolo de atendimento par pacientes com
lesões por pressão para que toda a equipe envolvida possa seguir os mesmos padrões de avaliação e
tratamento e prevenção.
Devido a complexidade das lesões por pressão anteriormente descritas, cabe ao enfermeiro
gerenciar toda a logística relacionada a prevenção e ao tratamento dos pacientes portadores de lesão
por pressão, avaliar de maneira integral o paciente, levando em consideração comorbidades
associadas, estilo de vida e poder econômico, ser claro na orientação ao paciente e familiares, evitar
gastos excessivos com curativos que são mal utilizados ou mal indicados, adotar medidas
preventivas e sensibilizar a equipe quanto a importância da prevenção e do uso consciente de
materiais disponíveis.
Com medidas eficientes é possível evitar ao paciente o sofrimento físico e/ou psíquico que
uma lesão por pressão pode trazer, essas medidas proporcionarão um tratamento eficaz, mais rápido
e mais humanizado as pessoas portadoras desse tipo de lesão.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Ferreira AM, Bogamil DD, Tormena PC. O enfermeiro e o tratamento de feridas: em busca da autonomia
do cuidado. Arq Ciênc Saúde, 2008;15(3):105-9.
2. Blanes L. Tratamento de feridas: Cirurgia vascular, guia ilustrado. São Paulo: 2004.
3. Cunha NA. Sistematização da assistência de enfermagem no tratamento de feridas crônicas. 2006.
4. Menegon DB, Bercini RR, Brambila MI, Scola ML, Jansen MM, Tanaka RY. Implantação do protocolo
assistencial de prevenção e tratamento de úlcera de pressão no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Rev
HCPA, 2007;27(2):61-4.
5. Moreira TMM, de Alcântara MCM. Enfermagem em estomaterapia: cuidados clínicos ao portador de
úlcera venosa. Revista Brasileira de Enfermagem, 2009;62(6):889.
6. Bajay HM, Araújo IEM. Validação e confiabilidade de um instrumento de avaliação de feridas. Acta Paul
Enferm, 2006;19(3):290-5.
7. Morais GFDC, Oliveira SHDS, Soares MJGO. Avaliação de feridas pelos enfermeiros de instituições
hospitalares da rede pública. Texto & contexto enferm. 2008;98-105.
8. Bersusa AAS, Lages JS. Integridade da pele prejudicada: identificando e diferenciando uma úlcera arterial
e uma venosa. Ciência, cuidado e saúde, 2008;3(1):081-092.
9. Smaniotto PHDS, Ferreira MC, Isaac C, Galli R. Sistematização de curativos para o tratamento clínico das
feridas. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, 2012;27(4):623-626.
10. Dantas DV, Torres GV, Dantas RAN. Assistência aos portadores de feridas: caracterização dos
protocolos existentes no Brasil. Ciência, cuidado e saúde. 2012;10(2):366-372.
11. Lima ACB, Guerra DM. Avaliação do custo do tratamento de úlceras por pressão em pacientes
hospitalizados usando curativos industrializados. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2011;16(1).
12. Crozeta K, Roehrs H, Stocco JGD, Meier MJ. Gestão de risco de úlceras por pressão: um compromisso
ético-legal do enfermeiro.
13. Melleiro MM, Tronchin DMR, Baptista CMC, Braga AT, Paulino A, Kurcgant P. Indicadores de
prevalência de Lesão por pressão e incidência de queda de paciente em hospitais de ensino do município de
São Paulo. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2015;49(2):55-59.
14. Matos LS, Duarte NLV, MinettoRC. Incidência e prevalência de Lesão por pressão no CTI de um
Hospital Público do DF. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2010;2(4):719-26.
15. Andrade CCD, Pereira WE, Alemão MM, Brandão CMR, Borges EL. Custos do tratamento tópico de
pacientes com Lesão por pressão. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2016; 50(2): 295-301.

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.
REVISTA GESTÃO & SAÚDE (ISSN 1984 - 8153) 47

16. Costa AM, Matozinhos ACS, Trigueiro PS, Cunha RCG, Moreira LR. Custos do tratamento de úlceras
por pressão em unidade de cuidados prolongados em uma instituição hospitalar de Minas Gerais.
Enfermagem Revista. 2015;18(1):58-74.
17. MINISTÉRIO DA SAÚDE (homepage de internet). Acesso em 25/05/17. Disponível
em:<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/03/2.c%20-
%20Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20PNSP%20-%20setembro_2013.pdf>.
18. Mata VE, Porto F, Firmino F. Tempo e custo do procedimento: curativo em úlcera vasculogênica.
Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online, 2010;2(3):244-244.
19. Santos AARD, Medeiros ABDA, Soares MJGO, Costa MML. Avaliação e tratamento de feridas: o
conhecimento de acadêmicos de enfermagem. Rev. enferm. UERJ. 2010; 547-552.
20. Isaac C, de Ladeira PRS, do Rêgo FMP, AldunateJCB, Ferreira MC. Processo de cura das feridas:
cicatrização fisiológica. Revista de Medicina. 2010;89(3-4):125-131.
21. Franco D, Gonçalves L.F. Feridas cutâneas: a escolha do curativo adequado. RevColBrasCir. 2008;
35(3):203-6.
22. SOBEST (homepage de internet). Acesso em 15/10/16. Disponível em:
<http://www.sobest.org.br/textod/35>.
23. Goulart FM, Ferreira JA, Santos KDA, Morais VM, Freitas Filho GA. Prevenção de Lesão por pressão
em pacientes acamados: uma revisão da literatura. Rev Objetiva. 2008;4(1).
24. Malicia, VV, Sória DDAC, Coelho FM, de Souza MB. Lesão por pressão: Desafios e compensações da
avaliação de enfermagem com o uso de escala de Braden. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental
Online. 2011.
25. Imagem de internet. Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=escala+de+braden>. Acesso
em: 24 de maio 2017.
26. Lima AFC, Castilho V. Bodymobilization for preventionofpressureulcers: direct labor
costs.RevBrasEnferm. 2015;68(5):647-52.
27. Carneiro CM, Sousa FB, Gama FN. Tratamento de feridas: assistência de enfermagem nas unidades de
atenção primária à saúde. Rev Enferm Integrada. 2010; 3(2):494-505.
28. Lima AFC, Castilho V, Baptista CMC, Rogenski NMB, Rogenski KE. VDirectcostofdressings for
pressureulcers in hospitalizedpatients. Revista brasileira de enfermagem. 2016;69(2):290-297.
29. COREN - DF (homepage de internet). Disponível em:<(http://www.corendf.
gov.br/site/muda-terminologia-para-ulcera-por-pressao/)>. Acesso em 17 de março 2017.

Favreto, FJL, et al. O papel do enfermeiro na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão.
RGS 2017;17(2):37-47.

Você também pode gostar