Saude Do Solo - M1

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MÓDULO 1

Saúde do Solo e
Sustentabilidade Agrícola
Sumário
Apresentação.................................................................................................................... 5
Introdução......................................................................................................................... 7
Aula 1 | A maquinaria biológica é a base da saúde do solo........................................... 8
1.1.1 Introdução.......................................................................................................... 8

1.1.2 A Maquinária Biológica e a saúde do solo..................................................... 10

1.1.3 Finalizando a Aula 1........................................................................................ 12

Aula 2 | Por que bioanalisar o solo? .............................................................................. 13


1.2.1 Introdução........................................................................................................ 13

1.2.2 Bioindicadores de saúde do solo................................................................... 14

1.2.3 Por que avaliar bioindicadores?..................................................................... 16

1.2.4 A importância de um solo biologicamente ativo.......................................... 17

1.2.5 Avanços na interpretação dos valores da bioanálise................................... 23

1.3 Conclusão............................................................................................................ 26

Bibliografia..................................................................................................................... 27
Editorial
©2022 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.

Elaboração, distribuição e informações

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI)

Esplanada dos Ministérios, Bloco D CEP: 70043-900, Brasília/DF

https://www.gov.br/agricultura/pt-br

Coordenação Editorial

Coordenação-Geral de Mecanização, Novas Tecnologias e Recursos Genéticos


(CGTG) Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária (DIAGRO)
Embrapa Cerrados

Equipe Técnica

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

Alessandro Cruvinel Fidelis

Valéria Burmeister Martins

Joaquim Dias Nogueira

Paulo Ramon Mocelin

Milena de Almeida Magalhães

3
Embrapa

Arminda Moreira de Carvalho (Embrapa Cerrados)

Fabio Bueno dos Reis Junior (Embrapa Cerrados)

Guilherme Montandon Chaer (Embrapa Agrobiologia)

Iêda de Carvalho Mendes (Coordenadora Embrapa Cerrados)

Marcos Aurélio Carolino de Sá (Embrapa Cerrados)

Robélio Leandro Marchão (Embrapa Cerrados)

Projeto gráfico e diagramação:

Avante Brasil Informática e Treinamentos Ltda.

Este produto foi realizado no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica BRA/


IICA/16/001 - MODERNIZAÇÃO ESTRATÉGICA - MAPA, em contrato celebrado
entre a AVANTE BRASIL INFORMÁTICA E TREINAMENTOS LTDA. e o INSTITUTO
INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA – IICA.

Os pesquisadores agradecem o auxílio de bolsas e financiamento de projetos


pela Embrapa (Projeto Bioindicadores Fase IV- 22.14.01.026.00), CNPq, FAPDF
(Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Distrito Federal) e INCT-
Microrganismos Promotores do Crescimento de Plantas Visando à Sustentabilidade
Agrícola e à Responsabilidade Ambiental – MPCPAgro - (CNPq 465133/2014-4,
Fundação Araucária-STI 043/2019, CAPES).

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Apresentação
Solos saudáveis são solos biologicamente ativos, produtivos e resilientes, ou seja,
com melhor performance diante de problemas advindos de estresses abióticos (ex:
falta de chuva) e bióticos (ex: ocorrência de doenças). Além disso, solos saudáveis
produzem plantas mais nutritivas, possuem maior potencial de sequestro de carbono,
maior eficiência no uso de nutrientes e melhor capacidade de biorremediação de
pesticidas. Tudo isso resulta em maior lucratividade tanto no aspecto econômico
quanto no ambiental.

Mas como saber se o solo onde cultivamos nossas lavouras esta saudável ou
doente? O que fazer para manter solos saudáveis?

Para responder essas e outras perguntas, o Ministério da Agricultura Pecuária e


Abastecimento (MAPA), por meio da sua Coordenação de Bioinsumos e Novas
Tecnologias (CORBIO), reuniu um time de pesquisadores da Embrapa Cerrados
e Embrapa Agrobiologia. O curso foi dividido em 5 módulos onde são abordados
temas que vão desde a definição do conceito de saúde solo e como realizar esse
diagnóstico, até as práticas de manejo mais importantes para a manutenção de
solos saudáveis. Um destaque especial é dado para a Tecnologia de Bioanálise de
Solo (BioAS) lançada em julho de 2020 e que consiste na agregação as enzimas
beta-glicosidase a e arilsulfatase nas análises de rotina de solo. Por se tratar de
uma tecnologia inovadora e ainda nos estágios iniciais de adoção, a realização
desse curso tem por objetivo auxiliar os estudantes, produtores rurais, profissionais
de ciências agrárias, assistência técnica pública e privada a utilizar a tecnologia
BioAS como suporte para tomadas de decisão de manejo nas propriedades rurais

Desejamos a todos um excelente curso e que os conhecimentos adquiridos sejam


bastante úteis em suas vidas profissionais.

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Esse E-book foi criado com base na publicação:

MENDES, I.C; SOUSA, D. M. G. ; REIS JUNIOR, Fábio Bueno dos ; ALVES DE CASTRO
LOPES, ANDRÉ . Bioanálise de solo: como acessar e interpretar a saúde do solo.
Planaltina: Embrapa Cerrados, 2018 (Circular Técnica, 38).

https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1110832/
bioanalise-de-solo-como-acessar-e-interpretar-a-saude-do-solo

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Introdução
Olá! Sejam bem-vindos e bem-vindas ao Módulo 1 do curso Saúde do Solo,
Tecnologia BioAs e Sustentabilid­ade Agrícola.

Neste Módulo, abordaremos o tema central da Saúde do Solo e Sustentabilidade


Agrícola através de duas aulas: na Aula 1, trataremos da maquinaria biológica como
a base da saúde do solo; já na Aula 2, veremos a importância da bioanálise do solo.

Ao concluir este primeiro Módulo, você deverá ser capaz de:

• conhecer os conceitos de saúde do solo e sua importância para a


sustentabilidade agrícola;
• conhecer por que a maquinaria biológica do solo é a base da saúde do solo;
• saber descrever as vantagens da manutenção de solos saudáveis;
• estar apto a explicar a importância da bioanálise de solo.
Esperamos que este conteúdo seja bastante proveitoso para todos! Bons estudos
e vamos lá!

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Aula 1 | A maquinaria biológica é a base da saúde do
solo

1.1.1 Introdução
Os solos do planeta se formaram durante bilhões de anos de evolução da Terra.
Os processos que formaram os solos favoreceram a existência dos pré-requisitos
físicos, químicos e biológicos para que plantas pudessem se desenvolver fora dos
oceanos com a devida estabilidade.

Mas foi somente há cerca de 12.000 anos, quando os seres humanos começaram
a guardar as sementes para plantar a colheita da próxima temporada, que, nós, a
humanidade, demos um passo que mudou significativamente a vida aqui na Terra:
começou a agricultura!

Com essa nova tecnologia que era a agricultura, as comunidades humanas foram
ficando muito dependentes das plantas e do solo e, de maneira recíproca, as plantas
cultivadas (ou domesticadas) e o solo também ficaram dependentes da ação dos
seres humanos.

Hoje, quando a humanidade tem mais de 7 bilhões de pessoas habitando a Terra, a


maior parte dessas pessoas habitam cidades e estão, cada vez mais, envelhecendo
e vivendo mais tempo, essa dependência ficou ainda mais forte e até mesmo crítica!

Não é por acaso que “o maior desafio para a agricultura neste século XXI consiste
em aumentar a produção de alimentos baratos e saudáveis, com lucratividade e a
um baixo custo ambiental e social”. (Mendes et al. 2019, p. 2)

O componente biológico do solo é um aliado muito importante para superar esse


desafio. Mas você pode estar se perguntando por quê… Deixa, então, eu te ajudar a
responder! O componente biológico é importante porque ele se relaciona com os
componentes físicos e químicos e isso influencia tanto a produtividade quanto a
sustentabilidade dos sistemas agrícolas.

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PALAVRA DE ESPECIALISTA

A importância do componente biológico do solo, para a manutenção de


lavouras saudáveis, resilientes e sustentáveis que possam fornecer alimentos,
em quantidade e qualidade, para uma população mundial crescente, tem sido
cada vez mais percebida pelos produtores, no dia a dia de suas lavouras.
No caso específico do Brasil, a expansão e a adoção por longos períodos de
tempo de sistemas de manejo conservacionistas, como o sistema plantio
direto (SPD) e a integração lavoura pecuária (ILP), têm possibilitado verificar
que os aumentos de produtividades das culturas ou a manutenção das
produtividades frente a situações ambientais adversas, muitas vezes não são
explicados pelos resultados das análises químicas de solos (Nicolodi et al.,
2008), demonstrando a necessidade da inclusão de parâmetros relacionados
ao funcionamento biológico do solo, nessas análises (...) (Mendes et al., 2017).

Até julho de 2020:

Químicos Físicos
pH, Al, Textura
Ca+Mg, Matéria
Densidade
P, K orgânica Cap. ret. H2O

?
Figura 1. Até julho de 2020, a presença de bioindicadores para avaliar a saúde dos solos ainda não fazia
parte das rotinas de análises de solo. A lacuna deixada pela ausência do componente biológico nessas
análises foi preenchida pela bioanálise do solo (BioAS). | Fonte: Mendes et al. 2019, p. 3

9
Mas, o que é BioAs? Vamos aprender juntos!

A bioanálise do solo (BioAS) consiste em unir parâmetros relativos ao funcionamento


da maquinaria biológica às análises de química de solos. Por isso, é uma inovação
importante e ainda bastante recente. Ela se alinha ao objetivo de “viabilizar
tecnologias que promovam a sustentabilidade das atividades agrícolas com o
equilíbrio ambiental”. (Mendes et al. 2019, idem)

1.1.2 A Maquinária Biológica e a saúde do solo


Infelizmente, gerações de crianças foram educadas aprendendo que o solo é abiótico,
ou seja, “sem vida”. Isso, porém, não é uma verdade científica! Nestes nossos
tempos em que ideias como “multiversos” e “realidades paralelas” têm encantado a
cultura popular, a ficção científica e até mesmo os físicos, um excelente exemplo de
verdadeiro “mundo paralelo” e ainda muito pouco conhecido é justamente o solo!
Acredite: é no solo que se encontra a maior biodiversidade da Terra!

PALAVRA DE ESPECIALISTA

Além de serem invisíveis a olho nu, a maior parte das espécies microbianas que
habitam o solo não crescem em meios de cultura nos laboratórios. Estima-se
que um único grama de solo possui cerca de 1 bilhão de bactérias, 1 milhão de
actinomicetos e 100 mil fungos. Em termos de número de espécies por grama
de solo, os números variam de 2000 a 8,3 milhões (Gans et al., 2005; Schloss
and Handelsman, 2006). Independentemente do grau de conservadorismo
da estimativa utilizada, esses valores dão uma ideia da imensa diversidade
metabólica das comunidades microbianas do solo e, consequentemente, da
diversidade de processos em que elas atuam. (Mendes et al., 2019, p. 3)

O funcionamento do solo tem a ver com aspectos de química e de física. É a


maquinaria biológica que move todas essas engrenagens que fazem o solo
funcionar de maneira saudável. Essa maquinaria é constituída de microrganismos
(aproximadamente 70%), raízes e fauna. Solos biologicamente ativos são solos
saudáveis e produtivos, já os solos cuja maquinaria biológica é negligenciada são
menos produtivos e/ou mais suscetíveis a estresses ambientais. (Cf. Mendes et al.,
2019, p. 4)

10
matéria orgânica biomassa viva =
3% 5% da MOS
Físicas

macrofauna Químicas
8%

MICROORGANISMO Biológicas
raízes 70%
22%

Figura 2. Representação esquemática da maquinaria biológica, no contexto de um solo com 3% de matéria


orgânica. Embora em termos numéricos a maquinaria biológica represente em torno de 5% da MOS, é a
principal responsável pelo funcionamento do solo. | Fonte: Mendes et al., 2019, p. 5

PALAVRA DE ESPECIALISTA
Enquanto as plantas, por meio da fotossíntese, fazem a conexão do céu com a
terra, ou seja, atmosfera com o solo, os microrganismos são os responsáveis
diretos pelo”funcionamento” do solo, participando de processos que vão
desde a sua formação até a decomposição de resíduos orgânicos, resultando
na reciclagem dos nutrientes minerais utilizados pelas plantas e depositados
em seus tecidos.
Paralelamente, os microrganismos também atuam nos processos que
resultam na formação da matéria orgânica do solo (MOS), com consequente
sequestro de carbono e mitigação de gases de efeito estufa, além de atuarem
na biorremediação de áreas contaminadas por poluentes e agrotóxicos.
Essa capacidade de o solo funcionar para a prestação desses importantes
serviços ambientais é a base do conceito de ”Qualidade do Solo” (QS) e, por
isso, a inclusão de parâmetros ligados ao componente biológico do solo (aqui
denominados bioindicadores) nas avaliações de QS é primordial.

11
A despeito da importância do solo para a humanidade, o interesse pelo
tema “Qualidade ou Saúde do solo” é relativamente recente (Doran e Parkin,
1994) e inovou ao destacar a importância do funcionamento do solo não só
para a produção biológica (grãos, carne, madeira, agroenergia, fibras, etc.)
mas também para o funcionamento global dos ecossistemas. Aspectos
relacionados à saúde das pessoas, plantas e animais (solos saudáveis,
ambientes saudáveis) e a qualidade do ar e da água (armazenamento e
filtragem de água, sequestro de carbono, etc.) deixam claro que a qualidade do
solo vai muito além da produção de grãos, carne, madeira, agroenergia, fibras.
Por isso, é possível ter um solo com baixa qualidade, mas cujas elevadas
produtividades estejam relacionadas a entradas de adubos e pesticidas, uma
condição que não é sustentável em longo prazo. (Mendes et al., 2019, pp. 3-4
– adapt.)

1.1.3 Finalizando a Aula 1


Ao concluir esta aula, você já conhece os conceitos de saúde do solo e sua
importância para a sustentabilidade agrícola e também sabe por que a maquinaria
biológica é a base da saúde do solo.

Em termos de aplicação prática, o conhecimento e uso da bioanálise de solo pelos


agricultores será importante tanto para incentivar aqueles que já estão adotando
sistemas de manejo conservacionistas que propiciem elevado aporte de resíduos
vegetais ao solo, quanto para alertar agricultores que utilizam sistemas de manejo
que possam levar à sua degradação do solo.

12
Aula 2 | Por que bioanalisar o solo?
1.2.1 Introdução
Certamente, em algum momento da sua vida, você já precisou fazer um exame de
sangue, não é? Então, você deve lembrar que o médico solicita esse exame chamado
hemograma para que, analisando as substâncias que compõem seu sangue, ele
possa verificar se há falta ou excesso de algum componente importante que possa
vir a causar alguma doença e isso o ajuda a tomar decisões sobre como cuidar da
sua saúde.

Pois bem! A bioanálise do solo pode ser comparada a um exame de sangue. A


diferença é que, neste caso, por meio da determinação de vários parâmetros, em
vez da saúde de uma pessoa, podemos avaliar como está o estado de saúde do
solo.

Assim sendo, a bioanálise serve como um instrumento capaz de ligar um sinal de


alerta para os agricultores que utilizam sistemas de manejo que degradam o solo.
A ideia é que se possa despertar a atenção para uma mudança de atitude quanto a
esse tipo de manejo, por meio da adoção de práticas conservacionistas.

Comparando outra vez com a saúde de um ser humano, é como se os resultados da


bioanálise fossem capazes de dizer: “Ou você deixa de fumar agora e passa a fazer
dieta e exercícios físicos ou pode morrer”. Esse alerta acontece porque a bioanálise
é capaz de demonstrar que a negligência com a maquinaria biológica do solo, cedo
ou tarde, resulta em expressivas perdas de produtividade.

Imagine agora que seu hemograma deu excelentes resultados e seu médico, ao
avaliar suas taxas, lhe fez elogios, incentivou a continuar suas práticas de boa saúde,
suspendeu aquele remédio que agora não precisa mais ser tomado e até liberou
você para, com moderação, ter uma alimentação mais livre e flexível. Da mesma
forma, para agricultores que já adotam sistemas de manejo conservacionistas,
a bioanálise serve como um incentivo e estímulo, uma vez que os aumentos de
matéria orgânica, principalmente nos solos tropicais argilosos, levam mais tempo
para serem observados e, geralmente, não são muito expressivos.

13
PALAVRA DE ESPECIALISTA

Em termos de aplicação prática, os conhecimentos e uso da bioanálise de


solo pelos agricultores serão importantes tanto para incentivar aqueles que
já estão adotando sistemas de manejo conservacionistas que propiciem
elevado aporte de resíduos vegetais ao solo, quanto para alertar agricultores
que utilizam sistemas de manejo que possam levar à degradação do solo.
(Mendes et al., 2018, p. 15).

Tabela de interpretação para SPD


Classes de interpretação
Indicador
Baixo Moderado Adequado

Biomassa Microbiana ≤ 245 246 a 440 > 441

ß - Glucosidase ≤ 90 91 a 225 > 225

Sulfatase ≤ 25 26 a 145 > 146

Fosfatase Ácida ≤ 700 701 a 1260 > 1260

Resultado da análise de solo A Resultado da análise de solo B

Indicador
Soja
Pousio ? Indicador
Soja
Braquiaria $
Biomassa Microbiana 131 Biomassa Microbiana 410
ß - Glucosidase 62 ß - Glucosidase 233
Solo c/ baixa atividade Solo c/ alta atividade
Sulfatase 28 biológica = solo menos
Sulfatase 223 biológica = solo mais
produtivo produtivo
Fosfatase Ácida 589 Fosfatase Ácida 1.005

Figura 3. Exemplo do uso da bioanálise do solo, como suporte para tomada de decisão de manejo por
agricultores. | Fonte: Mendes et al., 2018, p. 16

1.2.2 Bioindicadores de saúde do solo


Para caracterizar o componente biológico dos solos e avaliar a sua saúde/qualidade
são utilizados vários parâmetros; dentre eles, destacam-se as avaliações de
biomassa microbiana e de atividade enzimática.

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Como o próprio nome sugere, a biomassa microbiana do solo avalia a massa dos
microrganismos no solo e é expressa como mg de C (carbono), N (nitrogênio), e/ou
P (fósforo) nos microrganismos por quilograma de solo.

A biomassa é a parte viva e mais ativa da MOS sendo constituída, principalmente,


por fungos e bactérias e actinomicetos .

PALAVRA DE ESPECIALISTA

Apesar da sua importância em relação ao teor total de MOS, o tamanho dos


componentes vivos é relativamente pequeno (Figura 2), variando de 1% a 5%
dos teores totais de MOS (Smith; Paul, 1990) . No Sul do Brasil, o carbono
e o nitrogênio da biomassa microbiana (CBM e NBM, respectivamente)
constituem-se em bioindicadores capazes de detectar as diferenças entre o
sistema de plantio direto (SPD) e o sistema de preparo convencional (SPC)
(Hungria et al., 2009; Silva et al., 2010; Souza et al., 2014). Entretanto, na região
do Cerrado, nem sempre esse parâmetro é capaz de detectar diferenças entre
sistemas de manejo contrastantes (Peixoto et al., 2010; Silva et al., 2010).

No solo, as enzimas participam como catalizadoras das reações metabólicas


intracelulares, que ocorrem nos seres vivos. Além disso, as enzimas
extracelulares desempenham papel fundamental, atuando em várias reações
que resultam na decomposição de resíduos orgânicos (ligninases, celulases,
proteases, glucosidases, galactosidases), ciclagem de nutrientes (fosfatases,
amidases, urease, sulfatase), formação da MOS e da estrutura do solo. O
potencial das análises de atividade enzimática como indicadores de grande
sensibilidade, especialmente β-glicosidase e arilsulfatase, foi observado no
Cerrado (Mendes et al., 2003; Green et al., 2007; Peixoto et al., 2010) e no Sul
do País (Balota et al., 2004; Lisboa et al., 2012; Mendes et al., 2015a).
(Mendes et al., 2018, p. 5 – adaptado)

15
1.2.3 Por que avaliar bioindicadores?
Por estarem relacionados a vida do solo, o s bioindicadores são mais sensíveis para
avaliar sua saúde detectando com m ais antecedência as alterações que acontecem
no solo por causa do seu uso e do manejo.

No Brasil, a percepção da necessidade da inclusão dos bioindicadores


nas avaliações de rotina do solo coincidiu com adoção de sistemas
conservacionistas de manejo, como o Sistema de Plantio Direto (SPD), a
integração lavoura-pecuária (ILP) e a integração lavoura-pecuária-floresta
(ILPF). Ao longo dos últimos 15 anos, um grande número de dados de pesquisa
e de relatos de produtores demonstravam que nem sempre as alterações
nas propriedades químicas, em particular os teores de MOS, eram capazes
de identificar as modificações que ocorriam no solo em função da adoção
desses manejos conservacionistas.
(Mendes et al., 2018, p. 6)

Veja os dados das tabelas a seguir, extraídos de um experimento realizado em no


Centro Tecnológico da Cooperativa Comigo, na cidade de Rio Verde, importante pólo
de desenvolvimento agrícola do sudoeste goiano (Mendes et al., 2015):

Tabela 1. Propriedades químicas e matéria orgânica (MOS) de um Latossolo


Vermelho (LV) de Cerrado, sob SPD, em sistemas agrícolas com e sem braquiária (0
cm a 10 cm), no sudoeste goiano.

Al Ca Mg K P MOS
Tratamento pH
--- cmolc/dm3 --- --- mg/dm3 --- g/kg
Soja/Milho 5,87 0,04 4,22 1,39 113 12,7 22,0 b
Soja/Milho + U.
5,89 0,03 4,48 1,96 108 10,1 24,7 a
ruziziensis
Soja/U. brizantha 6,06 0,04 4,57 1,55 141 13,8 24,1 ab
CV(%) ns ns ns ns ns ns 6
Ca, Mg e Al: extrator (KCI 1 mol/L; P e K: extrator Mehlich-1; MOS: método Walkley & Black.

Fonte: Mendes et al., 2018, p. 6

16
Tabela 2. Indicadores microbiológicos de um LV de Cerrado, sob SPD, em sistemas
agrícolas com e sem braquiária (0 cm a 10 cm), no sudoeste goiano.

ß - Glicosidase Sulfatase Fosfatase CBM NBM


Tratamento
--- mg de p-nitrofenol/kg de solo/h --- --- mg/kg solo ---
Soja/Milho 108 c 89 b 494 b 311 57
Soja/Milho + U.
151 b 132 a 608 ab 320 60
ruziziensis
Soja/U. brizantha 179 a 140 a 684 a 270 50
CV(%) 12 12 14 21(ns) 19(ns)
CBM, NBM = carbono da biomassa microbiana, nitrogênio da biomassa microbiana.

Fonte: Mendes et al., 2018, p. 7

Desses dados, é possível concluir que:

a) A capacidade das braquiárias em manter um solo biologicamente mais


ativo (mais saudável) nas condições do Cerrado;

b) A sensibilidade das enzimas β-glicosidase e arilsulfatase para detectar


essas alterações;

c) As características químicas do solo não permitiram diferenciar as áreas


com e sem braquiária.

Todas as conclusões acima claramente demonstram a importância dos


bioindicadores para avaliar a saúde e a qualidade do solo.

1.2.4 A importância de um solo biologicamente ativo


Chegando a esse ponto, você pode imaginar com certa facilidade e lógica que solos
biologicamente mais ativos também são mais produtivos. Um exemplo disso é o
experimento de rotação de culturas na soja, conduzido desde 2008 pela Fundação
MT, na estação experimental Cachoeira, município de Itiquira (MT).

17
Nesse experimento, são avaliados oito sistemas de produção incluindo o monocul-
tivo, sucessão e rotação de culturas. Veja na Figura 4 as diferenças entre os trata-
mentos, com base na cobertura do solo pelos resíduos vegetais, no oitavo cultivo
de soja.

Figura 4. Aspecto visual da cobertura do solo nos tratamentos do experimento de rotação de culturas na
soja, em Itiquira, MT (SPD – Sistema de plantio direto; SPC – Sistema de preparo convencional). | Fonte:
Mendes et al., 2018, p. 8

18
Até a safra 2013/2014, as diferenças nas produtividades da soja entre os vários
tratamentos não foram muito acentuadas. A produtividade média do pior tratamento,
em termos de manejo (monocultivo de soja sob SPC) foi de 61 sc/ha e não diferiu
significativamente dos demais tratamentos (Mendes et al., 2017). No entanto, no
sétimo cultivo (2014/2015), com o uso de uma cultivar superprecoce (TMG 7262
RR cujo ciclo foi de 98 dias), a ocorrência de um veranico em janeiro de 2015
possibilitou evidenciar, pela primeira vez, o início do declínio dos tratamentos com
monocultivo de soja. Na Figura 5, ilustra-se o aspecto geral da soja no tratamento
1 (soja/pousio) e no tratamento 3, em que a cultura é inserida num esquema de
sucessão com a braquiária (U. ruziziensis), durante o veranico de janeiro de 2015.
No tratamento com soja/pousio, a produtividade de grãos foi de 29 sc/ha, enquanto,
no tratamento soja/braquiária, a produtividade de grãos foi de 59 sc/ha, ou seja,
diferença de 30 sc/ha entre os dois tratamentos. Entretanto, apesar da diferença
significativa na produtividade de grãos, as características químicas dos solos (0 cm
a 10 cm) desses tratamentos foram semelhantes (Tabela 3). A única exceção foi a
MOS cujo teor no tratamento com braquiária foi 1,5 vezes maior que no tratamento
soja/pousio, ou seja, 50% a mais em razão da presença dessa planta de cobertura. A
semelhança entre as características químicas do solo nos dois tratamentos mostra
a insuficiência do conceito mineralista (baseado apenas nos teores absolutos
dos nutrientes no solo) para explicar resultados como esses. Áreas com teores
semelhantes de nutrientes, mas com produtividades de grãos distintas, evidenciam
a importância do componente biológico do solo.

19
Fotos: Claudinei Kappes

Figura 5. Aspecto visual do desenvolvimento da soja (cv. TMG 7262 RR) no veranico da safra 2014/2015,
após sete safras consecutivas de monocultivo (a) e em sucessão com braquiária (b) sob SPD, em Itiquira,
MT.

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Tabela 3. Propriedades químicas do solo, na camada de 0  a 10 cm, nos tratamentos
com soja/pousio e soja/braquiária do experimento de rotação de culturas na soja,
em Itiquira – MT (safra 2015/2016).

MOS pH Al H+Al Ca Mg P K
Tratamento
g/kg H2O ------ cmolc/dm3 --------- -- mg/dm3 --

Soja/pousio 28,2 6,3 0,0 3,0 3,8 2,2 15 131

Soja/braquiária 42,3 6,4 0,0 2,5 4,4 3,1 16 151

MOS – matéria orgânica do solo (Walkley & Black); H+Al (acetato de cálcio a pH 7,0); Ca, Mg e Al (KCl 1
mol/L); P e K (Mehlich-1).

Na Tabela 4, são apresentados, para os dois tratamentos mencionados anterior-


mente (soja/pousio e soja/braquiária, ambos em SPD), os valores de CBM e de ati-
vidade de três enzimas do solo associadas aos ciclos do carbono (β-glicosidase),
fósforo (fosfatase ácida) e enxofre (arilsulfatase) determinados na safra 2015/2016.
As amostras de solo foram coletadas na fase de florescimento da soja (dezembro
de 2015) e analisadas no laboratório de Microbiologia do Solo da Embrapa Cerra-
dos, em Planaltina, DF. Em relação ao tratamento com monocultivo de soja em PD,
o tratamento soja/braquiária apresentou 3,0 vezes mais CBM e 4,0, 8,0 e 1,7 vezes
mais atividades de β-glicosidase, arilsulfatase e fosfatase ácida, respectivamente.

Tabela 4. Biomassa e atividade enzimática do solo na camada de 0 m a 10 cm nos


tratamentos com soja/pousio e soja/braquiária sob SPD do experimento de rotação
de culturas na soja, em Itiquira, MT (safra 2015/2016).

Atributo microbiológico1 Soja/pousio Soja/braquiária Diferença

CBM 131 410 3,0 vezes

β-Glicosidase 64 233 4,0 vezes

Arilsulfatase 28 223 8,0 vezes

Fosfatase ácida 589 1005 1,7 vezes

1
Valores de CBM (carbono da biomassa microbiana) expressos em mg de C/kg de solo; valores de
atividade de β-glicosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase expressos em mg de p-nitrofenol/kg de solo/h.

21
Conforme verificado no exemplo de Rio Verde, esses resultados mostram que,
embora as duas áreas apresentassem características químicas semelhantes, o
componente biológico era completamente distinto. O solo biologicamente mais
ativo, por meio da inserção da braquiária no sistema de produção, foi também o mais
produtivo. No caso em questão, a estabilidade produtiva do sistema de sucessão
de culturas foi mantida pelo aporte de palhada proveniente do uso da braquiária e
seus benefícios ao longo do tempo, enquanto, no tratamento sob monocultivo, a
ausência de palhada na superfície culminou em visível perda de vigor da soja. Esses
dados também demostram que o solo sob braquiária foi mais tamponante, estável
e resiliente, ou seja, suportou melhor uma situação de estresse quando comparado
ao solo com o monocultivo.

Considerando que esse experimento foi iniciado na safra 2008/2009, a bioanálise


do solo realizada em 2015 evidenciou a sensibilidade dos bioindicadores CBM,
arilsulfatase e β-glicosidase para detectar mudanças nos sistemas de manejo, com
diferenças bem mais acentuadas que as observadas nos teores de MOS (diferença
de 1,5 vezes entre os tratamentos soja/pousio e soja/braquiária, ambos em SPD).
Esses resultados confirmam também que na escalada da melhoria de um solo, os
atributos microbiológicos são os primeiros a serem impactados (Figura 6). Maior
aporte de resíduos vegetais resulta inicialmente numa elevação da s atividade
biológica e, com o passar do tempo, aumenta-se a s MOS, a ciclagem de nutrientes,
resultando em maior estruturação e agregação do solo, com consequente aumento
da retenção de água no solo. Provavelmente, após oito safras consecutivas, as
melhorias na estruturação do solo proporcionadas pelo cultivo de braquiária,
favoreceram a maior retenção de água, diminuindo os severos efeitos causados pelo
veranico na safra 2014/2015. Esses fatores resultam em melhores desempenhos
em termos de produtividade (principalmente em condições de estresses abióticos)
e em maior eficiência no uso de insumos, resultando em maiores lucratividades.

22
Figura 6. Em função do aumento no aporte de resíduos vegetais ao solo, o aumento na atividade biológica
é o primeiro degrau na escalada da melhoria de um solo. | Fonte: Adaptado de Hatfield, 2017.

1.2.5 Avanços na interpretação dos valores da bioanálise


Um dos grandes desafios a superar quanto ao uso de bioindicadores nas avaliações
de qualidade de solo era a dificuldade de interpretação dos valores individuais desses
parâmetros, pois ainda não haviam sido definidos valores que pudessem separar
solos com diferentes condições de qualidade e sustentabilidade. (Cf. Mendes et al.,
2018, p. 12)

Buscando solucionar essa questão, o grupo de pesquisa em microbiologia do solo


da Embrapa Cerrados elaborou uma estratégia para interpretação de bioindicadores,
utilizando os princípios dos ensaios de calibração de nutrientes (Lopes et al.,
2013). Assim, com essa estratégia desenvolvida pelos pesquisadores brasileiros,
foi possível, pela primeira vez no mundo, delimitar classes de suficiência para
os bioindicadores com base no rendimento de grãos das lavouras e nos teores
de matéria orgânica do solo. Foram desenvolvidas tabelas de interpretação, que
permitem determinar se o valor obtido para o bioindicador está baixo, moderado ou
adequado.

23
Tabela 5. Classes de interpretação de bioindicadores para Latossolos Vermelhos
argilosos de cerrado, sob cultivos anuais, na camada de 0 cm a 10 cm, utilizando
o conceito Fertbio: específica para amostras de solo coletadas na fase de pós-
colheita e secas ao ar.

Classe de interpretação
Bioindicador1
Baixo Moderado Adequado
CBM ≤ 152 153-324 >325
ß - Glicosidase ≤ 66 67-115 >116
Sulfatase ≤ 30 31-70 >71
Fosfatase Ácida ≤ 263 264-494 >495
1
Valores de C da biomassa microbiana expressos em mg de C/Kg de solo; valores de atividade de
ß-glicosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase expressos em mg de p-nitrofenol/kg de solo/h.
Fonte: Adaptado de Mendes et al. (2018).

PALAVRA DE ESPECIALISTA

Nos últimos 40 anos, com a incorporação dos solos do Cerrado ao processo


agrícola, o Brasil desenvolveu uma agricultura tropical única no mundo. Essa
agricultura é moderna, avançada e baseada em ciência.

O número crescente de produtores que percebem, no dia a dia de suas lavouras,


que os aumentos de produtividades das culturas vão muito além do uso de
fertilizantes e pesticidas, demonstra a importância do funcionamento biológico
do solo. A adoção de sistemas de manejo e práticas agrícolas que favoreçam
a saúde do solo, como o sistema de plantio direto, a rotação de culturas, o uso
de plantas de cobertura e integração lavoura/pecuária, dentre outras, são o
caminho natural para a obtenção de solos biologicamente ativos e produtivos.

24
Como forma de avaliar e atestar a saúde do solo, o grupo de pesquisa em
Bioindicadores da Embrapa se empenh ou para estabelecer bases robustas
para que as análises microbiológicas f izessem parte das rotinas de análises
de solo no Brasil.

Até recentemente, a presença de bioindicadores que ajudassem a avaliar a


saúde dos solos ainda não fazia parte das rotinas de análises de solo. Essa
ausência do componente biológico nas análises de rotina de solo ocorria
não só no Brasil, mas na maioria dos países do mundo. Com o lançamento
da tecnologia de bioanálise de solo, BioAS Embrapa, em julho de 2020 isso
mudou. Agora o agricultor pode monitorar a “saúde” de seu solo sabendo
exatamente o que avaliar, como avaliar, quando avaliar e como interpretar o
que foi avaliado. Além de colocar o Brasil na vanguarda mundial, a adoção
da bioanálise como parte das rotinas de análise de solo, também aumentará
a inserção do Brasil na bioeconomia. Com o uso dos bioindicadores como
parte das métricas para avaliações de qualidade de solo, agricultores que
investem em boas práticas de manejo poderão comprovar que, além dos
alimentos que produzem, também prestam um importante serviço ambiental
preservando ou melhorando a qualidade do solo. Isso sem mencionar os
benefícios advindos da constatação de que solos saudáveis também são
mais produtivos e resilientes. Um processo em que todos saem ganhando: o
agricultor, a sociedade e o meio-ambiente.

(Mendes et al. 2018, pp. 19 e ss – adapt.)

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1.3 Conclusão
Nas aulas deste Módulo 1, você conheceu os conceitos de saúde do solo e sua
importância para a sustentabilidade agrícola. Além disso, você refletiu sobre o
porquê de a maquinaria biológica do solo ser a base da saúde do solo e aprendeu a
descrever as vantagens da manutenção de solos saudáveis.

No Módulo 2, vamos entrar em contato com a Tecnologia BioAs Embrapa. Esse


tema é muito importante, pois, por meio dele, você vai conseguir explicar as bases
teóricas e a aplicação prática da tecnologia BioAS, além de descrever os principais
tipos de laudos da BioAS, com exemplos práticos sobre como proceder.

26
Bibliografia
HATFIELD, J. L.; SAUER, T. J.; CRUSE, R. M. Soil: the forgotten piece of the water,
food, energy nexus. In: Advances in Agronomy, v. 143, p. 1-46, 2017.

LOPES, A. A. C. et al. Interpretation of microbial soil indicators as a function of crop


yield and organic carbon. Soil Science Society of America Journal, Madison, v. 77,
p. 461-472, 2013.

_____. Temporal variation and critical limits of microbial indicators in oxisols in the
Cerrado, Brazil. Geoderma Regional, v. 12, p. 72-82, 2018.

MENDES, Iêda de Carvalho et al. Qualidade biológica do solo: por que e como ava-
liar. Rondonópolis: Boletim de Pesquisa da Fundação MT; 2017.

_____. Soil enzymes activities in Cerrado´s grain-crops farming systems with Bra-
chiaria. In: WORLD CONGRESS ON INTEGRATED CROP-LIVESTOCK-FOREST SYS-
TEMS; INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON INTEGRATED CROP-LIVESTOCK SYS-
TEMS, 3., 2015, Brasília, DF. Towards sustainable intensification: proceedings.
Brasília, DF: Embrapa, 2015.

_____. Bioanálise de solo: aspectos teóricos e práticos. In: SEVERIANO, Eduardo da


Costa; MORAES, Milton Ferreira de; PAULA, Alessandra Monteiro de. Tópicos em
Ciência do Solo (Topics in Soil Science). v. 10. 1.ed. Viçosa: SBCS, 2019.

_____. Bioanálise de solo: como acessar e interpretar a saúde do solo. Planaltina:


Embrapa Cerrados, 2018 (Circular Técnica, 38).

_____. Tecnologia BioAS: uma maneira simples e eficiente de avaliar a saúde do


solo. Planaltina: Embrapa Cerrados, 2021.

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Este produto foi realizado no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/16/001 - MODERNIZAÇÃO ESTRATÉGICA - MAPA, em contrato
celebrado entre a AVANTE BRASIL INFORMÁTICA E TREINAMENTOS LTDA. e o INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA
– IICA.

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