Metodologia Científica - Edvan Falcão

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INSTITUDO FEREDAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DE PERNAMBUCO – IFPE CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO.

Socialização de inovações tecnológicas a Aquicultura Oliveira, Feira


Nova/PE

Edvan de Moura Malcão Neto

Vitória de Santo Antão – PE


INSTITUDO FEREDAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DE PERNAMBUCO – IFPE CAMPUS VITÓRIA DE SANTO ANTÃO.

Socialização de inovações tecnológicas a Aquicultura Oliveira, Feira


Nova/PE

Edvan de Moura Malcão Neto

Trabalho destinado à professora Magadã


Lira, para avaliação da disciplina do IIº
período do curso de Bacharelado em
Agronomia do IFPE – Campus vitória,
de Metodologia Científica. Observação:
Esta pesquisa está em processo de
finalização de seu desenvolvimento pela
Pró-Reitoria de Extensão – PROEXT,
sob forma de pesquisa PIBEX.

Vitória de Santo Antão – PE


SUMÁRIO: (Modelo Pró-Reitoria de Extensão - PROEXT)

1. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA...................................................................................04

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................05

3. RESULTADOS....................................................................................................................05

3. METODOLOGIA...............................................................................................................05

3. RESULTADOS ESPERADOS...........................................................................................05

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES....................................................................................05

3. CRONOGRAMA................................................................................................................05

4. REFERÊNCIAS.................................................................................................................05
INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
Desde o século XVI, a monocultura da cana-de-açúcar inibiu o surgimento de outras
atividades econômicas, levando ao agravamento de problemas estruturais e sociais,
principalmente devido à crise do setor canavieiro. Entre estes, merecem destaque a queda
progressiva da fertilidade do solo seguida por um aumento nos custos de produção, uma
diminuição na produtividade e uma perda de competitividade se comparado com a expansão
da cultura no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Os agricultores familiares sofrem grandes influências das políticas tradicionais para


agricultura, pois ao privilegiar a modernização tecnológica e a monocultura de algumas
culturas eles contribuíram para a substituição de trabalhadores pela mecanização intensiva,
assim como para a perda das terras e a migração forçada dos agricultores familiares que não
obtiveram sucesso frente as exigências do mercado. Essas experiências levaram as pessoas a
reconsiderar o conceito de desenvolvimento e, por conta disso, a diversificação das produções
tem recebido destaque porquê visa ampliar a matriz produtiva nas Regiões de
desenvolvimento para melhorar a qualidade de vida e renda das famílias rurais, com ênfase na
segurança alimentar e nutricional.

Esta tendência de diversificação foi afetada por vários fatores como a mudança
climática, o crescimento populacional, as novas demandas do mercado, as mudanças nos
hábitos alimentares da população e os limites que as monoculturas são confrontadas na região.
Diante dessa situação e com a crescente demanda por pescado, a aquicultura é uma alternativa
para o desenvolvimento da região, uma vez que essa atividade se encontra em fase de
expansão mundial e se desenvolve nos mais variados ecossistemas, incluindo os marinhos,
estuarinos e continentais.

Perante a queda na produção de pescados capturados, a importância da aquicultura no


mundo está aumentando. A produção aquícola mundial já ultrapassou 85 milhões de toneladas
em 2019 (FAO, 2021). Convergindo com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR),
que informou que no ano de 2021 a produção brasileira de peixes saiu das 802.930t, em 2020,
para 841.005t em 2021, obtendo um crescimento de 4,7%. E a tilápia contribuiu com 534.005t
(65,3%) de toda psicultura nacional, com aumento de 9,8% sobre o desempenho de 2020
(486.155t).

Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) a carcinicultura


marinha no Brasil atingiu 90.000t no ano de 2019, mostrando um crescimento percentual de
16,9% ao comparar-se com o ano de 2018 com 77.000t e neste ano o estado de Pernambuco
contribuiu com 7,8% (7.000t). Ademais a ABCC informou que a expectativa para
ocrescimento da carcinicultura em 2022 é alta, pois a produção passou de 90.000t, em 2019,
para 112.000t, em 2020, e 120.000t, em 2021, mesmo diante os impactos causados pela
pandemia.

Pernambuco tem destaque nacional na produção de proteína animal aquática, cuja


atividade representa um importante papel na geração de trabalho e renda do estado e a
aquicultura, com destaque a carcinicultura marinha em águas oligohalinas e mesohalinas,
surge como alternativa de produção de alimento e ao desenvolvimento da Região.

Esta atividade vem ganhando destaque no Agreste e Zona da Mata Sul pernambucana
na produção de proteína animal aquática, pois a aquicultura trás na sua produção alimentos
ricos em proteínas saudáveis a baixo custo para famílias e comunidades de baixa renda e em
estado de insegurança alimentar e nutricional, bem como, a comercialização da produção
excedente no mercado local tem sido uma das metas da Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO) nos países signatários da Rede de Aquicultura das Américas
(RAA), entre eles o Brasil, como importante estratégia para o combate à fome e a desnutrição,
e para a geração de renda familiar “Considerando que a aquicultura tem uma importante
contribuição para a segurança alimentar e para o melhoramento da qualidade de vida da
população das Américas” (Carta de Brasília, 2010).

Os camarões peneídeos necessitam de uma concentração mínima de sais na água para


manter o equilíbrio osmótico no meio em que vivem. Em água salgada, durante o processo de
osmorregulação, os camarões marinhos retêm água do meio e excretam sais. Em ambiente
completamente doce, o animal tenderia a perder quantidades excessivas de água, retendo
muitos íons durante a osmorregulação. Dependendo do tempo de exposição, esta condição
levaria eventualmente o animal a morte. Em águas interiores, os camarões de água doce
conseguem manter o equilíbrio osmótico, pois por serem hipertônicos em relação ao meio,
minimizam ao máximo o ganho de água, priorizando a retenção de íons (Nunes, 2001).

Entretanto alguns outros fatores podem influenciar no desenvolvimento dos animais


cultivados, fatores de correções de solos e que afetam diretamente a qualidade água como os
teores de dureza ou alcalinidade também devem ser levados observados e corrigidos caso
necessário. Sobre a dureza total, é necessário saber de sua importância para manter um bom
desenvolvimento da produção, sendo necessário realizar correções em ambientes não
propícios e tomar cuidado com a utilização de produtos de baixa eficiência para que não seja
necessária sua aplicação em grandes quantidades e, consequentemente, elevar o custo
produtivo. Enquanto que para os teores de Alcalinidade é recomendado sua correção em
curtos intervalos de tempo para evitar o uso de grandes quantidades de produtos químicos que
ocasionam variações de pH no local, porém os usos de alcalinizantes com baixa eficiência
deve ser evitados porquê será necessário que uma maior quantidade do produto seja
adicionada, elevando o custo de produção e podendo prejudicar os animais de formas
irreversíveis.

O projeto compõem uma matriz lógica que está baseada no tripé ensino, pesquisa e
extensão. As atividades vinculadas ao projeto buscarão que as ações acadêmicas da pesquisa
aplicada sejam destinadas à elevação do potencial das atividades produtivas locais e regionais
e que subsidiem as ações de ensino e de extensão que estejam em acordo com os princípios e
finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e
os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de
conhecimentos científicos e tecnológicos.

4.0 – OBJETIVOS

4.1 OBJETIVOS PROPOSTOS

 Oferecer uma assistência técnica aos aquicultores do Agreste Central de Pernambuco.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS PRETENDIDOS


 Transferir e socializar as tecnologias do cultivo em sistemas simbióticos desenvolvidas
pelo Laboratório de Carcinicultura da UFRPE e NAqua do IFPE Campus Vitória de
Santo Antão aos carcinicultores;
 Verificar a viabilidade econômico-financeira (VEF) das carciniculturas envolvidas no
projeto pela tecnologia do simbiótico;
 Oferecer ferramentas que propiciem a inovação tecnológica para a aquicultura de base
familiar, de forma a potencializar a produtividade e o incremento de renda,
incentivando também o empreendedorismo;
 Envolver alunos do Campus, a comunidade rural e acadêmica com a ideia coletiva,
transformadoras e consistentes de produção rural sustentável;
 Capacitar mão-de-obra local, abrindo novos horizontes para gerar empregos e
oportunidades de renda aos pequenos produtores rurais;
 Fazer o levantamento de quantos carcinicultores há na região;
 Reduzir as desigualdades sociais existente nos municípios.

5.0 – METODOLOGIA E DISCUSSÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS

Os procedimentos metodológicos deste projeto estão seguindo na medida do possível,


como base os conceitos definidos pela Política de Assistência Técnica e Extensão Rural de
Pernambuco - PEATER-PE (LEI Nº 15.223, de 24 de dezembro de 2013), na qual está
definido que o serviço de Ater tem como base a educação não formal, de caráter continuado
no meio rural, que promove processos de gestão, produção, geração de renda, segurança
alimentar, beneficiamento e comercialização de produtos, inovação tecnológica e apropriação
de conhecimentos de natureza técnica, econômica, ambiental, social, serviços agropecuários e
não agropecuários, atividades agroextrativistas, florestais, pesqueiras, artesanais e acesso às
políticas públicas.

Tal definição está também contemplada pela Lei 12.188 - Lei de Ater, de 11 de janeiro
de 2010, que institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a
Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de Assistência
Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER, na
qual estão apresentados os princípios norteadores para a Ater no Brasil, sendo eles:
 I - desenvolvimento rural sustentável, compatível com a utilização adequada dos
recursos naturais e com a preservação do meio ambiente;
 II - gratuidade, qualidade e acessibilidade aos serviços de assistência técnica e
extensão rural;
 III - adoção de metodologia participativa, com enfoque multidisciplinar,
interdisciplinar e intercultural, buscando a construção da cidadania e a democratização
da gestão da política pública;
 IV - adoção dos princípios da agricultura de base ecológica como enfoque preferencial
para o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis;
 V - equidade nas relações de gênero, geração, raça e etnia; e
 VI - contribuição para a segurança e soberania alimentar e nutricional.

Destacamos a aqui o princípio III que indica a adoção de metodologias participativas


como um princípio norteador para as ações de Ater. Seguindo este princípio, num primeiro
momento foi realizada uma reunião de socialização com carcinicultores com objetivo de levar
a informação da produção de L. vannamei em sistema simbiótico e de como aumentar a
produção através do manejo alimentar e qualidade de água.

Um segundo passo foi fazer um diagnóstico inicial – T ZERO in loco nas propriedades
escolhidas dentro das cadeias produtivas priorizadas pelos colaboradores do NAqua/IFPE
Campus Vitória de Santo Antão, LACAR/UFRPE e PDVAgrO (Figura 1)

A partir do diagnóstico, foram executadas as atividades planejadas de Ater, que


envolveram a realização do cadastro dos carcinicultores assistidos (Figura 02), a construção
do plano de trabalho (projeto produtivo); a realização de atendimentos individuais; a
identificação, definição e a elaboração de projeto de apoio para a alimentação dos camarões;
foi realizado procedimentos de formação e capacitação (focando também as questões de
comercialização) (Figura 03); e a realização de atendimento coletivo em Ater, os quais
incluem diferenciadas metodologias que serão definidas de acordo com a demanda
apresentada (reuniões, intercâmbios, dias de campo, dias especiais, etc.), e as atualizações
temporais dos diagnósticos das unidades produtivas.

O cultivo de camarões em sistema simbiótico foi iniciado na Aquacultura Oliveira. A


empresa Carcinicultura Boa Sorte (CBS) está com as atividades paradas para obter o
licenciamento ambiental, e assim obter acesso ao crédito e consequentemente fornecer sua
produção a mercados institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e
Programa Nacional de Alimentação Escola (PNAE).

As pós-larvas (pl´s) da Aquicultura Oliveira foram adquiridas de uma larvicultura


comercial na Paraíba. Os viveiros foram submetidos inicialmente a uma calagem com
100g/m² de cal hidratada, e posteriormente adubados inorganicamente com 2,5g/m² de
Orotech. Após a preparação inicial, as pl´s foram liberadas diretamente no viveiro
(povoamento direto). No entanto, na engorda, antes do início da estocagem dos animais nas
unidades de cultivo foram adicionadas aplicações diárias de fertilizante orgânico, totalizando
10 aplicações. Esse fertilização orgânica foi preparado a partir da mistura de 2-4 g/m³ de
farelo de arroz (< 300 micra), 0,2 g/m³ de açúcar, 0,1 g/m³ de mix de bactérias (B. subtilis, B.
licheniformes, B. pumilus, B.toyoi, B. amyloliquefaciens, Lactobacillus acidophillus e L.
planatarum), 0,4 g/m³ de lothar e água (salinidade 2 gL-1) na proporção de dez vezes a
quantidade de farelo de arroz. Após serem misturados, os compostos foram mantidos em
repouso, por um período de 48 horas, onde metade desse tempo foi de forma anaeróbica e, a
outra metade, aeróbica. Ao longo do cultivo, semanalmente (4 vezes na semana) ocorreu
aplicações da fertilização orgânica até que concentração de sólidos sedimentáveis (SS) na
água alcance 5 ml/L. Caso o volume de SS ultrapasse os 5 ml/L a fertilização orgânica foi
suspensa.

A temperatura da água, o pH, a transparência e o Oxigênio dissolvido (OD) foram


mensurados diariamente pelos métodos tradicionais, às 08:00 e 17:00 h com um medidor
multiparâmetro, enquanto que, o nitrogênio amoniacal, o nitrito, a alcalinidade (SILVA et al.
2021) e a dureza total (SILVA et al. 2021) foram analisados a cada duas semanas com kits
titulométricos. Quando necessário, as perdas de água por evaporação e infiltração foram
repostas das 18:00 às 6:00h, período em que o OD se apresenta mais baixo devido à
respiração dos organismos e a ausência de fotossíntese no ambiente de cultivo.

A taxa de alimentação foi calculada com base na matéria seca da dieta, em quantidade
diária equivalente a uma variação de 6 a 1,5% em função do peso do corpo do animal, sendo
fornecida três vezes ao dia (08:00, 12:00 e 16:00 horas). Para isso foi utilizado ração
peletizada comercial contendo 32% proteína bruta.
As biometrias são realizadas a cada 14 dias, com aproximadamente 10% dos
camarões, objetivando avaliar o crescimento, bem como reajustar a quantidade de ração
fornecida. Aerador de palheta é acionado no viveiro quando a biomassa ultrapassar 500g/m², a
fim de evitar depleção de oxigênio.

As variáveis analisadas para os animais cultivados são ganho de peso, taxa de


crescimento, sobrevivência, biomassa final, conversão alimentar aparente e produtividade.

Outro ponto pertinente é a VEF (Verificação Econômico-Financeira) que consiste na


utilização de levantamento de dados relacionados ao funcionamento do projeto, desde o
investimento inicial ao demonstrativo dos resultados do exercício. A partir desses dados, é
possível a utilização de indicadores para tomadas de decisões sobre a viabilidade do projeto
em relação às questões de sustentabilidade financeira e relação econômica frente a outras
opções de investimento.

Muitos trabalhos que tratam de VEF usam estudos de caso, reais ou fictícios. Podem
ser utilizados, tanto para iniciar um novo projeto quanto para fazer verificações e ajustes em
projetos em andamento, por exemplo, com a avaliação da ampliação da produção. Para tanto,
durante a execução do projeto, utilizaremos procedimentos metodológicos para construção da
VEF (Organograma 01).

Inicialmente a VEF precisará de todos os investimentos necessários desde a fase pré-


operacional com levantamento junto aos produtores de todos custos operacionais e receitas
oriundas da atividade, como também, possíveis subsídios. Na análise dos custos será
necessário verificar os insumos utilizados, o custo com mão-de-obra e encargos. Em seguida,
deverá ser realizada a verificação das receitas, caso o projeto já esteja em andamento e a
projeção de vendas para atividades futuras levando em consideração a taxa de retorno mínima
exigida por cada produtor para permanecer com a atividade.

As metodologias mais utilizadas para análise de investimentos são o VPL, a TIR e o


Payback Descontado (PBd) e, além destas, a análise de investimento que pode ser realizada
por técnicas tradicionais como análise de sensibilidade, análise de cenário e ponto de
equilíbrio (SANTOS, 2012). No entanto, a VEF será iniciada no segundo semestre.
5.1 ETAPAS DO PROJETO: Identificação e Descrição

1) As reuniões de mobilização inicial foram realizadas com produtores rurais


através de uma capacitação intitulada “Curso de Produção de Peixe e
Camarão”, em Feira Nova/PE e, também, no formato on-line, com o
proprietário da Aquicultura Oliveira.
2) A realização de diagnóstico (indicadores – T Zero) ocorreu durante a “II
reunião de segmento: Estruturação e Organização da cadeia produtiva do
Pescado” e contou com a presença dos proprietários de ambas as propriedades
pertinentes: a Carcinicultura Boa Sorte e Aquicultura Oliveira
3) Devido as fortes chuvas que ocorreram na região, algumas localidades como a
Aquicultura Oliveira ficaram impossibilitadas de se trafegar e fazer atividades
presenciais. Diante disso o atendimento foi realizado de forma remota
conforme orientações da metodologia participativa de extensão rural para o
desenvolvimento sustentável, abordando as orientações técnicas relacionadas
as atividades produtivas tais como: a segurança alimentar e nutricional das
famílias, inclusão produtiva e acesso a políticas públicas.
4) A assistência técnica referente a construção e/ou recuperação de viveiros,
manejo alimentar (biometrias e arraçoamento) e de qualidade de água (amônia,
nitrito, oxigênio dissolvido, pH, alcalinidade e dureza) estão sendo ofertados
aos Produtores através do “Curso de Produção de Peixe e Camarão”.
5) As oficinas e orientações que incluem metodologias coletivas estão sendo
realizadas por estudantes, membros do NAqua, pelo orientador do projeto e
demais figuras importantes. As ações destacadas incluem um dia de campo
para atividades práticas, uma importante reunião de segmento e uma
capacitação com diversos produtores.
6) As políticas de comercialização governamentais, assim como as vias
convencionais foram repassadas na capacitação e concluiu-se forma remota.
7) Atendimento Individual em ATER: Esta atividade foi desenvolvida
remotamente por meio de conversas individuais com o produtor através de
troca de informações pertinentes a ambas as partes, produtor e extensionista, e
tem como objetivo implementar e acompanhar o desenvolvimento das ações
pactuadas na atividade “Plano de Trabalho”. O atendimento é realizado
conforme orientações da metodologia participativa de extensão rural para o
desenvolvimento sustentável da unidade produtiva e do projeto, abordando as
orientações técnicas relacionadas as atividades produtivas tais como: a
segurança alimentar e nutricional das famílias, inclusão produtiva e acesso a
políticas públicas.
8) Realização de Atendimento Coletivo em ATER: Esta atividade ocorreu
presencialmente durante a “II reunião de segmento: Estruturação e
Organização da cadeia produtiva do Pescado”, que contou com a presença de
figuras importantes e diversos produtores.
9) Atualização do Diagnostico T: Concluiu-se, dentro do possível, como
descrito no item 7 e com adição de informações pertinentes.

5.2 IDENTICAÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS

As ações deram início pela participação dos estudantes na “II reunião de segmento:
Estruturação e Organização da cadeia produtiva do Pescado” juntamente com alguns
produtores, professores da UFRPE e IFPE, extensionistas do IPA e representante da CPRH.
Que ocorreu dia 14/03, em Feira Nova/PE. Onde foi enumerado e discutido propostas de
produção da cidade, sua viabilidade e apoios de entidades pertinentes (Figura 01, Figura 02 e
Figura 03).

A segunda atividade desenvolvida aconteceu no dia 01/04 e consistiu na ida dos


estudantes e do orientador ao Assentamento Boa Vista, no município de Bom Jardim/PE, para
participação de auxílio na despesca coletiva de tilápias, na Cooperativa Aqua (MST), com a
finalidade de distribuição dos peixes para a população local na Semana Santa do município.
Onde foram realizadas as ações de despesca por tarrafa e rede de arrasto, lavagem, pesagem,
seleção, evisceração e estocagem em câmaras frigorificas (Figura 04 e Figura 05).

Outra importante atividade que foi realizada consistiu em uma capacitação intitulada
de “Curso de Produção de Peixe e Camarão” que foi destinada à produtores do município de
Feira Nova e Lagoa de Itaenga/PE e aos municípios próximos. Esta capacitação se iniciou no
dia 09/05, em Feira Nova/PE e finalizou dia 20/06, no IFPE – Campus vitória/PE. Ocorrendo
em 5 segundas-feiras no turno matutino para totalizar 20 horas de curso. As principais
atividades consistiram em: apresentar a origem, definição, conceito, histórico da aquicultura
na região e sua importância social e econômica; construção de viveiros; manejo adequado do
solo através de correções, fertilizações e cuidados básicos; experiências práticas; estudos de
casos reais; noções de mercado local, regional e nacional; possiblidade de expansão da
atividade entre outros assuntos. (Figura 06, Figura 07, Figura 08, Figura 09 e Figura 10).
Ainda durante o mês de maio, mais precisamente dia 16/05, deu-se início ao censo em Feira
Nova/PE que ainda está em andamento (Figura 11)

Para o acompanhamento ATER individual à propriedade Aquicultura Oliveira, cujo


proprietário é o Engenheiro de Pesca Emerson José Da Silva Oliveira e está localizada no
município de Feira Nova/PE, foi elaborado um questionário on-line com o intuito de adquirir
informações específicas do atual ciclo produtivo. Tal questionário rendeu as seguintes
informações: Foram povoados 2 viveiros, com dimensões respectivas de 225m² e 625² e
densidade de 80pls/m², que totalizaram 18.000pls e 50.000pls. Bem como que, após a última
despesca, os viveiros ficaram expostos ao sol por 7 (sete) dias com remoção manual de
matéria orgânica. Para a correção dos viveiros, foram adicionadas 150g/m² de calcário
dolomítico após 5 (cinco) dias de exposição ao sol e não houve adição de aditivos para
fertilização dos viveiros.

5.3 IDENTIFICAÇÃO DO PÚBLICO ALVO ATENDIDO:

- Aquicultura Oliveira.
- Carcinicultura Boa Sorte
- Aquicultores do Agreste Central de Pernambuco.

5.4 LOCAL DE REALIZAÇÃO (CIDADE/BAIRRO/INSTITUIÇÃO)

- Bom Jardim/PE
- Feira Nova/PE
- Lagoa de Itaenga/PE
5.5 MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS NO Programa/Programa

 Materiais Utilizados:
 Métodos Utilizados:

6.0 – RESULTADOS E CONTRIBUIÇÕES PARCIAIS DO PROGRAMA/PROJETO À


COMUNIDADE

A partir das atividades desenvolvidas até o momento é possível a percepção que o


desenvolvimento da aquicultura no Agreste Central de Pernambuco encontra gargalos que
impendem seu crescimento, pois há uma ausência de política dirigida a atividade. Onde,
devido a burocracia, os pequenos produtores não têm acesso a crédito, não recebem
assistência técnica continuada e ressentem-se de melhor capacidade e organização que
favoreça a colocação do produto no mercado.

Foi observado o notável empenho ativo e acentuado dos pequenos produtores em


tentar absorver todos os conhecimentos compartilhados pela equipe NAqua e demais
participantes. Os produtores também reconhecem a importância de conquistar o licenciamento
perante aos órgãos competentes, que por sua vez, é bastante burocrático, mas que se apresenta
como um importante instrumento de acesso ao crédito, o que facilitará a inclusão dos
organismos aquáticos produzidos a mercados institucionais, como o Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), como também,
registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (MAPA).

Também é notório que, mesmo diante dos entreves observados, a atividade continua
merecendo a atenção dos produtores rurais e das instituições governamentais, cujos objetivos
estejam voltados para diagnósticos da situação atual do cultivo, determinar as prioridades de
pesquisa, discutir e estabelecer as principais ações à produção e promover o intercâmbio de
informações entre os participantes.
6.1 NÚMERO DE PESSOAS ATENDIDAS:

Atualmente 1 (um) produtor de forma incisiva, o Sr. Emerson José da Silva Oliveira,
proprietário da Aquicultura Oliveira. Além de diversos outros produtores presentes no curso
de capacitação, como observados na figura 12.

7.0 – PRODUÇÕES CIENTÍFICAS RESULTANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO

7.1 EVENTOS DE EXTENSÃO REALIZADOS

Capacitação intitulada de “Curso de Produção de Peixe e Camarão”. Iniciando dia


09/05 e finalizando dia 20/06, contando com a presença de 18 produtores e outras figuras
importantes como produtores experientes e profissionais da área. (Figura 06, Figura 07,
Figura 08, Figura 09 e Figura 10).

7.2 OUTRAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO REALIZADAS

8 – PERSPECTIVAS FUTURAS

Continuar seguindo o cronograma de atividades já elaborado de forma satisfatória a


fim de concluir o máximo de objetivos esperados e Instigar os pequenos produtores rurais a
aventurarem-se no ramo aquícola, que vem se desenvolvendo a cada ano, e dessa forma
transformar áreas que muitas vezes estão sendo inutilizadas em áreas produtivas, abrindo
novos horizontes para gerar empregos e oportunidades de renda aos pequenos produtores
rurais, aumentado assim o desenvolvimento comercial e econômico no estado de Pernambuco.

Prosseguir com as interações dos estudantes com os produtores interessados a fim de


fomentar o desenvolvimento do arranjo produtivo e o compartilhamento de conhecimentos
técnicos úteis para os produtores e suas peculiaridades.

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