Ética e Responsabilidade Social Nas Organizações
Ética e Responsabilidade Social Nas Organizações
Ética e Responsabilidade Social Nas Organizações
Celeste Mabasso
Joaquim Nhanala
Névia de Bragança
Nilza Mariana
Simão Cossa
ÍNDICE
I. Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1 Objectivos......................................................................................................................... 1
1.1.1 Objectivo geral .......................................................................................................... 1
1.1.2 Objectivos específicos .............................................................................................. 2
II. Revisão da Literatura ............................................................................................................... 3
2.1 Ética.................................................................................................................................. 3
2.2 Código de Ética ................................................................................................................ 4
2.3 Stakeholders ..................................................................................................................... 5
2.4 Responsabilidade social nas organizações ....................................................................... 5
2.5 Abordagens da responsabilidade social nas organizações ............................................... 7
2.6 Sustentabilidade ............................................................................................................... 8
III. Metodologia ........................................................................................................................... 11
3.1 Metodologia de pesquisa ................................................................................................ 11
IV. Considerações finais .............................................................................................................. 12
V. Bibliografia ............................................................................................................................ 13
Ética e Responsabilidade Social nas Organizações
I. Introdução
Nenhuma sociedade pode sobreviver e progredir sem um conjunto de princípios e normas que
defina o tipo de comportamento socialmente aceite como ético. As organizações não ficam de fora,
aliás, de acordo com Chiavenato (2014), nenhuma organização pode competir com sucesso quando
as pessoas procuram enganar as outras e tentam aproveitar-se das outras, as acções requerem
confirmação de cartório porque não se acredita nas pessoas, cada disputa acaba em litígio nos
tribunais e os negócios não são honestos.
Por outro lado, com o advento da globalização, as organizações nos dias de hoje passam a não ter
que satisfazer unicamente as obrigações com os seus accionistas, mas também ter responsabilidade
em relação a sociedade, pois directa ou indirectamente usam recursos da sociedade.
Responsabilidade social, tal como afirma Chiavenato (2014) significa o grau de obrigações que
uma organização assume por meio de acções que protejam e melhorem o bem-estar da sociedade
à medida que procura atingir seus próprios interesses.
É neste contexto que surge a necessidade de se debruçar sobre alguns aspectos considerados
relevantes em torno da ética e responsabilidade social nas organizações. O presente trabalho tem
como tema “ética e responsabilidade social nas organizações” e desdobra-se em quatro capítulos:
1.1 Objectivos
É objectivo geral deste trabalho, explicar a relevância da ética e responsabilidade social nas
organizações.
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2.1 Ética
De um modo geral, segundo Cortella (2009), a ética é o que marca a fronteira da nossa convivência,
é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos juntos
é o conjunto de seus princípios e valores que orientam a minha conduta.
De acordo com Chiavenato (2014), a ética é o conjunto de valores ou princípios morais que
definem o que é certo ou errado para uma pessoa, grupo ou organização.
No seio organizacional, Contreras (2002) defende que a ética profissional implica em assumir
responsabilidades sociais perante aqueles com quem trabalhamos e que dependem de nosso
conhecimento e prática profissional. Começa com a reflexão e deve ser iniciada antes da prática
profissional.
Chiavenato (2014) afirma ainda que o comportamento ético acontece quando a organização
incentiva seus membros a se comportarem de acordo com certos valores e princípios que
proporcionam o bem-estar pessoal e, também, das outras pessoas.
A ética influencia o processo corporativo de tomada de decisões para determinar quais são os
valores que afectam seus parceiros e definir como os administradores podem usar tais valores no
cotidiano da organização. Assim, a ética é um elemento catalisador de ações socialmente
responsáveis da organização por meio de seus administradores e parceiros. Administradores éticos
alcançam sucesso a partir de práticas administrativas caracterizadas por equidade e justiça.
Para Chiavenato (2014), práticas éticas nos negócios beneficiam a organização em três aspectos:
a. Aumento da produtividade
Quando a administração enfatiza a ética em suas acções frente aos seus parceiros, os
funcionários são afectados direta e positivamente. Quando a organização procura assegurar a
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saúde e o bem-estar dos funcionários ou define programas para ajudá-los, esses programas
constituem uma fonte de produtividade melhorada.
Código de ética é uma constituição geral, que organiza, estrutura e norteia um País. Dentro desta
grande organização que é o Estado, existem outras menores como a dos médicos, a dos advogados,
a dos jornalistas, a dos partidos políticos, a das instituições religiosas, etc.
Esses códigos de conduta são expressos como juramentos, como no caso dos médicos, ou como
obrigação no caso dos motoristas ao avisarem por meio de sinais de luz que há um acidente, perigo
ou fiscalização na estrada. Enfim, eles fazem parte de um sistema de valores que orientam o
comportamento de pessoas, dos grupos, das organizações e de seus administradores
Na medida em que a ética influencia todas as decisões dentro da organização, muitas organizações
têm o seu código de ética como uma declaração formal para orientar e guiar o comportamento de
seus parceiros (Chiavenato, 2014).
Para que o código de ética estimule decisões e comportamentos éticos das pessoas, são necessárias
duas providências:
− As organizações devem comunicar o seu código de ética a todos os seus parceiros, isto é,
às pessoas dentro e fora da organização;
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2.3 Stakeholders
Chiavenato (2014) define stakeholders como sendo o nome dado aos grupos de interesses – ou
partes interessadas – que afectam ou são afectados de alguma maneira pela organização.
São também denominados públicos estratégicos, pois, de modo directo ou indirecto, influenciam
poderosamente os resultados da organização e, por essa razão, merecem um cuidado muito
especial, pois podem oferecer vantagens ou exigir reparações. Seu relacionamento com a
organização pode ser directo ou indireto, sem envolver necessariamente transações comerciais.
O administrador não pode ficar concentrado apenas no âmago de sua organização. Ele precisa
também ter visão periférica, ou seja, olhar também para fora dela, pois é lá que estão os
stakeholders, que também precisam receber incentivos e retribuições da organização. Os
stakeholders podem constituir um grupo mais directo (como accionistas, clientes, funcionários,
instituições financeiras, fornecedores, agências reguladoras) e outro mais indirecto (como
comunidades, governo, mídia, grupos de interesse, concorrentes, associações de defesa de
interesses e a própria sociedade).
O assunto “responsabilidade social” está sendo tratado como uma questão ética das organizações,
ou seja, passou a ser considerado como um factor importante a ser perseguido pelas empresas
modernas. Todas as organizações que assumiram praticar a ética e a responsabilidade social estão
jurando seu compromisso inadiável com a comunidade, o consumidor está deixando de ser
desrespeitado, e muitas dessas empresas, agora, estão sendo consideradas como as melhores para
se trabalhar.
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Partindo do pressuposto de que é dever do Estado garantir o bem estar das comunidades, surge a
necessidade de se esclarecer porque razão a organização é chamada a promover e realizar actos de
responsabilidade social. É neste contexto que Chiavenato (2014) apresenta alguns argumentos para
desempenho de actividades de responsabilidade social por parte das organizações:
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− As leis não podem ser definidas para todas as circunstâncias. As organizações devem
assumir responsabilidade para manter uma sociedade ordeira, justa e legal;
− A sociedade deve oferecer às organizações a oportunidade de resolver problemas sociais
que o governo não tem condições de resolver;
− Como as organizações são dotadas de recursos financeiros e humanos, elas são as
instituições mais adequadas para resolver problemas sociais;
− Prevenir problemas é melhor do que curá-los posteriormente. Muitas organizações se
antecipam a certos problemas antes que se tornem maiores.
Costa (2007) afirma que a noção de responsabilidade social por parte das empresas tem sido bem
difundida. Isso ocorre principalmente em países considerados mais desenvolvidos por exigência
do mercado consumidor, pela pressão da sociedade civil organizada e por mudanças profundas nas
legislações para gerar produtos mais seguros e menos prejudiciais à natureza.
Neste contexto, o autor apresentar duas posições antagônicas que surgem dessa preocupação:
a. Modelo shareholder
Segundo este modelo, cada organização deve se preocupar em maximizar lucros, ou seja, satisfazer
os seus proprietários ou accionistas. Ao maximizar lucros, a organização maximiza a riqueza e a
satisfação dos proprietários e dos accionistas, que são pessoas ou grupos com legítimos interesses
na organização. À medida que os lucros crescem, as acções da organização aumentam de valor,
aumentando também a riqueza dos proprietários e dos accionistas. Assim, a organização não deve
assumir responsabilidade social directa, mas apenas buscar a otimização do lucro dentro das regras
da sociedade. A organização lucrativa beneficia a sociedade ao criar novos empregos, pagar
salários justos que melhoram a vida dos funcionários e melhorar as condições de trabalho, além
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de contribuir para o bem-estar público pagando impostos e oferecendo produtos e serviços aos
clientes.
b. Modelo stakeholder
Posição favorável à que salienta que a maior responsabilidade está na sobrevivência em longo
prazo (e não apenas maximizando lucros), atendendo aos interesses dos diversos parceiros (e não
apenas dos proprietários ou acionistas). A organização é a maior potência no mundo
contemporâneo e tem a obrigação de assumir uma responsabilidade social correspondente. A
sociedade deu esse poder às organizações e deve chamá-las para prestar contas pelo uso desse
poder. Ser socialmente responsável tem o seu preço, mas as organizações podem repassar com
legitimidade esse custo aos consumidores na forma de aumento nos preços. Essa obrigação visa
ao bem comum, porque quando a sociedade melhora, a organização se beneficia.
2.6 Sustentabilidade
Para Chiavenato (2014), sustentabilidade significa fazer o hoje sem prejudicar o amanhã, ou
melhor, fazer o hoje para melhorar cada vez mais o amanhã. Em outras palavras, sustentabilidade
é um conceito sistêmico relacionado com a continuidade e a preservação dos aspectos económicos,
sociais e ambientais da sociedade.
O autor afirma ainda que a administração focada na sustentabilidade baseia suas ações em três
aspectos:
− A prosperidade da organização;
− A equidade social das comunidades onde ela actua;
− A qualidade ambiental.
Em outras palavras, uma organização é sustentável quando olha para si mesma, para a comunidade
e para o meio ambiente com o objetivo de ter longevidade e lucratividade, além de contribuir
eficazmente para a melhor utilização e conservação dos recursos naturais e o bem-estar de seus
colaboradores e consumidores.
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Investir em sustentabilidade é bom para o negócio, para a comunidade e para o planeta, pois
promove resultados como redução de custos, melhoria da imagem corporativa e da reputação,
identificação e geração de novas oportunidades de negócios.
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III. Metodologia
Este capítulo é dedicado à apresentação da metodologia que foi utilizada para a elaboração do
presente trabalho. Apresenta de forma genérica os diversos métodos e tipos de pesquisa existentes
e em particular os métodos e tipos de pesquisa que foram utilizados para a elaboração do trabalho.
Pesquisa documental - quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento
analítico.
Para materialização da presente pesquisa foi utilizada uma pesquisa bibliográfica que consistiu na
consulta de livros sobre administração e matérias relacionadas com comportamento
organizacional.
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Por outro lado, a responsabilidade social no mundo empresarial consiste na adopção de ações,
comportamentos e posturas de forma voluntária que promovam o bem-estar da colectividade, e
quando essas acções tem como foco o longo-prazo, a esse acto denomina-se sustentabilidade.
Por fim conclui-se que tanto a ética e a responsabilidade social nas organizações são relevantes
pois ao fomentar a ética e transparência em seus negócios, melhorar as relações com os
stakeholders e aumentar a qualidade de seus impactos sobre a sociedade e meio ambiente, a
organização fortalece a sua imagem, aumenta a sua capacidade de atrair talentos, pavimenta o
caminho para a sua competitividade, e consequentemente tem maior comprometimento e lealdade
dos empregados, que passam a se identificar melhor com a empresa, maior aceitação pelos clientes,
que cada dia se tornam mais exigentes, maior facilidade de acesso a financiamento, pois é real a
tendência de os fundos de investimentos passarem a financiar apenas empresas socialmente
responsáveis, e maior contribuição para sua legitimidade perante o Estado e a sociedade.
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V. Bibliografia
Ashley, P. A. (2005) Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. São Paulo: Saraiva
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