Monografia 2 de Garantia
Monografia 2 de Garantia
Monografia 2 de Garantia
FACULDADE DE ENGENHARIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA
Projecto de Monografia
4° ANO
Projecto de Monografia
Discente: Supervisor:
Garantia Sofi
1
2
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
3
DEDICATÓRIA
4
5
LISTA DE ABREVIATURAS
6
SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
7
CAPÍTULO I- INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
O empreendedorismo em Moçambique está cada vez mais presente no quotidiano das
famílias, sobretudo na criação de pequenos negócios, traduzindo-se em micro empresas
familiares. Neste tipo de empresas, os vínculos existentes entre a família, a propriedade
e a gestão do negócio são estreitos e fazem com que seja difícil ajustar as relações
familiares às económico-financeiras. Actualmente, em Moçambique, o
empreendedorismo é considerado um dos vectores integrantes na redução da pobreza e
da exclusão social, porque se crê que a sua dinamização incentiva as camadas mais
pobres da sociedade moçambicana a criarem os seus próprios negócios e a
providenciarem os seus rendimentos. Tem sido evidente que muitos segmentos da
sociedade estão com as atenções viradas para este desiderato. Sendo assim, a sociedade
tem-se tornado mais exigente, o que obriga os gestores das micro e pequenas empresas a
geri-las de forma eficiente.
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1.2 O problema do estudo
No âmbito da iniciativa empreendedora e uma liberalização económica, surgem na
sociedade moçambicana muitas empresas de pequeno porte, que desenvolvem suas
actividades sem no entanto partir para compreensão das práticas de empreendedorismo
e gestão, entendidas como o conjunto de práticas quotidianas, executadas por diferentes
esferas sociais, que resultam na criação de novos negócios, na exploração de novas
oportunidades no mercado, e em inovações e situações de renovação e melhoria de
actividades ou processos.
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Porque o empreendedorismo e a gestão de negócios nas pequenas e microempresas
não duram muito tempo de sobrevivência na Localidade de Messica?
1.3 Hipóteses
H0: O empreendedorismo e a gestão de negócios nas micro e pequenas empresas não
duram muito tempo de sobrevivência na localidade de Messica porque estes
empreendedores não tem conhecimento suficiente sobre os negócios, isto é não fazem
estudo de viabilidade com vista a praticar o negócio viável.
H1: Os micro e pequenos empreendedores não sabem gerir e não aproximam aos
contabilistas ou auditores para um aconselhamento sobre como gerir o seu negócio.
H2: Sendo a localidade de Messica, uma zona com governo local, estes são cobrados
taxas pelo Governo e que não conseguem pagar e como consequências as
microempresas deixam de existir.
1.4.2.Objectivo específico
Conceptualizar de ponto de vista teórico, empreendedorismo, as micro e
pequenas empresas na gestão de negócio;
Assim, o presente projecto servirá de apoio à execução das actividades dos micro
empreendedores, elevando a sua capacidade de coordenar as actividades que passam
pelo desenvolvimento de um negócio sustentável.
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1.6 Delimitação de Estudo
A pesquisa será desenvolvida na localidade de Messica, no distrito de Manica, província
de Manica. A escolha deste local deve-se ao de que Messica é uma das localidades
rurais do distrito de Manica onde existe um número elevado e aglomerado de
empreendedores e também onde existem vários tipos de negócios o que tornará uma
análise mais profunda da situação das sobrevivência das microempresas em
Moçambique. No que se refere a escolha do tempo (2017-2019), que são dois anos é o
tempo médio que que as empresas de pequeno porte que a maioria delas sobrevive. A
pesquisa se baseará em teorias relacionadas com empreendedorismo e a gestão de
negócios nas micro e pequenas empresas relacionando-se com o tempo de sobrevivência
ou de vida destas microempresas.
Outra limitação será a ausência de obras que falam sobre o tema em estudo na
localidade de Messica. Também como limitação poderá se destruir o material de
questionário pelas pessoas inquiridas devido ao tempo de recolha, uma vez que vai-se
lançar o questionário e marcar-se-á um outro dia para a recolha.
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2.1 Revisão Da Literatura Empírica
2.1.1 Empreendedorismo
O conceito de empreendedorismo está a par com a ideia de criação de um negócio
próprio, contudo o espectro é ainda mais abrangente, desde o Empreendedorismo
Corporativo, não no sentido de quem gera a sua própria empresa, mas agora no âmbito
de quem imagina desenvolve e realiza visões dentro de organizações já criadas, ou ainda
o Empreendedorismo Social, através da identificação de falhas na comunidade, e
utilização os princípios de empreendedorismo para gerar organizações que promovem a
transformação social
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Para Gimenez et al. (2001) empreendedorismo consiste em identificar uma
oportunidade e agir sobre esta com o propósito de criação de riqueza nos sectores
públicos, privados e globais.
Para Waiandt e Davel (2008), a maioria dos conceitos sobre empresa familiar gira em
torno de três características específicas: propriedade ou controle sobre a empresa; poder
que a família exerce sobre a empresa e intenção de transferir a empresa para gerações
futuras. Segundo os autores, outros critérios de mesma natureza incluem ainda a gestão
da organização pela família por pelo menos duas gerações e que a sucessão deve ter
carácter hereditário.
Peiser e Wooten (1983) definem a empresa familiar como sendo aquela que, a partir do
empenho de um empreendedor, aproxima os componentes da família para auxiliá-lo
quando os negócios evoluem.
2.1.3 Microempresa
Não existe critério único universalmente aceito para definir as microempresas. Vários
indicativos podem ser utilizados para a classificação das empresas nas categorias micro,
pequena, média e grande, mas eles não podem ser considerados completamente
apropriados e definitivos para todos os tipos de contexto. Como afirma Filion (1990), a
maioria das tentativas de definição dos tipos de empresa nos mais variados países foi
feita não apenas por razões fiscais. Com elas, visa-se também a estabelecer critérios de
identificação de empresas elegíveis para receber diferentes tipos de benefício oferecidos
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pelos governos. Por exemplo, com os critérios de definição, pode-se seleccionar
empresas admissíveis em programas de subcontratação (terceirização, etc.) ou de
fornecimento de produtos e serviços a organizações governamentais.
Os Estados Unidos foram os primeiros a definir oficialmente as pequenas empresas na
lei. Durante a Grande Depressão dos anos 30, instituições foram criadas neste país para
apoiá-las ou estudar projectos de financiamento a elas dirigidos. Esta iniciativa estava
claramente inserida numa lógica de incentivos para a recuperação económica do país.
Em 1953, com o Small Business Act, os Estados Unidos criaram em sua legislação a
primeira definição legal da pequena empresa no mundo. Contudo, as pequenas empresas
já eram objecto de discussão em vários outros países, dos quais o Reino Unido, onde o
Macmillan Committee analisava as dificuldades de financiamento dos pequenos
negócios desde o final dos anos 20 (Filion, 1990).
Para os países em geral, a definição do que são a micro, a pequena, a média e a grande
empresas é um elemento de base para a elaboração de políticas públicas de tratamento
diferenciado dos tipos de empresa (Filion, 1990). Assim, pode-se esperar uma grande
variação de definições entre países, cada um tendo uma conjuntura específica quanto
aos tipos de empresa, ao seu papel socioeconómico e às prioridades governamentais na
promoção do desenvolvimento.
Segundo Lima (2001), na Lei fiscal brasileira, a microempresa é definida como uma
empresa cujo facturamento anual é de até R$ 244 mil (US$134 mil), enquanto a
pequena empresa é aquela cujo facturamento anual é superior a R$ 244 mil e igual ou
inferior a R$ 1,2 milhão (US$ 134 mil e 659,3 mil respectivamente).
Em Moçambique, o Estatuto Geral das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Decreto
n.º 44/2011, de 21 de Setembro) define o que é uma Pequena e Média Empresa,
segundo o quadro a seguir.
Tabela 1: Definição das empresas
Categoria da N° de Trabalhadores Volume de Negócios Anual
Empresa (Meticais)
Micro 1à4 Até 1.200.000
Pequena 5 à 49 1.200.000 a 14.700.000
Media 50 à 99 14.700.000 a 29.900.000
Fonte: Observatório Internacional sobre conhecimentos que geram oportunidades
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permitem gerenciamento mais eficiente, como a identificação de ameaças e
oportunidades do negócio e a rápida capacidade de adequação ao mercado. (Drucker,
1955).
De acordo com um estudo feito com Borges e Lima (2014), publicado no VIII encontro
de estudos em empreendedorismo e gestão de pequenas empresas (EGEPE), em
Goiánia- Brasil, com o título Práticas de Inovação Em Empresa Familiar, diz que as
pequenas empresas familiares são consideradas como objectos relevantes do ponto de
vista económico e social, contribuindo de maneira significativa para a geração de
emprego e renda. Não obstante, as pequenas empresas familiares também têm sido
objecto de teorização, uma vez que suas particularidades de natureza estratégica,
gerência e organizacional revelam um tipo de empresa que merece uma maior
compreensão por parte da academia.
O estudo feito com Lima e Bezzera (2013) com o título acção empreendedora na criação
de empresa familiar: estudo de caso, em Minas gerais- Brasil, considera que as
empresas, incluídas as empresas familiares, nascem do sonho de alguém, levado pela
intenção de realizar algo, de concretizar uma ideia. A partir desta premissa, estes autores
concluem que as empresas nascem para atender a determinadas situações. Segundo os
autores, um dos principais motivos é o atendimento de um sonho ou expectativa, caso
típico de alguém, empregado por muitos anos, com muita experiência acumulada,
conhecedor do ramo, que deseja abrir seu próprio negócio. Outro motivo é o
atendimento de um desejo ou necessidade de um empresário já estabelecido, que fica
em um impasse entre expandir, diversificando seu negócio, ou estagnar ou regredir. O
impasse profissional, como, por exemplo, o indivíduo que ficou desempregado ou se
aposentou, e busca a necessidade de uma nova ocupação ou renda, ou ambos, podendo
ainda utilizar de uma indemnização trabalhista para realizar o sonho de ter sua própria
empresa, também podem motivar a criação de uma empresa. Lima e Bezzera citam
ainda que o atendimento a acordos trabalhistas, como contratos de consultorias, em que
microempresas são criadas para atender, às vezes, a apenas um contrato e
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posteriormente, pode ser que a empresa acumule mais contratos; a utilização de um
capital inesperado, quando o indivíduo recebe uma herança, ou ganha um recurso
financeiro em jogos de azar e resolve investir em uma nova empresa; e para atender a
um projecto planejado, estruturado e estudado criteriosamente, que é o caso menos
comum, típico de um efectivo empresário e evidentemente com maior chance de
sucesso.
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Ainda Costa (2013), diz que com vista à captação de ideias de negócio e de facilitação
do acesso a fontes de financiamento, a agência DNA Cascais promove o Concurso de
ideias de Negócio. Este concurso promove a “selecção de ideias/projectos inovadores
nos vários sectores de actividade, em torno das quais se perspective a criação e/ou
robustecimento de novas empresas de forte conteúdo de inovação e/ou negócios
emergentes de pequena escala que sejam sedeados no concelho”. Deste 2006, ano em
que foi lançado, o Concurso de Ideias de Negócio de Cascais registou a participação de
1356 empreendedores. No ano de 2012, a DNA Cascais registou a apresentação 85
candidaturas (destacando-se sector “Comércio & Serviços” (45%), seguindo-se o
“Turismo” (17,5%), o “Ambiente & Energia” (13,8%), a “Saúde” (9,4%),“Outras áreas
de negócio” (7,5%) e finalmente o “Empreendedorismo Social”, com 6,8%).
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Planeamento: É a divisão das tarefas e com os prazos bem definidos, realizando
revisões periódicas e levantamento dos resultados alcançados.
Oportunidades e iniciativa: O empreendedor deve fazer coisas mesmo antes do
solicitado, promovendo a expansão de seus negócios de modo a aproveitar as
oportunidades que aparecerem.
Qualidade e eficácia: É a forma do empreendedor encontrar maneiras de fazer
melhor e mais rápido as coisas, satisfazendo os padrões de excelência,
assegurando que ao término do trabalho atendeu às exigências da qualidade.
Saber calcular os riscos: É o modo de como o empreendedor avalia as
alternativas e calcula os riscos, procurando reduzir os riscos, melhorando os
resultados.
Persistência: Repetir ou mudar de estratégia sempre que for necessário, assim
poderá superar os obstáculos assumindo as responsabilidades pessoais, atingindo
as metas e objectivos da organização.
Comprometimento: Ser responsável com as obrigações e a busca por alcançar
as metas e objectivos traçados, mantendo os clientes satisfeitos.
Rede de contactos: Saber manter uma rede de contactos, bem como saber
influenciá-los.
Autoconfiança: Busca pela autonomia mantendo o próprio ponto de vista frente
aos resultados, mesmo que estes sejam desanimadores.
Além do exposto, pode-se dizer que há, ainda, o empreendedor nato. Sobre esta
referência, Dolabela (1999) salienta que refere-se àquele que nasce com as
peculiaridades e características fundamentais para ser um empreender de sucesso.
Contudo, pelo fato de ser um ser social, certamente ele sofrerá influência do meio em
que está inserido. Assim sendo, sua formação empreendedora poderá ocorrer por
influência de amigos, actividades que executa no trabalho, família, educação, estudo,
formação e prática.
Para o autor, o indivíduo, ao aprender a empreender, precisa apresentar um
comportamento proactivo, mas, além disso, é fundamental que ele queira aprender a
pensar e agir por conta própria. Esta actuação necessita ser acompanhada por liderança,
criatividade e visão de futuro, de modo a criar, inovar e ocupar um espaço de liderança
no mercado.
21
Segundo o World Bank (2006), as empresas de pequeno porte apresentam, no mínimo,
três contribuições para a economia. A primeira contribuição é o seu impacto no mercado
de trabalho expresso pela geração de novas vagas de emprego e, por esse motivo,
contribui, automaticamente, com a redução da pobreza. A segunda contribuição refere-
se ao fato de que elas são fontes inesgotáveis de actividades e inovação, o que colabora
no desenvolvimento do talento empreendedor. E a terceira, por dar impulso e incentivo
à economia pela abertura de novos empreendimentos e introdução de novas actividades.
Dornelas (2005) observa que o tratamento do empreendedorismo e das MPEs tem
recebido significante atenção no Brasil, incentivando para a abertura de novas empresas,
o empreendedorismo e impulsionando a economia do país.
Para Filion (2008), empreender requer a análise do campo no qual o empreendedor está
inserido, dentre o qual, destacam-se MPE e, administrá-las desde o início de
operacionalização para muitos ainda é um grande desafio. Em alguns países, as MPEs
têm recebido destaque nas políticas públicas e, consecutivamente, o empreendedorismo
é objecto de acções que efectivam este negócio. É possível afirmar, diante do contexto
apresentado, que as MPEs significam parcela relevante na economia mundial e do
Brasil.
Tavares (2008) salienta que as MPEs são fundamentais para a economia do país e, por
isso, têm sido alvo cada vez maior de políticas específicas com a finalidade de
promoverem e contribuírem para a sua sobrevivência no mercado. Dentre tais políticas a
autora aponta como exemplo a referida Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas. A
lei tem como finalidade criar facilidades em questões tributárias como o super Simples.
São medidas que foram tomadas com o intuito de ir ao encontro da constatação que
grande parte das MPEs fecha as portas prematuramente. Os efeitos parecem ser
positivos, pois, das MPEs abertas entre os anos de 2003 e 2005, 78% permanece no
mercado.
Contudo, para que elas se mantenham sustentáveis, é importante que o empreendedor
tenha uma visão mais ampla do mercado, sendo o plano de negócio etapa fundamental
para o sucesso do empreendimento. Segundo o Sebrae (2012), antes que seja iniciado
um negócio, deve-se decidir qual será este negócio para que assim, seja uma empresa de
permanente crescimento no mercado.
Segundo o Sebrae (2012), o plano de negócio pode ser considerado como sendo o
documento elaborado pelo empreendedor que tem a finalidade de estruturar as ideias
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essenciais e principais que ele irá analisar para decidir no que se refere à viabilidade da
empresa a ser criada ou expandida. Conforme exposto, o plano de negócio é a fase que
requer mais tempo, uma vez que envolve diversos conceitos que precisam ser
compreendidos e expressos em forma de escrita. Assim, dará forma a um documento
que irá resumir todas as informações da empresa, do mercado, da estratégia de negócio,
da gestão, dos concorrentes e do crescimento.
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Desta forma, surgem, gradativamente, empresas de prestação de serviços como
conservadoras, de segurança patrimonial, de motoristas, de segurança pessoal, dentre
outras. Algumas empresas, buscando sair das obrigações dos encargos trabalhistas
elevados do Brasil, escolheram em dispensar os funcionários e contrata-los através da
MPE.
Ainda com o surgimento do Estatuto da Micro e Pequena Empresa no Brasil o ano de
1998 promoveu a facilidade política empresarial que, com o desemprego, auxiliou ainda
mais para que as MPEs surgissem. Contudo, mesmo parecendo um sonho conquistado,
o micro e pequeno empreendedores ainda passam por diversos percalços.
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Saiba utilizar adequadamente capital próprio;
Tenha capacidade de assumir riscos;
Seja perseverante e persistente;
Tenha uma boa estratégia de vendas definida;
Seja criativo.
Nota-se, diante do exposto pelos autores, que, o sucesso do negócio da MPE depende de
factores condicionados ao empreendimento e também ao empreendedor. Assim sendo,
pode-se, portanto, afirmar que, dentre outros, tais condicionantes são bom conhecimento
do mercado; planeamento, criatividade; estratégia; e capacidade de conduzir mudanças.
Contudo, é importante enfatizar que os ambientes, interno e externo também são
determinantes para o sucesso ou fracasso da MPE no Brasil.
Ao considerar os factores internos como condicionantes para o sucesso das MPEs,
Valei, Wilkinson e Amâncio (2008) salientam que este será determinado por elementos
como a definição do negócio, visão e missão e a filosofia adoptada pela empresa. Além
disso, também devem ser considerados os líderes e a equipe de funcionários. Para os
autores, é primordial que o pessoal envolvido na empresa avalie de forma detalhada e
cuidadosa os factores internos do ambiente organizacional, os quais envolvem os pontos
fortes e fracos; a estrutura; os fluxos de informações; a gestão financeira; o
planeamento; as práticas funcionais; as vendas; o marketing; o controlo da gestão e a
organização.
Além disso, é importante também que o empreendedor e o empreendimento tenham
qualidades. No caso do primeiro, para actuar no novo negócio, deve-se considerar os
elementos fundamentais para o sucesso. Dentre tais elementos fundamentais que são
essenciais para o sucesso do negócio está a motivação que auxiliará na busca dos
objectivos desejados. Para tanto, é importante, ter claro aonde se quer chegar.
Além do exposto, inclui-se ainda como qualidade fundamental ao empreendedor a
criatividade, pois, por meio desta, ele poderá actuar de modo a criar novas estratégias e
possuir capacidade para delegar tarefas e decisões. Valei, Wilkinson e Amâncio (2008)
citam, dentre outros, possuir capacidade para delegar tarefas e decisões; a capacidade de
assumir riscos; capacidade prospectiva para detectar tendências futuras; a
autoconfiança; espírito de liderança para conduzir e orientar equipes.
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No que se refere à qualidades essenciais ao empreendimento para o sucesso do negócio,
os autores apontam a área mercadológica; técnico-operacional; financeira; e jurídico-
organizacional.
Contudo, é importante enfatizar que as características apresentadas não devem
obrigatoriamente constar em todos os empreendedores, pois são apenas indicadores.
Grapeggia, et al. (2011) afirmam que não se pode prender-se às peculiaridades do
empresário, pois ainda há factores internos do próprio empreendimento que podem ser
determinantes para o sucesso da empresa.
Para melhor visualização, considerando os factores internos que influenciam no sucesso
do empreendimento, pode-se demonstrar, conforme a tabela que segue:
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Conforme o Diário Digital (2006) um dos principais motivos para a informatização em
Moçambique são os impostos elevados que, na óptica de alguns analistas, levam cerca
de 50% dos lucros das empresas.
O investimento inicial para a formação de uma microempresa não constitui barreira para
a entrada no mercado, ou seja, mundo dos negócios, na medida em que, não se faz
necessário um grande investimento de capital. Pode-se afirmar que as barreiras para as
novas empresas neste segmento são praticamente inexistentes.
As microempresas moçambicanas atuam num mercado em que as vendas são
geralmente feitas á vista não se aceitando cheques como meio de pagamento. É
considerada venda a crédito aquela que é feita sem que a mercadoria seja entregue ao
comprador antes que o mesmo quite a última parcela de pagamento. Na prática,
significa que o comprador financia as actividades do empresário, visto que, enquanto a
mercadoria permanece no estabelecimento comercial e os pagamentos são feitos
regularmente permitindo que o giro de estoque sem o uso necessariamente dos recursos
dos empresários.
Importa salientar que, a falta de confiança entre o comerciante e o cliente, aliada a falta
de um serviço de protecção ao crédito são dois factores determinantes desta prática
comercial. Geralmente este grupo de empresários efectua as suas vendas em repartições
públicas, serviços consulares e salões de beleza, mas nunca está garantido o
recebimento pelas vendas efetuadas, o que causa um desfalque no capital investido.
De acordo com Mussanhane (2001), dentro do actual cenário moçambicano as
microempresas não estão preparadas para enfrentar a concorrência das empresas
maiores no mercado em que elas estão inseridas. O precário conhecimento de gestão
tem dificultado a identificação das oportunidades de negócios, e pior ainda, as empresas
neste mercado informal não conhecem os seus reais concorrentes.
Devido ao seu porte, as microempresas não investem no seu capital humano, pois, não
vislumbram com isso a possibilidade de aumento da capacidade produtiva.
Ainda de acordo com Mussanhane (2001), a rotatividade ou abandono de postos é muito
grande nestas empresas, na medida em que, os seus funcionários são geralmente pessoas
sem nenhuma formação técnica específica, quando não é o próprio
trabalhador/empresário, por outro lado a remuneração é muito baixa. Muitas das
microempresas moçambicanas não fazem a diferenciação entre o caixa da empresa e o
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da família, e até mesmo a separação da propriedade familiar, situação que vem
dificultando o cálculo de ganhos e perdas das mesmas.
Devido à falta de conhecimentos básicos de gestão a pesquisa de mercado e o estudo de
viabilidade de negócios não são feitos, o mesmo acontece com o rateio dos custos
operacionais.
No caso destas empresas, a documentação dos fatos contábeis não é factor fundamental
para o sistema de informações gerenciais, pois, este é falho ou quase inexistente. Esta
pode ser considerada talvez a maior causa da má gestão financeira das empresas em
questão.
31
Em Moçambique é muito comum os empresários recorrerem à família quando há
necessidade de liquidez, e não aos bancos, pois, estes geralmente cobram taxas altas e a
família nunca cobra juros pelo empréstimo, na medida em que, as referidas famílias não
tem conhecimento do real valor do dinheiro no tempo. O planeamento das actividades é
visto como sendo algo inerente as grandes empresas, não havendo, portanto, a
necessidade de disponibilizar tempo para a elaboração de um planeamento ainda que de
curto prazo.
De acordo com o PNUD (1999), as implicações do não planeamento são inúmeras,
podendo citar algumas, tais como, o não conhecimento dos riscos inerentes ao negócio,
a má aplicação dos escassos recursos financeiros, o mau aproveitamento dos
rendimentos das empresas, ou seja, o não investimento em fundos ou aplicações com
boa rentabilidade.
A maior parte destas empresas, como já foi citado, operam no mercado informal, tendo
como público-alvo as famílias de baixa renda. Dedicam-se a compra e venda de
produtos “importados” da República da África do Sul, Portugal e do Brasil, rota
recentemente descoberta. A actividade comercial é feita em conjunto, ou seja, várias
mulheres reúnem-se e formam um grupo que fornece produtos alimentícios,
electrodomésticos, vestuários e cosméticos, (é mais comum), pois tem maior aceitação e
a população feminina tornou-se mais vaidosa nos últimos anos, entre vários outros bens
ou serviços.
Importa salientar que, existem também aquelas que se dedicam ao pequeno comércio,
tais como, produtos agrícolas trazidos das zonas rurais e revendidos em mercados das
grandes cidades. As suas práticas comerciais e gerenciais são primárias, pois, não é feito
o cálculo ou o rateio dos custos operacionais envolvidos, por julgar-se desnecessário a
sua contabilização.
A não contabilização dos custos envolvidos dificulta de certo modo a determinação
correta dos ganhos obtidos. Este é talvez uma das várias causas da má gestão financeira
que assola a maior parte dos microempresários. Outro factor importante é a falta de
controle dos estoques, ou seja, não se tem conhecimento do tempo médio de rotação dos
estoques armazenados.
Quando os produtos não são comercializados, os próprios empresários e as respectivas
famílias fazem uso dos produtos sem contabilizar, ou seja, colocar no seu caixa o valor
da mercadoria em causa. Em resumo, não é comum para este grupo de empresários
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determinar o prazo médio da rotação dos estoques, na medida em que, não se tem
conhecimento de que estoques altos e parados representam “dinheiro parado”. Esta é a
visão do CTA (2001)
De acordo com o PNUD (2000), este grupo de microempresários tende a ficar
marginalizado no processo de desenvolvimento do país, devido ao seu pouco
conhecimento sobre a situação socioeconómico, o que também se manifesta no baixo
poder político e social que eles têm. Dado o fato de esses microempresários serem na
maioria mulheres, essa tendência tenderá a piorar a condição feminina no país.
Em Moçambique apesar de mais da metade da população ser constituída de mulheres,
ainda não é dado a elas a mesma oportunidade de formação e de participação em
actividades económicas com impacto na situação socioeconómica do país. Isso é
paradoxal quando se considera que um dos cargos mais importantes do país – o de
primeiro-ministro- é ocupado por uma mulher.
Assim sendo, Tschirley & Benfica (2000), afirmam que qualquer melhoria nesse
quadro terá um grande efeito sobre a sociedade moçambicana e contribuirá para a
solução do problema estrutural do país: a redução do número de pessoas vivendo
em condições de extrema pobreza.
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CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA
Breve contextualização
Este capítulo compreende a apresentação metodológica, dos procedimentos se percorreu
para elaboração da presente pesquisa.
Marconi & Lakatos (2003), referem que a especificação da pesquisa é a que abrange
maior número de itens, pois responde a um só tempo, as questões, como? Com quê?
Onde? Quanto?
3. Desenho da pesquisa
Consciente da complexidade desta temática, tornou-se necessário delimitar as fronteiras
do problema, assim como das variáveis consideradas mais relevantes no papel do
contabilista consultor como auxiliar no crescimento das pequenas empresas, que é o
estudo em causa.
Em segundo lugar, foi feita uma colecta de dados de duas fontes: documentação
indirecta, abrangendo a pesquisa bibliográfica e documentação directa. Esta última
inclui observação directa intensiva com aplicação de entrevistas face a face e
observação directa extensiva com distribuição de questionários respondidos sem
presença do pesquisador (Marconi & Lakatos, 2003).
34
3.1. Tipo de pesquisa
3.1.1. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema
Quando a abordagem do problema, o estudo foi caracterizado como pesquisa
quantitativa, pois o mesmo buscará alcançar um entendimento quantitativo para as
respostas procuradas sobre o empreendedorismo e a gestão de sobrevivência de
negócios no micro empresas familiares: o caso das empresas sediadas na cidade de
chimoio (2013-2018)
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3.2. Métodos de pesquisa
3.2.1. Método de abordagem
Quanto ao método de abordagem a pesquisa delineou-se no método dedutivo.
Compreende o método dedutivo porque, tem o objectivo de explicar os conceitos e as
interpretações sobre o empreendedorismo e a gestão de sobrevivência de negócios no
micro empresas familiares: o caso das empresas sediadas na cidade auxiliado de uma
cadeia de raciocínio em ordem descendente das ideias em torno do tema em análise.
Portanto, a presente pesquisa usa o método observacional porque, em primeiro lugar foi
feita uma observação directa no local de estudo, isto é conversando com os micro
empreendedores.
Para proceder a fase de recolha de dados da presente pesquisa, foram escolhodos alguns
vendedores nos mercados informais nomeadamente o mercado Mapulango, mercado 38
mercado de Nhamaonha e Primeiro de Maio, para se ter uma ideia de uma realidade
quase geral da gerência de micro negócios nestes pontos. Sendo muitos so vendedores
escolheu-se um número especificado para fazer face as inquietações do presente
trabalho.
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o estudo feito, para tornar credível o estudo em causa, e secundários porque é baseado
em pesquisa bibliográfica.
3.3.3. Questionário
O questionário foi objectivo, limitando em extensão e foi acompanhado de instruções, e
no mesmo momento as instruções esclareceram o propósito de sua aplicação,
ressaltando a importância de colaboração do informante e facilitar o seu preenchimento
de modo que se alcancem os objectivos propostos na pesquisa, (Lakatos & Marconi,
2003).
3.4. Amostragem
Segundo Gil (1991) destaca que, uma amostra é um subconjunto do universo ou
população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse
universo ou população. Sendo que, uma população ou universo nada mais é do que um
conjunto de elementos que possuem determinadas características.
37
3.4.1. População
A presente pesquisa, por se tratar, de pesquisa social para compreender comportamento
e atitude avaliação de política pública. Por se tratar de um numero quase infinito de
vendedores, isto é na cidade Chimoio tem um numero muito grande de pequenos
empreendedores e de diferentes tipos de negócios e pela natureza exploratória deste
trabalho e a ausência de dados rigorosos para o universo, a amostra foi do tipo não-
representativo. Foram entrevistados 50 vendedores dos mercados desta cidade de
Chimoio, mas concretamente nos mercados Mapulango, mercado 38 mercado de
Nhamaonha e Primeiro de Maio sendo homens e mulheres, para darem a sua opinião
sobre empreendedorismo e a gestão de sobrevivência de negócios no micro empresas
familiares na cidade de Chimoio.
3.4.2. Amostra
Segundo Marconi & Lakatos (2003), referem que amostra é portanto, escolher uma
parte, de tal forma que ela seja mais representativa possível do todo, e a partir dos
resultados obtidos, relativos a essa parte, pode inferir o mais legitimamente possível os
resultados da população.
Para amostra, constitui-se de 50 (cinquenta) proprietários de pequenas empresas
respondente ao questionário, todos do sector comercial.
38
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Introdução
Neste capítulo foram apresentados, analisados e interpretadas as variáveis colectadas
através de questionário aos 50 proprietários das bancas sedeadas nos mercados da
39
periferia da cidade de Chimoio sobre suas opiniões referente empreendedorismo e a
gestão de sobrevivência de negócios nas micro empresas familiares na de Chimoio
(dados primários). A apresentação de resultados obtidos de levantamento documental
(dados secundários), tendo sempre como foco em responder os objectivos específicos.
30%
25%
20%
15% 32%
10% 20%
14% 16%
5% 12%
6%
0% 0%
18-24 25-31 32-38 39-45 46-52 53-59 60-66
40
Gráfico 2: Sexo dos empreendedores
Este estudo é consubstanciados com o estudo de Duarte (2013), na sua Dissertação que
através dos seis dados o número dos empreendedores nas micro e pequenas empresas da
cidade de Pará em Minas Gerais era representada com 65% de indivíduos do sexo
masculino e 35% do sexo feminino.
41
Fonte: dados primários, 2019
Este estudo é corroborado com o estudo de Ferreira (2013), na sua dissertação com o
tema “Gestão, Inovação e Empreendedorismo nas Pequenas e Médias Empresas em
Portugal”. No seu estudo percebeu que a maior parte das empresas inquiridas
encontram-se no mercado há mais de 10 anos contabilizando assim um total de 58 dos
inqueridos, logo de seguida temos as empresas inqueridas que estão no mercado entre
cinco (5) a (10) anos com um total de 55 respostas, a diferença dos números não é muito
acentuada contudo pode-se perceber que existe de alguns anos a esta parte alguma
aposta em criação de mais pequenas e médias empresas, os que conseguirem vingar no
mercado logicamente continuarão a trilhar o percurso no intuito de vencer todos os dias
um mercado exigente e bastante competitivo e globalizado, é certo que tem havido
poucas novas entradas de novas empresas no mercado, isso deve-se a um mercado
bastante exigente em termos das demandas no que toca a qualidade de produto/serviço
que as empresas disponibilizam, e ainda deve-se ao facto dos mercados estarem bastante
saturados em diversas áreas, uma das alternativas que algumas empresas podem seguir é
a internacionalização, contudo esta alternativa necessita de fortes investimentos
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financeiros e não só, contudo uma PME’s à partida muitas vezes não tem todo o capital
necessário para entrar num novo mercado dessa forma, infelizmente, alguns não
resistem a certas pressões dos mercados e são empurradas para fora dela.
De acordo com os dados extraídos dos inquiridos sobre o nível académico dos mesmos,
a percentagem maior reflecte aos de nível elementar com 52 pontos, seguidos de 30%
dos básicos, em terceiro lugar estão os de nível médio com 16% e por fim os de nível
superior com 2%.
Neste gráfico nota-se que os que estão na cidade de Chimoio, os que os proprietários
dos micro empresas não estudaram e os mesmos não tem capacidades para ter um
emprego formal por isso se refugiam para este ramos a fim de fazer o seu sustento.
Este estudo é contrastado com o estudo de Duarte (2013), acima mencionado e notou
que dos 118 inquiridos, os dados colectados evidenciam que 7% dos empreendedores
que fizeram parte da amostra têm ensino fundamental completo e 4% incompleto; 27%
com ensino médio completo e 19% incompleto; 19% possuem ensino superior completo
e 24% incompleto. Nota-se que a maioria é representada por 27% com ensino médio
completo.
43
Gráfico 5: Razões que levaram a fazer o pequeno empreendedorismo
De acordo com os dados do gráfico 5, sobre as razões ou motivos que os levaram a fazer
o empreendedorismo, a maioria correspondente a 82% respondeu que foi mesmo por
falta de oportunidade de emprego formal e os outros 18% é para aumentar a renda
familiar, uma vez que não estão satisfeitos com o que ganham nos outros empregos
44
Gráfico 6: Modalidade de financiamento dos seus negócios
Modalidade de financiamento
70%
60%
50%
40%
30% 58%
20%
10%
14% 10% 18%
0%
Finaciado por Bancos Agiotas Nao tem
programas
O gráfico 6, que se refere sobre a modalidade de financiamentos nos seu negócios, 58%
responderam que não tem nenhum financiamento, seguidos de 18% que responderam
que pedem empréstimos aos agiotas, 14% foram financiados por programas como
Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), assim como outros e por fim 10% destes é
que foram aos diferentes bancos pedir empréstimo.
Com esse gráfico nota-se que os pequenos negociantes nãos gostam de pedir um
financiamento para fazer face aos seus negócios os que querem financiamento vão logos
aos agiotas que depois são estipulados taxas de reembolso muito alto. Isso está
associado a falta de conhecimentos académicos que lhes limitam em ir em bancos fazer
empréstimos formais.
Este estudo é contrariado com o estudo de Ferreira (2013), na sua dissertação com o
tema “Gestão, Inovação e Empreendedorismo nas Pequenas e Médias Empresas em
Portugal”, que Verificou que o crédito bancário está no topo dos financiamentos das
empresas, essa dependência das empresas e relação ao sector bancário muitas vezes não
favorece o livre desenvolvimento, tendo em conta que o mercado é cada vez mais forte
em termos concorrencial as empresas ao financiarem para novos projectos terão o dobro
do esforço para verem os seus compromisso cumprido, vencer os concorrentes e
conseguirem fazer o retorno do financiamento á entidade bancária, portanto no quadro
45
acima temos 73 empresas que recorrem ao crédito bancário para financiarem novos
projectos.
Tipo de negocio
30%
25%
20%
15% 28%
10% 20%
5% 12% 10%
8% 8% 6%
4% 4%
0%
Segundo o gráfico 7 acima, sobre os tipos de negócios que estes fazer na cidade de
Chimoio, dos respondentes, 28 vendem roupa usada, seguido de vendedores de produtos
alimentícios da primeira necessidade (mercearias), com 20% ; em terceiro lugar são os
da venda de roupa nova com 12%, seguido de vendedores de peixe seco com 10%, os
comerciantes de milho à retalho e produtos frescos (hortaliças, tomate, cebola, etc) com
8% cada, também os vendedores de bancas de bebida alcoólica com 6% e por último os
vendedores de cosméticos e peixaria com 4% cada.
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Gráfico 8: empreendedores com conhecimentos da contabilidade
Sobre o gráfico 8 que que questionou acerca dos conhecimentos científicos que tem
sobre a matéria da contabilidade. Dos 50 respondentes 82% respondeu que não tem
conhecimento da mateia de contabilidade e que nunca estudaram, seguidos de 14% que
responderam que tem pouco conhecimentos e por fim 4% disseram que sim estudaram
até um certo nível.
Neste gráfico nota-se que muitos não têm conhecimentos contabilísticos e aos que
responderam que estudaram a matéria de contabilidade poucas vezes implementam os
seus conhecimentos.
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Gráfico 9: Aconselhamento contabilístico aos empreendedores
Os que responderam que não tem contabilista, alegaram custos adicionais no pagamento
dos serviços destes profissionais e os que responderam que tem contabilista afirmaram
que é uma mais-valia o trabalho deles porque ajudam a organizar os seus negócios e
também a fazer um plano que seguido pode ter muitos êxitos no seu negócio.
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Gráfico 10: Influencia das taxas cobradas pelas entidades governamentais
De com o gráfico 10, sobre as que estes são cobrados pelas Autoridades Municipais na
razão da venda dos mercados, dos 50 inqueridos, 62% responderam que prejudicam os
seus negócios e 38% dizerem que não prejudicam.
Os que responderão que prejudicam os seus negócios disseram que eles quase dividem o
lucro dos seus negócios com o Município e isso desencoraja a continuação dos seus
negócios. Maioritariamente são as senhoras que vendem produtos como tomate, couve,
cenoura e peixe seco que fizeram estas repostas.
Para desenvolver este trabalho, levou-se em consideração uma metodologia que consiga
explicar detalhadamente cada item trabalhado e cada questão colocada aos proprietários das
micro empresas para estabelecer relações entre elas e encontrar um ponto comum em que
uma determinada questão fosse explicativa para a questão colocado. Uma das maiores
dificuldades deparada ao desenvolver este trabalho foi a disponibilidade de tempo por parte
dos responsáveis das empresas em responder às questões colocadas o que seria muito bom
poder contar com uma amostra superior a que foi trabalhada.
Para dar sustentabilidade a este trabalho foram levadas a cabo três hipóteses:
Hipótese 0.
“O empreendedorismo e a gestão de negócios nas microempresas familiares não duram
muito tempo de sobrevivência na cidade de Chimoio porque estes empreendedores não
tem conhecimento suficiente sobre os negócios, isto é não fazem estudo de viabilidade
com vista a praticar o negócio viável.”
Esta hipótese foi sustentada recorrendo a questões fundamentais colocadas aos proprietários
das empresas na medida em que o maior numero das pequenas empresa tem duração de 0 à
5 anos. Isso é consubstanciado com a falta de conhecimentos das normas contabilísticas e
que também estes não se preocupam em procurar um contabilista para fazer o devido
acompanhamento em matéria de contabilidade.
Hipótese 1.
“Os empreendedores familiares não sabem gerir e não aproximam os contabilistas ou
auditores para um aconselhamento sobre como gerir o seu negócio;”
Esta hipótese também foi valida porque de acordo com o gráfico 8 da discussão de dados
apontam que a maioria não tem conhecimentos de contabilidade.
Hipótese 2
50
“Sendo a cidade de Chimoio um município, estes são cobrados taxas que não
conseguem pagar e como consequências as microempresas deixam de existir.”
Esta hipótese é valida de acordo com o gráfico 10 do presente trabalho, onde 62% foram
unânimes em responder que na verdade estas taxas prejudicam o desenvolvimento do
seu negócio, apesar de maioria dos respondentes ser do sexo feminino e que tem um
negócio bastante ínfimo.
De acordo com este estudo ora levado a cabo conseguiu-se identificar que uma das
situações verificadas na elaboração deste trabalho, é que além da muita dificuldade das
micro empresas obterem financiamento por parte da banca, ainda assim, existem um grande
número de empresas que recorrem aos agiotas por causa de muita burocracias nos bancos e
também ao factor desses proprietários não terem garantias de penhora caso não consigam
pagar.
Ainda de acordo com estes estudo, verificou-se que quase todos os empreendedores
inquiridos apresentam uma semelhança na linha de negócios que é a venda de produtos ou
bem e não serviços.
5.2 Sugestões
De cordo com o trabalho em análise sobre empreendedorismo e a gestão de
sobrevivência de negócios no micro empresas familiares no caso das empresas sediadas
na cidade de Chimoio (2013-2018), para os empreendedores, sugere-se o seguinte:
Que os empreendedores estudem mais ter conhecimentos de gerir os seus
negócios;
Que procurem o pessoal formado em contabilidades e auditoria a fim de serem
auxiliados para o bem do seu trabalho empreendedor;
Procurem um financiamento bancário com vista a adquirir um maior volume de
negócios;
Não recorram aos agiotas por que para elem de serem cobrados taxas
exorbitantes a curto prazo, também é um tipo legal de crime na República de
Moçambique.
51
CAPÍTULO VI-REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
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ANEXOS
55
Este questionário versa um conjunto de temáticas relativas ao modo a aferir o pulsar do
empreendedorismo e a gestão de sobrevivência de negócios nas micro empresas
familiares no caso das empresas sediadas na cidade de Chimoio
1. Idade_______
4. Nível académico______
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Sim__________ Pouco__________Não
Sim_____ Não______
Muito obrigado
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