INOVAÇÂO
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INOVAÇÂO
MINDSET,
COMPORTAMENTO
E CULTURA
INOVAÇÃO 2
MINDSET, COMPORTAMENTO E CULTURA
INOVAÇÃO: MINDSET,
COMPORTAMENTO E CULTURA
Quando falamos de inovação, quase automaticamente vem à mente uma visão popular
do que o tema representa – personalidades como Elon Musk e Steve Jobs, um órgão
sendo criado por uma impressora 3D, nano robôs, uma lente de contato que comporta
realidade aumentada etc. Mas você se sente representado pela ideia de inovação vista
sob essa perspectiva?
É verdade que a visão da inovação como algo referente a mentes brilhantes, empresas
renomadas, altíssimos investimentos e tecnologia de ponta é muito comum. As imagens
a que somos remetidos quando pensamos em inovação geralmente são de pessoas,
objetos e contextos que não fazem parte do dia a dia da maioria. Esse distanciamento,
além de gerar uma falta de autoconfiança criativa, é responsável pelo bloqueio que
temos para definir processos e desenhar métodos e soluções efetivas que representem
a inovação.
E SE PEGÁSSEMOS
OUTRO CAMINHO?
Definimos inovação de forma profundamente simples: algo novo, criado para
solucionar necessidades reais das pessoas, que, ao ser colocado em ação, gera
valor percebido. Independentemente de ser incremental ou disruptiva, nos referimos
à inovação como algo que saiu do campo das ideias e foi colocado em ação, de
forma a responder a necessidades reais e a gerar valor de fato. Seu impacto positivo
é percebido por aqueles para os quais essa inovação se destina. Partindo desse
princípio – materialização, necessidade real e valor percebido – trazemos a inovação
para perto. Deixamos claro que a inovação não está necessariamente relacionada à
tecnologia e aos altos investimentos, mas, sim, a aspectos que são inerentemente
humanos: mindset, comportamento e cultura.
Para que a inovação aconteça, é preciso fazer diferente. Mas, antes de uma nova
forma de fazer, é preciso uma nova forma de pensar – um novo mindset. A mudança
na forma de pensar resulta em uma mudança de comportamento, que, por sua vez,
em âmbito coletivo, transforma uma cultura.
Uma alternativa de caminho para o cenário VUCA é sugerida por Nassim Taleb:
a antifragilidade. Encontrar o benefício do caos vai além da chamada resiliência.
Mais que conseguir retornar ao lugar de origem após algum tipo de estresse ou
deformação, precisamos evoluir a partir do estresse. Essa característica, de retornar
ainda melhor a partir de um abalo, é a habilidade apontada também por Charles
Darwin quando afirmou serem não os mais fortes ou inteligentes, mas os que
melhor respondem à mudança, aqueles que sobrevivem. Trata-se da antifragilidade.
O mundo está mudando, quer você queira ou não. Logo, a questão é o quanto
conseguimos aprender e crescer a partir da mudança, sendo antifrágeis.
“A antifragilidade está
além da resiliência ou
robustez. O resiliente
resiste a choques e
permanece o mesmo;
o antifrágil melhora.”
Nassim Taleb
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CONSTRUINDO UM
MINDSET DE INOVAÇÃO
O ERRO
Um mindset voltado para a inovação e para o crescimento privilegia o hábito da
experimentação e do erro – este como forma de aprendizado constante. Nas
organizações, criar espaço para uma cultura na qual o erro não só é permitido
como incentivado é fundamental.
EXPERIMENTAR
EXPERIMENTAR ERRAR NOVAMENTE ACERTAR
A CRIATIVIDADE
É preciso entender a criatividade como um aspecto inerente a todo ser humano, não
como uma característica particular de gênios que marcaram a história da humanidade
enquanto todo o resto está fadado ao pensamento cartesiano. Criatividade é uma
questão de prática, e até mesmo de resgate. Já parou para pensar em como
costumamos nos considerar e nos reconhecer como mais criativos na infância? Faz
parte da nossa essência.
A FELICIDADE
Somos mais criativos e temos mais sucesso quando estamos felizes e positivos:
“Nosso cérebro é literalmente configurado para apresentar um melhor desempenho
não quando está negativo ou neutro, mas quando está positivo”. Quem foi –
literalmente – feliz nessa afirmação foi o pesquisador norte-americano Shawn
Achor, que se dedica ao estudo da psicologia positiva. Segundo Achor, nosso
melhor desempenho cerebral se deve à vantagem química que obtemos a partir da
liberação de hormônios, como dopamina e serotonina, que nos trazem não somente
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A SOMA
Um grande inimigo do mindset de inovação é o ego. A inteligência e a criatividade
coletivas sempre serão maiores e mais potentes do que o mais brilhante indivíduo – o
poder está na soma. Por isso, quando se trata de inovação, o protagonismo deve
ser coletivo.
A OUSADIA E A VULNERABILIDADE
Mais duas palavras conectadas diretamente ao mindset de inovação são ousadia e
vulnerabilidade. Brené Brown diz que “o que nos leva à ousadia é a coragem de sermos
imperfeitos”. Apesar de a vulnerabilidade ser vista por muitos como algo negativo, talvez
até sinônimo de fraqueza, Brené sugere que existe aí uma fonte genuína de conexão.
Quando você assume que não tem todas as respostas, que também sente dor, tem
dúvidas e medos, se colocando assim numa posição de vulnerabilidade, você se mostra
mais humano. E é esta humanidade que faz com que as pessoas se aproximem, se
conectem, busquem a soma. Soma esta que, por sua vez, leva à inovação.
Brené Brown
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Quem constrói a cultura de uma organização são as pessoas. Se, por acaso, você
acha que a cultura da sua organização não está de acordo com o que você gostaria,
a responsabilidade pelo primeiro passo rumo à mudança é sua. Sim, você mesmo.
A RESPONSABILIDADE
Quando a gente assume uma nova forma de pensar e, então, novos comportamentos,
começamos a atuar como um “vírus positivo” que contagia as pessoas à volta. Então, um
grupo de pessoas contamina outro ainda maior e, quando percebemos, foi contaminada
toda uma organização.
Como um organismo vivo, a cultura tem que estar aberta a responder rápido às
mudanças do mundo e, inclusive, adaptar-se a novas formas de pensar e fazer.
A mudança cultural, hoje, não é mais uma questão de opção, é uma questão de
sobrevivência, um alicerce para que a inovação aconteça.
Juliana Paolucci
Designer graduada pela Esdi/UERJ, se
especializou em Design Thinking na
HPI D-School, Alemanha. É mestre em
Design pela Esdi/UERJ, sendo Design
e Antropologia sua linha de pesquisa.
Já realizou projetos de inovação na
Europa, na Ásia e na América Latina
para uma diversa gama de indústrias.
Apaixonada por facilitar processos
criativos e por educação, mantém
conectada sua atuação no mercado
com múltiplas formas de geração e
troca de conhecimento, impulsionando
organizações e pessoas por meio
da inovação guiada pelo Design.
Atualmente é Sócia-diretora de Inovação
da LAJE, além de professora convidada
do COPPEAD/UFRJ e da FIA/USP.
EQUIPE
Adriana Kimura – Conteúdo
Cecilia Schiavo – Design
Lucas Waltenberg – Marketing
Marcela Bomfin – Revisão
ANA COUTO LAJE
Há mais de 25 anos é parceira Plataforma de inovação e aprendizagem
estratégica de seus clientes, que provoca e potencializa pessoas e
construindo valor para Marcas por meio negócios a crescerem com a mudança.
do propósito. Desenvolve Estratégias de Constrói com os clientes a transformação
Marca e Publicidade para alinhar Marca, de seus negócios por meio de soluções
Negócio e Comunicação. ágeis, colaborativas e assertivas.
anacouto.com.br laje-ac.com.br
[email protected] [email protected]
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Ana Couto LAJE