Criterios
Criterios
Criterios
a) Forum Prorogatum
• Definição do instituto, enquanto extensão da competência baseada na vontade tácita das
partes;
• Sua relevância limitada no CPC ao domínio da violação dos pactos privativos de jurisdição
(art. 97.º/1 CPC); relevância limitada nos Regulamentos das Sucessões (art. 9.º) e dos
Regimes Matrimoniais (art. 9.º) às situações em que era possível celebrar pactos de jurisdição;
sua aceitação geral no Regulamento Bruxelas I-bis (art. 28.º)— embora envolvida em cautelas
nas causas com parte mais fraca (art. 26.º/2 Bruxelas I-bis). Sua irrelevância no Regulamento
Bruxelas II-bis (art. 17.º/2 Bruxelas II-bis).
e) Carta rogatória
• Instituto tradicional através do qual uma autoridade judiciária solicita a uma autoridade
estrangeira a prática de certo acto processual (citação, notificação ou produção de prova).
• Sua decadência actual no espaço europeu, em virtude dos mecanismos de cooperação
judiciária civil (Regulamento Citações e Notificações; Regulamento de Obtenção de Prova).
f) Competência exorbitante
• Competência jurisdicional exercida sem que esse Estado tenha uma ligação pessoal, territorial
ou que resulte de autonomia da vontade.
• Sua ilicitude em face das regras de direito internacional público e garantia da sua evicção
através do controlo oficioso de competência internacional (art. 97.º CPC; art. 28.º
Regulamento Bruxelas I-bis; art. 17.º Regulamento Bruxelas II-bis; art. 15.º Regulamento
Sucessões; art. 15.º Regulamento Regimes Matrimoniais).
a) Tem o Tribunal português competência para julgar esta causa? (3,5 val.)
b) A sua resposta seria a mesma caso a ré fosse uma sociedade com sede em Bruxelas,
invocando a pendência de causa num tribunal belga? (3,5 val.)
• Submissão, neste caso, às regras do Regulamento Bruxelas I-bis, por se verificar o pressuposto
que faltava (domicílio do réu num Estado-Membro).
• Alusão ao conceito autónomo de domicílio para efeitos do Regulamento (art. 63.º).
• Nos termos do art. 7.º/1/a), verifica-se prima facie a competência internacional dos tribunais
portugueses.
• Relevância, da litispendência com causa afecta a um tribunal de um Estado-Membro, em favor
da causa intentada em primeiro lugar (art. 29.º), gerando a suspensão a instância até à decisão do
tribunal belga quanto à sua própria competência;
• Uma vez que foi celebrado pacto de jurisdição a favor de um Estado-Membro (Irlanda), caso
venha a ser intentada acção nesse Estado (mesmo depois de proposta a acção em Portugal),
suspensão da instância até que os tribunais irlandeses decidam da sua própria competência (art.
31.º/2) — o problema do torpedo italiano.
a) Suponha que Carlos demonstra que, caso a causa tivesse sido julgada num tribunal
português, o resultado lhe teria sido mais favorável. Teria isso alguma relevância? (2 val.)