CP 096996
CP 096996
CP 096996
Taubaté – SP
2009
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Aline de Fátima Chiaradia Valadão
Taubaté – SP
2009
ALINE DE FATIMA CHIARADIA VALADÃO
PÓS-AQUISIÇÃO
Data:__________________
Resultado:_____________
BANCA EXAMINADORA
Assinatura______________________________________
Assinatura______________________________________
Assinatura______________________________________
Assinatura______________________________________
Dedico este trabalho aos meus pais Fátima e
Luiz que sempre me incentivaram a continuar
nos meus momentos mais difíceis, a minha irmã
Alexandra que sempre me compreendeu com
seu olhar e aos amigos Roberta, Marcela,
Maurílio, Cristiane, Mariana, Aislan e Valderes
que foram incasáveis em me ouvir e emprestar
sua força para continuar neste caminho.
AGRADECIMENTOS
almoços corridos, das pizzas que foram nosso alívio após um dia estressante, daquele olhar
de confiança nos trabalhos e por poder compartilhar dos seus momentos em família.
pesquisa.
Ronaldo Abranches pelo incentivo e bolsa de estudos que possibilitou dar continuidade aos
meus estudos.
Agradeço aos meus mestres que com carinho e sabedoria me ensinaram com sua
experiência, competência e coragem coisas que levarei por toda minha vida, em especial
Cultura Organizacional.
Agradeço a Dona Silvia Maria da Silva Nunes por suas orações e incentivo desde o
dia da prova para submissão a este curso e a Deus por todos os momentos superados e
empresa. A amostra foi composta por 111 gestores e 345 funcionários. Os dados
funcionários que se vêem como parte da empresa e outros que se identificam com
estejam cientes do estilo de liderança (9/9) requerido pela empresa, ainda tentam se
adaptar a este novo modelo, sendo que influenciam a Cultura Organizacional atual
ABSTRACT
explanation for the possible success of some organizations, or of some failures that
imply in motivation and performance of their employees and leaders. This research
had as objective to analyze the impact of the acquisition in the leadership processes,
as well as the paper of the leadership in the construction of the organizacional culture
of the studied company. The case study was conducted in a automotive company,
carried through, with quantitative and qualitative approach, with a case study
organizacional culture with led leaders and, relative questionnaire of leadership with
leaders and reports the management of people supplied for the company. The
sample was composed for 111 managers and 345 employees. The data in the
(Alceste software) and in the quantitative stage, the data had been treated by means
of Sphinx software. Results had pointed that the Organizacional Culture of the
studied company is classified in its dimensions as come back the processes, that a
closed system possesss on the other hand and a weak control, however has balance
how much to the definition of company come back the tasks and worried about
people. It has employees that they are seen as part of the company and others that if
identify with its function, that is, has balance in the parochial dimension versus
professional and the company also is guided how much to follow norms and lines of
direction, not forgetting the satisfaction its customers. Results had disclosed despite
even so the leaders are customers of the style of leadership (9/9) required by the
company, still try to adapt themselves to this new model, being that they influence
current the Organizacional Culture with its concepts, methods of work and
the management of the based organizacional culture in the current values of the
corporative organization of which the unit polar region belongs is an important work
to be developed.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ ..17
de seus funcionários.
humano. Tentam mensurar esse capital para avaliar retorno e sua real necessidade
entre outros.
18
proposto por Hofstede (1991), o qual a define como programação coletiva da mente
descrição histórica, além de abordar o modelo que a atual gestão utiliza para
1.1 PROBLEMA
pós-aquisição?”
1.2 OBJETIVOS
Sudeste do Brasil.
pessoas;
funcionários.
considerações finais.
ORGANIZACIONAL
diagnóstico de cultura.
2.1 CULTURA
(1996), Motta (1997), Motta e Caldas (1997), Freitas (1997), Kets de Vries (1997),
Sainsaulieu (1997), Laraia (1997), Barbosa (2002), Torquato (2003), Zanelli e Silva
(2004), Tanure (2005), Marchiori (2006), Luz (2006), Chamon (2007), Dias (2007),
2.1.1 Definições
entre grupos e nações foi tornando-se cada vez mais necessária, fazendo com que a
conhecimento científico.
23
Segundo Chamon (2007), o termo cultura surgiu em 1871 como síntese dos
espiritual.
Para Tylor (apud DIAS, 2006 p.15), “[...] cultura é aquele todo complexo que
que o ser humano podia realizar, evidenciando que a cultura é aprendida ao longo
da história.
abordagem que tem como objeto de estudo o homem e sua forma de interagir com a
produção cultural.
ou seja, uma simbologia própria de cada grupo de pessoas, que passa a ser aceita
por todos que integram esta cultura, sendo necessário um agrupamento social para
24
identidade.
gerar e manter a cultura bem como propagá-la. Os autores afirmam que atualmente
realidade.
tentativa de obter precisão quanto ao seu conceito. Para isso, a dividiu em dois
culturais a partir dos princípios da mente que são controlados por regras e princípios
Schein (2001) afirma que a cultura deve ser analisada como um fenômeno
que nos rodeia durante todo tempo, sendo constantemente criada por nossas
isso é cultura.
e acima de tudo a cultura acaba tendo uma característica peculiar a partir das
cultura que se adapta conforme as mudanças que vai sofrendo ao longo do tempo e
da cultura organizacional, o que requer uma ruptura com a crença de que algumas
Segundo o autor, o relativismo cultural afirma que uma cultura não tem critérios
absolutos para julgar outra cultura como pobre ou nobre. Cada cultura pode e deve
utilizar tal julgamento face às suas próprias atividades, uma vez que seus membros
materiais (objetos que o homem constrói) e não materiais (valores, atitudes, formas
outros.
28
• Sanções são utilizadas para a imposição das normas, visto que são
concessão de um direito.
que a tentativa de desaprender é mais difícil que aprender algo pela primeira vez. A
cultura é sempre um fenômeno coletivo, pois tende a ser compartilhada por pessoas
aprendizagem da cultura, pois são tidos como a base, como um referencial para a
meio da socialização (CHAMON, 2007). Para a autora, existem dois tipos básicos de
como a escola, a igreja, o trabalho; aquela, no âmbito familiar. Conforme nos explica
entender a cultura da sociedade na qual ela está inserida. Portanto, antes de entrar
capital alemão.
diferenças comportamentais.
Incerteza.
• Distância do Poder:
• Masculinidade-Feminilidade:
• Individualismo x Coletivismo:
nas quais as relações entre os indivíduos são primeiramente regidas pelos seus
próprios interesses e pelos interesses de sua família imediata. Por outro lado, as
lealdade constante.
Hofstede (1991) define aversão à incerteza em até que ponto, qual o grau de
buscam segurança e são intolerantes. Por outro lado, as culturas com tolerância à
buscam mensurar sua vida. O longo prazo está associado a valores orientados em
apresentada uma pesquisa realizada por Tanure (2005), com 1732 executivos de
norte a sul do país, o que possibilitou a atualização destes índices no Brasil. E uma
negras e indígenas, sem falar nos diversos povos – italianos, japoneses, franceses,
33
holandeses, árabes, entre outros – que, ao longo de sua história, chegaram ao país.
2003).
A cultura brasileira tem suas origens mais fortes em três matrizes: a indígena
agricultura destes dois povos era de subsistência, tendo a mandioca como principal
trabalhar em suas colônias. Vinham sozinhos para o Brasil, sem mulheres nem
filhos. Por essa razão, criavam vínculos familiares com as índias, por casamento ou
concubinato. Com relação a este aspecto, Motta e Caldas (1997, p.17) salientam
que “[...] não são apenas raças e etnias, ou ainda suas combinações, que produzem
culturas”.
CALDAS, 1997).
brasileiro.
Caldas (1997) discute que “santo de casa não faz milagre”, apontando
país emergente reforça essa afirmativa, mas não se pode esquecer que isto já está
arraigado na sua cultura. O fato de o Brasil ter sido uma colônia levou seus
como se pode ler nestes versos do poema “Senhora Bahia” (RODRIGUES et al.,
1979, p.30):
com a realidade brasileira. Num segundo momento, pode-se adaptar o que for
aplicável ao modelo cultural e descartar o que for pouco aplicável ou quase inútil.
35
traços culturais podem ser representados por uma idéia ou uma crença, constituindo
Chamon (2007) afirma que Freitas (1997), em seus estudos, busca integrar
dois grupos de autores distintos: o primeiro, ao qual se filiam Gilberto Freire e Caio
Prado Jr., concentra a análise nas raízes históricas de nossa cultura; o segundo, que
tem como representante Roberto da Matta, busca uma reflexão sobre valores,
Hierarquia
da casa grande, no período colonial, na qual o senhor era patrão e pai; filhos,
entre os diferentes grupos sociais. Com isso, também ficou forte a aceitação da
2007).
fortemente presente no Brasil (quadro 1). A pesquisa, coordenada por Almeida, foi
36
indivíduo que, mesmo tendo ganho na mega-sena e sendo rico, permanece sendo
porteiro e, como tal, não se sente encorajado a escolher o melhor lugar da cidade.
comanda esta mentalidade. Por meio da educação, talvez, seja possível rever essa
Personalismo
CALDAS, 1997).
Malandragem
38
Conforme Motta (1997), todo brasileiro tem de ter esta malandragem para viver em
Sensualismo
encontro ou conversa.
Espírito Aventureiro
sonhador do que disciplinado e não gosta do trabalho metódico. Além das raízes
escravo, o brasileiro busca caminhos que lhe dê retorno em curto prazo (MOTTA;
CALDAS, 1997).
propostas por Hofstede (1991), além de comparar a evolução do país após 30 anos
39
com a pesquisa recente de Tanure (2005), realizada com 1732 executivos de norte a
sul do Brasil.
Unidade Pólo, onde a matriz se concentra, bem como todo o capital é distribuído.
Distância do Poder:
quer dizer que, para Hofstede (1991), dentro de um país, isso pode denotar uma
por ordens para o que fazer. Existe uma distância muito grande de hierarquia: os
conflitos é feita de forma indireta, muitas vezes por meio de terceiros, pois a
que pode ser visualizado no gráfico 1, ou seja, ainda apresenta-se como um país
com seu índice de Distância do Poder alto, resultado característico de países menos
(1991), caracteriza-se por baixa distância do poder, ou seja, existe uma dependência
Nesta sociedade as crianças são tratadas com mais igualdade por seus pais
era esperado, sendo o coletivismo uma característica dos países mais pobres.
empregado, têm-se preferência por aqueles que pertencem à família dos donos ou
de outros empregados.
das grandes cidades, o individualismo aparece como uma característica mais forte;
Hofstede. Tanure (2005) afirma que as ligações entre as pessoas são mais firmes
grupo também é importante para uma sociedade coletivista. O comparativo pode ser
visualizado no gráfico 1.
Hofstede (1991), dizer o que se pensa é uma virtude e o confronto pode ser positivo
visto que é encarado como um caminho para a verdade. A relação de trabalho tem
Nollen (1996, apud TANURE, 2005, p. 55), o comportamento dos alemães está
associado ao medo de ser acusado. Mas são pessoas que gostam de trabalhar,
promoção de função e desafio fazem parte das escolhas desta sociedade. Os papéis
Aversão à incerteza:
de curto e médio prazos, evitando fazer planos no longo prazo, pois teme a incerteza
futura.
um país que aprendeu a conviver com ela. Após três décadas, a situação de
nem sempre são bem vistas, estar sempre ocupado é importante para sentir-se bem,
Sofreu influências de diversos povos que aqui se fixaram deixando marcas latentes
cultura de uma organização estudada num contexto pós-aquisição, e para tal foi
necessário analisar o que está por trás desta cultura organizacional, ou seja, uma
esta necessidade:
45
Brasileira e Alemã se fez, portanto, necessário, uma vez que a cultura nacional é um
Este interesse por questões culturais, no decorrer dos anos, nasce das
e mercadorias.
por questões culturais não é recente. Surge na primeira metade do século XX, de
forma periférica, sendo estas questões citadas por autores que demonstraram
tornando-se conhecido.
47
Organizacional surgiu em 1952, com Jaques, que a considerou como uma clássica e
menos, aceitar. Esta definição enfatizava mais os efeitos da cultura do que a cultura
propriamente dita.
semelhança dos estilos ocidentais não encontrava eco no Oriente, muitos estudos e
modelo japonês, que poderiam ser seguidas por outras organizações. Este modelo
Qualidade), Kanban, 5s com empresas como Toyota e Sony. A época de 1980 não
fazendo isso, o cidadão japonês está ajudando não só sua família, como seu país,
48
(BARBOSA, 2002).
insere. “Todo ser humano é de fato socializado de determinado meio, não se pode
Quais sejam:
autores explicita que a cultura pode ser dividida em níveis (como pontua SCHEIN),
camadas (de acordo com HOFSTEDE) ou componentes que seriam como degraus
se que a tomada de decisões é feita de forma social intensa, ou seja, são tomadas
fora do local de trabalho, com um envolvimento muito grande dos superiores. Isto
acaba gerando agilidade na tomada de decisões, mas, por outro lado, as pessoas
que tomam as decisões têm poucas informações, o que acaba gerando dificuldades
em atingir o objetivo.
em princípios políticos;
sua mente;
internos quanto em relação aos seus ambientes. Caso se está inserido nestes
Mencionando uma cultura forte e coesa, Johann (2006) afirma que quanto
mais densa e forte for a cultura de uma empresa, ocorrerá em menor grau a
[...] cultura é vista como uma entidade flexível, mutável, aberta a influências
múltiplas e simultâneas, resultante da construção, sempre transitória, de
seus membros e de seus analistas, com áreas mais permanentes e
universalizantes e outras mais fugazes e específicas de certos grupos.
Portanto, os sistemas de classificação que compõem uma cultura
organizacional são heterogêneos e diversos e variam com a posição das
52
Com base nesta afirmação, pode-se perceber que, dentro de uma empresa,
Não se pode deixar de citar Schein (2001), que estuda a questão cultural
como sendo:
[...] cultura assim definida não é, como infelizmente muitos ainda insistem
em defender, o resultado exclusivo da estrutura formal da organização. As
redes informais, aferidas, sobretudo, pelas expressões de espontaneidade,
descontração e laços informais, é a outra ponta do sistema cultural
(TORQUATO, 2003, p.3).
considerados:
costuma pesar para a comunidade que a cerca, causando apego aos costumes da
empresa.
Tanure (2005) pontua que as organizações podem ser vistas como uma
grupo. Payne e Pugh (1996, apud TANURE, 2005) consideram que a cultura
matriz, a identidade maior ocorrerá por conta da cultura organizacional da filial com a
matriz.
empresa é confirmada pelo peso dos modos de socialização que os sujeitos vivem,
de tal modo que definem uma parte importante da sua identidade. Para o autor, o
simbólico que norteia a empresa não provém somente de passado e presente, mas
do conjunto que direciona o futuro com visões. O mesmo situa que as relações de
Motta e Caldas (1997, p. 41) destacam que “[...] cada organização delimita
elementos e formas. Isso significa que a cultura de uma organização sofre grande
Hofstede.
aquisições.
organizacional;
natural.
assim, a tensão pode ser liberada, sendo mais facilmente lembrados por
cultura organizacional.
• Tabus: assim como os valores, são aspectos que dão vida aos grupos.
‘duras’, tangíveis”.
mais superficial, enquanto os heróis e ritos estão mais no meio, e os valores como o
Símbolos
Heróis
Rituais
ic as
rát
P
Valores
e outro negativo.
pais e avós.
profissão exercida.
Schein (1985 apud FLEURY; FISCHER, 1996) diz que a cultura pode ser
(arranjo físico, vestimentas, mensagens de impacto, entre outros dados que podem
artefatos visíveis são cultura explícita, aquela que pode ser notada, observada na
realidade.
fundamentais.
60
problema entre as várias maneiras possíveis. Ao grau que os valores são avaliados
compartilhados pelo grupo que não precisam mais ser validados. Para Schein
organização se insere.
grupos lidam com esses assuntos nos níveis comportamental, cognitivo e emocional.
encontra. Apesar dessa diferença, Pires e Macêdo (2006) afirmam que tanto a
segundo Hofstede, a partir das quais o instrumento para diagnóstico cultural foi
elaborado.
empresa.
interculturais da IBM.
rotineiras, e por ser focada nos meios (processos) tende a ter uma maior burocracia.
grande esforço.
individual.
novos funcionários, é levado em conta tanto seu lado familiar quanto suas
consideram que sua vida privada não diz respeito à organização, somente suas
são raras.
Hofstede (1991 apud SOUZA, 2007) concluiu que não existe a posição
3 LIDERANÇA
mitologia grega à Bíblia; de Platão aos romanos; onde quer que seja, os líderes
sempre aparecem. Até mesmo onde as pessoas não têm eleitos chefes, nem
mesmo estabelecido regras, existe sempre alguém, um líder, que assume um papel
parte crucial da vida da humanidade e, nos dias atuais, torna-se cada vez mais
3.1 DEFINIÇÕES
liderança, mas sim abordagens que podem ou não ser aplicadas conforme o
contexto.
67
grupo”.
O líder escolhe uma alternativa para tomar uma decisão dentre várias
dinâmica e eficaz.
Fica claro que o líder é a peça principal da organização, visto que sua
uma organização.
68
pessoas, tornando assim o treinamento de liderança útil somente para quem tivesse
sociais. Esta teoria trouxe de volta a influência das lideranças informais, dentro dos
Na visão de Asanome (2001), uma boa liderança não pode ser determinada.
1938 e continuados depois por seus pesquisadores Ronaldo Lippit e Ralph White,
e democrática.
líder dominador e "pessoal" nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.
passa a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham
nova perspectivas com os debates, a divisão das tarefas fica a critério do próprio
elogios.
a cargo do grupo. Existe absoluta falta de participação do líder. O líder não faz
Jesuíno (2005) destaca que, dentro deste enfoque, resultaram duas grandes
Universidade de Ohio. Por sua vez, estes estudos foram transformados em recursos
pessoas. Em vista desta definição o líder deve preocupar-se com tarefas e relações
humanas. Esta teoria será mais bem detalhada no item 3.3 a seguir.
Teoria da Troca entre Líder e Liderado sucede a Teoria dos Traços. Nesta
oferece apoio para atingir metas, e é composta por quatro comportamentos do líder:
quando uma pessoa toma a iniciativa de estabelecer contato com outros com o
objetivo de trocar bens de valor, que podem ser de caráter econômico, político ou
(FONSECA, 2007).
forma que o mesmo adquira mais maturidade e se motive, ao passo que o líder
organização ou da coletividade.
abordagens e conceitos.
73
fundamentais.
usualmente utilizadas:
liderança deve ser influenciada por várias forças que existem no administrador, nos
podendo ser descartadas; cada uma delas representa mais um passo dado nesta
por dois eixos ortogonais, um que mostra o maior ou menor grau de atenção aos
(Figura 3). Segundo os autores, as designações são: 1-9 estilo simpático, 9-9 estilo
equipe, 5-5 equilibrado, 9-1 tarefa, 1-1 fraco. A tese de Blake e Mouton afirma que
há uma hierarquia na eficácia destes diferentes estilos, que vai do 1-1 ao 9-9,
passando por 5-5; já os estilos 1-9 e 9-1, relativamente ineficazes, situam-se entre o
1,9 9,9
Alto
A gerência em equipe.
A gerência do clube recreativo Os resultados do trabalho
Atenção concentrada nas provêm do empenho pessoal.
necessidades das pessoas, A interdependência através
leva a uma atmosfera do comprometimento de todos
agradável e um ritmo de leva-os a um relacionamento
trabalho confortável de confiança e respeito
Orientado para pessoas
5,5
A gerência do homem
organizacional.
O adequado desempenho
organizacional é possível
mediante o equilíbrio entre a
necessidade de conseguir
resultados e a manutenção do
moral satisfatório das pessoas
em um nível satisfatório
Baixo
processo ativo, que pode sofrer variação de uma ocasião para outra, mudando
Blake e Mouton apontam o estilo 9x9 como o ideal: “[...] tais estudos
confirmam que a conclusão de que a abordagem gerencial 9x9 traz consigo a maior
importante ressaltar que este modelo concilia a orientação à tarefa e aos resultados,
prestado pelo líder e; 3) o nível de maturidade dos funcionários frente a uma tarefa.
acordo com o nível de maturidade do grupo que esta sendo liderado de mais diretivo
Para Hersey e Blanchard (1986), para fazer frente aos diferentes tipos de
maturidade, o líder eficaz deve utilizar-se de variados estilos de liderança, visto que
1986, p.187).
que o líder deve usar para influenciar o comportamento dos indivíduos. Ainda que o
78
maturidade, tal estilo só poderá obter sucesso se este refletir sobre a base de poder
M1: Estilo de liderança E1, quando o líder deve prover instruções específicas
deve ser o estilo de liderança. A decisão deve ser adotada pelo líder.
M2: Estilo de liderança E2, quando o líder deve explanar suas decisões e
estilo de liderança. A decisão deve ser adotada pelo líder com diálogo e/ou
explicação.
M3: Estilo de liderança E3, quando o líder deve apenas proporcionar a troca
estilo de liderança. A decisão deve ser adotada pelo líder / liderado, com
M4: Estilo de liderança E4, quando o líder deve delegar para o liderado a
forma padrão de tratamento para com os funcionários, mas sim um estilo que deve
estilos segundo a abordagem teórica que a empresa em estudo adota para treinar
4 FUSÕES E AQUISIÇÕES
internacionais.
destaca que a fusão deve tentar ajustar duas culturas sem que uma
aquisição, por sua vez, dá-se pela incorporação de uma empresa pela compra direta
sem ter de passar por uma mudança ou por um processo de aprendizado e tornar a
empresa, com nova identidade. Uma suposta parceria pode criar uma igualdade
82
entre as empresas, porém o que ocorre normalmente é o controle por parte de uma
das empresas.
aquisições. Segundo Monteiro (2007), pode haver mais abertura para o acesso a
longo prazo. Contudo, a partir de 1994, com o advento do Plano Real, diversas
Brasil não foi diferente. Reduziram-se as fusões e aquisições cross border, que
fusões e aquisições. A aquisição de uma grande empresa pode ser o acesso de uma
empresa multinacional num dado país, reduzindo custos com marketing, pesquisa,
concorrente.
83
Johann (2006) enfatiza o fato de, nos últimos anos, considerável quantidade
têm sido destino de pesados fluxos de capital. Está claro o quanto as empresas
nacionais têm se deparado com a forte concorrência das empresas estrangeiras que
marcando forte presença tanto em aquisições do setor privado, como nos programas
372 365
351 353
340
328
309
299
227 230
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Para Brealey e Myers (1995 apud SUE; KIMURA, 1997) as formas (tipos)
mais importantes que o processo de fusão pode assumir são: fusão horizontal, fusão
vez mais interesse dos teóricos e práticos da Administração, ainda que de maneira
entender, diagnosticar, aperfeiçoar e, “por que não dizer”, mudar a cultura das
fusão e aquisição é uma das mais recorrentes, porém os riscos de choques culturais
são maiores.
resistência à mudança.
processos de fusão e aquisição, pois tem que se estabelecer uma cooperação entre
pode causar danos à organização devido à rejeição e, este problema deve ser
aquisições não apresenta uma fórmula de sucesso, nem oferece uma única receita,
de produto ou mercado.
conta o capital humano corre-se o risco de falhar nos objetivos. Alguns aspectos
que vise uma fusão ou aquisição empresarial, afinal, a cultura existe, independente
frente às mudanças (FEIJÓ, 1995 apud TANURE; SAYÃO; DUARTE, 2006). Cada
(GHOSHAL;TANURE, 2004).
integração:
termos teóricos, porém uma das partes tenta impor sua cultura. Pode
cultura;
influenciando a adquirida.
gestão predominam.
89
ASSIMILAÇÃO TRANSFORMAÇÃO
Alto Empresa As duas empresas
adquirida encontram novos
conforma-se à modos de operar
cultura de Transformação
adquirente Cultural
Absorção
Cultura
MESCLA
Soma dos
Níveis de elementos culturais
Mudanças dos dois lados
na Integração
Empresa Cultural
Adquirida PLURALIDADE MOVIMENTO
Empresa REVERSO
adquirida Caso incomum em
mantém sua que a empresa
independência adquirida dita os
Autonomia termos do acordo
Baixo
Cultural Assimilação Cultural
Reversa
empresa adquirida que pode acabar sendo prejudicado por este processo.
não aceitar a nova situação, nega que este fato pode e vai afetar sua vida
futuramente.
Para entender como a cultura organizacional pode ser influenciada por uma
mercado mundial e o Brasil não fica fora deste contexto. Os números do mercado
organizacional.
tema Cultura Organizacional. Uma vez que a cultura de uma organização apresenta
dois pilares- a Cultura Nacional e a Liderança- tais aspectos foram abordados, a fim
Alemanha).
primordial a ser considerado, pois carrega seus valores, costumes, crenças e mitos,
92
Para entender como a cultura organizacional pode ser influenciada por uma fusão e
gerenciamento da cultura.
5 APRESENTAÇÃO DA UNIDADE-CASO
A empresa alvo deste estudo faz parte de um grupo que está no Brasil
desde 1950 e produz peças. É um modelo empresarial que concentra seus esforços
5.1 HISTÓRICO
Brasil, em 1951, despertando dessa forma o sonho dos seus fundadores em fabricar
familiar. Em 1997, seu fundador a vendeu por um consórcio formado por uma
principal desafio para grupos que adotam a estratégia de crescimento por aquisições
exemplo: cada unidade tinha uma política própria de recursos humanos e fazia suas
próprias compras.
seguir.
demais produtivos.
localizadas na matriz.
Corporate IT IT - Itajubá
(Interim)
Corporate Environment -
Environmental
System Itajubá
Quality Logistics Tooling Maintenance & Special Projects Controlling Processes Regional PBO
Production Machines & Installations Technology
Shop
Engineering
Foundry
Corporate Purchase Purchase
Premachining
Steel Rings
Uncoated Rings
Coated Rings
Como pode ser observada, a empresa Pólo tem sua maior distribuição no
pólo:
possui o Ensino Médio (76%), tido como fundamental para ingressar na empresa,
cargo que ocupam. Do quadro funcional, 20% possuem ensino superior; destes,
ensino fundamental.
100
masculino (89%) atuando na parte produtiva, onde a força física é exigida na maioria
organização da qual a Unidade Pólo faz parte, ou seja, uma diretriz de conduta para
a liderança.
tarefa/ Consideração
forte das necessidades desempenho da equipe de
e dos desejos da equipe funcionários e grande
de funcionários consideração das necessidades
e dos desejos da equipe de
funcionários
Orientação pessoa
1/1 O potencial de
Baixo
grupo Pólo:
modelo 9/9, foi perguntado à Gerente de Recursos Humanos Corporativo como foi
Pólo.
comportamento.
autoridade com uma postura de coach, orientando sua equipe para atingir
resultados. Entende-se por coach, o líder que atua como treinador, que facilita,
sua equipe.
eles.
organização.
todos os envolvidos.
equipe.
ofensivas.
Líderes)?
conhecimentos práticos.
Pessoas.
Cabe esclarecer que os líderes passaram por uma análise de perfil e foram
liderança.
108
objetivo de repensar estas novas cobranças e seu papel atual na posição de líder, e
sofreu algumas adaptações. A unidade Pólo foi mapeada para identificar sua atual
Capítulo 7.
a Unidade Pólo está inserida e como seus líderes contribuem com seu estilo para
6 MÉTODO
base em seus objetivos gerais. Quanto aos objetivos, esta pesquisa caracteriza-se
fatores.
pesquisa adequada quando se tem questões do tipo “como e por que”, quando o
o autor enfatiza que o estudo de caso permite uma investigação para se preservar
111
também para conferir validade, rigor e fidedignidade à pesquisa qualitativa, uma vez
à gestão de pessoas).
quantitativa.
112
Abordagem quantitativa:
Abordagem qualitativa:
2006.
funcionários.
universo”.
113
Onde:
-N=Tamanho da população
6.4 INSTRUMENTOS
série de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
pesquisador”.
questões apresentadas na forma fechada, para uma escolha a partir de uma escala
respondente.
115
Fechados;
escore geral para cada dimensão correspondente e a média ajustada referida a uma
empresa em cada uma das seis dimensões. Esse posicionamento foi absoluto, em
relação aos extremos teóricos da escala, isto é, relativos a uma empresa fictícia
mapeamento dos estilos de liderança que permitiu ter uma visão geral do que é
116
antes e a pós-aquisição.
relevante.
anexo A).
software Alceste.
oferecendo classes lexicais que são representadas por vocabulário e partes do texto
qui-quadrado é realizado;
entre as classes;
classe.
tratamento estatístico, tendo sido utilizado o programa SPHINX como recurso para a
análise.
119
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
análise deste material por considerar que são documentos que podem subsidiar a
focal e atualmente:
produtiva, onde a força física é mais exigida, sendo que as mulheres atuam, em sua
Sexo
301
Feminino
291
2008
2006
2363
Masculino
2074
Quantidade
Estado Civil
1216
Solteiro
26
Separado
15 2008
Divorciado
2006
107
Marital
1295
Casado
18 a 24 anos que conta com 17,27% e 50 anos ou mais 18,92%, em uma amostra
Faixa Etária
38
acima 55 28
285
46 a 55 226
606
36 a 45 581
2008
1100
26 a 35 965
2006
503
21 a 25 493
129
até 20 79
crescimento, o que pode ser observado no gráfico 10. O Ensino Médio como pré-
Escolaridade
4%
Pós-Graduação 0,67%
16%
Superior 6%
2008
76%
2006
E. Médio 68%
4%
E. Fundamental
26%
Quantidade
foram identificadas seis classes. Cada uma delas recebeu uma denominação
Elementares (UCE´s); a classe 2, por 7,72% das UCE´s; a classe 3 por 7,10%,
5,86%.
Após análise do material obtido pelo software Alceste, foi possível subdividir
Ambiente de Trabalho
Atendimento /
Organização Relacionamento
Benefícios
funcionários, é feita de forma excessiva e atrapalha o ritmo de trabalho, uma vez que
• A gestora disse que não quer perder o ALO, por causa do almoxarifado
e imprime um ritmo de limpeza que atrapalha o trabalho.
• [...] O encarregado fala pra mim que se eu não quiser trabalhar tem uma
fila lá fora pra entrar no meu lugar
• [...] Gosta de trabalhar aqui, mas o meu setor é uma zona, começando
com o supervisor [...], mau educado e sem educação. [...] ta perdido que
nem cego em tiroteio. Se a gente fala que não vai fazer hora extra
somos ameaçados de ser mandado embora.
• Minha sugestão foi aceita e ainda ganhei um dinheiro, claro que podia
pagar mais.
percebidas.
trabalho.
merecem ser destacados, visto que alguns funcionários elogiam e outros não.
• [...] O salário da empresa está muito defasado, acho que ela deveria
pelo menos acompanhar o salário comercial.
Conclusão da classe 1
sua estrutura física e técnica, mas também pelas pessoas que estão ali diariamente.
satisfatório, porém as pessoas que utilizam este ambiente também têm sua parcela.
É importante o gestor incentivar e apoiar as boas práticas, porém tem de deixar claro
as regras e o porque delas. O funcionário tem que se sentir parte deste processo e
mais ainda se sentir beneficiado por ele, assim como a organização. O bom
128
e satisfatório na empresa.
aos trabalhos realizados, o volume de trabalho diário e, até mesmo, a relevância que
esta importância dada ao trabalho pelo funcionário. Também são analisados neste
estudos, entre outros.). Segundo o mesmo autor avalia-se o quanto esses benefícios
dois itens, a variável “relacionamento” acaba sendo também, sob o prisma de Luz
ajustes, que vão desde simples medidas até mesmo um trabalho com a liderança,
por parte de medidas de gestão. Com estes ajustes é possível até mesmo alcançar
uma maior produtividade por parte dos funcionários, que se sentirão engajados e
Tadeucci (2006), a forma como o líder conduz um grupo trará resultados positivos ou
129
suas ações de modo que a organização possa alcançar seus objetivos institucionais,
flexível. Esta comparação pode atingir um resultado bom ou ruim, chegando então a
Classe 2 – Comunicação
que esta classe avalia o quanto a comunicação é eficaz e o grau de satisfação dos
Comunicação
Características Relacionamento
trazem resultado positivo quando é eficaz, pois as pessoas mudam suas atitudes e
tende a ser frio e distante, não conseguindo assim uma aproximação entre líder e
funcionário.
• [...] A gestão não é humana, não existe amizade, nos sentimos uma
máquina e não temos nem manutenção [...]
• [...] O clima no setor é tenso por causa do gestor, todos temos medo. O
gestor não se integra com a equipe nem na hora do almoço.
132
empresa não pode se desviar de seu objetivo enquanto perfil de gestão. O “9/9”, o
A falta de aceitação das opiniões dos funcionários por parte das lideranças
• [...] falta por parte deles proatividade e sintonia para trabalharem melhor
e as coisas fluírem [...] tem que descobrir o melhor dia para conversar
com o gestor, cada dia ele acorda com um tipo de humor
responsabilidade não pode ser depositada somente na gestão, mas sim no conjunto
que utiliza este ambiente diariamente, e para resolver este problema somente uma
Conclusão classe 2
133
Comunicação
Informação Relacionamento
Não escuta
Quadros opiniões
Não resolução
Não proatividade De problemas
Não sintonia
sistema este pensado tanto como meios, instrumentos, veículos e como a relação
simbólico”.
resultados.
operacionais.
Gestão de pessoas
-Falta negociação;
-Falta suporte;
-Favoritismo
-Falta informações
-Burocratização;
-Muita hora extra sem
bonificação;
-Pressão pra ficar após
o horário;
-Foco no erro;
-Procura-se culpados;
-Falta programação
para hora-extra
-Ameaças para atingir
metas
culpado, demonstrando uma atitude não correta para a resolução dos mesmos.
Neste caso, a falta de sintonia e alinhamento entre a gestão fica claro, sendo
• [...] Meu encarregado não sabe de nada, tudo tem que perguntar pro
chefe
Conclusão classe 3
Pessoas.
137
G e s tã o d e p e s s o a s
N e g o c ia ç ã o
S u p o rte
F a vo r itis m o
B u ro c ra tiz a ç ã o
H o ra -e xtra
F oco
C u lp a d o s
Am e aças
podem prejudicar a relação líderes e liderados, a saber: não negociar, não oferecer
suporte, não informar, não recompensar, não focar nas soluções e não planejar.
Classe 4 – Relacionamento
na figura 17:
distribuição de trabalhos.
• [...] Essas barras de ferro que carregamos são muito pesadas e damos
cabeçada nelas toda vez
Conclusão classe 4
R e la c io n a m e n to
F a lta a n á lis e = P r o b le m a s
E x p o s iç ã o
C a rg o s
In e fic iê n c ia
C o m p e tê n c ia
C u ltu r a
D e s e n v o lv im e n to
P ro c e s s o s d e
T r a b a lh o
Classe 5 – Desenvolvimento
Desenvolvimento
-Oportunidade
-Recrutamento Interno
-Incentivo
-Bolsa de Estudo
-Vagas
-Faculdade
-Participação
-Desvalorização
• Por que não dar oportunidade para quem faz faculdade, vaga de
estágio? Tem encarregados que não deixam participar de recrutamento
interno.”
seus estudos.
142
Conclusão classe 5
D e s e n v o lv im e n to
O p o r tu n id a d e
R e c r u ta m e n to
In te r n o
In c e n tiv o
B o ls a E s tu d o
V a g a s
F a c u ld a d e
P a r tic ip a ç ã o
D e s v a lo r iz a ç ã o
Fica claro pelo grupo focal que estas oportunidades concedidas pela
empresa devem ser revistas e melhor divulgadas, além dos gestores utilizarem de
Classe 6 – Remuneração
Gestão. Esta classe aponta o que foi colocado no grupo focal pelos funcionários da
aspecto, visto que segundo Luz (2006), esta variável está ligada à satisfação do
144
Conclusão da classe 6
Remuneração
Comunicação
Gestão
Divulgação= metas
Favoritismo
Comunicação= falha
Defasagem
Remuneração= baixa
Mais uma vez a comunicação aparece neste item como ponto necessário a
ser melhorado.
aumento salarial.
faixa salarial e onde podem chegar, não se esquecendo do mais importante: indicar
como chegar.
população assistida nos grupos focais recebe um salário fixo mensal, acrescido de
grupos de funcionários.
hierárquico.
tenham maior aptidão, ou serve como uma forma de incentivo e recompensa por
bom desempenho.
Uma amostra de 386 funcionários foi selecionada para esta pesquisa. Essa
Sexo
Feminino 7,3%
Masculino 87,3%
O Perfil dos respondentes quanto a estado civil apresenta que a maioria tem
Estado Civil
Não resposta
cargo de operador de máquinas. Mais detalhes podem ser vistos na tabela abaixo:
em cada questão.
Freq. %
FATOR_1
FATOR_1
118
118 101
86
34
22 20
0 3 2
Freq. %
FATOR_2
FATOR_2
119
119
78
74
67
18 15 13
0 2
pois 0 (zero) representa uma empresa totalmente orientada a tarefa e, quanto mais
Freq. %
FATOR_3
FATOR_3
107
107
74
68
31 32 31
19
14
10
0
ambientes externos.
Freq. %
FATOR_4
FATOR_4
78
76
78
61
57
49
25
23
14
0 3
entre as empresas tendendo para um sistema fechado, pois quanto mais próximo da
e até mesmo os próprios membros que já estão na organização podem ter essa
Freq. %
FATOR_5
FATOR_5
104
104 87
68
51
36
30
7
0 3
Freq. %
FATOR_6
FATOR_6
77
77 65
58
52
38
27
25 24
9 11
Não Menos deDe 20 a 30De 30 a 40De 40 a 50De 50 a 60De 60 a 70De 70 a 80De 80 a 90 90 e mais
resposta 20
empresa totalmente orientada a tarefa e, quanto mais próxima de 100, uma empresa
totalmente normativa.
mesmo autor.
162
vistos.
identificam com tipo de trabalho que realizam e sentem que estão lá devido sua
competência.
estudada tem uma tendência ao Sistema Fechado, o que deixa claro que a
incertezas , e os funcionários tem como premissa implementar uma tarefa desde que
Normas e regras são aceitas para fazer seu trabalho de forma rigorosa
com as incertezas, porém ainda carrega normas, leis e regulamentos que são
porém ainda apresenta alguns conflitos, que com o tempo sofrerão ajustes. A
opções e mais um espaço em branco para que pudesse ser incluído o que eles
Para este grupo foi julgado como mais importante a boa formação
acadêmica e a persistência com 50% ambas opções. Em segundo lugar com 34,3%
confiabilidade, ou seja, o quanto o líder tem de ser confiável para seus subordinados
e para sua própria liderança. Os itens que apresentaram menor importância para
este grupo foram: iniciativa com 8,3%. Ser um líder enérgico e possuir destaque
gráfico 13.
167
fator determinante para uma boa liderança, bem como a persistência, visto que é um
grupo em que 53% apresenta idade superior a 40 anos, 63,3% estão na empresa há
168
Isso resulta em líderes que estão em atividade após a aquisição da empresa e que
para o líder que é o “9x9” de liderança, o mesmo apontado por Blake e Mouton
dedicação pessoal e cria entre seus funcionários uma interdependência para atingir
conhecido por eles, mas na prática ainda existe esta dificuldade de aplicação deste
definições. Resultados apontam que: com 21% “levar o grupo a obter resultados”
alcançou o primeiro lugar, tendo como segundo lugar com 19% “motivar as pessoas”
pessoas”, e em último lugar com 0,9% “ter a subordinação do grupo”. Ver resultados
no gráfico 14.
169
obter resultados.
uma pessoa para outra, como a inteligência; somente quem a tinha era considerado
líder em potencial. Conforme Jesuíno (2005) desde o princípio do século e até cerca
acordo com a Teoria dos Traços, visto que é um conceito claro e perseguido por
lugar com 28,1% foi apontado “levar o grupo a atingir resultados”, seguidamente
empresa espera de seu líder que tenha capacidade para reunir diferentes opiniões
com as quais lida todos os dias e ainda assim integrar a equipe a um objetivo
deles enquanto líderes, nos relatórios sobre gestão de pessoas, pode-se identificar
existe ainda pouca aceitação ou abertura por parte da liderança. O que reforça esta
Situacional de Hersey e Blanchard (1986), o líder ideal não é aquele que trata
funcionários, visto os dados dos relatórios sobre gestão de pessoas. A empresa tem
o devido tempo para transição de pessoas experientes para não experiente, salário,
baixos, e uma gestão voltada mais para os resultados. Pontos negativos como
1999).
indagando sobre o que “está sendo exigido atualmente a ele como líder que não
realizado por mais pessoas hoje é realizado por apenas uma, mais contato com o
subordinados.
alguém como modelo. O grupo colocou como itens principais na escala 4 (concordo)
Treinamento em sala de aula, e com 21,1% Ter alguém como modelo como um dos
76 6,6%
13,2%
20,0% 21,1%
27,6%
38,2%
35,5%
30,7% 31,6%
48,7%
25,0% 30,3%
30,7%
31,6%
1 2 3 4 5
dificuldade é a falta de informação tendo alcançado 83,1%, seguido por Baixo poder
de decisão com 76,6%, o item Burocracia também aparece fortemente com 72,7% .
liderança são Lidar com pessoas diferentes com 46,8% e Cobrança de resultados
83,1%
36,4% 72,7%
64,9%
57,1%
44,2% 46,8%
16,9%
0
PESSOAS MÃO DE OBRA BUROCRACIA FALTA DE ACÚMULO DE FALTA DE FALTA DE
DIFERENTES REDUZIDA INFORMAÇÃO FUNÇÃO QUALIFICAÇÃO MATURIDADE
1 2 3
53,2%
38,2%
76,6%
68,8% 71,4%
50,6%
32,5% 32,9%
0 5,2%
DESCONHECIMENTO BAIXO PODER DE REMUNERAÇÃO FALTA DE INTERESSECOBRANÇA DE DIFICULDADE NO
DA ESTRATÉGIA DECISÃO INADEQUADA RESULTADOS FEEDBACK
1 2 3
decisões são tomadas pela gestão superior) são características de uma cultura
Confiança que lhes é depositada com 81,8%. Já o item considerado com maior
desvantagem foi Tratamento diferenciado pelo fato do cargo de liderança com 27,3%
77
40,3%
53,2%
68,8%
76,6%
87,0%
92,2%
48,1%
33,8%
28,6%
23,4%
13,0% 11,7% 11,7%
0 7,8%
2,6% 1,3%
RESPEITO RECONHECIMENTO SALÁRIO PODER DE DESAFIO DESENVOLVER
DIFERENCIADO NEGOCIAÇÃO PESSOAS
1 2 3
77
23,4%
30,3%
52,6%
71,4%
84,4% 81,8%
49,4%
52,6%
26,3%
27,3% 27,3%
17,1% 18,2% 21,1%
15,6%
0
1,3%
INFLUENCIAR TRABALHAR COM EVIDÊNCIA CONFIANÇA TRATAMENTO BÔNUS
PESSOAS PESSOAS DIFERENCIADO
1 2 3
A questão acima buscou qual a motivação dos ocupantes deste cargo para
que os bons gestores têm uma forte motivação para o poder, sobretudo quando
guiados para servir a organização e não um projeto que trará um destaque pessoal,
pessoas.
77
35,1%
45,5%
60,5%
77,9% 81,8%
89,6%
39,0%
39,0%
30,3%
15,6% 26,0%
15,6% 16,9%
9,2% 6,5%
0 6,5% 3,9% 1,3%
PRECISAVAM DE MIMLIDERANÇA INATA OPORTUNIDADES CONVÍVIO COM COMPROMETIMENT TRABALHAR COM
SURGIRAM LIDERES O/DISCIPLINA PESSOAS1
1 2 3
77
29,9%
71,1%
79,2% 80,5% 80,5%
51,9%
21,1%
18,2% 18,2% 19,5% 19,5%
0 7,9%
2,6%
INFLUENCIAR FORMAÇÃO SOLUCIONAR RELACIONAMENTO MOSTRAR
PESSOAS1 ACADÊMICA1 PROBLEMAS INTERPESSOAL CAPACIDADE
1 2 3
grupo 23,4%. Já de menor importância: Respeitado pela posição que ocupa com
15,4% e Precisa ampliar a visão técnica do trabalho, os resultados podem ser vistos
no gráfico 20.
179
4,6%
8 29,2% 10,8% 10,8% 23,4% 4,6% 23,8%
3,1%
6 10,8% 30,8% 13,8% 20,3% 9,2% 12,3%
1,5%
5 27,7% 16,9% 16,9% 14,1% 15,4% 4,6% 4,8%
''
4 4,6% 7,7% 20% 12,5% 16,9% 24,6% 7,7% 14,3%
3,1%
3 9,2% 9,2% 12,5% 15,4% 20% 24,6% 9,5%
E por fim foi indagado “como o grupo se vê no papel de líder”, e para este
fazer com que o grupo se adapte a meu estilo, Tenho meu estilo, mas procuro me
adaptar para atender ao que a empresa espera ou Tenho um estilo para meus
Os resultados com maior aceitação foram: 72,7% concordam que tem seu
estilo, porém se adapta ao que a empresa espera, como podem ser vistos no gráfico
21.
77 7,8%
17,1%
20,8%
72,7%
56,6%
71,4%
26,3% 26,0%
0
1,3%
ADAPTAÇÃO DO ADAPTAÇÃO DO ESTILO
GRUPO LÍDER DIFERENTE
1 2 3
seus líderes e até mesmo como os próprios líderes se identificam, podendo assim
ajudar os seus liderados a amadurecer. Com esta teoria fica clara a necessidade do
equipe o grau de maturidade e forma de agir, lembrando sempre que o líder também
181
tem que pontuar seus funcionários, pois também passam por este processo de
maturidade
impactos na forma de gestão dos líderes. Um novo perfil de liderança também tem
sido enfatizado para este grupo, que procura se adequar ao modelo da organização
dada na confiança aos líderes, com a falta de informação e baixo poder de decisão
atribuída aos mesmos e que também foram pontuadas pelo grupo como um grande
oferecidos aos líderes pela empresa no intuito de atingir o perfil adequado e planos
de ação foram feitos e estão sendo cumpridos para melhorar a comunicação dos
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
grupo Alemão, que com seu novo modelo de gestão está até os dias atuais
Organizacional neste contexto pós-aquisição. Para atingir este objetivo geral foi
seguir.
Atualmente a empresa tem como sua maioria homens, casados, com idade
entre 26 a 35 anos, com segundo grau completo. Por meio do diagnóstico da cultura
organizacional foi possível identificar que sua cultura tem a particularidade de ser
Apoiando-se nas idéias de Johann (2006), pode se afirmar que não existe
uma cultura vencedora, cujo modelo se adapte a todos os casos, mas uma cultura
que se ajusta ao seu contexto. Quanto maior for esse ajuste, mais elevado será seu
desempenho.
novidades e uma gestão diferenciada com maior controle nos processos, burocracia,
também passaram por alterações em sua rotina e forma de trabalho, bem como em
sua postura e conduta. A Unidade Pólo passou e passa por transformações que vão
estilo de liderança solicitado pela nova gestão, ou seja, o estilo 9/9, onde o líder tem
objetivos e metas.
importante e delicada que até o mesmo ambiente físico de trabalho sofre impacto do
como na gestão de pessoas e nos relacionamentos são muitas vezes frutos de uma
poder, pois é por meio dela que uma pessoa influencia intencionalmente outras
empresa anterior, conforme perfil traçado por meio do questionário sobre estilos de
comportamento, que para alguns ainda não estão claras ou incorporadas ao seu dia
líderes sabem como devem ser enquanto gestores por parte da empresa, porém
186
comportamento.
gestores para adotar o novo estilo, o que pode eventualmente ser ocasionado pelo
tempo no cargo desde a empresa anterior, por não identificação com o novo modelo
ou mesmo por insegurança, uma vez que os líderes indicam saber como tem que
ser (quais os comportamentos esperados de um líder), mas ainda não tem muito
políticas sejam claras, que as novidades que surgem seja transmitidas de forma
apontaram alguns impactos negativos que podem ser gerados pelo processo de
conseqüências que puderam ser constatadas por meio dos dados obtidos:
pólo pertence. Este trabalho vem sendo executado com transmissão de informações
estratégico, porém seus resultados serão de médio e longo prazo e todo cuidado
organizacionais.
de trabalhos futuros:
das demais empresas em que a Unidade Pólo pertence para uma comparação e
para se traçar a cultura que deverá ser adotada pelas demais unidades ao longo do
tempo.
empresas sobre ações para mudança de culturas e até mesmo estudos sobre ações
Pólo.
189
REFERÊNCIAS
BLAKE, R. R.; MOUTON. J.S. O Novo Grid Gerencial. 6 ed. São Paulo: Pioneira,
1989.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
<http://www.tnbrasil.com.br/noticias/Exibe.asp?CodNoticia=3186&Tipo=3> Acesso
em: 14 jan.2008.
_______________________________
Assinatura
197
Esta pesquisa está sendo realizada pelo Sr.(a) Aline de Fátima Chiaradia
Valadão aluno(a) do Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional do Programa
de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Taubaté (PPGA), como
dissertação de mestrado, sendo orientada e supervisionada pelo(a) professor(a)
Adriana Leônidas de Oliveira.
Seguindo os preceitos éticos, informamos que sua participação será
absolutamente sigilosa, não constando seu nome ou qualquer outro dado que possa
identificá-lo no manuscrito final da monografia ou em qualquer publicação posterior
sobre esta pesquisa.
Pela natureza da pesquisa, sua participação não acarretará em quaisquer
danos para sua pessoa. A seguir, damos as informações gerais sobre esta pesquisa,
reafirmando que qualquer outra informação que V.S. desejar, poderá ser fornecida
junto ao aluno-pesquisador ou pelo professor orientador.
TEMA DA PESQUISA: Processo de Liderança e Cultura Organizacional no
contexto pós-aquisição
OBJETIVO: Levantar e compreender como os processos de liderança
influenciam na construção da cultura organizacional, num contexto pós-aquisição, de
uma empresa do ramo de autopeças localizada no Sudeste do Brasil.
PROCEDIMENTO: Aplicação de questionário de Cultura Organizacional e/ou
Processos de Liderança e/ou Entrevista semi-estruturada sobre Processos de
Liderança.
SUA PARTICIPAÇÃO: Responder o questionário referente à Cultura
Organizacional e/ou Processos de Liderança e/ou entrevista para análise dos
Processos de Liderança.
Após a conclusão da pesquisa, prevista para dezembro de 2008,a dissertação
contendo todos os dados e conclusões, estará à disposição para consulta na
Biblioteca ______________________________________________.
V.S. terá a total liberdade para recusar sua participação, assim como solicitar
a exclusão de seus dados, retirando seu consentimento sem qualquer penalização
ou prejuízo.
Agradecemos sua participação, enfatizando que a mesma em muito contribuiu
para a construção de um conhecimento atual na área.
_________________,______________de 2007.
____________________________________________
Profª. Drª. Adriana Leônidas de Oliveira
_____________________________________________
Aline de Fátima Chiaradia Valadão
Taubaté____/____/2007
__________________________________
Assinatura
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )