Manual Elementar de Direito Romanopdf PDF
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Verso: maro/2007
Introduo Histrica
Texto original em francs, de domnio pblico, do
Manuel Elementaire de Droit Romain de Ren Foignet,
editado em Paris em 1947, traduzido, adaptado e
atualizado por Hlcio Maciel Frana Madeira, para uso
escolar.
Foignet foi um clebre autor de manuais de
vulgarizao nos diversos ramos do direito, com
considervel sucesso entre os estudantes franceses do
meado do sculo XX, especialmente pela capacidade
didtica de sistematizao do conhecimento. Esta
verso, renovada e adaptada, destinada especialmente
aos estudantes brasileiros do sculo XXI, resguardados
os direitos de traduo e adaptao.
Os textos de adaptao so apresentados em cor azul.
1
O termo fonte tambm tem outro sentido: significa toda espcie de documento que d conhecimento do
direito.
4 Perodo. O Baixo Imprio ou Dominato. - Limites: de Diocleciano
(284 d.C.) at a morte do Imperador Justiniano (565 d.C.).
1 PERODO A REALEZA
2
A reunio do povo romano por centrias funcionou ao lado dos comcios por crias, sem extingui-los. O
povo romano, nele compreendidos os plebeus, foi dividido em cinco classes segundo a fortuna, mais a
classe dos cavaleiros. As classes se subdividiam em centrias, no total de 193 (segundo Dionsio de
Halicarnasso). Aos cavaleiros foram atribudas 18 centrias, 1 classe 80 centrias, s 2, 3 e 4 classes
20 centrias, 5 classe 30 e, finalmente, a classe dos artesos e msicos comportava 8 centrias. O voto
nas centrias era uma espcie de revista militar; procedia-se como na guerra. Os cavaleiros (os que
combatiam a cavalo) votavam primeiro, como na guerra eram os primeiros a combater. Depois vinha a
primeira classe, e assim por diante. Quando a maioria era obtida em favor de uma proposta, encerrava-se
a votao. Ou seja, a maioria era obtida com o voto de 97 centrias. Por conseqncia, se os cavaleiros e
a primeira classe votassem em um mesmo sentido, no se consultavam as demais classes. Os comcios
por centria valorizavam, portanto, a fortuna e no o nascimento.
3
As leges regiae. uma questo controvertida se existiram leis gerais na realeza. Pompnio informa que
as leis rgias foram votadas em comcios curiatos e que, sob Tarqunio o Soberbo, um certo Papirius as
2 PERODO A REPBLICA
publicou em um livro chamado ius papirianum. A existncia desta compilao no duvidosa, mas ela
no nos chegou. Suas disposies referiam-se principalmente ao direito sagrado; outras ao direito privado.
Mas o ponto controvertido saber se realmente so do perodo rgio. Segundo um critrio moderno, esta
compilao seria uma publicao apcrifa do final da Repblica. O direito sagrado, que objeto das
maior parte das pretendidas leis reais, era reservado aos pontfices, pois no se admitia que o povo fosse
consultado em questes desta natureza. As leges regiae so, para alguns, disposies de direito
costumeiro, relativas aos sacra, que foram redigidas pelos pontfices a uma poca posterior ao perodo
rgio e atribudas aos reis para dot-las de mais autoridade.
com iguais poderes. Eles herdaram os direitos que antes pertenciam ao rei.
Todavia, os poderes religiosos do rei foram atribudos ao rex sacrorum cuja
sede permaneceu no antigo palcio real.
4
O ltimo degrau foi atingido, em 254 a.C., no dia em que um plebeu, Tibrio Coruncnio, foi elevado
dignidade de grande pontfice.
Graas a sua mobilizao poltica organizada, a plebe acaba por obter o
direito de eleger plebeus nas diversas magistraturas, antes reservadas ao
patriciado. Edis plebeus e tribunos da plebe so eleitos desde 494 a.C. A
partir de 367 a.C. elegem seus primeiros cnsules; em 364 a.C., os edis
curuis; em 356 atingem a ditadura e, em 351 a censura. Os primeiros
pretores plebeus, em definitiva conquista poltica, sero eleitos a partir de
337 a.C.
Em 254 a.C. Tibrio Coruncnio, em evoluo semelhante ocorrida no
direito sacro, foi elevado dignidade de Pontfice Mximo.
1. O costume;
2. A lei;
3. O plebiscito;
4. A interpretatio prudentium;
5. O edito dos magistrados.
Seu contedo A Lei das XII Tbuas considerada pelos romanos como
a prpria fonte do direito pblico e privado, fons omnis publici privatique
iuris. Ela regulamentou matrias de direito pblico, direito privado e direito
sacro. Os decnviros procuraram no modificar o direito existente, mas
apenas codificar os costumes no escritos anteriores. Este fato que
explica o sucesso das XII Tbuas, talvez mais do que a prpria certeza que
produziu. um grande erro supor que as XII Tbuas fossem uma cpia de
leis gregas. A prpria viagem de uma delegao Itlia meridional para
conhecer as leis gregas provavelmente lendria. A influncia grega no se
manifesta, salvo em alguns preceitos de direito sacro. O esprito da Lei das
XII Tbuas, ao contrrio, fundamentalmente romano. Revelam uma
legislao rude, primitiva, pouco diferente das demais civilizaes pr-
Romanas.
Afora algumas disposies relativas ao direito pblico (por exemplo, o
direito de o povo julgar os delitos pblicos) e ao direito sacro (como as
normas referentes aos funerais), a Lei das XII Tbuas ocupou-se, sobretudo
do processo civil, assunto no qual revelou seu carter violento e
excessivamente formalista. Poucas eram as normas concernentes famlia.
Quanto ao patrimnio, algumas regras visavam transmisso causa mortis
e, mais minuciosamente, transferncia de bens entre vivos, por
procedimentos formais como o da mancipatio.
1. O costume;
2. A lei;
3. Os sentus-consultos;
4. O edito dos magistrados;
5. As constituies imperiais;
6. Os responsa prudentium.
1 Antes de Justiniano.
2 Obras de Justiniano.
3 Depois de Justiniano.
1 Antes de Justiniano.
2 A Obra de Justiniano.
3 Depois de Justiniano.