Roma

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Roma

Roma foi o último grande império do mundo antigo. Com exércitos poderosos dominou terras que
antes pertenciam a gregos, egípcios, mesopotâmios, persas e muitos outros povos.

Com quase 1 milhão de habitantes. Roma transformou-se na maior cidade da Antiguidade. Para lá
se dirigiam pessoas dos lugares mais distantes, levando suas culturas.

O poder do império construído pelos romanos era tão grande que acabou se tornando uma
referência para todo o mundo ocidental, mesmo séculos depois de ter chegado ao seu final.

Origem de Roma : explicação mitológica

Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a
mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que
os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a
cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

Origem de Roma: explicação histórica

De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram
habitar a região da península itálica : gregos, etruscos e italiotas.

Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A


sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus (
comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a
cidade era governada por um rei de origem patrícia.

A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com
nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas
com influências gregas.

Localização

Roma é capital da Itália, país europeu localizado em uma das penínsulas do Mar Mediterrâneo.
Trata-se da Península Itálica, situada na cordilheira dos Alpes e banhada pelos mares Adriático,
Tirreno e Jônico.
Os períodos da história de Roma

A história de Roma é dividida em três momentos:

 Monárquico (753-509 a.C.);


 Republicano (507-27 a.C.);
 Imperial (27 a.C. – 476 d.C.).

Período Monárquico: o domínio etrusco

Muitas das informações sobre o período Monárquico fundamentam-se nas lendas contadas pelos
romanos. Nessa época, a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes origens; os últimos
de origens etrusca, devem ter dominado a cidade por cerca de cem anos.

Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas
obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.

Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada:

 Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de


Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado.
 Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos.
Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos.
 Clientes: eram homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em
fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente
um patrício de posses.
 Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam
todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito
civil ou político.

O último rei etrusco foi Tarqüínio, o Soberbo. Ele foi deposto em 509 a.C., provavelmente por ter
descontentado os patrícios com medidas a favor dos plebeus.
No lugar de Tarqüínio, os patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules. Com
isso, terminava o período Monárquico e tinha inicio o período Republicano.

Período Republicano

República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública”. Durante a passagem da
monarquia para a república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as instituições
políticas. Concentrando o poder religioso, político e a justiça, eles exerciam o governo procurando
se beneficiar.

Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar
impostos e servir o exército.

Organização política e social na república

Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles
exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis
pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele
competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.

Reprodução de uma sessão do Senado romano

À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se
acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se
estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.)

Durante esses dois séculos, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus
próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as
decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus.

Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis


escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não
eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo
as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo.

Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios
e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos,
inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais.

A estrutura do poder na República Romana

 Cônsules: chefes da República, com mandato de um ano; eram os comandantes do


exército e tinham atribuições jurídicas e religiosas.
 Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos magistrados
e seus membros eram vitalícios. Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas
decisões acerca da política interna e externa.
 Magistraturas: responsáveis por funções executivas e judiciária, formadas em geral
pelos patrícios.
 Assembléia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das leis e
era responsável pela eleição dos cônsules.
 Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e era
responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo).

A expansão das fronteiras romanas

Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender
Roma do ataque dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e ao
pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação
do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após
sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que
o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.

O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia,
potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os
romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram
conhecidos).

As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao
terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída.
Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em
província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo
Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos
helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se
transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”).

Período de instabilidade política

Com o fim das Guerras Púnicas, em 146 a.C., iniciou-se um período de intensa agitação social.
Além dos escravos, povos da Península Itálica também se revoltaram, só que exigindo o direito à
cidadania romana. A expansão das conquistas e o aumento das pilhagens fortaleceram o exército
romano, que então se colocou na luta pelo poder. Assim, esse período ficou marcado por uma
acirrada disputa política entre os principais generais, abrindo caminho para os ditadores.

Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de
três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio:
Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que,
após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício.

Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma
político-administrativa, distribuiu terras entre soldados, impulsionou a colonização das províncias
romanas e realizou obras públicas.

O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C. Os
generais Marco Antonio, Lépido e Otávio formaram, então, o Segundo triunvirato, impedindo que o
poder passasse para as mãos da aristocracia, que dominava o Senado.

A disputa pelo poder continuou com o novo triunvirato. Em 31 a.C., no Egito, Otávio derrotou as
forças de Marco Antônio e retornou vitorioso a Roma. Fortalecido com essa campanha, Otávio
pôde governar sem oposição. Terminava, assim, o regime republicano e iniciava o Império.

O Império Romano

Após vencer Marco Antonio, Otávio recebeu diversos títulos que lhe conferiram grande poder. Por
fim, em 27 a.C., o senado atribuiu-lhe o título de Augusto, que significava consagrado, majestoso,
divino.

O período Imperial, tradicionalmente, costuma ser dividido em dois momentos:

 Alto Império: período em que Roma alcançou grande esplendor (estende-se até o século
III d.C.)
 Baixo Império: fase marcada por crises que conduziram a desagregação do Império
Romano (do século III ao século V).
Alto Império

Augusto, durante seu governo (27 a.C. a 14 d.C.), adotou uma série de medidas visando controlar
os conflitos sociais, solucionar problemas econômicos e, com isso, consolidar o império fazendo
com que Roma atingisse seu apogeu e vivesse um longo período de prosperidade e de relativa
tranqüilidade social, também conhecido como Pax Romana. Isso foi possível porque o imperador
Otávio abandonou a política agressiva de conquistas, promoveu a aliança entre aristocracia e os
cavaleiros (plebeus enriquecidos) e apaziguou a plebe com a política do “pão e circo” (panem et
circenses) (anexo), que consistia em distribuir trigo para a população carente e organizar
espetáculos públicos de circo.

Do governo de Augusto aos dois séculos que se seguiram, o Império Romano, por meio de
conquistas militares, ampliou ainda mais o seu território. Seus domínios estendiam-se pela
Europa, Ásia e África.

As conquistas abasteciam o império não apenas de riquezas e terras, mas também de escravos,
principal mão-de-obra e todas as atividades, tanto econômicas quanto domésticas.

A comunicação entre Roma, o centro do vasto império, e as demais regiões era garantida pela
existência de uma extensa rede de estradas. Daí provém o famoso ditado: “Todos os caminhos
levam a Roma”.

As estradas romanas, além de possibilitar a comunicação entre as diferentes regiões do império,


facilitavam a movimentação de tropas e equipamentos militares, contribuindo para o sucesso das
campanhas.

Após a morte de Augusto (14 d.C.) até o fim do século II, quatro dinastias se sucederam no
poder. São elas:

 Dinastia Júlio-Claudiana (14-68): Com os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e


Nero, essa dinastia esteve ligada à aristocracia patrícia romana. Principal característica
dessa fase: os constantes conflitos entre o Senado e os imperadores.
 Dinastia Flávia (68-96): Com os imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano, apoiados
pelo exército, o Senado foi totalmente submetido.
 Dinastia Antonina (96 – 193): Com Nerva, Trajano, Adriano, Antonio Pio, Marco Aurélio
e Cômodo, assinalou-se uma fase de grande brilho do Império Romano. Os imperadores
dessa dinastia, exceto o último, procuraram adotar uma atitude conciliatória em relação
ao Senado.
 Dinastia Severa (193 – 235): Com Sétimo Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e
Severo Alexandre, caracterizou-se pelo inicio de crises internas e pressões externas,
exercidas por povos diversos, prenunciando o fim do Império Romano, a partir do século
III da era cristã.

Baixo Império

Essa fase foi marcada por crises em diferentes setores da vida romana, que contribuíram para pôr
fim ao grande império.

Uma das principais crises diz respeito à produção agrícola. Por séculos, os escravos foram a
principal mão de obra nas grandes propriedades rurais. Entretanto, com a diminuição das guerras,
o reabastecimento de escravos começou a ficar difícil.

Além disso, com o passar do tempo, os romanos tornaram-se menos hostis aos povos
conquistados, estendendo a eles, inclusive, parte de seus direitos. Ou seja, os povos dominados
deixaram de ser escravizados.

Essas circunstâncias colaboraram para transformar a produção no campo. Por causa dos custos,
muitos latifúndios começaram a ser divididos em pequenas propriedades. Nelas, o trabalho
escravo já não era mais tão importante.

Nessa época, os lucros com a produção agrícola eram baixos.

O lugar dos escravos passou a ser ocupado, aos poucos, por camponeses, que arrendavam a terra
em troca da prestação de serviços nas terras do proprietário. Havia também os colonos que, sem
poder abandonar a terra, não tinham direito à liberdade, pois estavam ligados a ela por lei e por
fortes laços pessoais.
O centro de produção rural era conhecido como Villa. Protegido por cercas e fossos, era habitado
pelos donos das terras e todos aqueles que dela dependiam.

Ao mesmo tempo em que a vida no campo se transformava, um grande número de pessoas


começou a deixar as cidades em direção ao campo, provocando a diminuição do comércio e da
produção artesanal. Para uma população empobrecida, as cidades já não representavam mais
uma alternativa de vida.

Arrecadando menos impostos pela diminuição das atividades produtivas, o governo romano
começou a enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão
de povos inimigos.

Detalhe de um monumento (arco) erguido pelo imperador Constantino. Nele está retratada a ação
dos exércitos romanos nas fronteiras do império contra povos inimigos. Eles tomam de assalto as
muralhas de uma cidade.

Divisão do Império

Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do ocidente,
com capital em Roma; e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Com essa
medida, acreditava que fortaleceria o império. Achava, por exemplo, que seria mais fácil proteger
as fronteiras contra ataques de povos invasores. Os romanos chamavam esses povos de bárbaros,
por terem costumes diferentes dos seus.

A divisão estabelecida por Teodósio não surtiu o efeito esperado. Diversos povos passaram a
ocupar o território romano. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e,
comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augústulo.

Costuma-se afirmar que esse acontecimento marca a desagregação do Império Romano. Na


verdade, isso refere-se ao Império Romano do Ocidente , pois a parte oriental ainda sobreviveu
até o século XV.

Embora as invasões de povos inimigos tenham papel decisivo no fim do Império Romano do
Ocidente, outras circunstâncias também foram determinantes, tais como:

 elevados gastos com a estrutura administrativa e militar;


 perda do controle sobre diversas regiões devido ao tamanho do império;
 aumento dos impostos dos cidadãos e dos tributos dos vencidos;
 corrupção política;
 crise no fornecimento de escravos com o fim das guerras de expansão;
 continuidade das lutas civis entre patrícios e plebeus;
 a difusão do cristianismo.

O fim do poderio romano constituiu um longo processo, que durou centenas de anos. A partir daí,
começou a se formar uma nova organização social, política e econômica, o sistema feudal, que
predominou na Europa ocidental até o século XV.
Como vivia o povo romano na Antiguidade

Para o povo romano a vida urbana era um padrão a ser seguido até mesmo pelos camponeses que
visitavam Roma ocasionalmente.

Além de centro político, administrativo, econômico e cultural, a cidade de Roma foi palco de
inúmeras diversões populares como teatro, as corridas de biga, os jogos de dados e as lutas de
gladiadores, uma paixão nacional.

As habitações da maioria dos romanos eram simples. A população mais pobre vivia em pequenos
apartamentos, em edifícios de até seis andares, que apresentavam riscos de desabamento e
incêndio. Apenas uma minoria vivia em casas amplas e confortáveis, com água canalizada, rede
de esgoto, iluminação por candelabros, sala de banhos e luxuosa decoração interior.

A infância em Roma

Assim como na Grécia, a educação dos romanos variava de acordo com a classe social e o sexo.

Os meninos das classes privilegiadas aprendiam a ler e a escrever em latim e grego com seus
preceptores, isto é, com professores particulares. Além disso, deviam ter conhecimentos de
agricultura, astronomia, religião, geografia, matemática e arquitetura.

Em relação aos meninos das classes menos abastadas, isso mudava de figura. A maioria, que não
podia dispor de tempo integral para os estudos, dedicava-se ao trabalho agrícola ou artesanal.

O abandono de crianças, tão comum nos dias de hoje, também existia na Roma Antiga, e as
causas eram variadas. Abandonados, meninos e meninas estavam destinados à prostituição ou à
vida de gladiadores, treinados para enfrentar leões, tigres e outros animais perigosos. Outros
ainda se tornavam servos.

Ricos e pobres abandonavam os filhos na Roma antiga. As causas eram variadas: enjeitavam-se
ou afogavam-se as crianças malformadas, os pobres, por não terem condições de criar os filhos,
expunham-nos, esperando que um benfeitor recolhesse o infeliz bebê, os ricos, ou porque tinham
duvidas sobre a fidelidade de suas esposas ou porque já teriam tomado decisões sobre a
distribuição de seus bens entre os herdeiros já existentes.

Importante assinalar que, na Antiguidade, grega e romana, o infanticídio era praticado. A


legislação da Roma imperial tentou condenar essa prática, e o imperador Constantino, desde 315
– reconhecendo a importância do fator econômico na prática do abandono por pais extremamente
pobres -, procurou fazer funcionar um sistema de assistência aos pais, para evitar que vendessem
ou expusessem seus filhos. Depois de 318 o infanticídio passou a ser punido com a morte.

Os trabalhadores de Roma

Em Roma, como nas demais cidades do Império, existiam diferentes tipos de trabalhadores, como
carpinteiros, marceneiros, cesteiros, ceramistas, caldeireiros. Toda a produção desses
trabalhadores era vendida nas lojas das cidades.

É preciso lembrar que grande parte do trabalho na cidade era executada por escravos. Em sua
maioria prisioneiros de guerra, eram eles os responsáveis por qualquer tipo de trabalho, desde os
artesanais até os domésticos.

O papel das mulheres

As mulheres, independentemente da classe social a que pertenciam, eram educadas


primeiramente para ser esposas e mães. Era responsabilidade das mulheres mais abastadas a
administração de suas casas, dos escravos e a criação dos filhos. Em hipótese alguma poderiam
participar das decisões políticas. Além disso, deveriam ensinar às suas filhas a arte de fiar, tecer e
preparar a comida.

As mulheres de classes menos favorecidas podiam trabalhar ao lado de seus maridos ou


administrar seu próprio negócio, quando solteiras. Existia ainda um grupo de mulheres virgens
que dedicava toda a vida a zelar pela chama sagrada de Vesta, deusa do fogo,. As vestais, como
eram chamadas, deixavam suas famílias entre os 6 e os 10 anos para passar aproximadamente 30
anos vivendo ao lado do templo, sem que pudessem casar. Diferentemente de outras mulheres, as
vestais não tinham de obedecer aos pais ou maridos, possuíam o direito de se sentar nos
melhores lugares nas lutas de gladiadores e eram tratadas com respeito pelo sexo oposto.

A vida conjugal

Dentre as instituições romanas destacou-se o casamento. Em Roma, com apenas 12 anos as


meninas se casavam por intermédio de arranjos familiares, isto é, os pais escolhiam os maridos
para as filhas. Um casamento com cerimônia pública era importante para mostrar à sociedade que
os nubentes pertenciam a uma família de posses.

O divórcio também era comum, e pelos motivos mais variados, não precisando, muitas vezes,
nem esclarecer a causa da separação. Ao findar o processo legal, o pai da moça recebia de volta o
dote ofertado à época do casamento, e os filhos do casal eram entregues aos ex-maridos.

Como se vestiam os romanos

As vestimentas variavam de acordo com o sexo e com a categoria social. As mulheres solteiras
vestiam uma túnica sem mangas que ia até os tornozelos; após o casamento, passavam a usar
trajes com mangas. As mulheres mais ricas vestiam roupas de seda e algodão, enquanto as mais
pobres usavam lã ou linho. Os homens livres trajavam túnica de linho ou lã, até os joelhos, para
não atrapalhar os movimentos. Os trabalhadores vestiam roupas de couro, devido à maior
durabilidade. A toga, manto comprido, era usada apenas pelos cidadãos a partir dos 14 anos.

Os acessórios também constituíam elementos importantes ma indumentária. Era comum as


mulheres utilizarem anéis, colares, pulseiras, braceletes e tornozeleiras, além de maquiagem e
perucas. Os homens, para completar seus trajes, davam mais ênfase às sandálias, aos chinelos e
às botas de feltro ou couro.

O direito romano

Desde criança, o romano era educado para atender as necessidades do estado e respeitar as
tradições e os costumes. Uma série de normas regia a conduta dos cidadãos tanto na vida familiar
como na vida pública. Daí surgiram leis que orientavam as relações entre os indivíduos. Reunidas,
essas leis formaram códigos jurídicos, que deram origem ao Direito Romano.

O Direito Romano dividia-se em duas esferas: a pública e a privada. O Direito público era
composto pelo Direito civil, válido para os cidadãos romanos, e pelo Direito estrangeiro, válido
para os povos conquistados. O Direito privado regulava as relações entre as famílias.

O Direito foi uma das grandes contribuições dos romanos para as sociedades ocidentais. Seus
fundamentos, adaptados e reelaborados, foram adotados por diversos povos, servindo de base até
hoje para muitas sociedades.

A cultura romana

A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos
aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.

Os balneários (casas de banhos) romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde
os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus
relacionamentos pessoais.
Balneário romano

A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império,
dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.

A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não


conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que
deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo.

Literatura, arquitetura e arte

A mais conhecida obra literária dos romanos é Eneida. Ela foi escrita pelo poeta Virgílio, a pedido
do imperador Augusto. A intenção de Virgílio em Eneida é glorificar a cidade de Roma. O livro,
escrito em forma de versos, narra a lenda do herói troiano Enéias.

Segundo a história de Virgílio, Enéias teria fugido para a península Itálica depois da Guerra de
Tróia. Lá teria fundado Alba Longa, o reino pertencente ao avô de Rômulo e Remo, fundadores
lendários de Roma.

A Roma declamada por Virgílio tinha a missão divina de proporcionar paz e vida civilizada ao
mundo. O imperador Augusto, por sua vez, era o designado pelos deuses para tornar a realidade
essa missão.

A arte romana foi influenciada tanto por etruscos, um dos povos que ocuparam a península Itálica,
quanto por gregos.

Na arquitetura, por exemplo, os romanos herdaram dos etruscos o arco e a abóbada, que
aperfeiçoaram, além de desenvolver novas técnicas de construção; dos gregos aproveitaram as
colunas.
Interior do Panteão, pintura de Giovanni Paolo Pannini, realizada no século XVII. Essa construção,
do início da era cristã, ainda existe. (abóbada)

Na escultura, as principais obras romanas foram as estátuas eqüestres e os bustos.

Estátua eqüestre do Imperador Marco Aurélio


Busto de Marco Aurélio

Ciências e tecnologia

O desenvolvimento que os romanos alcançaram nas ciências foi bastante limitado e sofreu
marcante influencia dos gregos. A medicina somente passou a ter um caráter científico depois que
os primeiros médicos gregos se estabeleceram em Roma; a matemática e a geometria que os
romanos conheceram também não alcançaram progresso significativo.

Na astronomia, as noções alcançadas pelos romanos também não ultrapassaram aquelas herdadas
da Grécia. Eles sabiam da existência de cinco planetas e tinham idéias não muito precisas a
respeito do movimento da Lua em torno da Terra. Seus conhecimentos astronômicos permitiram
que, no tempo de César (em 46 a.C.), fosse elaborado um novo calendário – o calendário Juliano
– que sobreviveu até os fins do século XVI (1582), sendo substituído pelo calendário gregoriano,
devido ao papa Gregório XIII. Esse calendário, que não é muito diferente do Juliano, foi adotado
porque os astrônomos descobriram algumas inexatidões no antigo calendário romano.

A medição do tempo, para os romanos, apresentava dificuldades que somente puderam ser
superadas séculos mais tarde. Os dias eram divididos em 24 horas (12 diurnas, 12 noturnas). Os
relógios existentes mostravam as horas pelo deslocamento da sombra em relação à posição do Sol
durante o dia.

Os romanos numeravam as horas contando-as a partir do nascer do Sol. Assim, o clarear do dia
acontecia na primeira hora; a sexta-hora correspondia ao meio-dia; a nona hora equivalia ao meio
da tarde, e assim por diante.

Os dias dos meses foram divididos em fastos e nefastos. Dias fastos eram considerados
inteiramente favoráveis; nefastos, os dias negativos para algumas atividades, como as comerciais
(por exemplo, o comércio não podia funcionar naqueles dias).

Os primeiros dias do mês eram denominados calendas; os dias 5 e 7 chamavam-se nonas; e os


dia 13 e 15 recebiam o nome de dos. Eram considerados de má sorte os meses de março, maio e
metade de junho.

A geografia entre os romanos foi inteiramente baseada nos ensinamentos aprendidos dos gregos,
e a cartografia limitou-se ao conhecimento e à elaboração de itinerários; mapas rudimentares que
indicavam, unicamente, os percursos que ligavam diferentes lugares do império.

Na história, os romanos limitavam-se à narração dos fatos acontecidos em épocas determinadas.


Os historiadores procuravam, ainda, destacar um sentido moral, extraído dos episódios estudados.
Entre os historiadores romanos, tiveram destaque Tito Lívio, Tácito e Suetônio.

Foi na ciência do direito que se revelou o gênio dos romanos antigos. Em 450 a.C., ocorreu a
promulgação da Lei das Doze Tábuas, o primeiro código escrito de leis elaborado em Roma.
Durante quase um milênio, a partir daquela data, o direito romano sofreu uma evolução contínua,
cujo apogeu foi marcado pela elaboração do Código de Justiniano, em 535 d.C., quando o Império
do Ocidente já havia sido invadido pelos bárbaros.

Religião Romana

No culto familiar uma prática muito comum era a existência de santuários domésticos, onde eram
cultuados os deuses protetores do lar e da família. Os deuses protetores da família eram os Lares.

Os bens e os alimentos estavam sob a proteção de divindades especiais, os Panates ou Penates.


Esses deuses eram cultuados pelo chefe da família junto à lareira, onde o fogo permanecia sempre
aceso. Durante as refeições, os romanos espalhavam junto ao fogo migalhas de alimentos e gotas
de leite e de vinho, como oferendas às divindades. Com isso, acreditavam conseguir a proteção
dos deuses. Nas festas familiares oferecia-se aos deuses o sacrifício de um animal (boi, carneiro
ou porco), que depois era dividido entre todas as pessoas da família.

Além dos deuses ligados a família, havia os que eram cultuados pelos habitantes da cidade. O
culto público era organizado pelo Senado. Com ele, os fiéis esperavam obter dos deuses boas
colheitas ou vitórias nas guerras.

Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião
diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e
assassinados em várias províncias do império romano.

Os doze principais deuses de Roma correspondiam aos principais deuses gregos. O quadro a
seguir mostra a correspondência:

Júpiter: deus dos deuses da religião romana

Os deuses romanos eram os mesmos da Grécia, porém com outros nomes.

Atribuições
Nome romano Nome grego

Júpiter Zeus Pai dos deuses; deus do céu.

Mãe dos deuses; protetora das mães e


Juno Hera
esposas.

Marte Ares Deus da guerra.

Vênus Afrodite Deusa do amor.

Deusa da vegetação, das colheitas, da


Ceres Deméter
fertilidade da terra.

Diana Ártemis Deusa da caça.

Apolo Apolo Deus da luz; protetor das artes.


Mensageiro dos deuses; deus das estradas;
Mercúrio Hermes protetor dos comerciantes, dos viajantes e dos
ladrões.

Vulcano Hefesto Deus do fogo; protetor dos ferreiros e oleiros.

Deusa do fogo doméstico; protetora da


Vesta Héstia
família e das cidades.

Minerva Atena Deusa da sabedoria

Netuno Posêidon Deus dos mares.


Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram a religião politeísta (crença em
vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida
pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica.

Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os
romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica.

Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem deuses. Esta prática
começou a partir do governo do imperador Júlio César (anexo).

Diferentemente da crença grega, os deuses romanos não agiam como mortais, isto é, não tinham
como os homens e os deuses gregos, virtudes e defeitos. Por isso não há relatos das suas
atividades, como na mitologia grega.

No início da Idade Média, com seu significativo crescimento, o cristianismo absorveu todas as
crenças e outras práticas ligadas à religião desenvolvida pelos romanos e passou a ser
considerada religião oficial do Império Romano, desta forma a prática do politeísmo foi, aos
poucos, sendo abandonada.

O cristianismo

No período Imperial surgiu em Roma uma nova religião: o cristianismo. Monoteísta, essa religião
pregava a salvação eterna, isto é, o perdão de todos os pecados e a recompensa de viver no
paraíso após a morte. Seu deus era um só – Deus - e Jesus Cristo, seu filho, era o messias que
tinha sido enviado à Terra para difundir seus ensinamentos.

Economia

A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas
tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos. Tudo isso para facilitar as trocas
comerciais entre as várias regiões.

Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio
marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo.

Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva
proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos,
utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da
Ásia e do norte da África.

O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o
mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império.

A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram


confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes
diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam
moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários.
Moeda romana em ouro representando as duas faces de Janus - 225-212 a.C.

Moeda romana

O exército romano

As conquistas do Império Romano deveram-se principalmente à firmeza e à disciplina de seus


exércitos. A maior unidade de exercito era a legião, que contava com 4.800 soldados cada uma.
No apogeu do Império, a Paz Romana era defendida por trinta legiões, ou seja, 144 mil soldados.

Os legionários eram muito hábeis na construção de pontes flutuantes para atravessar os rios.
Essas pontes e a capacidade de manter um ritmo de marcha de mais ou menos 32 quilômetros
por dia permitiam que as legiões se movimentassem muito depressa.

O legionário protegia-se com um capacete e uma e uma couraça. As pernas e os joelhos também
tinham proteção. No braço esquerdo usava um escudo de madeira coberto de couro. Nos pés
calçava sandálias de couro com pregos de ferro nas solas.
As armas ofensivas eram três: o pilo (tipo de lança com cerca de dois metros), o gládio (espada
curta de lâmina pontiaguda com dois gumes) e o punhal.

Gládio romano

Faziam parte também, do equipamento do legionário utensílios e ferramentas (cantil, caçarola,


marmita, pá, enxada, foice, etc.), além de alimentos (cereal), roupas e um estojo de primeiros-
socorros. Todo equipamento pesava cerca de 40 quilos e era transportado numa espécie de
armação de madeira e metal em forma de T.

A maioria dos soldados no tempo do império eram voluntários, isto é, alistavam-se no exército
porque queriam e não porque fossem obrigados. Para ser legionário era preciso ser cidadão
romano e ter pelo menos 1,74m de altura. O candidato quando aceito, ia para um acampamento
onde treinava marcha, cavalgada, nado e combate.
O coliseu

O Coliseu, em Roma

Coliseu de Roma, interior.


Mundialmente conhecido, o Coliseu, construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído,
durante o governo de seu filho Tito, é um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga. A
parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado; nas
três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos, e na quarta, pequenas janelas
retangulares.

Os assentos eram de mármore e a escadaria ou arquibancada dividia-se em três partes,


correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a meaniana, setor
destinado à classe média; e os pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ficava no
podium e era ladeada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Por cima dos
muros ainda se podem ver as bases de sustentação da grade de cobertura de lona destinada a
proteger do sol os espectadores. Para evitar problemas nas saídas dos espetáculos, os arquitetos
projetaram oitenta escadarias de saída. Em menos de três minutos, o Coliseu podia ser totalmente
evacuado. Suas arquibancadas tinham capacidade para 80 mil pessoas.

O Coliseu de Roma foi construído sobre o lago da casa de Nero, a Domus Áurea e ficou conhecido
como Colosseo (Coliseu) porque ali foi achada a estátua gigante (colosso) do imperador.

Conta a história que os gladiadores lutavam na arena e que o Coliseu, era o lugar onde os cristãos
eram lançados aos leões. Para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras, em 80
d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil
gladiadores.

As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de
uma clima misterioso e símbolo do Império Romano e da cidade eterna.

Símbolos e curiosidades Roma

Devido à sua história milenar, são associados vários símbolos a Roma: o Coliseu, a Lupa Capitolina
, os símbolos do cristianismo, e o famoso acrônimo S.P.Q.R., utilizado durante a expansão
imperial para designar as terras como sendo d' O Senado e (d)o Povo Romano.
As cores da cidade são o dourado e vermelho, representando, respectivamente, o cristianismo e o
Império Romano.
Também devido à sua longa história, e dada a sua importância, Roma sempre teve uma população
diversa, caracterizada pelos diversos fluxos migratórios. Assim, costuma-se dizer que um
verdadeiro romano é aquele cuja família viveu em Roma pelo menos durante sete gerações.

Principais imperadores romanos

 Augusto (27 a.C. - 14 d.C)


 Tibério (14-37)
 Caligula (37-41)
 Nero (54-68)
 Marco Aurelio (161-180)
 Comodus (180-192).

Roma hoje

Com uma população de quase 3 milhões de habitantes, Roma é a capital da Itália. Nela situa-se o
Vaticano, território independente, sede da igreja católica, e onde reside o papa.
Ao fundo, a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Construída no século XVII por Bernini, pintor,
escultor e arquiteto italiano. A obra apresenta uma perfeição técnica considerada inigualável.

Colunata da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

As praças e ruas do centro histórico romano são consideradas o maior museu ao ar livre do
mundo.
Igrejas, edifícios, estátuas, monumentos formam um inestimável tesouro de arte e cultura.
Milhões de turistas visitam a cidade todos os anos.

Quase 12 mil pessoas, entre técnicos, funcionários da administração, vigias e operários, tem como
única ou principal atividade a proteção e a conservação do patrimônio artístico e cultural da
cidade. Apesar disso, os edifícios históricos e as obras de arte estão seriamente ameaçados.

Um dos maiores inimigos dos monumentos históricos de Roma é a poluição causada pela fumaça
lançada dos veículos. Ela provoca uma reação química que esfarinha as pedras, mesmo as mais
duras e resistentes. A velocidade da corrosão já foi até calculada: é de 5 milímetros em cada trinta
anos. Esse ritmo vem arruinando baixos-relevos, colunas, portas e esculturas de valor inestimável.

O governo italiano está investindo para restaurar esse patrimônio. Mas restaurar não é suficiente:
é preciso conservar. Para isso, estão sendo tomadas medidas para que a área do centro histórico
romano deixe de ser uma das poluídas da Europa.

Fontana di Trevi, em Roma.

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