Resumos de História

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Resumos de História (2º teste)

A cidade que se fez império


Diz a lenda que Roma foi fundada em 753 a.C. por Rómulo (um dos gémeos que a sacerdotisa Reia
Sílvia concebera de Marte, deus da Guerra). Na realidade, surgiu a partir de um pequeno povoado.
Despertando a inveja dos seus vizinhos, acabou dominada pelos Etruscos, povo vindo da Toscânia,
que ao fornecer muralhas, esgotos, uma malha urbana moderna e uma nova organização política e
social, contribuiu muito para o seu alargamento. Nesse espaço de dois séculos e meio foi governada
por reis, ou seja, pela Monarquia.
 Em 509 a.C., os aristocratas romanos expulsaram os Etruscos e instituíram a República,
mas mantém as instituições políticas e as classes sociais (patrícios e plebeus).
 A Roma torna-se uma grande nação conquistadora!
 Razões: necessidades de defesa (contra Cartago); glória, riqueza e ambição.
 Uma expansão lenta, mas organizada leva-a á conquista de um grande Império (estado
constituído por vários territórios, mas cuja autoridade política e económica está acolhida só
num deles), que se vai espalhar pelas duas margens do Mediterrâneo (mare nostrum – o
nosso mar).
 Extenso (no espaço) e duradouro (no tempo), recebendo uma enorme diversidade de povos,
o Império Romano marcou profundamente marcou profundamente a civilização ocidental.

Um mundo de cidades
A cultura romana esteve sempre ligada á cidade. Á semelhança da Grécia, as cidades eram
consideradas as células ideais da administração. Assim, por todo o Império Romano, após a
conquista, era feita a promoção da vida urbana, com a criação ou reorganização dos centros urbanos.
O Império Romano tornou-se, assim, um mundo de cidades, com autonomia e estrutura
administrativa própria.

As instituições republicanas
Era sobre este espaço urbanizado que Roma estendia o seu domínio, impondo-se como a Urbe
(termo usado na Antiga Roma e que designa uma cidade rodeada de muralhas, que assim se
diferencia do seu território ou distrito rural) de referência. Mas, mesmo que a importância
administrativa das cidades, a enorme extensão do Império Romano exigia um poder forte, capaz de
irradiar a autoridade máxima de Roma e também de assegurar a ordem e a segurança nas províncias.
Nos primeiros cinco séculos (VI a I a.C.), essa tarefa coube ao regime republicano. Nesse período, o
poder político foi exercido por um conjunto de instituições prestigiadas, cujo bom funcionamento
deu a Roma a ordem e a força necessárias para a conquista de um grande império. Eram elas:
Senado
 Assembleia constituída por notáveis/cidadãos mais prestigiados – ordem senatorial: 300 (de
início), 900 (com Júlio César) e 600 (com Augusto).
 Carácter permanente e enorme influência política (administrativa e legislativa).
 Funções: validar as leis votadas nos comícios, administrar as províncias, decidir da
política externa (paz, guerras e alianças), controlar o tesouro e a atuação dos magistrados.

Comícios
 Assembleia periódica de carácter popular representativa do povo de Roma.
 Função: eleição dos magistrados e votação das leis propostas por estes.

Magistrados
 Exercício de altos cargos executivos no aparelho de Estado em resultado de eleição pelos
comícios. As Magistraturas eram anuais/colegiais, e o seu exercício constituía uma
carreira pública – o cursus honorum, que abria as portas do Senado (questor, edil, pretor,
cônsul).
 Possuíam poder executivo, judicial, militar e administrativo.
 2 Tipos: Magistrados ordinários e Magistrados extraordinários.
Legenda:
1
Invioláveis e Sagrados, tinham direito de veto sobre qualquer decisão que pudesse prejudicar
os plebeus, fossem elas vindas das Magistraturas ou do Senado.
2
Poder de soberania.
3
Poder de representar o povo romano.
4
Poder de administrar a justiça.

O fim da república
- Nos primeiros cinco séculos, foi a estas instituições republicanas que coube o governo de
Roma. E no século I a.C. eram ainda elas que conduziam os destinos do Império, quando tinham
sido criadas só para a administração de um pequeno território...!
- Foi devido a esta diferença, que Roma mergulhou numa profunda crise política, marcada por
violentas perseguições e sangrentas guerras civis.
1) O Império Romano cresceu, e muitos problemas de âmbito militar, económico, social e
político, já não eram resolvidos pelas instituições republicanas (a miséria da plebe, os constantes
confrontos entre plebeus e senadores, a restrição do poder dos tribunos, a gestão das
províncias...).
2) Fenómeno novo era a ambição pessoal de governadores e políticos...
- Apareceram várias guerras civis, a maior parte das vezes promovidas pela oligarquia senatorial
romana que, ora dava o seu apoio a determinados governadores, ora alinhava ao lado de certos
generais, pensando que dessa forma se protegia e conseguiria conservar os seus privilégios.
- Ora, desejando a paz, o Senado viu-se obrigado, com o tempo, a fazer cada vez mais
concessões, chegando ao ponto de confiar a um reduzido nº de homens um grande comando,
com tudo o que isso representava de falência das instituições republicanas tradicionais.
- Surge o 1.º Triunvirato (Júlio César, Pompeu e Crasso).
- Júlio César vai concentrar em si todo o poder. Nomeado ditador vitalício, controla o Senado
e o Exército. Torna-se senhor de Roma. Adorado pelo povo, quis restaurar a monarquia. Mas,
acusado de pretender eliminar as instituições e liberdades romanas, é assassinado em pleno
Senado, em 44 a.C. A República resistia ainda ao poder autocrático (os aristocratas romanos,
inconscientes da gravidade da crise, atribuíam à ambição perversa de César aquilo que, na
realidade, era um ajustamento político indispensável)...

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