Andrea Marinho Becker - Tese de Mestrado
Andrea Marinho Becker - Tese de Mestrado
Andrea Marinho Becker - Tese de Mestrado
COIMBRA
2013
ANDRA MARINHO BECKER
COIMBRA
2013
III
AGRADECIMENTOS
Ms. Denise Elena Grilo por ser mais que uma professora. Sempre
companheira e disposta a ajudar qualquer aluno. Dedicada a 200% ao que faz. Sem
saber, me deu a energia necessria no final deste percurso, fazendo que eu voltasse
a sonhar.
Aos amigos Amanda Cavalcanti, Eudisley Gomes dos Anjos e Paulo Geovane
e Silva, por me receberem em vossa casa, a cada retorno a Coimbra, com todo o
carinho que uma famlia pode dar.
A cada dia que vivo, mais me conveno de que o desperdcio da vida est no amor que no damos,
nas foras que no usamos, na prudncia egosta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento, perdemos tambm a felicidade.
A dor inevitvel. O sofrimento opcional.
Carlos Drummond de Andrade
Talvez no tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito.
No sou o que deveria ser, mas Graas a Deus, no sou o que era antes
Marthin Luther King
VIII
RESUMO
ABSTRACT
Introduction: Along with the changes occurring during the human aging, quality of
life is an important factor for an elderly. As a multifaceted construct, this is positively
influenced by an active lifestyle promoted by physical exercises programs, provided
that these are planned and managed by skilled specialists. Objectives: 1) To carry
out an exploratory analysis of the WHOQOL-Bref and WHOQOL-Old instruments on
the elder Portuguese population; 2) To compare the levels of quality of life and self-
esteem of aged people, depending on gender, pathology, age, regular practice of
physical exercise, practice time (in months), and type of physical exercise performed.
Sample: The final sample for such analysis is made by 141 elders, 56,7% men and
43,3% women, between 60 and 87 years old, living in the district of Coimbra,
Portugal. Instruments: The instruments used for the data gathering were a version
of the Rosembergs Self-esteem Scale adapted to the Portuguese population by
Ferreira (2001), and an adaptation of the WHOQOl-Bref e WHOQOL-Old in
European Portuguese, realized by the authors of the actual study. Method: The data
analysis was performed using Principal Component Analysis (PCA), parametrical and
non-parametrical tests. The results were found statistically significant with p-values
0,05. Results: WHOQOL-Bref e WHOQOL-Old instruments both show good
psychometric results when evaluating quality of life of older Portuguese population.
About independent variables, the biggest statistically significant difference between
groups is present in physically active and sedentary elders. Aged people regularly
practicing physical exercise hit the best levels of quality of life and self-esteem.
RESUMEN
LISTA DE TABELAS
Tabela 12: Coeficiente de alfa de Cronbach () dos fatores extrados pelo critrio de
raiz latente (autovalores >1) da escala WHOQOL-Bref............................................. 77
Tabela 18: Coeficiente de alfa de Cronbach () dos fatores extrados pelo critrio de
raiz latente (autovalores >1) da escala WHOQOL-Old.............................................. 85
Tabela 20: Coeficiente de alfa de Cronbach () dos seis fatores extrados da escala
WHOQOL-Old ........................................................................................................... 88
Tabela 22: Valores descritivos da mdia e desvio padro do total e dos domnios da
qualidade de vida analisados pelo instrumento WHOQOL-Bref da amostra. ............ 91
Tabela 23: Valores descritivos da mdia e desvio padro do total e das facetas da
qualidade de vida avaliadas pelo instrumento WHOQOL-Old no presente estudo. .. 92
Tabela 26: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel gnero - Teste t de Student. ................................ 97
Tabela 27: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel idade- ANOVA. .................................................... 98
Tabela 28: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel estado civil Teste Kruskal-Wallis....................... 99
XIII
Tabela 29: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel nmero de patologias relatadas ANOVA. ....... 100
Tabela 30: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel exerccio fsico - Teste t de Student. .................. 101
Tabela 32: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel tempo de prtica Teste Kruskal-Wallis. ........... 103
Tabela 33: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel exerccio de fora, aulas de grupo e piscina,
praticados pelo grupo ativo Teste t de Student. .................................................. 106
Tabela 34: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel exerccio aerbico e desporto, praticados pelo
grupo ativo - U de Mann- Whitney. .......................................................................... 107
Tabela 35: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel variedade de exerccio praticado pelo o grupo ativo
ANOVA. ................................................................................................................. 108
XIV
LISTA DE FIGURAS
Figura 8: Facetas e itens da verso final do WHOQOL-Old (Fleck et al., 2006). ...... 62
ABREVIATURAS E SIGLAS
AC - Autoconceito
AF - Atividade Fsica
EF - Exerccio Fsico
IE ndice de Envelhecimento
QV Qualidade de Vida
SUMRIO
AGRADECIMENTOS ................................................................................................. V
RESUMO................................................................................................................. VIII
ABSTRACT ............................................................................................................... IX
RESUMEN ................................................................................................................. X
1. INTRODUO ................................................................................................... 19
3. AUTOESTIMA GLOBAL..................................................................................... 43
4.4.1 WHOQOL-Bref....................................................................................... 59
5. METODOLOGIA ................................................................................................ 62
1. INTRODUO
1.1 Contextualizao
Sobre a expectativa de vida (EV), fontes da OMS (WHO, 2011) verificaram que
em 2009 a populao mundial possua a faixa etria mdia de 68 anos, variando
entre os 57 anos, em pases de baixa renda, e os 80 anos, em pases de renda mais
elevada. Em Portugal foi observado que de 1990 a 2009 a EV subiu de 74 anos para
79 anos, dentre os resultados as mulheres apresentam maiores valores.
Dentre elas, observamos que cada vez mais se investiga e divulga-se sobre
estilos de vida saudveis e possveis influncias no processo de envelhecimento,
20
A qualidade de vida geral foi utilizada nos discursos da OMS com o foco de
mudar a viso da sade para um olhar mais amplo e holstico. Pensando que a
sade plena envolve diversas dimenses que gravitam sobre o ser humano, essa
entidade em 1998 criou um projeto de nvel mundial para desenvolverem um
instrumento (WHOQOL-Bref) que contemplasse as diversas dimenses da qualidade
21
2. QUEM O IDOSO?
Essa diviso criada feita partindo do pressuposto que todos estes indivduos
tenham caractersticas similares e peculiares da idade (em anos) que os tornam
comuns em determinados aspectos.
Nessa discusso, Neri (1995) destaca que a idade cronolgica apenas mais
um indicador do processo de desenvolvimento dos seres vivos e no uma varivel
independente do mesmo. O que nos leva a questionar sobre quais fatores esto
sendo utilizados e ressaltados para criar classificaes, que por sua vez iro criar
um impacto psicossocial.
Atravs dessa linha de reflexo, definir exatamente quem o Idoso acaba por
se tornar uma tarefa difcil, e isso ocorre porque se observarmos e compararmos
dois indivduos com a mesma idade cronolgica que tiveram percursos e
27
Podemos verificar este ponto de vista atravs de Martins (2008), que afirma
que a idade deve ser analisada com outras variveis, como especificidades culturais,
geogrficas, fsicas, entre tantas outras, que iro influenciar esta concepo do
idoso, exemplificando que um idoso na Europa ir ter perspectivas fsicas,
psicolgicas e sociolgicas, diferentes de um idoso da sia ou frica.
A imagem criada a cerca dos indivduos idosos tem relao com o prprio
significado da palavra envelhecimento, que comum a todos os seres vivos.
Segundo PRIBERAN (2009) o ato de envelhecer tornar-se desusado e velho, onde
velho obsoleto e adjetivo usado referente ao avano da idade.
projetado para o ano de 2050 que 80% da populao idosa, a nvel mundial,
estaro residindo em pases em desenvolvimento. Atualmente o pas que apresenta
a maior expectativa de vida o Japo com mdia de 82,2 anos (WHO, 2010).
Spirduso (2005) afirma que estimativas menos conservadoras apontam que a
expectativa de vida at o ano de 2040 poderiam aumentar em at 20 anos.
Figura 2: Estimativa e projeces da populao residente em Portugal de 2005-2050 por faixa etria
(INE, 2008).
30
Figura 3: Pirmide etria de Portugal: estimativa e projeces por gnero (INE, 2008).
Outro fator agregado que os genes possuem um projeto biolgico que dura
at a fase da procriao, aps este perodo eles perdem a efetividade ao longo do
tempo fazendo com que o processo citado anteriormente ocorra de maneira mais
acelerada.
Entretanto, o autor afirma que aceitar essa viso como nica contentar-se
com meia verdade, isso porque defende que necessrio ter um olhar global do
envelhecimento enquanto processo, como tambm sobre os idosos enquanto
indivduos de caractersticas bipsicossociais. Ter uma viso unilateral do processo
34
Walker (2002) concorda que este processo no pode ser visto apenas como
um fator biolgico, e afirma que o envelhecimento influi e influenciado tambm
pela dimenso social.
Justamente por esse motivo que Netto e Ponte (2002) levantam uma
problemtica sobre essa temtica, questionando se o processo interno que ocorre
com o avanar da idade responsvel, por si s, pela degradao do sistema ou
35
2.3.1 Psicolgico
Para Gallahue e Ozmun (2001), possvel que a sade mental dos idosos
esteja relacionada intimamente com a incapacidade funcional.
36
2.3.2 Social
Essa mudana de paradigma passa a ser ao menos curiosa, por assim dizer,
pois antigamente os cabelos brancos e as rugas, representavam simbolicamente um
sujeito sbio, respeitado por suas experincias vividas e que normalmente as dividia
com os mais jovens da sociedade que estava inserido. Atualmente, com a influncia
do presente sistema econmico, onde os valores passam a ser vinculados
produtividade, tecnologia e rentabilidade, o antigo formato do ser sbio passou a
tornar-se anacrnico e depreciado.
Outro fator enunciado por Walker (2002), que na Unio Europeia cada vez
mais comum encontrar idosos que vivam sozinhos, entre as justificativas, o autor nos
apresenta as mudanas no ambiente familiar onde h um aumento de divrcios em
idades avanadas.
2.3.3 Fsico
Sabe-se que a estrutura ssea passa, durante todo perodo da vida, por
constantes processos de remodelamento. Segundo Spirduso (2005), a perda de
38
Se estima que aos 85 anos, 60% das mulheres tenham sofrido com fratura no
pulso e 33% no quadril (Gonzalo, 2005a).
extenso da coluna em que dos 20-29 aos 70-84 ano a perda foi de 18 graus. Os
autores afirmam que a diminuio ocorreu em maior valor no plano da extenso da
coluna, pois no um movimento que utilizamos repetidas vezes durante nossa
rotina diria.
da tenso arterial, reduo dos nveis de colesterol LDL, aumento do colesterol HDL,
diminuio da resistncia a insulina, melhora do controle da glicemia.
Esses resultados nos mostram que com a atividade fsica muitas vezes
conseguimos reverter o quadro de declnio das capacidades fsicas caracterstico do
envelhecimento e muitas vezes at mesmo melhorar os resultados em comparao
ao prprio indivduo, como tambm preveno e auxilio na melhora de quadros de
alteraes psquicas.
43
3. AUTOESTIMA GLOBAL
4. QUALIDADE DE VIDA
Essa situao ocorre porque ao longo dos anos, desde sua apario at os
dias de hoje, o termo qualidade de vida foi utilizada em distintos cenrios e abordada
sobre os diferentes prismas, como por exemplo, o poltico, o econmico, o
educacional, da sade, entre outros. Somado a diversidade de dimenses
contempladas, as intenes que direcionavam os discursos tambm eram diferentes
em cada momento cronolgico.
A primeira vez que o termo foi mencionado ocorreu no ano de 1920 no livro de
Pigou, que o relacionava com questes de economia e bem-estar, discutindo sobre
o suporte governamental para as classes sociais mais baixas e como ele impactava
em suas vidas e nos cofres pblicos (Wood-Dauphinee, 1999).
Nesta mesma dcada foi publicado por Elkington no medical journal, o primeiro
artigo sobre o tema intitulado como Medicine and Quality of Life (Wood-Dauphinee,
1999).
Para McAuley e Elavsky (2006), de uma maneira geral, durante algum tempo, a
QV estava associada a indicadores de sade, mais especificamente em funo dos
ndices de morbidade e mortalidade. Para Minayo, Hartz e Buss (2000), esses
ndices ainda so utilizados quando a QV vista em um sentido mais restrito e
vinculados sade, centralizando na capacidade de viver sem doenas ou superar a
condio de morbidade.
Walker (2006) tambm ressalta que, ainda hoje, muitas das investigaes
relacionadas com QV esto inseridas no contexto de modelo social positivista e que
apenas centram-se na sua relao com o estado de sade. Para os autores
Gonalves, Marinho, Maciel, Galindo Filho e Dornelas de Andrade (2006), este
estado uma medida de funcionalidade e bem-estar, usada de modo comum para
referir aos aspectos de sade.
Em sua leitura, Minayo, Hartz e Buss (2000), chamam ateno para a produo
literria sobre QV, dizendo que o foco est demasiado concentrado em fatores
mdicos, caracterizando-se por uma viso econmica e bioestatstica da sade.
as individuals` perception of their position in life in the context of the culture and
value systems in which they live in relation to their goals, expectations, standards and
concerns.
WHO (1997), ainda afirma que esse conceito amplo e que ainda afetado de
forma complexa pela sade fsica, crenas pessoais, relaes sociais, estado
psicolgico, relao com caractersticas marcantes no ambiente em que vive e nvel
de independncia.
Os autores Urza et al. (2011) relatam que o estado de sade geral, estado de
sade mental e fsico, apoio social e bem-estar psicolgico so algumas das
variveis que esto relacionadas com a QV do idoso. Llobet e vila (2011) trazem
estudos na rea da QV na velhice, em que os idosos determinam os fatores que
consideram importantes em suas vidas, entre eles descrevem a autonomia,
atividades de cio e tempo livre, relaes familiares, o apoio familiar e social, estado
de sade, o estado do local onde vive, os contatos sociais, a disponibilidade
econmica, o ambiente, os recursos e aos servios e acesso eles, e a satisfao
com as condies de vida.
No geral, parece que a QV com os passar dos anos tende a diminuir, sendo a
idade, tambm, um fator importante que influenciar seus nveis (Llobet & vila, 2011;
Selai & Trimble, 1999; Shepard, 2003; Hernndez citado por Mora, Villalobos, Araya
& Ozols, 2004).
Esse fato muitas vezes relatado por algumas pesquisas que avaliam a QV
baseada no ajuste dos anos, com intuito de obter valores sobre o impacto das
polticas de sade utilizadas pelos sistemas de sade nacionais, chegando ao
denominador do capital de sade que, segundo Garca-Alts et al. (2006), o valor
que tem a sade sobre os aspectos da esperana de vida e da qualidade de vida
relacionada sade.
Sobre as diversas variveis que rodeiam a QV dos idosos, Spirduso (2005) nos
traz alguns fatores que interagem entre si e que afetam a QV dessa populao,
principalmente nos mais debilitados, sendo eles: fatores sociais e sexuais; cognitivos
e emocionais; fsicos; satisfao com a vida e sensao de bem-estar; condio de
sade; energia e vitalidade; recreao e condio econmica.
Entre os diversos fatores, Blane et al. (2008) em sua leitura verificaram que
existe um grande nmero de estudos que averiguaram que existe uma forte
associao entre a e qualidade de vida e a sade relatada pelo sujeito. Walker
(2006) apresenta justamente, que para a avaliao pessoal de uma boa qualidade
de vida, os idosos valorizam a percepo individual do nvel de sade, como
tambm a ausncia de depresso, otimismo pessoal e a manuteno das
capacidades cognitivas.
Ainda em relao aos aspectos fisiolgicos e QV, Blane et al. (2008) atravs de
anlises dos resultados do projeto English Longitudinal Study of Ageing (ELSA),
entre os anos de 1998 e 2001, afirmam que a limitao funcional, mensurada
atravs da funo pulmonar e ndice de massa corporal, um importante fator entre
relao da dimenso fsica e a QV. Outro dado pertinente apontado pelos autores
que a depresso clnica parece ser um importante mediador entre limitao funcional
e QV, ou seja, quando os sujeitos apresentam um nvel de depresso baixo ou nulo,
a dimenso fsica tem menor influncia negativa os nveis de QV.
Devemos lembrar que o exerccio fsico (EF) deve ser visto sobre um prisma da
dimensionalidade, uma vez que, se realizado forma qualificada, competente,
responsvel e tica, ele pode causar mudanas de estruturas fsicas e psicossociais.
Foi constatado em nossa leitura que boa parte dos artigos que estudam o
impacto de algumas variveis sobre a QV, muitas vezes no utilizam instrumentos
especficos para tal objetivo.
Schwartzmann (2003) tambm atenta para esta situao, afirmando que muitos
investigadores tomam um enfoque operativo e sugerem que seus instrumentos
meam o constructo da QV, entretanto o que realmente medem um ou alguns dos
aspectos da capacidade do individuo, do que ele sente ou prefere. O autor ainda
afirma que os instrumentos esto mais centrados nas propriedades psicomtricas,
como por exemplo, a confiabilidade, do propriamente explicar o modelo conceitual
de que partem.
4.4.1 WHOQOL-Bref
Fleck et al. (2000) afirmam que no havia, at ento, nenhum instrumento que
avaliasse a qualidade de vida em uma perspectiva transcultural para o uso
internacional.
Cada centro teve como mnimo uma amostra de 300 sujeitos, sendo que todas
elas deveriam ter como pr-requisitos de incluso que 50% deveriam ser homens,
metade da amostra deveria ter menos que 45 anos e a outra metade deveria ter
mais de 45 anos, das 300 pessoas, 250 deveriam ter alguma doena ou
impedimento e 50 deveriam ser consideradas saudveis (WHOQOL Group, 1998b).
Uma das vantagens deste instrumento descrito no WHO (1997), que ele pode
ser autoadministrado no caso dos sujeitos da pesquisa possurem habilidades para
tal, caso contrrio a aplicao pode ocorrer tambm atravs do auxlio do
entrevistador/pesquisador ao individuo durante o preenchimento ou ento
administrando o questionrio por completo (interviewer-assisted; interviewer-
administered).
4.4.2 WHOOL-Old
A anlise de campo foi realizada com uma amostra total de 5.566 sujeitos de
provindos dos centros colaboradores, variando entre um mnimo de 116 indivduos
de Edimburgo- Esccia, e de 455 indivduos de Umea- Sucia (Power, Quinn,
Schmidt & The WHOQOL-OLD Group, 2005; The WHOQOL-OLD, 2007).
Este instrumento foi validado para a lngua portuguesa pelo grupo WHOQOL
do Brasil, ligado Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entretanto, at o
presente momento no existe nenhum artigo com os dados da validao deste
instrumento para o portugus europeu.
Como afirma Vaz Serra et al. (2006a) necessrio adaptar e validar para a
populao portuguesa o instrumento que j foi validado para o portugus do Brasil,
uma vez que existem diferenas lingusticas e culturais.
5. METODOLOGIA
Na ficha descritiva, continha itens para colocar dados como gnero, estado
civil, data de nascimento, patologias, medicamentos e dosagem que toma
64
Autonomia 3, 4, 5, 11
Atividades Passado, Presente e Futuro 12, 13, 15, 19
Morte e Morrer 6, 7, 8, 9
O local de coleta dos dados foram os ginsios Holmes Place, Phive e Fit & Fun,
Centro de Dia 25 de Abril, Fundao Freire, Asilo Quinta Verde e Igreja Adventista
do Sptimo dia.
N M MA MI DP
Masculino 80 69,14 86 60 6,951
Masculino Feminino FR % FA %
SO 3 9 8,7 8,7
CA 63 31 68,1 76,8
DI 7 6 9,4 86,2
VI 4 15 13,8 100
Ativos Sedentrios FR %
Masculino 64 16 56,74
Feminino 37 24 43,26
Total 101 40
Legenda: N (nmero total de sujeitos) e FR (frequncia relativa em
percentagem).
verificar que maioria das pessoas em nossa amostra, cerca de 46,8% do total,
apresentavam entre 2 e 3 patologias.
Masculino Feminino
N FR % FA % N FR % FA
%
SED 16 18,8 18,8 24 39,3 39,3
Legenda: SED (No realiza exerccio fsico regular ou o faz a menos de trs meses), N
(nmero absoluto de sujeitos), FR (frequncia relativa em percentagem) e FA (frequncia
acumulada).
Tabela 8: Nmero de pessoas ativas que compe os subgrupos do tipo de exerccio fsico
praticado.
N Sim No FR %
Exerccios aerbicos 101 85 16 82,2
DTE 3 1 44 48
TMTE 2 2 24 28
Legenda: UTE (um tipo de exerccio fsico), DTE (dois tipos de exerccios
fsicos) e TMTE (trs ou mais tipos de exerccios fsicos).
1663,952 com p= 0,000. Esses valores nos permitiram realizar a anlise fatorial
exploratria (Field, 2009).
Fiabilidade
Tabela 10: Coeficiente de correlao item-total e alfa de Cronbach () se o item for excludo
da escala Whoqol-Bref (n=26).
tem CI-T IE
1 ,565 ,902
2 ,587 ,900
3 ,565 ,901
4 ,412 ,905
5 ,581 ,900
6 ,556 ,901
7 ,443 ,903
8 ,649 ,899
9 ,478 ,902
10 ,620 ,900
11 ,473 ,902
12 ,295 ,906
13 ,390 ,904
14 ,442 ,903
15 ,546 ,901
16 ,458 ,903
17 ,769 ,897
18 ,646 ,899
19 ,648 ,900
20 ,401 ,904
21 ,344 ,905
22 ,492 ,902
23 ,439 ,903
24 ,381 ,904
25 ,439 ,903
26 ,512 ,902
Legenda: CI-T (correlao do item e valor total da escala) e IE (alfa de
Cronbach da escala excluindo o item).
Sugere-se que para a realizao da anlise fatorial que a amostra deve ter no
mnimo cinco amostras/sujeitos para cada item. Alguns autores como Hair et al.
(2009) e Pascuali (2001) sugerem que o ideal dessa proporo ser de 10
amostras/indivduos para cada item.
O nosso estudo preenche os requesitos mnimos do n da amostra, somando-
se aos valores apresentados de KMO e Bartlett, realizamos anlise dos
componentes principais do questionrio WHOQOL-Bref, tambm conhecida como a
anlise fatorial exploratria.
Ressaltamos que Pascuali (1999b) afirma que se faz necessrio verificar
quantos e quais so os fatores representados na escala em uma nova populao,
principalmente no que se refere aplicao de escalas em diferentes pases e
culturas. O autor ainda enfatiza que sempre que haja pesquisas envolvendo
avaliao subjetiva e a amostra apresente os requesitos mnimos, deve-se realizar a
anlise de fator para verificar se a pesquisa avalia efetivamente o que ela se prope
a avaliar.
Como procedimento inicial para aplicao da anlise fatorial na escala
WHOQOL-Bref os itens 1 e 2 so omitidos, devido pertencerem ao subdomnio de
qualidade de vida geral, e posteriormente rodamos os itens pelo critrio de raiz
latente de autovalor maior que 1.
Atravs do mtodo de extrao de anlise dos componentes principais e
mtodo de rotao Promax, obtivemos a soluo inicial de sete fatores com
autovalor maior que 1 para a Escala de WHOQOL-Bref (Tabela 11) com a varincia
explicada para tais fatores de 64,75%, porm verificamos que existiram cargas
fatoriais cruzadas elevadas, impossibilitando a agrupao dos itens que formam o
fator. Verificamos que houve dez itens (5, 10, 13, 16, 17, 19, 21, 22, 23 e 26) com
cargas fatoriais cruzadas.
76
Tabela 11: Cargas fatoriais da Escala de WHOQOL-Bref extradas pelo critrio de raiz
latente (autovalor >1) rotacionadas pelo mtodo de Promax com normalizao de Kaiser.
tem F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
1
2
7 ,980
5 ,710
8 ,683
6 ,639
18 ,606
10 ,458 ,370
17 ,439 ,336
4 ,871
3 ,811
15 ,714
26 ,338 ,311
14 ,842
9 ,771
13 ,436 ,589
20 ,923
22 ,782 ,475
19 ,412 ,444
24 ,826
25 ,765
23 ,447 ,452
11 ,441
12 ,781
21 ,414 ,671
16 ,359 ,414
(% Varincia) 31,936 8,164 6,073 5,663 5,180 4,375 4,375
% Varincia Acum. 31,936 40,100 46,173 51,836 57,017 61,391 65,603
o resultado da tabela para cada domnio continham todos os itens, tendo itens que
se repetiram em mais de um fator.
Tabela 12: Coeficiente de alfa de Cronbach () dos fatores extrados pelo critrio de raiz
latente (autovalores >1) da escala WHOQOL-Bref
Fatores Cronbach
1 0,868
2 0,802
3 0,680
4 0,752
5 0,652
6 0,390
7 0,511
Verificamos na tabela 13, que ainda houve fatores com cargas cruzadas, mas o
nmero foi substancialmente reduzido aps a rotao induzida a quatro fatores,
78
agora apenas cinco itens (6, 7, 10, 19 e 24) apresentam cargas fatoriais cruzadas
sendo que em dois itens (7 e 24) as cargas apresentadas so inversas.
tem F1 F2 F3 F4
1
2
7 ,897
18 [,692]
8 ,688]
17 [,610]
11 ,609
19 ,590 [,467]
10 [,563]
5 ,525
6 ,486
16 [,428]
26 ,423
4 ,853
3 ,654
21 [,604]
15 ,565
24 [,414] [-,422]
20 ,814
23 [,725]
22 ,648
14 ,766
13 ,595
9 ,578
12 ,560
25 ,330
(% Varincia) 31,936 8,164 6,073 5,663
% Varincia Acum. 31,936 40,100 46,173 51,836
Nota: Valores relativos ao crossloading entre parntesis.
79
Stevens (2009) j diz que os valores dos fatores devem ser analisados a partir
do tamanho da amostra, que em nosso caso os dados podemos analisar o
intermdio apresentado pelo autor que sugere que em amostras de 100 e 200
indivduos, os valores representativos deveriam ser de 0,512 e 0,364,
respectivamente.
O fato de haver itens com a carga fatorial cruzada foi esperado e descrito no
estudo do WHOQOL (1998), em que afirmam que a maioria dos itens tiverem cargas
maiores que 0,7 no prprio domnio, mas alguns tambm apresentaram cargas
abaixo de 0,4 em outros domnios. Eles mantiveram os itens no domnio que cargas
eram mais elevadas.
Tabela 14: Coeficiente de alfa de Cronbach () dos quatro fatores extrados da escala
WHOQOL-Bref
Tabela 15: Fatores com os respectivos itens na escala original e na escala do presente
estudo referentes ao questionrio WHOQOL-Bref.
Esses valores, segundo Fiel (2009), nos permitiram realizar a anlise fatorial
exploratria.
Fiabilidade
Tabela 16: Coeficiente de correlao item-total e alfa de Cronbach () se o item for excludo
da escala WHOQOL-Old (n=24).
tem CI-T IE
1 ,551 ,875
2 ,492 ,876
3 ,464 ,877
4 ,309 ,882
5 ,539 ,875
6 ,446 ,878
7 ,480 ,877
8 ,482 ,877
9 ,166 ,889
10 ,492 ,876
11 ,422 ,878
12 ,553 ,875
13 ,617 ,873
14 ,415 ,879
15 ,510 ,876
16 ,500 ,877
17 ,446 ,878
18 ,189 ,883
19 ,360 ,880
20 ,443 ,878
21 ,541 ,875
22 ,637 ,873
23 ,586 ,874
24 ,608 ,873
Legenda: CI-T (Correlao do item e com a escala) e IE
(Alfa de Cronbach da escala excluindo o item).
Tabela 17: Cargas fatoriais da Escala de WHOQOL-Old extradas pelo critrio de raiz latente
(autovalor >1) rotacionadas pelo mtodo de Promax com normalizao de Kaiser.
Item F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
23 ,934
21 ,925
24 ,883
22 ,815
2 ,971
1 ,917
10 ,722
20 ,598
8 ,903
6 ,897
85
7 ,897
16 ,817
4 ,802
15 ,732
17 ,584 ,470
14 ,956
11 ,634
5 ,629
13 ,600
12 ,449
18 ,867
9 ,391 ,601
3 ,526 -,560
19 ,507
(% Varincia) 29,77 11,62 7,97 6,74 5,09 4,89 4,70
% Varincia Acum. 29,77 41,40 49,37 56,12 61,21 66,10 70,82
Tabela 18: Coeficiente de alfa de Cronbach () dos fatores extrados pelo critrio de raiz
latente (autovalores >1) da escala WHOQOL-Old
Fatores Cronbach
1 0,927
2 0,839
3 0,807
4 0,751
5 0,777
6 0,534
7 0,281
86
tem F1 F2 F3 F4 F5 F6
23 ,966
21 ,948
24 ,917
22 ,839
2 ,965
1 ,921
10 ,717
20 ,627
8 ,875
7 ,841
6 ,831
9 ,498 [-,467]
5 ,820
3 ,777
15 [,560]
4 ,546
13 [,308] [,320]
17 ,747
19 [,693]
16 [,429] ,509
18 ,425 [,754]
11 [,633]
14 [,443]
12 ,354
(% Varincia) 29,77 11,62 7,97 6,74 5,09 4,89
% Varincia Acum. 29,77 41,40 49,37 56,12 61,21 66,10
Nota: Valores relativos ao crossloading entre parntesis.
87
O mesmo ocorre com o item 18, representado pela questo O quanto est
satisfeito com as oportunidades que tem para participar das atividades da
comunidade?, que tem a carga fatorial de 0,754 para o fator APPF e de 0,425 para
o fator de origem PS (participao social).
Verificamos nestes dois itens (11 e 18) que existe uma linha tnue que divide
estes trs domnios, pois eles so muito prximos uma vez que a autonomia pode
88
Tabela 20: Coeficiente de alfa de Cronbach () dos seis fatores extrados da escala
WHOQOL-Old
Apresentamos na tabela 21, o item que avaliou de cada trao latente na escala
original e no encontrado no presente trabalho, atravs da anlise dos componentes.
89
Tabela 21: Fatores com os respectivos itens na escala original e na escala do presente
estudo referentes ao questionrio WHOQOL-Old.
Essas trs facetas mostraram estar intimamente ligadas, foram as nicas que
apresentaram troca de itens entre elas (destacados em negrito). A faceta
participao social alm de apresentar um item diferente ao formato original, tem
mais dois itens com carga fatorial cruzada.
clculo dos domnios, retiraramos os itens que verificamos, em nossa amostra, por
meio da extrao dos fatores que estavam no domnio que no pertencia ao da
escala original. Entretanto, como foi observado tambm que todos os itens eram
adequados para a escala total (atravs do MSA e alfa de Cronbach do item na
escala), o clculo total tanto do WHOQOL-Bref como o do WHOQOL-Old foram
feitos com todos os itens da escala.
No WHOQOL-Bref o domnio fsico passa a ter trs itens (3, 4 e 15) com valor
de de 0,734; o domnio psicolgico mantm os mesmo itens que o original (5, 6, 7,
11, 19 e 26) tendo o valor de de 0,755; o domnio social perde um item, ficando
com somente dois itens (20 e 22) e com o valor de de 0,695; o domnio ambiental
tambm reduz os itens para cinco itens (9, 12, 13, 14 e 25) e fica com o valor de
de 0,669.
Tabela 22: Valores descritivos da mdia e desvio padro do total e dos domnios da
qualidade de vida analisados pelo instrumento WHOQOL-Bref da amostra.
M MI MA DP
WBref 99,13 68 126 10,254
A somatria dos itens 1 e 2 que criam o item QVG, que ajustado aos valores
para correlao e comparao com os demais domnios, apresentou a mdia global
do valor absoluto de 15,11, desvio padro de 2,359, valor mnimo de 8 e mximo de
20. O domnio fsico e psicolgico tiveram valores da mdia parecidos, sendo de
15,25 e 15,34 com desvio padro de 2,681 e 1,777, respectivamente.
de mdia mais alta foi do domnio social (16,24), mesmo tendo apresentado a
pontuao mnima mais baixa (5,3) entre todos os domnios.
Tabela 23: Valores descritivos da mdia e desvio padro do total e das facetas da qualidade
de vida avaliadas pelo instrumento WHOQOL-Old no presente estudo.
M MI MA DP
WOld 88,40 56 117 10,416
global positiva de 61,56% com desvio padro de 11,8%. Entre os valores possveis,
mnimo (10) e mximo (40), os resultados da amostra foram de 18 e 36,
respectivamente.
N M MI MA DP
140 28,47 18 36 3,543
INT 0,200* 0,285** 0,580** 0,555** 0,407** 0,285** 0,430** 0,336** 0,193*
AEG 0,336** 0,246** 0,618** 0,331** 0,310** 0,378** 0,385** 0,507** 0,257** 0,350**
TWB 0.712** 0,767** 0,854** 0,607** 0,703** 0,440** 0,546** 0,549** 0,266** 0,555** 0,547**
TWO 0,387** 0,420** 0,721** 0,578** 0,536** 0,660** 0,638** 0,542** 0,596** 0,699** 0,500**
Legenda: QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio Psicolgico), DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS
(Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO (Participao Social), MM (Morte e Morrer), INT (Intimidade), AEG (Autoestima Global), TWB (total
WHOQOL-Bref) e TWO (total WHOQOL-Old). ** p .01; * p .05. No foi calculado com base na totalidade dos itens originais
Na tabela 25, podemos ainda ver que a faceta habilidades sensoriais tem
correlao com todas as outras variveis com nvel de significncia de p 0,01,
onde o total do WHOQOL-Old e total do WHOQOL-Bref apresentaram os valores
95
Tabela 26: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel gnero - Teste t de Student.
Masculino Feminino
M DP M DP t p r
Legenda: AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP
(Domnio Psicolgico), DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS (Habilidades
Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO (Participao Social), MM (Morte e Morrer) e INT
(Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p (nvel de significncia), r (effect size). ** p 0,01 e
* p 0,05. No foi calculado com base na totalidade dos itens originais.
padro de 1,99; e grupo com mais de 75 anos teve mdia de 13,86 e desvio padro
de 3,19.
Tabela 27: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel idade- ANOVA.
QVG 15,63 2,01 15,35 1,87 14,06 3,11 5,267 0,006** 0,27
WHOQOL-BREF 100,78 10,12 99,89 8,29 95,86 12,75 2,616 0,077 0,19
WHOQOL-OLD 89,49 9,64 87,71 9,63 88,28 12,58 0,370 0,691 0,07
AUT 14,76 1,89 14,55 2,35 14,92 2,68 0,297 0,743 0,07
PSO 15,38 2,64 14,96 1,55 14,55 1,89 1,629 0,200 0,15
INT 15,51 3,01 15,43 2,41 14,77 3,92 0,695 0,501 0,10
Legenda: AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio Psicolgico),
DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO (Participao
Social), MM (Morte e Morrer) e INT (Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p (nvel de significncia) e r (effect
size). ** p 0,01 e * p 0,05. No foi calculado com base na totalidade dos itens originais.
Tabela 28: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel estado civil Teste Kruskal-Wallis.
AEG 28,71 3,07 26,09 5,59 27,37 3,32 30,77 3,24 0,006**
QVG 15,49 2,09 13,17 3,46 14,00 2,30 15,54 2,02 0,005**
WHOQOL-Bref 100,79 8,93 87,33 14,39 94,95 10,06 103,15 6,05 0,001**
WHOQOL-Old 90,34 9,62 78,33 13,58 86,16 10,68 87,85 7,62 0,026*
AUT 14,78 2,25 13,09 2,65 15,01 2,73 15,59 1,00 0,039*
PSO 15,14 2,14 14,06 1,72 14,52 1,82 15,48 1,59 0,133
INT 16,20 2,30 11,63 4,03 13,94 3,35 15,00 2,76 0,000**
Legenda: AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio Psicolgico),
DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO (Participao
Social), MM (Morte e Morrer) e INT (Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p (nvel de significncia). ** p 0,01 e
* p 0,05. No foi calculado com base na totalidade dos itens originais.
Tabela 29: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel nmero de patologias relatadas ANOVA.
0-1 2-3 4 ou +
Patologias Patologias Patologias
M DP M DP M DP F p r
AEG 28,29 3,37 29,35 3,13 26,94 4,03 5,493 0,005** 0,27
QVG 15,67 1,64 15,52 1,98 13,58 3,11 10,334 0,000** 0,36
WHOQOL-BREF 101,07 8,28 101,15 8,54 92,64 12,91 9,724 0,000** 0,35
WHOQOL-OLD 88,74 8,33 90,30 10,42 84,15 11,78 4,037 0,020* 0,24
AUT 14,66 1,79 14,82 2,45 14,54 2,61 0,176 0,839 0,05
PSO 15,07 1,96 15,23 1,82 14,38 2,42 2,003 0,139 0,17
INT 15,19 2,99 15,84 2,60 14,30 3,66 2,960 0,055 0,20
Legenda: AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio Psicolgico),
DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO (Participao
Social), MM (Morte e Morrer) e INT (Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p (nvel de significncia) e r (effect
size). ** p 0,01 e * p 0,05. No foi calculado com base na totalidade dos itens originais.
Tabela 30: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel exerccio fsico - Teste t de Student.
Ativo Sedentrio
M DP M DP t p r
Legenda: AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio
Psicolgico), DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT
(Autonomia), PSO (Participao Social), MM (Morte e Morrer) e INT (Intimidade), M (mdia), DP (desvio
padro), p (nvel de significncia) e r (effect size). ** p 0,01 e * p 0,05. No foi calculado com base
na totalidade dos itens originais.
N M DP t P r
Tabela 32: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel tempo de prtica Teste Kruskal-Wallis.
Legenda: AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio
Psicolgico), DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia),
PSO (Participao Social), MM (Morte e Morrer) e INT (Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p (nvel
de significncia). ** p 0,01 e * p 0,05. No foi calculado com base na totalidade dos itens originais.
AEG 29,17 3,35 28,89 3,23 0,41 0,683 0,04 29,57 3,49 28,63 3,07 1,446 0,151 0,14 29,1 3,17 29 3,57 0,147 0,884 0,01
QVG 15,75 1,76 15,73 1,77 0,056 0,956 0,00 15,4 1,99 16,04 1,47 -7,188 0,077 0,19 15,9 1,73 16 1,8 0,904 0,368 0,09
WHOQOL-BREF 102 8,55 101,3 8,25 0,416 0,679 0,04 101,1 9,03 102,26 7,88 -0,676 0,501 0,07 103 7,46 98 9,2 3,132 0,002** 0,30
WHOQOL-OLD 90,47 8,81 88,86 9,61 0,852 0,396 0,08 88,66 9,81 90,94 8,38 -1,262 0,21 0,12 90,9 8,61 88 9,84 1,623 0,108 0,16
DF 16,28 2,34 16,1 1,98 0,377 0,707 0,04 15,76 2,43 16,61 1,93 -1,942 0,055 0,19 16,4 2,07 16 2,47 1,074 0,285 0,10
DP 15,83 1,53 15,69 1,53 0,442 0,659 0,04 15,84 1,54 15,72 1,51 0,379 0,706 0,04 16,1 1,38 15 1,62 2,908 0,004** 0,28
DS 15,43 1,96 15,35 1,7 0,222 0,824 0,02 15,06 1,99 15,7 1,71 -1,736 0,086 0,17 15,6 1,75 15 2,06 1,184 0,239 0,11
DA 14,81 1,52 14,74 1,73 0,201 0,841 0,02 14,8 1,62 14,77 1,58 0,119 0,905 0,01 15,1 1,55 14 1,54 2,514 0,014* 0,24
HS 16,84 2,5 16,62 2,49 0,429 0,669 0,04 16,55 2,45 16,94 2,53 -0,785 0,434 0,08 17 2,46 16 2,54 1,207 0,23 0,12
AUT 14,91 1,69 15,17 2,02 -0,68 0,5 0,07 14,95 1,9 15,06 1,74 -0,306 0,76 0,03 15,2 1,71 15 1,98 1,489 0,14 0,15
PSO 15,18 2,19 15,09 1,93 0,203 0,839 0,02 15,03 2,11 15,25 2,09 -0,533 0,595 0,05 15,3 1,93 15 2,38 1,229 0,222 0,12
MM 13,54 3,2 12,89 4,01 0,9 0,37 0,09 13,04 3,64 13,53 3,42 -0,702 0,484 0,07 13,5 3,65 13 3,24 0,79 0,432 0,08
INT 15,93 2,53 15,56 2,43 0,716 0,475 0,07 15,57 2,73 16 2,27 -0,854 0,395 0,08 15,9 2,39 16 2,72 0,293 0,77 0,03
Legenda: EFN (no realiza exerccio de fora), EFS (realiza exerccios de fora), AGN (no realiza aulas de grupo), AGS (realia aulas de grupo), PIN (no realiza exerccios na
piscina), PIS (realiza exerccios na piscina), AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio Psicolgico), DS (Domnio Social), DA
(Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO (Participao Social), MM (Morte e Morrer) e INT (Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p
(nvel de significncia) e r (effect size). * p 0,05. No foi calculado com base na totalidade dos itens originais.
originais.
106
Tabela 34: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e qualidade de vida para a varivel exerccio
aerbico e desporto, praticados pelo grupo ativo - U de Mann- Whitney.
AEG 29,07 3,34 29 2,23 614 0,881 -0,01 29,31 3,64 29,02 3,24 230,5 0,536 -0,06
QVG 15,71 1,78 16,4 0,89 675,5 0,393 -0,08 15,75 1,77 15,74 1,76 195,5 0,959 -0,05
WHOQOL-BREF 101,58 8,53 104,54 5,37 612 0,466 -0,07 100,42 10,67 101,98 7,97 193,5 0,526 -0,06
WHOQOL-OLD 89,76 8,99 92,2 11,9 675 0,888 -0,01 90,75 11,89 89,72 8,55 231 0,963 0
DF 16,18 2,22 16,8 2,16 595,,50 0,751 -0,03 16,31 3,07 16,2 2,03 220 0,425 -0,07
DP 15,77 1,55 16 0,66 664,5 0,551 -0,06 15,66 1,66 15,8 1,5 202,5 0,884 -0,01
DS 15,37 1,9 16 0 636,5 0,368 -0,09 15,37 1,74 15,41 1,89 187,5 0,657 -0,04
DA 14,74 1,59 15,68 1,33 608,5 0,106 -0,16 14,6 2,03 14,82 1,5 139 0,497 -0,07
HS 16,72 2,52 17,4 1,81 647 0,771 -0,03 16,56 2,68 16,8 2,47 222 0,751 -0,03
AUT 14,98 1,84 15,46 1,19 514,5 0,558 -0,06 15,58 1,8 14,9 1,8 203,5 0,114 -0,16
PSO 15,09 2,03 16,26 3,18 595 0,37 -0,09 14,5 3,29 15,27 1,78 185 0,41 -0,08
MM 13,34 3,46 12,6 4,87 466 0,523 -0,06 15,06 3,08 12,97 3,51 199,5 0,045* -0,2
INT 15,77 2,53 16,4 1,51 591 0,796 -0,02 15,25 3,21 15,9 2,34 224,5 0,378 -0,09
Legenda: DEN (no realiza desporto), DES (realiza desporto), EAN (no realiza exerccio aerbico), EAS (realiza exerccios aerbicos),
AEG (autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio Psicolgico), DS (Domnio Social), DA
(Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO (Participao Social), MM (Morte e Morrer) e INT
(Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p (nvel de significncia) e r (effect size). * p 0,05. No foi calculado com base na
totalidade dos itens originais.
107
108
Sobre a variedade do tipo de exerccio fsico (tabela 35), visto que nenhuma
das variveis psicolgicas apresentaram diferenas estatisticamente significativas
entre os grupos que praticam um, dois ou 3 ou mais tipos de exerccio fsico.
Tabela 35: Valores de mdia, desvio padro e significncia para autoestima global e
qualidade de vida para a varivel variedade de exerccio praticado pelo o grupo ativo
ANOVA.
UT DT TMT
M DP M DP M DP F p r
AEG 29,88 3,26 29,27 3,36 28,18 3,05 1,867 0,160 0,19
QVG 15,33 2,25 15,83 1,58 15,93 1,58 0,859 0,427 0,13
WHOQOL-BREF 101,28 9,64 102,60 8,26 100,54 7,80 0,565 0,570 0,11
WHOQOL-OLD 90,38 9,24 90,13 9,52 89,21 8,63 0,123 0,884 0,05
AUT 15,38 1,71 14,83 1,85 15,00 1,87 0,739 0,480 0,12
PSO 15,11 2,53 15,22 2,01 15,19 1,82 0,022 0,978 0,02
INT 15,29 2,64 16,10 2,69 15,71 2,01 0,861 0,426 0,13
Legenda: UT (um tipo de exerccio), DT (dois tipos de exerccios), TMT (trs ou mais exerccios) AEG
(autoestima global), QVG (qualidade de vida geral), DF (Domnio Fsico), DP (Domnio Psicolgico),
DS (Domnio Social), DA (Domnio Ambiental), HS (Habilidades Sensoriais), AUT (Autonomia), PSO
(Participao Social), MM (Morte e Morrer) e INT (Intimidade), M (mdia), DP (desvio padro), p (nvel
de significncia) e r (effect size). ** p 0,01 e * p 0,05. No foi calculado com base na totalidade
dos itens originais.
Sobre item 16, O quanto est satisfeito (a) com o seu sono?, sabemos que o
distrbio do ritmo do sono, segundo Carvalho e Fernandes (2002), um dos
sintomas da depresso, o que um fator de cunho psicolgico. Carvalho &
Fernandes (2002) afirmam que na velhice a probabilidade de padecer de depresso
mais elevada, sendo que entre os distrbios psquicos a depresso representa de
60 a 80% dos casos.
Verificamos em nossos resultados que a depresso foi uma das doenas que
mais foram descritas pelos voluntrios da pesquisa, e essa resultante apenas levou
111
Dessa maneira provvel que a insatisfao com o sono pode no ser apenas
decorrente de um fator puramente fsico, mas provavelmente da influencia da inter-
relao entre aspectos fisiolgicos e psicolgicos.
Acerca do item 17, O quanto est satisfeito (a) com sua capacidade de
desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?, podemos relacionar que a
deteriorao fsica leva a depreciao de algumas variveis psicolgicas como a
diminuio da autoestima, insatisfao com a vida, entre outras, segundo Carvalho e
Fernandes (2002), acarretando problemas nos domnios fsico e psicolgico.
Na questo 18, O quanto est satisfeito (a) com sua capacidade para o
trabalho?.
Hwanget et al. (2003) tambm relataram que essa questo apresentou carga
cruzada estudo desenvolvido com a populao idosa chinesa. Os autores
apresentaram a discusso de que os idosos atravs da auto-interpretao podem
associar as atividades relacionadas ao trabalho produtivo sob a viso da sociedade
112
Esta diferena encontrada, tambm pode ser vista no estudo de Fleck et al.
(2000) que relataram que durante o processo de adaptao do WHOQOL-100 para
verso abreviada (WHOQOL-Bref), eles tiveram problemas na correlao de itens
que pertenciam ao domnio ambiental, porque apresentaram cargas fatoriais mais
elevadas no domnio psicolgico.
Sobre a questo 24. O quanto est satisfeito (a) com o seu acesso aos servios
de sade?
Essa questo parece ser pertinente em avaliar os aspectos sociais que envolvem
os idosos, uma vez que a palavra condies no remete a interpretao apenas do
aspecto material (pavimentao da rua ou, por exemplo, estrutura arquitetnica da
casa ou asilo em que residem).
Aqui poderamos pensar nos fatores sociais que gravitam o local de residncia e
talvez o mais fcil de exemplific-los a vizinhana. Normalmente comum ver
idosos morarem no mesmo local durante anos, principalmente nas aldeias e cidades
menores, muitas vezes desde a infncia, e acabam por conhecer os vizinhos e
funcionrios dos comrcios ao redor, criando relaes mais estreitas entre todos,
onde todos se cumprimentam, conhecem os nomes e criam um ambiente quase que
114
Referente questo 21 At que ponto est satisfeito (a) com sua vida sexual?,
verificamos que ela avaliava os aspectos sociais na escala original e em nossa
amostra avaliou aspectos fsicos.
A relao com alguma deteriorao fsica tambm pode ser uma causa. Foi
encontrado que uma proporo substancial de ausncia de respostas sobre a
sexualidade em pacientes com cncer no Reino Unido (19%) e pacientes com
doena heptica crnica doena nos Pases Baixos (12-21,9%), enquanto as taxas
de valor em falta nos demais itens foram de < 5% (Hwang et al., 2003).
116
Essa particularidade pode tambm ser observada nos resultados obtidos por
Halvorsrud, Kalfoss e Diseth (2008), em que todos os itens domnio PPF tiveram
cargas cruzadas com outros domnios como o AUT e INT.
Neste sentido Crooks (1999) nos traz o estudo realizado pela Alliance for
Aging Research, em que verificaram que entre os maiores medos no que diz
respeito ao envelhecimento o maior, apontado por 64% dos idosos, o de ir viver
em um asilo.
A questo 15, O quanto est satisfeito com aquilo que alcanou na sua
vida?, pode ser analisada atravs da faceta AUT, justamente, em relao perda
dela. Aqui podemos tentar perceber que apesar de tudo o que alcanou na vida
relacionado aos bens materiais, profissionais, construo de uma famlia e outros
fatores que sempre fazem parte dos planos das pessoas durante a fase inicial da
vida adulta, muitas vezes ficam em segundo plano porque com a diminuio ou
perda da autonomia, acabam por no poderem gozar plenamente dos feitos ou
pelas suas limitaes ou pelo como elas refletem na expectativa dos outros em
relao ao sujeito idoso.
Referente questo 19 O quanto est feliz com as coisas que pode esperar
daqui para frente? verificamos que a mesma tambm avaliava a faceta de
119
Uma das hipteses para a relao entre as facetas e este item, seria o fato de
os possveis planos so baseados no ambiente que nos envolve, o que inclui
tambm as relaes estabelecidas com as outras pessoas. No caso do idoso, talvez
entre os laos sociais mais presentes, poderamos atentar a relao com o conjugue
e filhos (e netos).
Aqui podemos pensar que as relaes sociais no presente, que podem ter
sido construdas no passado como tambm no presente, o que determina em
grande parte a quantidade de atividade realizada por uma pessoa idosa durante o
seu dia-a-dia, o que quer dizer que tanto para idosos institucionalizados como no
institucionalizados, as atividades do presente tem alta relao com o que o ambiente
social estimula. Por exemplo, o ingresso ou o egresso em atividades realizados em
um centro (como cursos de artesanato, programa de exerccio fsico, viagens)
estimulado por parentes, amigos, cuidadores e/ou profissionais da sade.
Esse talvez seja o item em a relao entre a AUT e a faceta PPF seja mais
fcil de visualizar, isso porque os planos pessoais para o presente e passado ficam
120
restritos pela autonomia que o sujeito tem de execut-los, que pode ser de cunho
fsico, social e psicolgico.
A estreita relao entre os trs domnios (AUT, PSO e PPF) tambm foi
relatada pelos representantes do grupo WHOQOL Portugal1, Leplge et al. (2013) e
Eser, Saatli, Eser, Baydur e Fidaner (2010).
Halvorsrud et al. (2008) e Power et al. (2005) consideraram que a faceta PPF
e os itens que a compe, um fator confuso e fraco.
1
Relato feito pessoalmente em reunio entre a pesquisadora responsvel do presente estudo e representante do
grupo WHOQOL Portugal, Dr Maria Manuela Perreira Vilar.
121
Nos demais estudos o valor de alfa de Cronbach para o total da escala variou
entre 0,89 em Portugal2 (Vilar, Simes, Sousa, Firmino, Paredes & Lima, 2010), 0,70
em Austrlia (Pell, Bartlett & Marchall, 2007), 0,84 em Espanha (Lucas-Carrasco et
al., 2010), 0,85 em Turquia (Eser et al., 2010), 0,89 na Noruega (Halvorsrud et al.,
2008), 0,83 no Chile (Urza et al., 2011).
Como em nosso estudo, Vilar et al. (2010), tambm verificaram que a faceta
com a menor correlao com a varivel qualidade de vida foi a faceta morte e
morrer. No estudo de Lucas-Carrasco et al. (2010) a varivel morte e morrer
apenas se correlacionou significativamente com a faceta habilidades sensoriais.
Eser et al. (2010) e Urza et al. (2011) verificaram que a morte e morrer teve a
mdia e as correlaes mais baixas entre facetas e o valor total de WHOQOL-Old.
2
A validao autorizada do WHOQOL-Old est sendo realizada pela prof Maria Manuela Pereira Vilar,
professora da faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra e integrante do grupo WHOQOL Portugal,
entretanto por uma defasagem temporal, s se foi sabido esta informao no perodo da discusso dos dados
(dois anos depois de iniciar o projeto de pesquisa do presente estudo).
122
tentando abord-la em linhas gerais, e mesmo considerando o fato que viver sozinho
no significa necessariamente sentir-se solitrio, provvel que o isolamento traga
consigo sentimentos como a solido, levando ao aparecimento de distrbios
psicolgicos como a depresso.
No caso de idosos divorciados, merece ressaltar mesmo em casos que a
pessoa tenha filhos isso no significa necessariamente que ter o aporte afetivo e
apoio emocional, porque como vimos, em muitos casos os idosos acabam por serem
abandonados pelos familiares mais prximos, tanto no dia-a-dia como quando so
levados aos asilos.
Sobre a relao entre os grupos etrios e a qualidade de vida geral, os
resultados obtidos vo de encontro com o esperado pela literatura, em que Llobet e
vila (2011), Selai e Trimble (1999), Shepard (2003) e Hernndez citado por Mora,
Villalobos, Araya e Ozols (2004) indicaram que com o avanar da idade aumenta a
probabilidade de diminuir a qualidade de vida.
8. CONCLUSES
3
O questionrio utilizado foi a verso portuguesa europeia no oficial, entretanto este no possui diferenas
lingusticas ou estrutrais que pudessem alterar os resultados. Revisto junto com a prof Dr Maria Vilar,
responsvel do grupo WHOQOL-Old Portugal.
130
Entre todas as variveis independentes, o exerccio fsico regular foi o fator que
mais influenciou positivamente nos nveis de qualidade de vida e autoestima global.
9. CONSIDERAES FINAIS
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of Human Kinetics.18: 99-108.
142
Anexos
Prezada Instituio:
Esta pesquisa tem como objetivos: a) validar os questionrios de qualidade de vida (WhoQol- OLD) com a
populao idosa portuguesa; b) analisar e comparar a percepo da qualidade de vida e autoestima em idosos ativos
e sedentrios da cidade de Coimbra. Para tal solicitamos a autorizao desta instituio para possvel triagem de
colaboradores, e para a aplicao de nossos instrumentos de coleta de dados; o material e o contato interpessoal no
oferecero riscos de qualquer ordem aos colaboradores e instituio.
O material ser posteriormente analisado e ser garantido sigilo absoluto sobre os dados coletados, sendo
resguardado o nome dos participantes, bem como a identificao do local da coleta de dados. Os indivduos no
sero obrigados a participar da pesquisa, podendo desistir a qualquer momento.
A divulgao do trabalho ter finalidade acadmica, esperando contribuir para um maior conhecimento do
tema estudado. Os dados coletados sero utilizados no trabalho final da aluna Andra Marinho Becker para obter o
Grau de Mestre em Exerccio e Sade com Populao Especial pela Faculdade de Educao Fsica e Desporto da
Universidade de Coimbra Portugal e possveis publicaes de cunho cientfico.
Quaisquer dvidas que existirem agora ou depois podero ser livremente esclarecidas, bastando entrar em
contato conosco no telefone abaixo mencionado.
De acordo com estes termos, favor assinar abaixo. Uma cpia ficar com a instituio e outra com os
pesquisadores. Obrigado.
...................................................
_________________________________________
Assinatura do representante da instituio
Esta pesquisa tem como objetivos: a) validar os questionrios de qualidade de vida (WhoQol- OLD) com a
populao idosa portuguesa; b) analisar e comparar a percepo da qualidade de vida e autoestima em idosos ativos
e sedentrios da cidade de Coimbra. Para tal solicitamos a autorizao desta instituio para possvel triagem de
colaboradores, e para a aplicao de nossos instrumentos de coleta de dados; o material e o contato interpessoal no
oferecero riscos de qualquer ordem aos colaboradores e instituio.
O material ser posteriormente analisado e ser garantido sigilo absoluto sobre os dados coletados, sendo
resguardado o nome dos participantes, bem como a identificao do local da coleta de dados. Os indivduos no
sero obrigados a participar da pesquisa, podendo desistir a qualquer momento.
A divulgao do trabalho ter finalidade acadmica, esperando contribuir para um maior conhecimento do
tema estudado. Os dados coletados sero utilizados no trabalho final da aluna Andra Marinho Becker para obter o
Grau de Mestre em Exerccio e Sade com Populao Especial pela Faculdade de Educao Fsica e Desporto da
Universidade de Coimbra Portugal e possveis publicaes de cunho cientfico.
Quaisquer dvidas que existirem agora ou depois podero ser livremente esclarecidas, bastando entrar em
contato conosco no telefone abaixo mencionado.
De acordo com estes termos, favor assinar abaixo. Uma cpia ficar com a instituio e outra com os
pesquisadores. Obrigado.
...................................................
_________________________________________
Assinatura do participante voluntrio
(ANEXO III)
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
11. Pratica exerccio fsico regular? Caso afirmativo, responda as questes 10 e 11. (Consideramos regular a
prtica de exerccio de, pelo menos, 2 vezes na semana com durao de mnimo 30 minutos).
11.1( ) Sim 11.2 ( )No
12Nos ltimos trs meses teve que deixar de participar do programa de exerccio fsico regular por algum
motivo? 12.1 ( ) No 12.2( ) Sim. Qual foi o motivo? ________________________
13. H quanto tempo participa num programa de exerccio fsico regular?
13.1 ( ) Entre 3 a 6 meses 13.2( ) Entre 6 a 9 meses 13.3 ( ) Entre 9 a 12 meses 13.4 ( ) + 12 meses.
14. Qual o tipo de exerccio que realiza semanalmente? Colocar ao lado o nmero de frequncia que
pratica a atividade durante o perodo de 7 dias e durao mdia de cada sesso/aula.
Exemplo (2x por semana) Natao (45 min/dia)
14.1 Exerccios Cardiovasculares ao ar livre de baixo impacto- caminhada, andar de bicicleta em modo
passeio, patinar, passear com o cachorro a ritmo acelerado, etc (____x semana____min/dia).
14.2 Exerccios Cardiovasculares ao ar livre de mdio/mdio alto impacto Corrida lenta (Joguing),
corrida, andar de bicicleta em montes, etc (____x semana____min/dia).
14.3 Exerccios Cardiovasculares em aparelhos em locais fechados (ginsio, casa, etc) Passadeira,
bicicleta, eliptica, step, remo (____x semana____min/dia).
14.4 Musculao/Fora (____x semana____min/dia).
14.5 Personal Trainer (____x semana____min/dia).
14.6 Natao (____x semana____min/dia).
14.7 Hidroginstica (____x semana____min/dia).
14.8 Manuteno aula de grupo (____x semana____min/dia).
14.9 Pilates (____x semana____min/dia).
14.10 BodyBalance (____x semana____min/dia).
14.11 BodyVive (____x semana____min/dia).
14.12 Yoga (____x semana____min/dia).
14.13 RPM/ Cycling (____x semana____min/dia).
14.14 Outras ____________________________________________ (____x semana____min/dia),
_____________________________ (____x semana____min/dia), ______________________________
__________________________(____x semana____min/dia).
146
(ANEXO IV)
(ANEXO
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Faculdade de Cincias do Desporto e Educao Fsica
Para cada item faa uma cruz sobre o rectngulo que corresponde concepo de valor que tem
por si prprio(a):
(ANEXO V)
Deve assinalar com um crculo em torno do nmero que melhor corresponde o quanto
recebe dos outros o apoio que necessita nestas duas ltimas semanas. Neste exemplo
iria assinalar o nmero 4 se recebeu Muito apoio dos outros, ou iria assinalar o nmero 1
se no se recebeu Nada de apoio dos outros.
Por favor, leia cada questo, pense no que sente e assinale o nmero da
escala que melhor traduza a sua resposta para cada questo.
Leia cada questo e circule no nmero que lhe parece a melhor resposta.
sade?
As questes seguintes so sobre o quanto tem sentido algumas coisas nas ltimas duas
semanas.
Muito Mais ou
Nada Bastante Extremamente
pouco menos
3 Em que medida acha que a suas dores (fsicas) o (a)
1 2 3 4 5
impede de fazer o que precisa fazer?
4 Em que medida precisa de cuidados mdicos para levar
1 2 3 4 5
sua vida diria?
5 O quanto aproveita a vida? 1 2 3 4 5
6 Em que medida acha que a sua vida tem sentido? 1 2 3 4 5
7 O quanto consegue se concentrar? 1 2 3 4 5
8 O quanto se sente seguro (a) na sua vida diria? 1 2 3 4 5
9 O quanto o seu ambiente fsico (clima, barulho,
1 2 3 4 5
poluio, atrativos) saudvel?
As questes seguintes perguntam sobre o quanto se tem sentido ou se julgou capaz de fazer
certas coisas nestas ltimas duas semanas.
Muito Mais ou
Nada Muito Completamente
pouco menos
10 Tem energia suficiente para seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5
11 capaz de aceitar sua aparncia fsica? 1 2 3 4 5
12 Tem dinheiro suficiente para satisfazer suas
1 2 3 4 5
necessidades?
13 At que ponto tem fcil acesso s informaes
1 2 3 4 5
necessrias para organizar a sua vida diria?
14 Em que medida tem oportunidades para realizar
1 2 3 4 5
atividades de lazer?
As questes seguintes perguntam sobre o quanto se sentiu satisfeito (a) a respeito de vrios aspectos
de sua vida nas ltimas duas semanas
As questes seguintes referem-se a com que frequncia sentiu ou experimentou algo nas
ltimas duas semanas.
Algumas Muito
Nunca Frequentemente Sempre
vezes frequentemente
26 Com que frequncia tem sentimentos
negativos tais como mau humor, desespero, 1 2 3 4 5
ansiedade, depresso?
(ANEXO VI)
WHOQOL-OLD
Instrues
Este questionrio pergunta a respeito dos seus pensamentos, sentimentos e sobre certos
aspectos de sua qualidade de vida, e aborda questes que podem ser importantes para si
como membro mais velho da sociedade.
Por favor tenha em mente os seus valores, aspiraes, prazeres e preocupaes. Pedimos
que pense na sua vida nas duas ltimas semanas.
As seguintes questes perguntam sobre o quanto tem tido certos sentimentos nas ltimas
duas semanas.
Muito Mais ou
Nada Bastante Extremamente
pouco menos
1 At que ponto as perdas nos seus sentidos
(por exemplo, audio, viso, paladar, 1 2 3 4 5
olfato, tato), afetam a sua vida diria?
2 At que ponto a perda de, por exemplo,
audio, viso, paladar, olfato, tato, afeta a
1 2 3 4 5
sua capacidade de participar em
atividades?
3 Quanta liberdade possui para tomar as
1 2 3 4 5
suas prprias decises?
4 At que ponto sente que controla o seu
1 2 3 4 5
futuro?
151
As seguintes questes se referem a qualquer relacionamento ntimo que possa ter. Por
favor, considere estas questes em relao a um companheiro ou uma pessoa prxima com a qual
pode compartilhar (dividir) sua intimidade mais do que com qualquer outra pessoa em sua vida.
Muito Mais ou
Nada Bastante Extremamente
pouco menos
21 At que ponto tem um sentimento de
1 2 3 4 5
companheirismo em sua vida?
22 At que ponto sente amor na sua vida? 1 2 3 4 5
Muito Nem muito
Nada Muito Completamente
pouco nem pouco
23 At que ponto tem oportunidades para
amar? 1 2 3 4 5
24 At que ponto tem oportunidades para
ser amado? 1 2 3 4 5