Funcao Executiva e Desenvolvimento Emocional

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

FUNES EXECUTIVAS

Funo Executiva e Desenvolvimento


Emocional a b
M. Rosario Rueda , PhD, Pedro M. Paz-Alonso, PhD
Universidad de Granada, Espanhaa, Basque Center on Cognition, Brain and Language, Espanhab
Janeiro 2013

Introduo

O desenvolvimento emocional envolve o aumento da capacidade de sentir, entender e diferenciar emoes


cada vez mais complexas, bem como a capacidade de autorregul-las, para que o indivduo possa se adaptar
ao ambiente social ou atingir metas presentes ou futuras. Muitas vezes, as crianas enfrentam situaes em
que devem escolher entre opes conflitantes, como terminar a lio de casa antes de brincar ou comer uma
guloseima naquele momento, ao invs de esperar para ter uma refeio saudvel. Ao tomar tais decises, elas
precisam conciliar o conflito entre escolhas disponveis que se opem no contexto de um conjunto especfico
de expectativas e regras, bem como controlar os impulsos para a gratificao imediata em benefcio de uma
escolha que menos imediata e automtica. Esse tipo de controle comportamental e cognitivo est
relacionado ao conceito das funes executivas. As funes executivas so processos multidimensionais de
controle cognitivo que se caracterizam por serem voluntrios e exigir um alto esforo. Eles incluem a
capacidade de avaliar, organizar e alcanar metas, bem como a capacidade de adaptar o comportamento com
flexibilidade ao ser confrontado com novos problemas e situaes. As evidncias do desenvolvimento cognitivo
e da neurocincia cognitiva do desenvolvimento tm demonstrado que o desenvolvimento da regulao da
emoo fortemente apoiado por diversas funes executivas essenciais, tais como o controle da ateno, a
inibio de comportamentos inadequados, a tomada de deciso e outros processos cognitivos elevados que
1,2
ocorrem em contextos emocionalmente exigentes.

Tpico

Como os seres humanos so predominantemente sociais, entender suas prprias emoes e a dos outros
3
uma habilidade importante e uma boa parte do crebro dedicada a isso. As emoes bsicas, como a
alegria ou o medo, diferem das emoes chamadas morais (por exemplo, vergonha, culpa, orgulho, etc.), que
surgem nas interaes sociais, onde existem normas ou um comportamento ideal estabelecidos de forma

2013-2015 CEECD / SKC-ECD | FUNES EXECUTIVAS 1


implcita ou explcita. Compreender e administrar as emoes morais exige uma internalizao das normas e
princpios morais compartilhados pela comunidade. Tambm necessrio perceber e entender as emoes
das outras pessoas (empatia) e fazer atribuies de seus estados mentais (teoria da mente), incluindo a
compreenso de suas crenas e atitudes. Dessa forma, o desenvolvimento emocional e social esto
estreitamente vinculados entre si. Outro componente importante do desenvolvimento emocional, ou seja, a
regulao da emoo, no menos importante para a socializao. Nas atividades sociais (por exemplo, na
escola), muitas vezes necessrio controlar as reaes emocionais, tanto positivas (por exemplo, o
entusiasmo) como negativas (por exemplo, a frustrao), para que o indivduo possa se adaptar s normas e
aos objetivos. Portanto, o desenvolvimento do controle executivo fundamental para a regulao da emoo.

Problemas

A funo executiva, muitas vezes, considerada uma parte geral da funo cognitiva. Isso significa que ela
est envolvida na regulao todos os tipos de comportamentos, tais como aqueles que envolvem a linguagem,
a memria, o raciocnio, etc. No entanto, alguns autores tm sugerido que o comportamento emocional, social
e motivado (por exemplo, decidir-se entre comer um pedao de bolo ou abraar um ente querido) pode ser
mais difcil de controlar e at mesmo exigir um tipo diferente de mecanismo em comparao com condies
emocionalmente neutras (por exemplo, decidir se cinco um nmero par ou mpar). Alguns autores
estabeleceram uma distino entre os aspectos "frios" (puramente cognitivos) e "quentes" (afetivos) da funo
4
executiva. Assim, na resoluo de problemas volta para uma meta, a funo executiva e a regulao da
emoo tm uma relao recproca. No entanto, os requisitos especficos da regulao da emoo
1
dependero da importncia motivacional do problema e de se o prprio problema quente ou frio.

Contexto do estudo

A natureza multidimensional da construo da funo executiva contrasta com a ausncia de um acordo


especfico sobre um teste padro de excelncia das funes executivas, apesar da natureza altamente
estruturada das tarefas tipicamente usadas para examinar as cada uma das diferentes funes. Por isso,
utiliza-se uma grande variedade de tarefas de laboratrio para medir as diferentes funes executivas, sendo
que algumas das tarefas so uma adaptao daquelas utilizadas com adultos. Uma distino geral entre as
tarefas de funo executiva frias e as quentes pode ser feita, dependendo de se a tarefa envolve lidar com
5
informaes emocionalmente relevantes ou no. Dentro dessa classificao geral, as tarefas podem ser
divididas tambm de acordo com a funo especfica objetivada, por exemplo, memria de trabalho, controle
inibitrio ou flexibilidade mental. No entanto, considerando o desenvolvimento prolongado da funo executiva
durante toda a infncia, uma grande variedade de tarefas esto disponveis, sendo elas apropriadas para
6
crianas de uma determinada faixa de idade ou nvel de habilidade.

Principais questes para estudo

1. O desenvolvimento emocional apoiado pelo amadurecimento das habilidades associadas s funes


executivas? Como o desenvolvimento dos principais aspectos do desenvolvimento emocional (por
exemplo, a empatia, a teoria da mente, a internalizao dos princpios morais, etc.) relacionados ao
amadurecimento do crtex pr-frontal?

2013-2015 CEECD / SKC-ECD | FUNES EXECUTIVAS 2


2. Quais so os fatores que determinam o desenvolvimento das habilidades associadas s funes
executivas?
3. As diferenas individuais no desenvolvimento da funo executiva e da regulao da emoo so
determinadas pelos genes, ou esto vinculadas experincia?
4. possvel promover o desenvolvimento da funo executiva por meio de intervenes educacionais?
Caso sim, a funo executiva melhorada poderia resultar num melhor desenvolvimento emocional?

Resultados de estudos recentes

As evidncias de diversos estudos indicam que o amadurecimento dos aspectos do funcionamento executivo,
tais como o controle inibitrio e a ateno executiva, est fortemente relacionado com o aumento da
compreenso emocional (de si mesmo e dos outros) e regulao emocional. O desempenho das crianas em
idade pr-escolar nas tarefas de laboratrio que avaliam o controle inibitrio correlaciona-se significativamente
7,8
com sua capacidade de regular suas emoes. Alm disso, as crianas com capacidades de controle de
ateno superiores tendem a lidar com a raiva utilizando mtodos verbais no hostis, ao invs de mtodos
9
claramente agressivos. O maior autocontrole (do ingls effortful control) tambm se correlaciona
10
positivamente com a empatia. Demonstrar empatia em relao s outras pessoas exige a interpretao de
seus sinais de aflio ou de prazer. De fato, a capacidade do indivduo de distinguir entre seus prprios e os
estados mentais dos outros indivduos (Teoria da Mente, ToM), que outro componente cognitivo central da
11 12
empatia, est fortemente associada s diferenas individuais de autocontrole e de controle inibitrio. No
entanto, os estudiosos ainda no chegaram a um acordo se a ToM est diretamente associada a habilidades
13
mais gerais de regulao da emoo durante o desenvolvimento inicial da criana. Alm disso, as diferenas
individuais no controle executivo esto associadas ao desenvolvimento da conscincia, que envolve a
14
interao entre sentir emoes morais e se comportar de forma compatvel com as regras e normais sociais.
Nesse contexto, o controle internalizado do comportamento maior em crianas com maiores capacidades de
15
autocontrole. A interpretao comum que o autocontrole proporciona a flexibilidade de ateno necessria
para conectar os princpios morais, os sentimentos e as aes.

Alm desses estudos, as linhas de pesquisa atuais esto investigando os fatores, tanto educacionais como
constitucionais, que influenciam o desenvolvimento da funo executiva. Os estudos de treinamento de
diferentes funes executivas em crianas em idade pr-escolar e em idade escolar tm demonstrado
16,17 18,19,20
benefcios diretos nas habilidades ensinadas, incluindo na ateno executiva, no raciocnio fluido, na
21, 22,23 24
memria de trabalho e no controle cognitivo.

Lacunas dos estudos

possvel que futuros estudos tenham o potencial de iluminar ainda mais a questo das funes executivas e
do desenvolvimento emocional. Embora os estudos transversais possam ser muito informativos, os estudos
longitudinais so necessrios para excluir os possveis efeitos originados da discrepncia individual entre os
grupos etrios. Portanto, os estudos longitudinais podem fornecer informaes importantes sobre o
25
desenvolvimento cognitivo e emocional tpico e atpico. Outra questo importante, mas ainda no resolvida,
at que ponto as intervenes educacionais destinadas a promover a funo executiva podem produzir
mudanas estveis na eficincia desse sistema, tanto em nvel estrutural como nos nveis funcionais, ao longo
do desenvolvimento. Alguns estudos tm demonstrado a existncia de benefcios derivados do treinamento da

2013-2015 CEECD / SKC-ECD | FUNES EXECUTIVAS 3


,16,17,22,23
funo executiva no nvel da funo cerebral durante o desenvolvimento que ainda podem ser
16
observados alguns meses mais tarde, sem treinamento adicional. No entanto, sero necessrios estudos
adicionais para caracterizar ainda mais os benefcios do treinamento ao longo do tempo, e se os benefcios do
treinamento da funo executiva se transferem para as habilidades de regulao da emoo.

Concluses

O desenvolvimento emocional envolve uma maior compreenso das emoes do prprio indivduo e de outros
indivduos, bem como o aumento da capacidade de regular as emoes baseando-se em metas atuais e
regras compartilhadas socialmente. Na funo hormonal, considera-se que as alteraes desempenham um
26, 27
papel fundamental no ajustamento social e na competncia escolar. O desenvolvimento adaptvel da
emoo est vinculado ao bem-estar da criana, enquanto que as dificuldades com a regulao emocional
27, 28
esto relacionadas a perturbaes do humor e a problemas comportamentais. O desenvolvimento
emocional formado a partir de uma diversidade de habilidades cognitivas, incluindo a capacidade de regular
o comportamento com flexibilidade, de forma voluntria, exigindo esforo (funo executiva), dependendo
29
fortemente do amadurecimento dos lobos frontais. A regulao cognitiva e emocional parecem se
desenvolver em conjunto, exibindo um forte desenvolvimento durante o perodo pr-escolar e um curso de
30
desenvolvimento mais demorado durante a infncia posterior e adolescncia.

Consequncias para os pais, servios e polticas

Um nmero de evidncias cada vez maior sugere que a funo executiva pode ser melhorada atravs de
treinamento cognitivo e que essas intervenes tm o potencial de melhorar a eficincia dos sistemas
16
cerebrais, servindo de base para as habilidades de regulao comportamental e emocional nas crianas,
23, 31,32
assim como nos adultos Alguns estudos recentes tambm demonstram que o desenvolvimento do
controle executivo afetado por fatores ambientais, como a educao proporcionada pelos pais e a
escolaridade. A qualidade das interaes entre pais e filhos na primeira infncia parece estimular o
desenvolvimento da funo executiva mais tarde. As atitudes dos pais, tais como a afetividade, a receptividade
e a disciplina pacfica, que esto relacionadas para garantir o vnculo entre pais e filhos e uma reciprocidade
33
positiva, esto vinculadas s habilidades avanadas da funo executiva na criana. Da mesma forma, os
currculos escolares que se concentram em ensinar habilidades de regulao tm proporcionado um aumento
24
significativo do desenvolvimento do controle executivo na idade pr-escolar. A plasticidade do sistema
neurocognitivo subjacente da regulao cognitiva e emocional poderia estar relacionada ao seu
amadurecimento prolongado durante as duas primeiras dcadas de vida. importante ressaltar que a
suscetibilidade desse sistema neurocognitivo que pode ser influenciado por uma ampla gama de experincias
oferece mltiplas oportunidades de estimular a competncia social e emocional das crianas Os dados dos
estudos resumidos neste artigo devem encorajar os responsveis pelo planejamento e estabelecimento de
polticas a promover o uso de programas educacionais que incluam em seus currculos a abordagem direta da
competncia scio-emocional.

Referncias

1. Zelazo, P. D., & Cunningham, W. A. (2007). Executive Function: Mechanisms Underlying Emotion Regulation Handbook of emotion
regulation (pp. 135-158). New York, NY: Guilford Press.

2013-2015 CEECD / SKC-ECD | FUNES EXECUTIVAS 4


2. Tottenham, N., Hare, T. A., & Casey, B. J. (2011). Behavioral assessment of emotion discrimination, emotion regulation, and cognitive
control in childhood, adolescence, and adulthood. Frontiers in Psychology, 2, 39.
3. Olsson, A., & Ochsner, K. N. (2008). The role of social cognition in emotion. Trends in Cognitive Sciences, 12(2), 65-71.

4. Zelazo, P. D., & Mller, U. (2002). Executive function in typical and atypical development. In U. Goswami (Ed.), Handbook of childhood
cognitive development (pp. 445-469). Oxford: Blackwell.

5. Hongwanishkul, D., Happaney, K. R., Lee, W. S., & Zelazo, P. D. (2005). Assessment of Hot and Cool Executive Function in Young
Children: Age-Related Changes and Individual Differences. Developmental Neuropsychology, 28(2), 617-644.
6. Carlson, S. M. (2005). Developmentally sensitive measures of executive function in preschool children. Developmental Neuropsychology
, 28(2), 595-616.
7. Carlson, S. M., & Wang, T. S. (2007). Inhibitory control and emotion regulation in preschool children. Cognitive Development, 22(4), 489-510.

8. Simonds, J., Kieras, J. E., Rueda, M., & Rothbart, M. K. (2007). Effortful control, executive attention, and emotional regulation in 7-10-year-
old children. Cognitive Development, 22(4), 474-488.
9. Eisenberg, N., Fabes, R. A., Nyman, M., Bernzweig, J., & Pinuelas, A. (1994). The relations of emotionality and regulation to children's
anger-related reactions. Child Development, 65(1), 109-128.
10. Rothbart, M. K., Ahadi, S. A., & Hershey, K. L. (1994). Temperament and social behavior in childhood. Merrill-Palmer Quarterly, 40, 21-39.

11. Decety, J., & Jackson, P.L. (2004). The functional architecture of human empathy. Behavioral and Cognitive Neuroscience Review, 3, 71-
100.
12. Carlson, S. M., Moses, L. J., & Claxton, L. J. (2004). Individual differences in executive functioning and theory of mind: An investigation of
inhibitory control and planning ability. Journal of Experimental Child Psychology, 87(4), 299-319.
13. Liebermann, D., Giesbrecht, G. F., & Muller, U. (2007). Cognitive and emotional aspects of self-regulation in preschoolers. Cognitive
Development, 22(4), 511-529.

14. Kochanska, G., & Aksan, N. (2006). Children's conscience and self-regulation. Journal of Personality, 74(6), 1587-1617.

15. Kochanska, G., Murray, K. T., & Harlan, E. T. (2000). Effortful control in early childhood: Continuity and change, antecedents, and
implications for social development. Developmental Psychology, 36(2), 220-232.
16. Rueda, M. R., Checa, P., & Combita, L. M. (2011). Enhanced efficiency of the executive attention network after training in preschool
children: Immediate and after two months effects. [doi: 10.1016/j.dcn.2011.09.004]. Developmental Cognitive Neuroscience.
17. Rueda, M. R., Rothbart, M. K., McCandliss, B. D., Saccomanno, L., & Posner, M. I. (2005). Training, maturation, and genetic influences on
the development of executive attention. Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA, 102(41), 14931-14936.
18. Jaeggi, S. M., Buschkuehl, M., Jonides, J., & Shah, P. (2011). Short- and long-term benefits of cognitive training. Proceedings of the
National Academy of Sciences, 108(25), 10081-10086.

19. Mackey, A. P., Hill, S. S., Stone, S. I., & Bunge, S. A. (2011). Differential effects of reasoning and speed training in children. Developmental
Science, 14(3), 582-590.

20. Nutley, S. B., Soderqvist, S., Bryde, S., Thorell, L. B., Humphreys, K., & Klingberg, T. (2011). Gains in fluid intelligence after training non-
verbal reasoning in 4-year-old children: a controlled, randomized study. Developmental Science, 14(3), 591-601.
21. Dahlin, E., Nyberg, L., Bckman, L., & Neely, A. S. (2008). Plasticity of executive functioning in young and older adults: immediate training
gains, transfer, and long-term maintenance. Psychology and Aging, 23, 720730.
22. Jolles, D. D., Grol, M. J., Van Buchem, M. A., Rombouts, S. A. R. B., & Crone, E. A. (2010). Practice effects in the brain: Changes in
cerebral activation after working memory practice depend on task demands. NeuroImage, 52, 658-668.
23. Olesen, P. J., Westerberg, H., & Klingberg, T. (2004). Increased prefrontal and parietal activity after training of working memory.
Nature Neuroscience, 7(1), 75-79.

24. Diamond, A., Barnett, W. S., Thomas, J., & Munro, S. (2007). Preschool Program Improves Cognitive Control. Science, 318(5855), 1387-
1388.
25. Reichenberg, A., Caspi, A., Harrington, H., Houts, R., Keefe, R. S., Murray, R. M. et al. (2010). Static and dynamic cognitive deficits in
childhood preceding adult schizophrenia: a 30-year study. American Journal of Psychiatry, 167, 160-169.
26. Blair, C. (2002). School readiness: Integrating cognition and emotion in a neurobiological conceptualization of children's functioning at school
entry. American Psychologist, 57(2), 111-127.

2013-2015 CEECD / SKC-ECD | FUNES EXECUTIVAS 5


27. Eisenberg, N., Smith, C. L., & Spinrad, T. L. (2011). Effortful Control: Relations with emotion regulation, adjustment, and socialization in
childhood. In K. D. Vohs & R. F. Baumeister (Eds.), Handbook of Self-Regulation. Research, Theory and Applications (2nd ed., pp. 263-
283). New York: The Guilford Press.
28. Cole, P. M., Martin, S. E., & Dennis, T. A. (2004). Emotion regulation as a scientific construct: Methodological challenges and directions for
child developmental research. Child Development, 75, 317-333.
29. Welch, M. C. (2001). The prefrontal cortex and the development of executive function in childhood. In A. F. Kalverboer & A. Gramsbergen
(Eds.), Handbook of brain and behavior in human development (pp. 767-790). Dordrecht, The Netherlands: Kluwer Academic.
30. Carlson, S. M. (2003). Executive function in context: Development, measurement, theory, and experience. Monographs of the Society for
Research in Child Development, 68(3), 138-151.

31. Tang, Y. Y., Ma, Y., Wang, J., Fan, Y., Feng, S., Lu, Q., et al. (2007). Short-term meditation training improves attention and self-regulation.
Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA, 104(43), 17152-17156.

32. Tang, Y. Y., Lu, Q., Geng, X., Stein, E. A., Yang, Y., & Posner, M. I. (2010). Short-term meditation induces white matter changes in the
anterior cingulate. Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA, 107(35), 15649-15652.
33. Bernier, A., Carlson, S. M., & Whipple, N. (2010). From External Regulation to Self-Regulation: Early Parenting Precursors of Young
Childrens Executive Functioning. Child Development, 81(1), 326-339.

2013-2015 CEECD / SKC-ECD | FUNES EXECUTIVAS 6

Você também pode gostar