Estimulacao Cognitiva Funcoes Executivas
Estimulacao Cognitiva Funcoes Executivas
Estimulacao Cognitiva Funcoes Executivas
Índice
(Última atualização: abril de 2013)
Papel protetor das habilidades das funções executivas em ambientes de alto risco
Amanda J. Wenzel & Megan R. Gunnar............................................................... 1-7
Síntese
(Publicado on-line em janeiro 2013)
O que sabemos?
a seguir instruções lógicas, como usar uma touca no inverno. As crianças oriundas de
famílias pobres estão particularmente numa situação de risco de terem dificuldades
associadas a um nível de funções executivas deficiente.
Morton JB, ed. Tema. Estimulação cognitiva (funções executivas) – Síntese. In: Tremblay RE, Boivin M,
Peters RDeV, eds. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. Montreal,
Quebec: Centre of Excellence for Early Childhood Development e Strategic Knowledge Cluster on Early
Child Development; 2013:i-iii. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/documents/sintese-
estimulacao-cognitiva-funcoes-executivas.pdf. Consultado [inserir data].
Tema
Estimulação cognitiva (funções executivas)
Introdução
As funções executivas são processos que apoiam muitas atividades diárias, incluindo o
planejamento, o raciocínio flexível, a atenção concentrada e a inibição comportamental, e
demonstram um desenvolvimento contínuo até o início da idade adulta.1,2 Uma
perspectiva importante para o desenvolvimento dessas habilidades psicológicas é o
desenvolvimento estrutural e funcional do cérebro.3 Uma das regiões cerebrais de
desenvolvimento mais lento é o córtex pré-frontal, uma grande extensão do córtex
localizada na metade frontal do cérebro. O que é notável a respeito desta região do
cérebro é que ela continua a se desenvolver até a terceira década de vida.4,5 A imagiologia
do cérebro6,7 e alguns estudos envolvendo pacientes com danos cerebrais8,9,10 sugerem
que o córtex pré-frontal é fundamental para o controle da atenção, do raciocínio e do
comportamento, em parte devido ao fato de unir os centros de controle da percepção,
emocional e motor localizados em outras partes do cérebro. O fato de o córtex pré-frontal
ter um desenvolvimento lento e, ao mesmo tempo, ser importante para o controle
executivo sugere que o desenvolvimento do funcionamento executivo está intimamente
relacionado ao amadurecimento do córtex pré-frontal.11,12,13 Uma implicação disso é que
os desafios básicos do dia-a-dia como, por exemplo, não brincar com um brinquedo
proibido, serão difíceis, mesmo para as crianças com um desenvolvimento normal.
Assunto
Entender que o córtex pré-frontal é importante para a autorregulação comportamental e
que ele se desenvolve gradualmente pode explicar por que, por exemplo, as crianças têm
dificuldade de: (a) interromper uma atividade e passar para outra atividade; (b) planejar
com antecedência, (c) fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo, (d) concentrar-se por
longos períodos de tempo, e (e) renunciar a recompensas imediatas. Os resultados de
pesquisas sobre a neurociência cognitiva do desenvolvimento sugerem que esses
comportamentos são uma parte normal do crescimento e, até certo ponto, sua origem está
relacionada à forma de funcionamento do cérebro nessa etapa da vida.
Problemas
Compreender exatamente como o desenvolvimento do córtex pré-frontal contribui para o
progresso das funções executivas constitui um grande desafio. Em primeiro lugar, as
funções executivas são difíceis de definir e medir, em parte porque os conceitos
fundamentais, tais como a inibição e flexibilidade cognitiva, na verdade, são usados mais
para descrever do que para explicar o comportamento. Em segundo lugar, não está claro
se os processos envolvidos na regulação de um tipo de comportamento, tais como a
linguagem, são os mesmos que os processos envolvidos na regulação de outros tipos de
comportamento, tais como as emoções. Em terceiro lugar, as tarefas apropriadas para
testar o funcionamento executivo em uma determinada idade, normalmente, não serão
adequadas para testar o funcionamento executivo em crianças mais velhas. Isso torna
difícil a comparação do funcionamento executivo entre crianças com idades diferentes.
Em última análise, porém, os neurocientistas do desenvolvimento cognitivo estão
interessados em associar as mudanças do funcionamento executivo relacionadas à idade
às alterações no desenvolvimento na função cerebral. Para isso, é necessário não só
definir e medir adequadamente o funcionamento executivo, mas, ao mesmo tempo, obter
uma avaliação direta da função cerebral. Um método possível é a ressonância magnética
funcional (ou fMRI), um meio seguro e relativamente não-invasivo de examinar as
mudanças da atividade cerebral que ocorrem quando as pessoas executam determinadas
tarefas. Embora seja um meio viável e seguro para o uso até mesmo em recém-
nascidos,14,15 a fMRI requer que os participantes permaneçam completamente imóveis
por um período de, no mínimo, 5 a 10 minutos, enquanto as imagens são obtidas.
Quaisquer movimentos bruscos de 5 a 10 mm podem levar à perda da nitidez da imagem,
tornando-a praticamente impossível de ser interpretada. Para complicar ainda mais as
coisas, se as crianças executarem as tarefas prescritas de forma diferente daquela usada
pelas crianças mais velhas, torna-se impossível saber se as diferenças dos padrões da
atividade cerebral relacionadas à idade estão vinculadas apenas às diferenças da idade dos
participantes ou também às diferentes formas de realização das tarefas das crianças mais
velhas e mais jovens. De forma mais simples, instruir crianças de 7 anos de idade a
realizar uma tarefa da mesma forma realizada por crianças de 4 anos, em princípio,
poderia fazer com que se torne impossível diferenciar os padrões da atividade cerebral
das crianças de 7 anos do padrão da atividade cerebral observado nas crianças de 4 anos.
Para atenuar esses problemas, os pesquisadores estão desenvolvendo novos protocolos de
imagem que podem ser administrados de forma rápida e não exigem que as crianças
executem tarefas. Nesses processos denominados ‘em estado de repouso’, as crianças
simplesmente ficam imóveis por apenas cinco minutos com os olhos abertos.16 As
imagens resultantes são usadas para analisar as mudanças relacionadas à idade em
padrões "intrínsecos" da conectividade cortical, que poderão, então, ser associadas a
medições do funcionamento executivo coletadas fora do aparelho de ressonância
magnética.
Contexto do estudo
Os resultados dos estudos de fMRI sobre o desenvolvimento do funcionamento executivo
criam um retrato fascinante e complexo. Alguns estudos, por exemplo, indicam que as
crianças mais jovens exibem um nível menor de atividade do córtex pré-frontal (CPF) no
contexto das tarefas de funções executivas do que os participantes mais velhos. Estas
Conclusões
O cérebro necessita das duas primeiras décadas de vida para se desenvolver a níveis
adultos. Durante esse tempo, as diferentes regiões do cérebro se desenvolvem em ritmos
diferentes. Juntamente com essas mudanças localizadas, as conexões entre as regiões
cerebrais também se desenvolvem gradualmente ao longo da infância e da adolescência.
Em conjunto com esses desenvolvimentos na estrutura e na função cerebral se verificam
progressos na capacidade de realizar tarefas de funcionamento executivo. As crianças
apresentam melhorias graduais em sua capacidade de planejar com antecedência, de
alternar entre tarefas e de inibir uma resposta quando instruídas a fazê-lo. O estudo das
redes cerebrais e de seu desenvolvimento pode oferecer um caminho útil para quantificar
a relação entre o desenvolvimento do cérebro e o amadurecimento do funcionamento
executivo. Os córtices frontal e parietal precisam se comunicar a fim de realizar
eficazmente as tarefas do funcionamento executivo. A comunicação eficaz entre essas
regiões não está totalmente desenvolvida até o final da adolescência, e isso pode explicar
por que as habilidades do funcionamento executivo não amadurecem até o final da
segunda década de vida.
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crianca.com/documents/Knapp-MortonPRTxp1.pdf. Consultado [inserir data].
Tema
Estimulação cognitiva (funções executivas)
Introdução
As funções executivas são um conjunto de processos cognitivos que dão suporte à
regulação dos pensamentos, emoções e comportamentos. Elas nos ajudam a atingir metas
em nossa vida diária, seja planejando as férias, controlando a raiva ou realizando várias
tarefas ao mesmo tempo. Elas se desenvolvem intensamente durante a infância,1,2 e são
um indicador do desempenho futuro na escola, e em termos de saúde e renda.3 Sob
algumas condições, elas podem também ser ensinadas.4 Ao mesmo tempo, as funções
executivas dependem muito da hereditariedade,5 isto é, as diferenças genéticas entre os
indivíduos contribuem para a existência de diferenças entre suas funções executivas.
Além disso, essas diferenças permanecem estáveis durante o desenvolvimento:6,7 o baixo
nível de funções executivas na infância é um indicador de um baixo nível de funções
executivas décadas mais tarde. Observam-se deficiências nas funções executivas em
crianças oriundas de famílias de baixo status socioeconômico,8 e em casos de vários
distúrbios clínicos como, por exemplo, TDAH (transtorno de déficit de atenção com
hiperatividade),9 autismo10 e depressão.11
Tópico
Os limites das funções executivas podem fazer com que a criança exiba um
comportamento rebelde ou malicioso como, por exemplo, quando ela insiste em dizer que
não precisa colocar um casaco para brincar do lado de fora, ou pega um biscoito apesar
de estar ciente de que não pode comer biscoitos antes do jantar. As funções executivas
são um indicador do desempenho posterior na vida. As diferenças individuais nas funções
executivas da criança ao começar o jardim de infância prognosticam o desempenho
escolar posterior e podem ser mais críticas para o êxito inicial do que o conhecimento de
números e letras.12-14 Os comportamentos autorreguladores prognosticam as habilidades
sociais, os relacionamentos com os professores e colegas, o empenho escolar, a saúde, a
prosperidade e a criminalidade mais tarde na vida do indivíduo.3,15 Sob algumas
condições, é possível treinar o indivíduo para melhorar o desempenho de suas funções
executivas. Os programas pré-escolares desenvolvidos para melhorar a prontidão
Problemas
As funções executivas são complexas e criam desafios para a avaliação e o
acompanhamento das mudanças que ocorrem em seu desenvolvimento. Elas abrangem
uma variedade de processos cognitivos de nível superior, incluindo o planejamento, a
tomada de decisão, a manutenção e a manipulação de informações na memória de
trabalho, a observação do ambiente com vistas à obtenção de informações relevantes para
metas específicas, a passagem de uma tarefa a outra, e a inibição de pensamentos, ações e
sentimentos não desejados. Além disso, esses processos de nível superior dependem de
processos cognitivos perceptivos e motores de nível inferior o que torna difícil fazer uma
avaliação específica das funções executivas.21,22 Por exemplo, a capacidade que um
indivíduo tem de resistir à tentação de comer um chocolate quando está fazendo um
regime reflete não somente a capacidade de inibir o impulso de comer, mas também sua
fome e as razões que o levaram a fazer o regime. Essa dificuldade em avaliar
especificamente as funções executivas leva também a uma dificuldade de avaliar as
mudanças que nela ocorrem durante seu desenvolvimento. O desenvolvimento dos
processos de nível inferior juntamente com o desenvolvimento das funções executivas
cria um desafio para a elaboração de avaliações da função executiva que possam ser
usadas com indivíduos de diversas faixas etárias. Por exemplo, não seria possível
acompanhar as mudanças na inibição da infância à idade adulta avaliando as mudanças na
capacidade de manter um regime dietético! Por isso, frequentemente, os pesquisadores
têm usado diversos tipos de avaliação da função executiva com indivíduos de diferentes
faixas etárias avaliando, por exemplo, a inibição na primeira infância no contexto de
manter a atenção diante de elementos de distração,23 e a inibição infantil no contexto de
um jogo do tipo Macaco Mandou, onde, normalmente, os comportamentos de um adulto
são imitados, mas onde, às vezes, deve se fazer o oposto.24 As diferenças entre as
avaliações dificultam a obtenção de conclusões firmes sobre as mudanças do
desenvolvimento das funções executivas.
Contexto da pesquisa
O estudo das funções executivas e de seu desenvolvimento está avançando rapidamente.
A utilização de métodos da neurociência, incluindo modelos funcionais de neuroimagem,
eletroencefalografia e computacionais está proporcionando critérios sobre as mudanças
cerebrais que dão suporte ao desenvolvimento da funções executivas.2,25-27 Para lidar com
a questão da dificuldade de avaliar uma tarefa de forma isolada, os pesquisadores
desenvolveram um conjunto de tarefas que compartilham as exigências de desempenho
das funções executivas, mas que diferem sob outros aspectos. Por exemplo, um conjunto
de tarefas de inibição pode incluir uma tarefa que exija que a criança concentre seu olhar
sobre um objeto e iniba a vontade de olhar para outro objeto que a distraia, e outra tarefa
que exija que a criança identifique a cor de uma palavra mostrada em uma tela (por
exemplo, a palavra “verde” impressa na cor azul), mas se abstenha de ler a própria
palavra. É possível utilizar técnicas estatísticas para extrair o que há de comum no
desempenho dessas tarefas e, assim, oferecer uma avaliação mais absoluta das funções
executivas.5 Para lidar com a dificuldade na comparação das funções executivas entre
diferentes faixas etárias, os pesquisadores desenvolveram avaliações que podem ser
ligeiramente alteradas para manipular as exigências das funções executivas e manter
inalterados, ao mesmo tempo, todos os outros aspectos da tarefa. Por exemplo, em uma
tarefa onde se solicita que a criança iniba a vontade de olhar para um objeto que a
distraia, o número de elementos de distração pode ser aumentado com a idade. Essas
medidas acrescentam elementos específicos a uma grande amplitude de faixas etárias o
que permite que os pesquisadores observem mudanças quantitativas no desempenho a fim
de acompanhar o desenvolvimento das funções executivas.1
Conclusões
Embora as funções executivas sejam complexas e difíceis de avaliar, progressos
significativos têm sido feitos na compreensão desses processos cognitivos fundamentais
de nível superior durante a infância –como eles mudam durante o desenvolvimento, como
influenciam o comportamento, quais os aspectos do desempenho mais tarde na vida que
eles prognosticam e que tipo de experiências pode influenciar o desenvolvimento. Este
trabalho destacou o papel essencial das funções executivas no desenvolvimento das
crianças. Ainda restam muitas perguntas a serem respondidas por meio de mais estudos
comportamentais e neurocientíficos. Por exemplo, como crianças diferentes diferem no
desenvolvimento de suas funções executivas e as consequências dessas variações, por que
as funções executivas prognosticam o desempenho mais tarde na vida e como a genética,
as influências ambientais e as resultantes alterações cerebrais levam às melhorias radicais
da função executiva observadas durante a infância. Uma melhor compreensão do
desenvolvimento das funções executivas será crucial para o aperfeiçoamento dos
programas de treinamento, estratégias de intervenção e ferramentas de diagnóstico
precoce elaborados para maximizar o potencial das crianças para um desempenho escolar
satisfatório no futuro.
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Tema
Estimulação cognitiva (funções executivas)
Introdução
O desenvolvimento emocional envolve o aumento da capacidade de sentir, entender e
diferenciar emoções cada vez mais complexas, bem como a capacidade de autorregulá-
las, para que o indivíduo possa se adaptar ao ambiente social ou atingir metas presentes
ou futuras. Muitas vezes, as crianças enfrentam situações em que devem escolher entre
opções conflitantes, como terminar a lição de casa antes de brincar ou comer uma
guloseima naquele momento, ao invés de esperar para ter uma refeição saudável. Ao
tomar tais decisões, elas precisam conciliar o conflito entre escolhas disponíveis que se
opõem no contexto de um conjunto específico de expectativas e regras, bem como
controlar os impulsos para a gratificação imediata em benefício de uma escolha que é
menos imediata e automática. Esse tipo de controle comportamental e cognitivo está
relacionado ao conceito das funções executivas. As funções executivas são processos
multidimensionais de controle cognitivo que se caracterizam por serem voluntários e
exigir um alto esforço. Eles incluem a capacidade de avaliar, organizar e alcançar metas,
bem como a capacidade de adaptar o comportamento com flexibilidade ao ser
confrontado com novos problemas e situações. As evidências do desenvolvimento
cognitivo e da neurociência cognitiva do desenvolvimento têm demonstrado que o
desenvolvimento da regulação da emoção é fortemente apoiado por diversas funções
executivas essenciais, tais como o controle da atenção, a inibição de comportamentos
inadequados, a tomada de decisão e outros processos cognitivos elevados que ocorrem
em contextos emocionalmente exigentes.1,2
Tópico
Como os seres humanos são predominantemente sociais, entender suas próprias emoções
e a dos outros é uma habilidade importante e uma boa parte do cérebro é dedicada a isso.3
As emoções básicas, como a alegria ou o medo, diferem das emoções chamadas morais
(por exemplo, vergonha, culpa, orgulho, etc.), que surgem nas interações sociais, onde
existem normas ou um comportamento ideal estabelecidos de forma implícita ou
explícita. Compreender e administrar as emoções morais exige uma internalização das
normas e princípios morais compartilhados pela comunidade. Também é necessário
perceber e entender as emoções das outras pessoas (empatia) e fazer atribuições de seus
estados mentais (teoria da mente), incluindo a compreensão de suas crenças e atitudes.
Dessa forma, o desenvolvimento emocional e social estão estreitamente vinculados entre
si. Outro componente importante do desenvolvimento emocional, ou seja, a regulação da
emoção, não é menos importante para a socialização. Nas atividades sociais (por
exemplo, na escola), muitas vezes é necessário controlar as reações emocionais, tanto
positivas (por exemplo, o entusiasmo) como negativas (por exemplo, a frustração), para
que o indivíduo possa se adaptar às normas e aos objetivos. Portanto, o desenvolvimento
do controle executivo é fundamental para a regulação da emoção.
Problemas
A função executiva, muitas vezes, é considerada uma parte geral da função cognitiva.
Isso significa que ela está envolvida na regulação todos os tipos de comportamentos, tais
como aqueles que envolvem a linguagem, a memória, o raciocínio, etc. No entanto,
alguns autores têm sugerido que o comportamento emocional, social e motivado (por
exemplo, decidir-se entre comer um pedaço de bolo ou abraçar um ente querido) pode ser
mais difícil de controlar e até mesmo exigir um tipo diferente de mecanismo em
comparação com condições emocionalmente neutras (por exemplo, decidir se cinco é um
número par ou ímpar). Alguns autores estabeleceram uma distinção entre os aspectos
"frios" (puramente cognitivos) e "quentes" (afetivos) da função executiva.4 Assim, na
resolução de problemas volta para uma meta, a função executiva e a regulação da emoção
têm uma relação recíproca. No entanto, os requisitos específicos da regulação da emoção
dependerão da importância motivacional do problema e de se o próprio problema é
“quente” ou “frio”.1
Contexto do estudo
A natureza multidimensional da construção da função executiva contrasta com a ausência
de um acordo específico sobre um teste padrão de excelência das funções executivas,
apesar da natureza altamente estruturada das tarefas tipicamente usadas para examinar as
cada uma das diferentes funções. Por isso, utiliza-se uma grande variedade de tarefas de
laboratório para medir as diferentes funções executivas, sendo que algumas das tarefas
são uma adaptação daquelas utilizadas com adultos. Uma distinção geral entre as tarefas
de função executiva “frias” e as “quentes” pode ser feita, dependendo de se a tarefa
envolve lidar com informações emocionalmente relevantes ou não.5 Dentro dessa
classificação geral, as tarefas podem ser divididas também de acordo com a função
específica objetivada, por exemplo, memória de trabalho, controle inibitório ou
flexibilidade mental. No entanto, considerando o desenvolvimento prolongado da função
executiva durante toda a infância, uma grande variedade de tarefas estão disponíveis,
sendo elas apropriadas para crianças de uma determinada faixa de idade ou nível de
habilidade.6
Além desses estudos, as linhas de pesquisa atuais estão investigando os fatores, tanto
educacionais como constitucionais, que influenciam o desenvolvimento da função
executiva. Os estudos de treinamento de diferentes funções executivas em crianças em
idade pré-escolar e em idade escolar têm demonstrado benefícios diretos nas habilidades
ensinadas, incluindo na atenção executiva,16,17 no raciocínio fluido,18,19,20 na memória de
trabalho21, 22,23 e no controle cognitivo.24
Conclusões
O desenvolvimento emocional envolve uma maior compreensão das emoções do próprio
indivíduo e de outros indivíduos, bem como o aumento da capacidade de regular as
emoções baseando-se em metas atuais e regras compartilhadas socialmente. Na função
hormonal, considera-se que as alterações desempenham um papel fundamental no
ajustamento social e na competência escolar.26, 27 O desenvolvimento adaptável da
emoção está vinculado ao bem-estar da criança, enquanto que as dificuldades com a
regulação emocional estão relacionadas a perturbações do humor e a problemas
comportamentais.27, 28 O desenvolvimento emocional é formado a partir de uma
diversidade de habilidades cognitivas, incluindo a capacidade de regular o
comportamento com flexibilidade, de forma voluntária, exigindo esforço (função
executiva), dependendo fortemente do amadurecimento dos lobos frontais.29 A regulação
cognitiva e emocional parecem se desenvolver em conjunto, exibindo um forte
desenvolvimento durante o período pré-escolar e um curso de desenvolvimento mais
demorado durante a infância posterior e adolescência.30
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Tema
Estimulação cognitiva (funções executivas)
Resiliência
Introdução
Recentemente, o campo de resiliência começou a focar o papel protetor das funções
executivas no sucesso escolar de crianças que enfrentam adversidades. A função
executiva, também denominada controle cognitivo, descreve as habilidades que visam
controlar o comportamento, o pensamento e as emoções.1 Essas habilidades podem ser
observadas na capacidade de reter informações na memória de trabalho, manter ou
alternar a atenção, inibir respostas automáticas para executar uma ação para a qual foram
recebidas instruções ou com um objetivo específico, ou postergar gratificação.
Embora estas habilidades sirvam de proteção para crianças em situação de alto risco, o
desenvolvimento das habilidades das funções executivas pode ser prejudicado pela
exposição ao trauma e ao stress crônico.8 Crianças oriundas de distintos contextos
adversos (por exemplo, famílias sem-teto/com alta mobilidade, pobreza, institucionalismo
precoce, maus-tratos, etc.) tendem a ter déficits da função executiva.6,7,9,10,11 Em
conjunto, estes resultados sugerem a necessidade de reduzir a exposição ao stress crônico
e de buscar desenvolver habilidades das funções executivas através da intervenção e de
esforços de prevenção com as crianças.
Assunto
Jovens em situação de alto risco com habilidades das funções executivas mais
desenvolvidas demostram melhores prontidão e desempenho cognitivo e comportamental
na escola.3,12 Aparentemente, essas habilidades permitem que as crianças lidem melhor
com seu ambiente em constante mudança,9,13 o que pode ser especialmente importante
para crianças em desenvolvimento em ambientes caóticos.
No entanto, pesquisas recentes têm demostrado que as crianças expostas a altos níveis de
adversidade podem estar menos preparadas para obter sucesso na escola, em parte devido
aos déficits nas habilidades da função executiva.6,7,9,10,11 Esses déficits podem minar as
habilidades das crianças para conseguir ser bem sucedidas em termos acadêmicos e
desenvolver relacionamentos positivos com os pares e professores.12,14,15 Isso pode ter
implicações de longo prazo para o sucesso escolar, visto que a diferença de desempenho
tende a persistir e até mesmo ampliar-se ao longo dos anos de vida escolar.16,17
Problemas
Estudar o papel protetor da função executiva apresenta vários desafios. Em primeiro
lugar, há poucos meios capazes de captar plenamente as habilidades das funções
executivas das crianças que apresentam atraso no desenvolvimento dessas habilidades.
Visto que a exposição ao stress crônico nos primeiros anos de vida tem sido associada ao
comprometimento das habilidades da função executiva em algumas crianças,8 é
fundamental ser capaz de medir uma vasta gama de funcionamentos para capturar
integralmente a variação dessas habilidades.
Além de fornecer uma base cognitiva para o aprendizado, as habilidades das funções
executivas também podem dar suporte ao sucesso acadêmico através da promoção do
comportamento adequado na sala de aula.3 Muitos professores do jardim de infância
relatam que é mais importante que as crianças saibam se controlar na sala de aula, seguir
instruções e não provocar tumultos do que conhecer o alfabeto ou saber contar até 20.3
Isso sugere que os professores podem achar que as crianças com melhores habilidades
das funções executivas são mais fáceis de ser ensinadas do que as crianças mais distraídas
e mais propensas a tumultuar.3
Lacunas da Pesquisa
Atualmente, há poucas pesquisas sobre a eficácia das intervenções para aumentar as
habilidades das funções executivas em crianças em situações de alto risco. Ao
desenvolver intervenções para essas crianças, pode ser fundamental considerar que as
crianças oriundas de contextos adversos variados podem, de forma consistente, apresentar
deficiências na função executiva.6,7,9,10,11 No entanto, é importante lembrar que as
necessidades de intervenção e as respostas das crianças com diferentes experiências
podem variar. Para as crianças que, atualmente, estão sujeitas ao stress crônico (por
exemplo, de famílias sem-teto/com alta mobilidade), não está claro se é viável se
concentrar nas habilidades da função executiva antes de reduzir o stress e desenvolver
habilidades de enfrentamento. É necessário haver mais pesquisas para saber qual é a
melhor forma de adaptar as intervenções para considerar as necessidades das crianças
com diferentes experiências.
Conclusões
Consistentemente, há estudos que sugerem que a exposição ao trauma ou ao stress
crônico nos primeiros anos de vida pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades da
função executiva.6,7,9,10,11 Essas habilidades parecem fornecer a base para a preparação
para a vida escolar através da cognição e do comportamento.3,12 As crianças com
melhores habilidades das funções executivas podem ser mais fáceis de ser ensinadas.3 De
fato, em uma amostra com crianças em situação de alto risco, as crianças com melhores
habilidades das funções executivas no início do jardim de infância demostraram melhores
resultados em relação à alfabetização e números do que as crianças com habilidades
iniciais mais deficientes.12 Considerando que há evidências de que a defasagem de
desempenho persiste e pode até mesmo se ampliar ao longo dos anos escolares,16,17 é
fundamental que as crianças em situação de alto risco comecem sua vida escolar com o
maior índice de sucesso possível.
Por esta razão, tem sido dada uma atenção crescente às intervenções que promovam a
função executiva. Embora haja evidências de que a função executiva é flexível,18,33 há
poucas intervenções que tenham tentado promover as habilidades em crianças que
apresentam níveis de stress tóxico. Os esforços para elaborar intervenções que promovam
a função executiva nessas crianças podem precisar abordar a exposição aos níveis de
stress existente e, simultaneamente, trabalhar para reduzi-lo para obter o máximo
benefício.
As habilidades das funções executivas também foram focadas com sucesso através do
currículo escolar na pré-escola26 e do programa escolar Head Start.4,34 Evidências
experimentais sugerem que os programas para a primeira infância, como o Head Start,
podem conseguir construir com sucesso habilidades das funções executivas, fornecendo
mais suporte de auto-regulação na sala de aula (por exemplo, implementando regras e
rotinas claras, redirecionando ou recompensando o comportamento das crianças).34 A
atenção crescente às habilidades das funções executivas nos programas da primeira
infância pode reduzir a defasagem de desempenho aparente antes do início da vida
escolar e que persiste ao longo dos anos escolares.
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Tema
Estimulação cognitiva (funções executivas)
Introdução
Alguns estudos recentes sugerem a existência de uma relação entre o status
socioeconômico da criança e suas funções executivas.
Tópico
O status socioeconômico, uma medida da posição social que, geralmente, inclui a renda,
o nível de educação e a profissão, tem sido vinculado a um amplo conjunto de situações
de vida, desde a habilidade cognitiva e o êxito escolar até a saúde física e mental.1-5
Entender as maneiras pelas quais o status socioeconômico na infância influencia as
situações de vida é uma questão de importância fundamental para a educação e a saúde
pública, particularmente quando as tendências econômicas no mundo inteiro forçam um
número cada vez maior de famílias a uma situação de pobreza.6
Problemas
Os estudos sobre esse tópico se defrontam com alguns desafios metodológicos que
resultam em parte da ampla e, por vezes, ambígua natureza dos termos “funções
executivas” e “status socioeconômico”. O termo “funções executivas” engloba os
processos de ordem superior, tais como o controle inibitório, a memória de trabalho e a
flexibilidade de atenção que governam o comportamento intencional. Essa grande
amplitude de habilidades pode ser operacionalizada através de muitas tarefas válidas, tais
como tarefas cognitivas computadorizadas ou relatórios parentais sobre o comportamento
das crianças.14 Da mesma forma, o “status socioeconômico” é um amplo construto que
pode ser medido de diversas maneiras.15 Além disso, como ele não pode ser manipulado
experimentalmente, se torna difícil distinguir os efeitos genéticos dos efeitos ambientais,
assim como as contribuições individuais das várias condições associadas à pobreza (por
exemplo, nível de stress familiar mais elevado, estimulação cognitiva reduzida, má
nutrição, grande número de indivíduos vivendo sob um mesmo teto ou condições
difíceis).16,17 A dificuldade de estabelecer uma causalidade na relação entre o status
socioeconômico e as funções executivas indica a necessidade de estudos amplos, bem
elaborados, e cuidadosamente interpretados.
Contexto da pesquisa
A maioria dos estudos sobre o status socioeconômico e as funções executivas tem
examinado o desempenho comportamental nas tarefas de função executiva para o nível
de desenvolvimento apropriado, embora alguns estudos recentes18-20 tenham usado
avaliações eletrofisiológicas da função cortical pré-frontal. O desenvolvimento das
funções executivas tem sido investigado por meio de estudos transversais e estudos
longitudinais de ampla escala, tais como o Study of Early Childcare do NICHD (National
Institute of Child Health and Human Development) e o Family Life Project. Diversos
estudos de mediação utilizam avaliações de visitas ao ambiente doméstico, como o
inventário HOME21 ou observações sobre as interações entre pais-filhos durante
atividades de lazer livres ou estruturadas.22
campos de memória de trabalho e controle cognitivo– foram alguns dos aspectos mais
afetados.
As funções executivas são suportadas por uma região do cérebro chamada de córtex pré-
frontal, que passa por um longo período de desenvolvimento pós-natal, 33 e, portanto,
pode ser especialmente suscetível às influências da experiência da infância.
Quais os fatores ambientais que servem para mediar a relação entre o status
socioeconômico e as funções executivas?
Os estudos têm demonstrado que muitos fatores ambientais –como stress, estimulação
cognitiva no lar, ambiente e nutrição pré-natal– variam entre os diferentes níveis
socioeconômicos.16,17 Qualquer desses fatores poderia contribuir para causar disparidades
socioeconômicas nas funções executivas. Alguns estudos recentes tentaram isolar os
fatores ambientais que servem para mediar a relação status socioeconômico-função
executiva. Esses fatores mediadores podem fundamentar as intervenções voltadas para as
disparidades de status socioeconômicos nas funções executivas e o desempenho em
outros aspectos cognitivos e comportamentais.
Conclusões
As evidências sugerem uma associação clara entre o status socioeconômico na infância e
o desempenho das funções executivas. Essa associação parece ser mediada por aspectos
do ambiente familiar, especialmente os fatores associados com a qualidade do
relacionamento entre pais e filhos e sua capacidade de amortecer o stress. As pesquisas
nessa área estão em seus estágios iniciais e os estudos atualmente em andamento
aprofundarão nossa compreensão sobre a natureza da relação entre o status
socioeconômico e as funções executivas e os fatores ambientais que contribuem para elas.
Consequências
Até agora, as políticas sociais elaboradas para reduzir as disparidades de status
socioeconômico têm sido direcionadas para o status socioeconômico em si ou para os
resultados gerais de desempenho. Os estudos discutidos neste artigo revelam metas
adicionais: os fatores que servem para mediar a relação entre o status socioeconômico e
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Tema
Estimulação cognitiva (funções executivas)
Introdução
As funções executivas são as habilidades cognitivas envolvidas no controle e na
coordenação das informações a serviço de ações voltadas para metas específicas.1,2
Assim, as funções executivas podem ser definidas como um sistema supervisor
importante para o planejamento, a capacidade de raciocínio e a integração de pensamento
e ação.3 Em um nível mais refinado, entretanto, as funções executivas, tal como têm sido
estudadas nas publicações sobre o desenvolvimento cognitivo, têm sido vinculadas às
habilidades específicas de processamento de informações inter-relacionadas que
permitem a resolução de informações conflitantes; ou seja, memória de trabalho, definida
como o armazenamento e a atualização das informações enquanto o indivíduo
desempenha alguma atividade relacionada com elas; o controle inibitório, definido como
a inibição da resposta prepotente ou automatizada quando o indivíduo está empenhado na
execução de uma tarefa; e a flexibilidade mental, definida como a capacidade de mudar a
postura de atenção e cognição entre dimensões ou aspectos distintos, mas relacionados,
de uma determinada tarefa.4,5,6,7
Tópico
As funções executivas despertam um interesse cada vez maior para os pesquisadores do
desenvolvimento infantil como um indicador geral da saúde e do bem-estar da criança e,
específico, de autorregulação. O grau de capacidade que as crianças mais jovens
demonstram para poder resolver adequadamente informações conflitantes e inibir
respostas automáticas quando necessário é visto como um indicador da capacidade de
reflexão e da habilidade para direcionar o comportamento utilizando um raciocínio
voltado para o futuro. Essas habilidades devem, por sua vez, levar a um comportamento
bem regulado e aumentar a adaptação a uma variedade de contextos. Durante as últimas
duas décadas, diversos estudos demonstraram a viabilidade de avaliar as funções
executivas em crianças mais jovens.8,9,10 Da mesma forma, no mesmo período, vários
estudos demonstraram que as funções executivas estão relacionadas de modo
significativo a muitos aspectos do desenvolvimento infantil, incluindo a competência
socio-emocional11,12 e a prontidão para o trabalho escolar na primeira infância.13,14,15 Os
estudos sobre o desenvolvimento do transtorno de déficit de atenção por hiperatividade
(TDAH) e os problemas de comportamento, assim como as pesquisas sobre deficiências
Problemas
Existem várias questões relevantes para o estudo das funções executivas em crianças.
Elas estão relacionadas principalmente com a construção da definição e da validade e
com a necessidade de avaliações adequadas para uso longitudinal. Mais importante ainda,
os estudos anteriores com amostras de adultos submetidos a diversas baterias de testes
indicaram a existência de três fatores distintos mas inter-relacionados no desempenho das
funções executivas, ou seja: a memória de trabalho, o controle inibidor e a flexibilidade
de atenção.18 Entretanto, um trabalho de avaliação semelhante feito com crianças mais
jovens produziu evidência de somente um único fator subjacente associado às funções
executivas.19,20 Essas constatações levantaram questões sobre uma possível diferenciação
das funções executivas de um único fator em distintos fatores na adolescência ou no
início da vida adulta. Elas levantaram também outras questões sobre os limites inerentes à
avaliação das funções executivas em crianças pequenas e a ideia de que tais avaliações
podem se tornar mais precisas com a idade. Além disso, essas questões destacaram a
necessidade de medidas de avaliação das funções executivas que possam ser usadas
longitudinalmente com crianças. A maioria das medidas de avaliação das funções
executivas apropriadas para uso com crianças mais jovens tende a diferenciar a
habilidade dentro de uma faixa etária limitada com efeitos teto e chão em indivíduos mais
velhos e mais jovens.21 Entretanto, várias medidas de avaliação apropriadas para uso
longitudinal foram desenvolvidas recentemente.22,23
lacuna central dos estudos sobre o desenvolvimento das funções executivas está
relacionada com a questão de até que ponto elas podem ser modificadas pela experiência.
Conclusões
O número de estudos sobre as funções executivas na primeira infância aumentou
exponencialmente na última década. Em geral, as publicações específicas sobre o
construto indicam que as funções executivas podem ser medidas de forma confiável e
válida na primeira infância e que as avaliações da habilidade das funções executivas estão
significativamente relacionadas a múltiplos aspectos do desenvolvimento infantil,
incluindo os resultados socio-emocionais e escolares. Dessa forma, os estudos realizados
tendem a confirmar que o desenvolvimento das funções executivas é um indicador central
das capacidades de prontidão para o trabalho escolar. Além disso, os estudos sugerem que
os déficits das funções executivas iniciais podem ser indicadores sensíveis de risco de
dificuldades de aprendizado e, talvez, do risco de desenvolvimento precoce de
psicopatologia. Entretanto, serão necessários mais estudos sobre o progresso do
desenvolvimento das funções executivas, não somente na primeira infância, mas durante
toda a infância e adolescência. Da mesma forma, serão necessários mais estudos
relacionados dos aspectos relevantes dos ambientes familiares e escolares das crianças
que podem incentivar ou impedir o desenvolvimento das funções executivas. Uma maior
compreensão das influências experienciais sobre o desenvolvimento das funções
executivas pode ser correlacionada com uma base crescente de estudos sobre a
neurobiologia subjacente da cognição executiva.
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